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DIREITO PROCESSUAL PENAL 1 caso concreto

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DIREITO PROCESSUAL PENAL 1
Caso Concreto 1
1 - A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança da boite TheNight Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para prestar esclarecimentos, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 330 do CP. Pergunta-se: 
a. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde pelo crime do art. 330 do CP? 
Sim, poderá responder pelo crime disposto no artigo 330 do CP, embora o delegado possua ainda o meio de chamá -lo de modo coercitivo, ou seja, levando-o à força até a presença da autoridade policial, nesse sentido diz o artigo 260 do CPP. 
ART. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. 
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que lhe for aplicável. (CPP) 
Desobediência 
 Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. (CP)
b. E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara Criminal intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder pelo delito em questão?
Nos termos do artigo 367 do CPP, o feito deve seguir sem a presença do acusado, constituindo-se em verdadeira revelia com efeitos formais, e ainda , caso este não constitua defensor, depois de execução de citação por hora certa, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
 
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. (CPP) 
 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
 (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (CPP)
2- Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da(o) 
a- Livre convencimento motivado. 
b- Inocência.
 c- Contraditório e ampla defesa. 
d- Devido processo legal.
3- Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir: 
I ? O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante.
 II ? O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência.
 III ? O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu. 
IV ? O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. Assinale: 
a- Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b- Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c- Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d- Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
 e- Se todas as afirmativas estiverem corretas
Caso Concreto 2
1 - Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual.
Notório a firmar a nulidade absoluta do processo em questão. De acordo com o sistema adotado atualmente, qual seja: O sistema acusa tório, Todo o réu tem o direito ao contraditório e a ampla defesa constituindo para tanto Defensor Público ou advogado que fará defesa técnica sobre a acusação respeitando-se assim o princípio da legalidade garantindo os direitos do réu. 
2 - No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é correto afirmar: a. se for indicado um Defensor Público ao acusado, este não pode desconstituí-lo para nomear um profissional de sua confiança. 
b. o acusado que é Advogado pode apresentar defesa “em nome próprio”, sem necessidade de constituição de outro profissional 
c. apenas nos crimes mais graves o acusado deve obrigatoriamente ser assistido por Advogado, podendo articular a própria defesa, mesmo sem habilitação, nos casos em que não está em risco sua liberdade.
 d. o acusado que não constituir Advogado será obrigatoriamente defendido por Procurador Municipal ou Estadual. 
e. o Juiz não pode indicar Advogado de forma compulsória a um acusado, que sempre tem o direito inalienável de articular a própria defesa, ainda que não seja habilitado para tanto.
 3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta. 
a- O sistema de provas adotado é o do livre convencimento. 
b- As funções de acusar, defender e julgar concentram-se nas mãos de uma única pessoa.
 c- O processo é regido pelo sigilo. 
d- Não há contraditório nem ampla defesa
CASO CONCRETO 3
Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, orientando-se na doutrina e jurisprudência.
A simples delatio criminis não autoriza a instauração de inquérito policial, devendo a autoridade policial, primeiro, confirmar a informação para instaurar o procedimento investigatório. Temerária seria a persecução iniciada por delação, posto que ensejaria a prática de vingança contra desafetos. O art. 5º, inciso IV, da CRFB veda o anonimato.
CASO 2- Tendo em vista o enunciado nº 14 da Súmula Vinculante, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá negar ao advogado 
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente.
 b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente. 
c) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos prestados pelas vítimas, se entender pertinente. 
d)o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no procedimento investigatório. 
CASO 3- Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está correta?
a) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas fora do território nacional. 
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território nacional. 
c) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas em qualquer território. 
d) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicas fora no território nacional.
CASO CONCRETO 4
Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica constitucional.
À luz dos princípios do contraditório e a ampla defesa dispostos expressamente na nossa carta maior , no dizer do artigo 5º, inciso LV, nos incute entendimento que são preceitos que devem ser respeitados em todo o ordenamento jurídico pátrio, quando se há qualquer feito de cunho acusatório contra quem quer que seja. 
 
Não custa lembrar a supremacia da nossa constituição sobre as outras normas, podendo-se dizer em um corolário da verticalização kelsiana das leis. Daí então se pode extrair um surgimento de uma garantia penal, se ria, pois , este o garantismo que acusado dispõe em todo percurso do processo. 
O ato do caso em tela ainda não concedeu uma oportunidade para o investigado tomar ciência do que é acusado e tanto menos ocorrera o seu interrogatório perante a autoridade policial, concedendo assim a ampla defesa e contraditório, embora tal ato não eive de nulidade o procedimento, que poderá seguir normalmente até a conclusão do inquérito com o indiciamento do investigado , pois aqui todo o rito rege-se pelo sistema inquisitivo, não há partes ainda, tampouco estabelecido um processo, há a figura do “sujeito investigado”, como afirma a doutrina. A autoridade policial pode conduzir o feito como bem lhe aprouver . 
