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Febre amarela

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1 Zoonoses 
Febre amarela 
Introdução 
 A febre amarela é uma doença infecciosa 
febril aguda, causada por um vírus 
transmitido por mosquitos vetores, e 
possui dois ciclos de transmissão: 
silvestre (quando há transmissão em área 
rural ou de floresta) e urbano. 
 O vírus é transmitido pela picada dos 
mosquitos transmissores infectados e não 
há transmissão direta de pessoa a pessoa. 
 A febre amarela tem importância 
epidemiológica por sua gravidade clínica 
e potencial de disseminação em áreas 
urbanas infestadas pelo mosquito Aedes 
aegypti. 
 É uma doença de notificação 
compulsória imediata, ou seja, todo 
evento suspeito (tanta morte de primatas 
não humanos, quanto casos humanos 
com sintomatologia compatível) deve ser 
prontamente comunicado, em até 24 
horas após a suspeita inicial, às 
autoridades locais competentes pela via 
mais rápida (telefone, fax, email, etc). 
Complicações 
 Em casos graves, a pessoa infectada por 
febre amarela pode desenvolver algumas 
complicações, como: 
 Febre alta; 
 Icterícia (coloração amarelada da pele e 
do branco dos olhos); 
 Hemorragia (especialmente a partir do 
trato gastrointestinal); 
 Eventualmente, choque e insuficiência de 
múltiplos órgãos. 
Eventos pós vacinação 
 Os eventos adversos são possíveis reações 
após a vacinação da febre amarela. 
 Os mais comuns relatados segundo 
estudos são: 
 Reações de hipersensibilidade, e as 
manifestações da própria doença com o 
desenvolvimento dos sinais e sintomas 
observados. 
 A ocorrência de morte em até 30 dias 
após a vacinação deve ser investigada para 
confirmação se foi ou não relacionada ao 
uso da vacina. 
 Todo evento adverso deve ser investigado 
e tratado da mesma forma que os casos 
suspeitos de Febre Amarela. 
 Se qualquer pessoa vacinada desenvolver 
os sinais e sintomas comuns para doença 
em até 15 dias após a vacinação, deve 
rapidamente procurar o serviço de saúde 
mais próximo para atendimento. 
Quem não deve se vacinar? 
 Crianças menores de 9 meses de idade. 
 Mulheres amamentando crianças 
menores de 6 meses de idade. 
 Pessoas com alergia grave ao ovo. 
 Pessoas que vivem com HIV e que tem 
contagem de células CD4 menor que 
350. 
 Pessoas em de tratamento com 
quimioterapia/ radioterapia. 
 Pessoas portadoras de doenças 
autoimunes. 
 Pessoas submetidas a tratamento com 
imunossupressores (que diminuem a 
defesa do corpo). 
Como é realizado o diagnóstico? 
 Somente um médico é capaz de 
diagnosticar e tratar corretamente a febre 
amarela. 
 
 
 
2 Zoonoses 
 No caso de qualquer um dos sintomas da 
doença, procure imediatamente uma 
unidade de saúde para avaliação médica 
adequada. 
 O profissional fará os exames necessários 
para diagnosticar a doença, assim como 
sua gravidade, para escolher a melhor 
forma de tratamento. 
Tratamento 
 O tratamento da febre amarela é apenas 
sintomático, com cuidadosa assistência ao 
paciente que, sob hospitalização, deve 
permanecer em repouso, com reposição 
de líquidos e das perdas sanguíneas, 
quando indicado. 
 Nas formas graves, o paciente deve ser 
atendido em Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI), para reduzir as 
complicações e o risco de óbito. 
Medicamentos salicilatos devem ser 
evitados (AAS e Aspirina), já que o uso 
pode favorecer o aparecimento de 
manifestações hemorrágicas. 
Sintomas 
 Os sintomas iniciais da febre amarela 
são: 
 Início súbito de febre; 
 Calafrios; 
 Dor de cabeça intensa; 
 Dores nas costas; 
 Dores no corpo em geral; 
 Náuseas e vômitos; 
 Fadiga e fraqueza. 
 A maioria das pessoas melhora após estes 
sintomas iniciais. 
 No entanto, cerca de 15% apresentam 
um breve período de horas a um dia sem 
sintomas e, então, desenvolvem uma 
forma mais grave da doença. 
 
