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FEBRE AMARELA

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Febre Amarela 
 
Infecção causada por um vírus filtrável que contamina certas espécies 
de macacos e é transmitida ao homem pela picada de um mosquito, o 
Aedes aegypti, em cujo corpo o vírus reproduz-se. No início do século, a 
doença assolava a América Central e a do Sul de tal modo que algumas 
regiões eram consideradas inabitáveis. Um médico cubano, Dr. Carlos 
Finlay, foi quem indicou pela primeira vez que a doença era transmitida 
através da picada de um mosquito, em 1881. Vinte anos depois, o Dr. 
Walter Reed, do exército norte-americano, constatou que a doença não 
era inerente ao mosquito, mas por ele adquirida; sendo assim, apenas 
os mosquitos contaminados transmitiam a doença. O uso de tal 
conhecimento levou à erradicação da doença na zona do canal do 
Panamá e em Cuba. No Brasil, aconteceu um tato semelhante. No início 
deste século, o porto do Rio de Janeiro era evitado pelos navios devido à 
incidência da febre amarela. A direção da Saúde Pública do Distrito 
Federal foi entregue ao médico paulista Dr. Osvaldo Cruz, que iniciou 
uma campanha ostensiva para combater os focos do mosquito. 
Encontrou enorme resistência, inclusive da população. A febre amarela 
não é apenas uma doença urbana. Os vírus encontrados em macacos, 
transmitidos por mosquitos do gênero Haemagogus, produzem a febre 
amarela silvestre. Em 1951 o Dr. Max Theiler ganhou o Prêmio Nobel 
pela descoberta da vacina contra a febre amarela. A vacina, denominada 
17-B, é preparada a partir do próprio vírus. Os sintomas começam a 
surgir logo; de três a seis dias após a infecção, o rosto fica vermelho e 
inflamado, os olhos cobrem-se com uma espécie de véu, os lábios e a 
língua ficam bastante avermelhados; a febre é alta, há dor de cabeça e 
dor nas costas, seguidas de extremo cansaço. De dois a três dias 
depois, a temperatura cai abaixo do normal e a pele adquire a cor 
amarelada, característica da doença. Ocorre hemorragia interna e o 
paciente expele um vômito negro. No sétimo ou oitavo dia, a 
temperatura volta ao normal e começa o período de convalescência. As 
complicações são raras e um ataque garante imunidade permanente

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