Entretanto, uma vez a esta concluindo seu relatório com o indiciamento, segue-se para a análise do magistrado, e este deverá conceder vistas ao ministério público, que decidirá se oferece denúncia ( se a ação for ação pública) ou requer o arquivamento do inquérito. Caso o juiz acolha a primeira pretensão do parquet, inicia-se, agora como requisito fundamental, todo o espaço de ampla defesa e contraditório ao indiciado, que passa a ser réu e poderá requerer todas as disposições dilatórias para comprovação de sua defesa que o código de processo penal permita. 
CASO 2- Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta.
 A- É indispensável a assistência de advogado ao indiciado, devendo ser observadas as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 
B- A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua elementos suficientes para a propositura da ação penal. 
C- Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo, sigiloso, informativo e disponível. 
D- A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no curso da investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais. 
CASO 3-Leia o registro que se segue. Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado. 
a- Registro apenas em Boletim de Ocorrência para futuras providências.
 b- Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança. 
c- Deve o Delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e permitir que Mévio se livre solto. 
d- O Termo Circunstanciado deve ser remetido ao Juízo, mesmo que Mévio não tenha assinado o Termo de Comparecimento, para que o Magistrado, ouvido o Ministério Público, tome as providências que julgar cabíveis, podendo até decretar eventual prisão temporária.
CASO CONCRETO 5
CASO 1 - João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF?
A aplicação do arquivamento implícito no processo penal pátrio ainda não é pacífica na jurisprudência, e ainda não há norma legal que o regulamente. O fenômeno consiste na ocorrência em que o titular da ação penal pública se omite em face de um dos indiciados e passa a oferecer a denúncia somente com relação a um destes, sem qualquer justificativa no procedimento. Vislumbra-se assim, a ocorrência do arquivamento implícito subjetivo (quando a omissão se dá em relação aos autores do fato). No caso exposto, resta -se nítido a ocorrência do arquivamento implícito subjetivo, com isso, levando em consideração a efetiva aplicação do instituto, só se poderia iniciar novamente a ação penal, se novas provas se juntassem nos autos. Súmula 524 do STF: 
 Súmula 524 
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
 Contudo, é importante lembrar a segunda hipótese possível de aplicação ao caso exposto, qual seja a possibilidade do juiz intimar o ministério público para que expressamente se manifeste acerca do indiciado omitido, podendo esta inclusão ocorrer até antes da prolação de sentença no processo (art. 569.CPP), de modo que se deixe claro as razões do arquivamento do feito em referência ao indiciado, nos termos do artigo 28 do CPP, e em consonância ao princípio da obrigatoriedade daação penal. Ademais, saliente -se que o STF e m decisão ao 
RHC[4] 95141/RJ pelo rel. Min. Ricardo Lewandowski, em 6.10.2009 entendeu que o sistema de processo penal brasileiro não acatou o instituto do arquivamento implícito do inquérito policial. Nesse sentido
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.
2- Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá 
a) arquivar os autos. 
b) oferecer denúncia. 
c) determinar a baixa dos autos. 
d) requerer o arquivamento. 
3- A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial:
A) determinar o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a propositura da ação. 
B) encaminhar os autos ao Ministério Público para que este determine o seu arquivamento. 
C) relatar o inquérito policial, sugerindo ao Ministério Público seu arquivamento, o que será apreciado pelo juiz. 
D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os autos por ausência de justa causa para a ação penal. 
E) relatar o inquérito policial, requerendo o seu arquivamento e encaminhando-o ao juízo competente.
CASO CONCRETO 6
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia?
O ministério público não poderá atender ao pedido , por força dos princípios da obrigatoriedade e da indisponibilidade no oferecimento da denúncia a o juízo competente, sendo que uma vez o MP, que é o órgão oficial para denunciar ação pública (princípio da oficialidade), dispondo de elementos materiais que sustentem a autoria do crime, deve propor a ação penal, s em qualquer interferência, quer seja política, quer seja de utilidade social. No que diz respeito ao princípio da indisponibilidade da ação penal, consiste na impossibilidade de desistência do parquet da ação penal depois de iniciada, tendo em vista de que o direito defendido é de ordem do Estado, não se restringindo, deste modo ao indivíduo. 
Ademais, a ação em tela trata -se de ação pública incondicionada, lesão corporal contra cônjuge, disposto no artigo 129, parágrafo 9º do CP (Decreto- Lei nº 2848/1940). Nesse sentido: 
 
Art . 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei (.. .) CPP 
 
Art . 5t76. O Ministério Público não poder á desistir de recurso que haja interposto. ( CPP) 
 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. (...) § 9 Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (CP) 
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal. 
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido. 
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para tanto, será necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe imediato de Paulo Ricardo. 
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi praticada propter officium e que há manifesto interesse público na persecução criminal. 
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima. 
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. 
B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado. 
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça. 
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública.
CASO CONCRETO 7
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto, pergunta-se : 
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa? 