 
Transmissão 
 O vírus da febre amarela é transmitido 
pela picada dos mosquitos transmissores 
infectados. 
 A doença não é passada de pessoa a 
pessoa. 
 A série histórica da doença no Brasil tem 
demonstrado maior frequência de 
ocorrência de casos humanos nos meses 
de dezembro e maio, como um padrão 
sazonal. 
 Esse fato ocorre principalmente no verão, 
quando a temperatura média aumenta na 
estação das chuvas, favorecendo a 
reprodução e proliferação de mosquitos 
(vetores) e, por consequência o potencial 
de circulação do vírus. 
 Os vetores silvestres têm hábito diurno, 
realizando o repasto sanguíneo durante as 
horas mais quentes do dia, sendo os 
vetores dos gêneros Haemagogus e 
Sabethes, geralmente, mais ativos entre às 
9h e 16h da tarde. 
 Há dois diferentes ciclos 
epidemiológicos de transmissão: 
 Silvestre; 
 Urbano. 
 Apesar desses ciclos diferentes, a febre 
amarela tem as mesmas características sob 
o ponto de vista etiológico, clínico, 
imunológico e fisiopatológico. 
 No ciclo silvestre da febre amarela: 
 Os primatas não humanos (macacos) são 
os principais hospedeiros e 
amplificadores do vírus e os vetores são 
mosquitos com hábitos estritamente 
silvestres, sendo os gêneros Haemagogus 
e Sabethes os mais importantes na 
América Latina. 
 Nesse ciclo, o homem participa como um 
hospedeiro acidental ao adentrar áreas de 
mata. 
 
 
3 Zoonoses 
 No ciclo urbano: 
 O homem é o único hospedeiro com 
importância epidemiológica e a 
transmissão ocorre a partir de vetores 
urbanos (Aedes aegypti) infectados. 
 A pessoa apresenta os sintomas iniciais da 
febre amarela de 3 a 6 dias após ter sido 
infectada. 
Prevenção 
 A vacina é a principal ferramenta de 
prevenção e controle da febre amarela. 
 O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta 
vacina contra febre amarela para a 
população. Desde abril de 2017, o Brasil 
adota o esquema vacinal de apenas uma 
dose durante toda a vida, medida que está 
de acordo com as recomendações da 
Organização Mundial de Saúde (OMS). 
 Toda pessoa que reside em Áreas com 
Recomendação da Vacina contra febre 
amarela e pessoas que vão viajar para 
essas áreas deve se imunizar. 
 A vacina, que é administrada via 
subcutânea, está disponível durante todo 
o ano nas unidades de saúde e deve ser 
administrada pelo menos 10 dias antes do 
deslocamento para áreas de risco, 
principalmente, para os indivíduos que 
são vacinados pela primeira vez. 
 A vacinação para febre amarela é ofertada 
na rotina dos municípios com 
recomendação de vacinação. 
Situação epidemiológica. 
 Nas duas últimas décadas, foram 
registradas transmissões de FA além dos 
limites da área considerada endêmica 
(região amazônica). 
 Casos humanos e/ou epizootias em PNH 
ocorridos na Bahia, em Minas Gerais, em 
São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do 
Sul representaram a maioria dos registros 
de FA no período, caracterizando uma 
expansão recorrente da área de circulação 
viral nos sentidos leste e sul do País, que 
afetou áreas consideradas “indenes” até 
então, onde o vírus não era registrado há 
décadas. 
 REEMERGÊNCIA DA FEBRE 
AMARELA NO BRASIL 
 Em 2017, após a redução da incidência da 
doença no inverno, a retomada da 
transmissão do vírus tem sido observada 
em áreas/regiões afetadas durante o final 
do último surto (2016/2017), indicando 
o potencial para dispersar para outras 
áreas sem histórico de circulação do vírus 
e com populações de mosquitos silvestres 
e PNH. 
 Nesse sentido, a Secretaria de Vigilância 
em Saúde - SVS/MS iniciou em 
novembro/2017 o monitoramento 
sazonal da Febre Amarela, no qual vem 
publicando boletins semanais com a 
atualização dos casos humanos e 
epizootias em PNH notificados no País.

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