A legitimidade ad causam (capacidade de ser parte) pertence a Paula, pois trata-se de uma pertinência subjetiva para dar início a ação penal, isto é, o agente tem ser legitimado, que efetivamente sofrera o dano e por isso querele ao Estado por uma prestação jurisdicional. 
A legitimidade ad processum (capacidade de estar no processo\juízo) pertence aos pais ou representantes legais, na falta daqueles, de Paula, haja vista que a mesma é absolutamente incapaz por ser menor de idade, e não pode, à vista do ordenamento em vigor, estar em juízo sozinha no transcorrer de todo o feito. 
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal?Sendo casada , Paula pode postular em juízo, tendo em vista que o código civil é expresso ao aduzir que a incapacidade cessa ao menor de idade pelo casamento. Artigo 5º, parágrafo único, inciso II do CC (Lei 10.406/2002): 
Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva?
No caso seria de legitimidade exclusiva, sendo que a ofensa sofrida por Paula é de caráter privado, tendo ação característica de ser pública e condicionada a vontade do ofendido, dispondo este da conveniência e oportunidade para dar oferecimento da queixa , não sendo, deste modo inicialmente concorrente para propor a ação penal o ministério público. 
Nesse mesmo sentido: 
CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
Difamação 
 Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe f ato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
Injúria 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo -lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta. 
a) A execução da sentença penal condenatória no juízo cível é ato personalíssimo do ofendido e não se estende aos seus herdeiros. 
b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. 
c) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízo criminal impede a propositura da ação civil para reparação de eventuais danos resultantes do fato, uma vez que seria contraditório absolver o agente na esfera criminal e processá-lo no âmbito cível. 
d) O despacho de arquivamento do inquérito policial e a decisão que julga extinta a punibilidade são causas impeditivas da propositura da ação civil.
3- Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. 
a) São fatos que impedem a propositura da ação civil: o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação, a decisão que julgar extinta a punibilidade e a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
 b) Sobrevindo a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil não poderá ser proposta em nenhuma hipótese. 
c) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, a execução só poderá ser efetuada pelo valor fixado na mesma, não se admitindo, neste caso, a liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. 
d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
CASO CONCRETO 9
1 - Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se: 
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato? 
Por se tratar de prefeito, em razão do crime ter sido descoberto ainda n o exercício da função pública, o juízo competente será o tribunal de justiça do respectivo estado , ou seja, de São Paulo, pois o p refeito municipal possui prerrogativa de foro e m razão da função e o secretário que praticou o crime e m co autoria, deve ser julgado no mesmo tribunal, no s termos do artigo 87 do C PP . Veja-se: 
 Art. 87. Competirá, originariam ente, aos Tribunais de Apelação o julgamento dos governadores ou interventores nos Estados ou Territórios, e prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de Polícia, juízes de instância inferior e órgãos do Ministério Público. (CPP)
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento? 
	A competência não seria alterada , visto a atratividade que em razão 
da função pública do prefeito ocasiona. Nos termos d o artigo 96 , III da C F . 
Devendo , pois, os dois autores serem julgados pelo tribunal de justiça do respectivo estado , pois aqui se prevalece o grau de competência da maior jurisdição, em conformidade ao artigo 78 , III do C PP . Veja-se: 
 A rt. 96. Compete privativamente: 
I - a os tribunais: 
I II - a os Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais 
e do Distrito Federal e Territórios, bem como os 
membros do Ministério Público , no s crimes comuns e de responsabilidade , ressalva da a competência da Justiça Eleitora l. (CF ) 
A rt. 78. Na determ inaçã o da com petên cia po r 
Art. 78 Na determinação da Competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:
 A rt. 78. Na determ inaçã o da com petên cia po con exã o ou co ntinên cia, serão ob servadas a s seguintes re gras: 
 III - n o concurso de jurisdições de diversas categorias , predominará a de maior graduação ; (CP P ) 
2- Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta. 
a) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função.
 b) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades.
 c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. 
d) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria se o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral. 
3- Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção correta. 
a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamento seja de competência da justiça estadual militar e o outro, da justiça comum estadual, haverá cisão processual. 
b) Os desembargadores dos tribunais de justiça dos estados e dos tribunais regionais federais possuem prerrogativa de foro especial, devendo ser processados e julgados criminalmente no STF.
 c) A competência para processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do local por onde as mercadorias sejam indevidamenteintroduzidas no Brasil. 
d) Caso um indivíduo tenha cometido, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamento seja da competência da justiça federal e o outro, da justiça comum estadual, a competência para o julgamento unificado dos dois crimes será determinada pelo delito considerado mais grave.
CASO CONCRETO 10
Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um desafeto de Pezão, a mando deste, abandonando o cadáver numa chácara de propriedade de Lindomar, que nada sabia. Temeroso de que lhe atribuíssem a autoria do homicídio, Lindomar sepultou clandestinamente o cadáver da vítima. Isso considerado, indaga-se: 
a) A hipótese é de conexão ou continência? 
Trata-se de continência entre deoclecio e pezão com relação ao homicídio e caso de conexão com relação ao homicídio e ocultação de cadáver entre os 3. 
b) Haverá reunião das ações penais em um só juízo? 
Sim, conexão e continência são causas de união de processos.
c) Qual será o juízo competente para julgar Cabeção, Pezão e Lindomar? 
Tribunal do júri
2- Em relação à delimitação da competência no processo penal, às prerrogativas de função e ao foro especial, assinale a opção correta. 
A- O militar que, no exercício da função, pratica crime doloso contra a vida de um civil deve ser processado perante a justiça militar. 
B- Membro do Ministério Público estadual que pratica crime doloso contra a vida deve ser processado perante o tribunal do júri e, não, no foro por prerrogativa de função ou especial, visto que a competência do tribunal do júri está expressa na Constituição Federal. 
C- No caso de conexão entre um crime comum e um crime eleitoral, este deve ser processado perante a justiça eleitoral e aquele, perante a justiça estadual, visto que, no concurso de jurisdições de diversas categorias, ocorre a separação dos processos. 
D- Não viola a garantia do juiz natural a atração por continência do processo do corréu ao foro especial do outro denunciado, razão pela qual um advogado e um juiz de direito que pratiquem crime contra o patrimônio devem ser processados perante o tribunal de justiça.
CASO CONCRETO 11
Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma equipe de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade policial e esta autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais lograram apreender grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma tábua do assoalho. Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento legal de flagrante, sendo imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor público requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a defesa?
Não assiste razão a defesa, pois neste caso existia uma situação fragrancial. Importante ressaltar que não compete a autoridade policial determinar busca e apreensão e, vindo esta autorização do Judiciário , deverá ocorrer entre 6h e 18h, tendo em vista a inviolabilidade domiciliar. 
2- Assinale a opção correta. 
a) Os conceitos de flagrante preparado e esperado se confundem. 
b) A prisão em flagrante delito somente poderá ser realizada dentro do período de 24h, contadas do momento em que se inicia a execução do crime. 
c) O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à inviolabilidade do domicílio, nos termos da Constituição Federal. 
d) No flagrante esperado a prisão é ilegal. 
3- Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordo com o CPP. 
a) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que providenciará a remoção do preso depois de haver lavrado, se for o caso, o auto de flagrante. 
b) Na hipótese de resistência à prisão em flagrante, por parte do réu, o executor e as pessoas que o auxiliarem não poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência. 
c) Na hipótese de o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu tenha entrado em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for atendido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, ainda que seja noite, entrará à força na casa, arrombando as portas, caso seja necessário.
 d) Ainda que haja tentativa de fuga do preso, não será permitido o emprego de força.
CASO CONCRETO 12
Após uma longa investigação da delegacia de polícia local, Adamastor foi preso às 21h em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por 10 dias. O advogado de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua liberdade provisória com fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10 linhas, discorra sobre o exposto acima, analisando as hipóteses de cabimento, prazo da prisão temporária.
De modo inicial, cabe mencionar que a prisão temporária do caso em tela fora cumprida ilegalmente após a s 20 horas, quando se tem o entendimento que a casa, como asilo inviolável que é , não é passível de cumprimento de mandados judiciais após o decurso do dia, nos termos do artigo 5º, XI da CF. 
Ademais , se faz necessário ressaltar que a lei 7.960/89, em seu artigo 1º, III, não trouxe e m se u rol taxativo o crime de descaminho como sendo cabível a prisão temporária, que além de disso, só pode ser decretada quando se torna imprescindível para as investigações ou quando o indiciado não tiver residência fixa, sendo este último requisito atendido pelo indiciado, ao passo que aquele não há a certeza de sua imprescindibilidade para as investigações. 
Por fim, faz-se necessário falar sobre o prazo de 5 dias para o cárcere interino que só poderá ser prorrogado por igual período e m caso de extrema e comprovada necessidade, e não logo de início como fora no caso em análise. Nos termos do artigo 2º da lei 7.960/89. 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (7.960/89)
 
2- Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que 
a) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual contempla as seguintes modalidades: prisão em flagrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de sentença condenatória recorrível. 
b) a prisão temporária tem como pressupostos a existência de indícios de autoria e prova da materialidade, e como fundamentos a necessidade de garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal, a necessidade de garantir a futura aplicação da lei penal e a garantia da ordem pública. 
c) A prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo Juiz. 
d) são requisitos da prisão preventiva a sua imprescindibilidade para as investigações do inquérito policial e o fato de o indiciado não ter residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. 
3- Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta. 
a) Considere que Amanda, na intenção de obter vantagem econômica, tenha sequestrado Bruna, levando-a para o cativeiro. Nesse caso, a prisão em flagrante de Amanda só poderá ocorrer até vinte e quatro horas após a constrição da liberdade de Bruna, devendo a autoridade policial, caso descubra o paradeiro da vítima após tal prazo, solicitar ao juizcompetente o mandado de prisão contra a sequestradora. 
b) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de aplicação da lei penal; prova da existência do crime; indício suficiente de autoria. 
c) Em regra, a prisão temporária deve ter duração máxima de cinco dias. Tratando-se, no entanto, de procedimento destinado à apuração da prática de delito hediondo, tal prazo poderá estender-se para trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
d) A apresentação espontânea do acusado à autoridade policial, ao juiz criminal ou ao MP impede a prisão preventiva, devendo o acusado responder ao processo em liberdade.
CASO CONCRETO 13
Flávio foi preso em flagrante delito por estar portando três papelotes de cocaína, que alegou ser para uso próprio, nas proximidades de uma casa noturna. Conduzido à Delegacia, o Delegado lavrou o APF, indiciando Flávio pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/06, representando ao juízo pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. O advogado de Flávio ajuizou junto à 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo pedido de liberdade provisória, que foi negado sob o argumento de que o art. 44 da Lei de Drogas veda a concessão de liberdade provisória e este crime ser considerado inafiançável nos termos do art. 5º, XLIII, da Constituição, sem indicação fundamentada dos requisitos do art. 312, CPP, que ensejam a prisão preventiva. Agiu de forma adequada o magistrado? Justifique sua resposta
Não há como se sustentar o ato do Magistrado, visto o c rime cometido no caso em tela, nos termos do artigo 33 da lei 11.343/06 (lei de drogas) está na sua forma privilegiada, conforme dispõe o parágrafo 4º do artigo 33 do mesmo regramento, devendo assim a possível pena a ser aplicada ser reduzida de um sexto a dois terços. 
 Ademais, nota-se que não há circunstâncias caracterizadoras da prisão preventiva, visto a não verificação de perigo a ordem pública, econômica ou a conveniência da instrução criminal, como as sim se depreende do artigo 312 do CPP. 
 Se faz necessário também ressaltar que em decisão recente pela suprema corte, na apreciação do HC 82.959, firmou -se o entendimento sobre a possibilidade de conversão em pena restritiva de direitos nos crimes disposto no artigo 33 da lei de drogas na sua forma privilegiada, ou seja, quando constatada a primariedade do réu, bons antecedentes e que não se dedica a atividades criminosas. Portanto, em tais casos, se o juiz vislumbrar a probabilidade de ser futuramente re conhecida na sentença a sua forma privilegiada, poderá deixar de decretar a prisão preventiva, tendo e m vista que não faz sentido manter o acusado preso quando certamente s e dará a sua soltura após a condenação. 
CASO CONCRETO 14
CASO 1 O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material? 
R: É possível que o MP ofereça nova denúncia tendo em vista a existência de prova substancialmente nova conforme súmula 524 do STF. A decisão que ordena o arquivamento faz coisa julgada formal, ela trás ínsita a cláusula REBUS SIC STANTIBUS, surgindo noticias de prova substancialmente novas é possível o desarquivamento conforme artigo 18 do CPP. 
No caso em tela, não há que se falar em possibilidade de instauração da ação penal, visto a ocorrência da coisa julgada material do fato considerado em análise de mérito como atípico. Portanto, visto a imutabilidade da sentença penal absolutória transitada em julgado, com seu e feito de dentro para fora do processo, não há mais possibilidade de se desarquivar o feito no caso sob análise. 
2- Em relação às exceções previstas na legislação processual penal, assinale a alternativa correta. 
a) A arguição de suspeição sempre precederá a qualquer outra. 
b) Se for arguida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de 10 (dez) dias. 
c) Poderá se opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito. 
d) As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da ação penal. 
3- Acerca de exceções, assinale a opção correta. 
a) A exceção de incompetência do juízo, que não pode ser oposta verbalmente, deve ser apresentada, no prazo de defesa, pela parte interessada.
 b) A parte interessada pode opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, devendo fazê-lo na primeira oportunidade em que tiver vista dos autos. 
c) Podem ser opostas exceções de suspeição, incompetência de juízo, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada e, caso a parte oponha mais de uma, deverá fazê-lo em uma só petição ou articulado. 
d) Tratando-se da exceção de incompetência do juízo, uma vez aceita a declinatória, o feito deve ser remetido ao juízo competente, onde deverá ser declarada a nulidade absoluta dos atos anteriores, não se admitindo a ratificação.
CASO CONCRETO 15
João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 25 anos de reclusão a ser cumprida no regime fechado. Ocorre que no curso da execução de tal pena privativa de liberdade sobrevêm doença mental ao condenado. Diante de tal situação, na qualidade de juiz da execução como decidiria? E se a doença mental ocorresse no curso do processo de conhecimento e posteriormente ao crime? E se a doença mental já existia no momento da prática da infração? 
A) se no curso da execução da pena sobrevém doença mental do condenado, deverá imediatamente ser submetido a tratamento psiquiátrico pelo mesmo período da pena. 
 
B) se for no curso do processo, haverá uma absolvição imprópria, ou seja, o indivíduo é absolvido e admitido em tratamento. 
 
C ) pode ser considerado inimputável, logo será absolvido por in imputabilidade. 
2- Em relação ao incidente de falsidade, é correto afirmar que 
a) se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público. 
b) arguida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observará o seguinte processo: andará autuar em apartado a impugnação e em seguida ouvirá a parte contrária, que, num prazo de 24 (vinte a quatro) horas, oferecerá resposta.
 c) a arguição de falsidade, feita por procurador, não exige poderes especiais. 
d) o juiz não poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade.
 3- Acerca de incidente de insanidade mental do acusado, assinale a opção correta.
 a ) Não se admite a instauração de exame de sanidade mental do acusado após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, uma vez que a medida não terá mais eficácia.
 b) O exame de avaliação da saúde mental do acusado poderá ser ) ordenado na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. 
c ) Caso seja comprovada a insanidade mental do acusado, ao tempo da infração penal, o processo deverá ser imediatamente extinto, decretando-se a extinção da punibilidade do réu. 
d ) Para efeito do exame, o acusado acometido de insanidade mental, se estiver preso, deverá ser imediatamente libertado, para que a família o conduza para a análise clínica em estabelecimento que entenda adequado.
Caso Concreto 16
CASO 1 - Os arts. 5º, II,18, 26, 156, I, 241, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda na fase investigativa. Diga se esses dispositivos são compatíveis com o atual sistema vigente na CRFB/88, estabelecendo as principais diferenças entre o sistema acusatório e o inquisitivo. 
A atuação do juiz nos dispositivos citados afronta o sistema acusatório, pilar de um Estado Democrático de Direito,onde a figura do juiz deve estar distante e separada das partes , resguardando ao máximo, a sua imparcialidade. A imparcialidade é um elemento integrante e indispensável da estrutura do sistema acusatório, pois o juiz não deve imiscuir-sena atividade de colheita do material probatório antes de ter provocada sua jurisdição. Características próprias do sistema inquisitivo : a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram-se nas mãos de uma só pessoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação , q uebra ndo assim, sua imparcialidade ; b) o processo éregido pelo sigilo, de forma secreta; c) não há contraditório nem ampla defesa; d)o sistema de provas é o da tarifada, e consequentemente a confissão é a rainha das provas. Características do sistema acusatório: a) há separação entre as funções de acusar, julgar e defender; b) o processo é regido pelo princípio da publicidade dosatos processuais; c) os princípios do contraditório e da ampla defesa informam todo o processo; d) o sistema de provas é o do livre convencimento; e) imparcialidade do órgão julgador. 
CASO 2 A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois não se concebe um processo legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem que se dê ao acusado a oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo Ministério Público em sua peça exordial? (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípios informados acima e responda se eles são aplicados na fase pré-processual, fundamentando sua resposta. 
Os princípios da ampla defesa e do contraditório não são aplicados na fase pré-processual de uma ação penal, visto que a investigativa do inquérito se dá sob a regência do sistema inquisitivo, sendo a característica deste o aglutinamento da autoridade investigativa, julgadora, e defensora em uma só pessoa. 
Contudo, torna-se oportuno ressaltar que no seguimento regular do devido processo legal a busca da verdade real deve ser o objetivo primordial. 
E que não há verdade processual sem que, para que se possa descobri-la, respeitem-se os procedimentos delineados em lei. Não há como se respeitar o contraditório, estabelecendo a igualdade das partes na relação jurídico -processual, sem o cumprimento dos dispositivos legais. S em o devido processo legal, não pode haver contraditório. O devido processo legal é o princípio reitor de todo arcabouço jurídico processual.
CASO 3 Catarina, no dia 10/03/08, praticou o crime de homicídio doloso. Em agosto de 2008 entrou em vigor a lei 11.689/08, que revogou o art. 607 do CPP, extinguindo assim com o protesto por novo júri, um recurso exclusivo da defesa que era cabível para os condenados à uma pena igual ou superior a vinte anos de reclusão. Em dezembro de 2008 o magistrado proferiu a sentença condenando Catarina à 21 anos de reclusão. Essa lei processual nova se aplica à Catarina? 
Sim, levando em consideração que a aplicação da lei nova no processo penal é de caráter imediato ( Atr. 2º do CPP), não havendo que se falar em irretroatividade da lei penal mais grave e retroatividade da mais benéfica, como é aplicado no código penal pátrio. 
“A lei processual penal entrando em vigor a pós promulgação, 
A lei processual penal entrando em vigor a pós promulgação, publicação e eventual vacatio legis, terá efeito imediato. Os atos processuais praticados sob a égide da lei anterior revogada, continuam válidos, e manterão sua eficácia, inclusive no que diz respeito aos prazos que já começaram a correr. Contudo nada impede que o legislador, querendo, estabeleça, expressamente, a retroatividade ou irretroatividade da lei nova. Em ha vendo normas processuais mistas, com caráter processual e penal, não se aplica quanto aos efeitos penais o princípio tempus regit actum (aplicação imediata), mas sim os princípios constitucionais que regem a aplicação da lei penal: a ultratividade e a retroatividade da lei mais benigna”
CASO 4 Determinado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crime de tráfico de drogas, figurando como indiciado Regiclécio da Silva, mais conhecido como Águia. Durante as investigações, seu advogado, devidamente constituído, requereu à autoridade policial a vista dos autos do respectivo inquérito. Argumentou para tanto que, não obstante em tramitação sob regime de sigilo, considerada a essencialidade do direito de defesa, prerrogativa indisponível assegurada pela Constituição da República, que o indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos agentes do Estado, além de eventualmente induzir-lhes à responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a absoluta desvalia das provas ilicitamente obtidas no curso da investigação policial. A autoridade policial não permitiu o acesso aos autos do inquérito policial, uma vez tratar-se de procedimento sigiloso e que tal solicitação poderia comprometer o sucesso das investigações. Diga a quem assiste razão, fundamentando a sua resposta na doutrina e jurisprudência. 
Assiste razão ao Advogado, uma vez que é direito do investigado, através de seu patrono, ter inteiro acesso aos autos do inquérito e as provas já coligidas e documentadas no mesmo. Nesse sentido: Súmula Vinculante 14 (STF) 
 É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo a os elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
CASO 5 O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material?
No caso em tela, não há que se falar em possibilidade de 
instauração da ação penal, visto a ocorrência da coisa julgada material do fato considerado em análise de mérito como a típico. Portanto, visto a imutabilidade da sentença penal absolutória transitada em julgado, com seu efeito de dentro para fora do processo, não há mais possibilidade de se desarquivar o feito no caso sob análise. 
 CASO 6 Maneco Branco estava sob suspeita de traficar drogas nas imediações de uma casa noturna frequentada por jovens da classe média da zona sul da cidade. Foi assim que policiais da circunscricional local postaram-se em condições de observar a dinâmica do negócio espúrio: de tempos em tempos, Maneco entrava e saía da de uma casa próxima, para entregar alguma coisa a pessoas, que iam na direção da referida casa noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram na casa mediante pontapés, e lograram encontrar 100kg de cocaína, 1000 papelotes de ácido e 5000 comprimidos de êxtase. Maneco foi preso em flagrante. A prisão de Maneco foi legal? 
Sim, haja vista o caráter permanente do delito de ter em depósito substância entorpecenteilícita, podendo assim ser executada a prisão em flagrante por todo o período em que se der a permanência do crime. Nesse sentido: Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
CASO 7 Claudão estava na porta de uma casa noturna, pretendendo nela ingressar, de qualquer maneira, mesmo não dispondo de dinheiro para pagar o ingresso ou de convite distribuído a alguns frequentadores. Vendo que não conseguia o seu intento, resolveu apelar para o golpe: vou entrar só para ver se encontro um amigo, que marcou aqui na porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi na conversa, Claudão começou a insultálo e nele desferiu dois socos bem colocados, causando-lhe um inchaço na testa e escoriações no cotovelo direito, ferimento esse decorrente da queda do agredido ao chão. Policiais-militares, chamados ao local, deram voz de prisão ao Claudão, e o conduziram, juntamente com a vítima, à circunscricional, onde Claudão foi logo autuado em flagrante delito. Indaga-se: a. foi correta a prisão de Claudão pelos policiais militares? b. O fato narrado, por si só, ensejava a lavratura do auto de flagrante? 
A prisão foi correta, haja vista a circunstância do flagrante próprio do caso exposto, nos termos do artigo 302, II, do CPP. Contudo, é preciso mencionar que o crime cometido no caso sob análise fora o delito de lesões corporais de natureza leve (art. 129 do CP), cuja pena é de detenção de no máximo um ano, trazendo as sim a competência para os juizados especiais cíveis , em consonância a o que dispõe os artigos 60 e 61 da le i nº 9.099/95. Dito isso, o que deve ocorrer é a soltura do agente ativo, mediante assinatura do termo circunstanciado de ocorrência (TCO) no qual se comprometa a comparecer, quando intimado, aos atos posteriores do feito nos juizados especiais cíveis e criminais. Não havendo, deste modo, não há necessidade de se manter a prisão em flagrante. Nesse sentido:
CASO 8: Wladimir e Otaviano, policiais civis, vão até a uma favela da região e, no intuito de incriminar Godofredo como traficante de droga, fingem ser compradores de maconha e o induzem a lhes vender a erva. Quando Godofredo traz a droga, os policiais efetuam a prisão em flagrante por infringência do art. 33, da Lei nº 11.343/06. Pergunta-se: Essa prisão é legal? Resposta fundamentada. 
Em uma análise perfunctória, poderia ter -se o entendimento sobre a ilegalidade da prisão no caso em tela, tendo em vista o caráter do flagrante preparado que o mesmo apresenta, constituindo deste modo em crime impossível, e com isso atípico, em respeito a súmula 145 do STF. 
 Todavia, em razão da característica permanente que o crime de tráfico de drogas apresenta, em suas múltiplas formas de estado flagrancial (ter, possuir, levar consigo, e outras dispostas no a rt. 33 da lei 
11.343/06), vislumbra-se que os a gentes policiais não induziram Godofredo a transportar o entorpecente, tendo a í a circunstância do flagrante ainda em permanência. Portanto, não se pode declarar a ilegalidade da prisão, pois houve a consumação do tipo penal no ato de portar a droga ilícita. O inquérito deverá ser instaurado pela autoridade policial. 
CASO 09 Genésia, 13 anos de idade, foi vítima do crime previsto no art. 217-A do CP praticado por Regiclécio. Genésia, assustada, foi pra casa e comunicou o fato a seu pai, que imediatamente noticiou o fato à delegacia local. Após algumas diligências, horas depois do crime, a autoridade policial logrou prender Regiclécio em sua residência. O auto de prisão em flagrante foi lavrado nos termos do art. 306 do CPP. Diante do exposto, pergunta-se: 
a) A situação acima caracteriza flagrante delito? Em caso positivo, diga qual a espécie, indicando o dispositivo legal. 
 O caso exposto apresenta o estado de flagrante em sua forma própria, visto a curta duração entre a comunicação do fato ocorrido e o início à procura do autor pela autoridade policial, conseguindo, como nota-se, a encontrá -lo ainda na mesma ocorrência. Assim dispõe o artigo 302, II, do CPP: 
 Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 I - está cometendo a infração penal; 
 II - acaba de cometê-la; 
 III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, 
b) Agiu corretamente a autoridade policial na condução da diligência, bem como na lavratura do auto de prisão em flagrante? 
A autoridade policial agiu conforme é disposição expressa em lei, pois o crime ocorrido no c aso sob análise é de ação pública incondicionada, pois fora cometido contra menor incapaz, nos termos do 
parágrafo único do artigo 225 do CP. Nesse sentido: Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
 CASO 10 Rosivaldo Loureiro foi preso em flagrante por policiais militares pela prática do crime previsto no art. 12 da lei 10.826/03. Narra o auto de prisão em flagrante, que o preso guardava em sua residência 03 (três) revólveres calibre 38, em desacordo com a regulamentação legal. O APF foi comunicado ao juiz no prazo legal acompanhado da folha de antecedentes criminais de Rosivaldo, onde não constava nenhuma anotação. À luz das características da prisões cautelares, diga se é possível que Rosivaldo responda ao processo em liberdade. 
Sim, é claramente possível conceder a liberdade provisória a Rosivaldo, uma vez que o crime não é inafiançável, não se mostra presente as circunstâncias para a decretação da prisão preventiva. 
Portanto, mediante prestamento de fiança, o a gente pode responder ao processo em liberdade provisória. 
 Ademais , torna-se oportuno mencionar sobre a possibilidade de se aplicar outras medidas diversas da prisão acautela tória, até mesmo medida restritiva de direitos, pois o c rime não passa de 3 anos de 
detenção e o agente possui bons antecedentes e é primário. 
 Portanto, em respeito ao princípio da homogeneidade que rege a s prisões acautelatórias, quando nos informa que a medida cautelar a ser adotada deve ser proporcional a eventual resultado favorável ao pedido do autor, não sendo admissível que a restrição, durante o curso do processo, seja mais severa que a sanção a se r aplicada caso o pedi do seja julgado procedente. 
11- Considere a seguinte situação: Acidente de trânsito, no qual um caminhão transportando 3 mil garrafas de óleo de soja, desgovernado, vem a tombar em rodovia. Nesse contexto, moradores da vila próxima ao local do acidente, sem qualquer vínculo, aproximam-se e iniciam o saque da carga do veículo. A hipótese: 
a) é de continência concursal ou por cumulação subjetiva. 
b) é de conexão objetiva ou consequencial. 
c) é de conexão intersubjetiva por simultaneidade ou ocasional. 
d) não caracteriza conexão e nem continência. 
12-Para fixação da competência por prevenção é necessário que: 
a) as partes requeiram; 
b) tenha o magistrado praticado ato com judicialidade pertinente à causa; 
c) tenha o juiz despachado em inquérito policial, com devolução do mesmo à delegacia de origem para prosseguir na investigação; 
d) tenta suscitado conflito positivo de competência. 
13-Prefeito Municipal e sua esposa, cometendo crime doloso contra vida, em concurso de agentes, deverão ser julgados: 
a) ambos pelo Tribunal do Júri. 
b) ambos pelo Tribunal de Justiça. 
c) o Prefeito pelo tribunal do Justiça e a esposa pelo Tribunal do Júri. 
d) o Prefeito pelo STJ e o vereadorpelo Tribunal de Justiça.

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