HISTOPATOLOGIA DA MUCOSA (1)

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19/02/2019
Faculdade de Odontologia da Universidade Nove de Julho
2019
HISTOPATOLOGIA BÁSICA DA MUCOSA ORAL
DIAGNÓSTICO E IMAGEM DOS TECIDOS ORAIS
Professora Cibele Pelissari
Faculdade de Odontologia da Universidade Nove de Julho
Histopatologia básica da mucosa oral
2019
O que é uma mucosa?
• Revestimento de cavidades corpóreas internas dotadas de umidade.
• Cavidade bucal: umidade é mantida pela saliva. 
A mucosa difere da pele: 
• Sem apresentar umidade constante
• Presença de anexos cutâneos (pêlo, folículo piloso, glândulas
sudoríparas e sebáceas).
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Histopatologia básica da mucosa oral
EPITÉLIO
PAVIMENTOSO ESTRATIFICADO
TECIDO CONJUNTIVO
LÂMINA PRÓPRIA
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Histopatologia básica da mucosa oral
• Células que formam o epitélio da mucosa bucal: 
queratinócitos e são especializadas na produção de 
queratina. 
• A queratina é uma proteína cuja função é a proteção do 
tecido epitelial contra agentes agressores, porém a 
queratina pode ou não estar presente na mucosa bucal.
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Características gerais do epitélio da mucosa oral
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Características gerais do epitélio da mucosa oral
Principais características:
• Células poliédricas
• Justapostas
• Pouca substância fundamental
Junções intercelulares
Desmossomos
Hemi-desmossomos
Lâmina basal
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Histopatologia básica da mucosa oral
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• Constituintes celulares
• Epitélio:
• Queratinócitos
• Não-queratinócitos
• Melanócitos - pingmentação
• Células de Langerhans – apresentadoras de antígenos
• Células de Merkel – receptores mecânicos
• Células do sistema imune – linfócitos, neutrófilos e mastócitos
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Histopatologia básica da mucosa oral
Características gerais do epitélio da mucosa oral
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Histopatologia básica da mucosa oral
Características gerais do epitélio da mucosa oral: tipos celulares 
Melanócitos: produção de melanina (pigmento de proteção contra os
raios ultra-violeta). Os melanócitos transferem a melanina para os
queratinócitos.
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Histopatologia básica da mucosa oral
Características gerais do epitélio da mucosa oral
Células de Langerhans: células de
defesa (apresentação de antígenos);
Células de Merckel: especializadas
nas sensações mecânicas.
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Histopatologia básica da mucosa oral
Regiões não queratinizadas (assoalho bucal, mucosa jugal, mucosa labial e palato
mole) podem sofrer queratinização (por atritos constantes) e outros estímulos,
principalmente físico-mecânicos e químicos — passa a ser paraqueratinizado
(queratinização incompleta).
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Histopatologia básica da mucosa oral
Organização 
do epitélio da 
mucosa oral
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Histopatologia básica da mucosa oral
Camada basal: é composta por células com alta
capacidade de divisão, as quais saem da
camada basal e vão compor a camada
espinhosa.
Camada espinhosa: presença das junções
existentes entre as células, as quais são
semelhantes a espinhos. É a camada mais
espessa do epitélio da mucosa bucal.
Camada granulosa: formada por queratinócitos
mortos e que exibem granulações em seu
citoplasma.
Camada de queratina (também denominada de
camada córnea), quando houver, é formada
somente por essa proteína, não existindo
praticamente elemento celular.
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Camada Basal
Camada Espinhosa
Camada granulosa
Camada Córnea
Revestimento Epitelial – Mucosa queratinizada
Epitélio pavimentoso estratificado ortoqueratinizado
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Camada Basal
Camada Espinhosa
Camada granulosa
Camada Córnea
Revestimento Epitelial – Mucosa queratinizada
Epitélio pavimentoso estratificado paraqueratinizado
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Camada Basal
Camada Espinhosa
Camada Intermediária
Camada Superficial
Revestimento Epitelial – Mucosa não-queratinizada
Epitélio pavimentoso estratificado 
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A mucosa jugal é composta por tecido epitelial estratificado pavimentoso não 
queratinizado contendo células ricas em glicogênio e por tecido conjuntivo frouxo, 
subjacente ao epitélio.
Subdivisão da Mucosa Oral
Mucosa de revestimento
Epitélio não-queratinizado (ou paraqueratinizado). Elástica e é encontrada em
regiões flexíveis.
Mucosa Mastigatória:
Epitélio queratinizado (ortoqueratinizado). Está em contato direto com o atrito.
MUCOSA SENSORIAL OU ESPECIALIZADA:
É aquela que exibe estruturas especializadas na sensação do gosto e de 
propriocepção.
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Histologia da mucosa Oral
REGIÕES DA MUCOSA ORAL
A mucosa oral pode ser classificada em 3 regiões,
conforme sua estrutura histológica, a qual é muito
associada às funções particulares que cada uma
dessa regiões exerce.
Mucosa julgal
Mucosa de revestimento
Mucosa labial
Mucosa Gengival
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Histologia da mucosa Oral
Mucosa mastigatória
Mucosa do palato duro
REGIÕES DA MUCOSA ORAL
A mucosa oral pode ser classificada em 3 regiões, conforme
sua estrutura histológica, a qual é muito associada às funções
particulares que cada uma dessa regiões exerce.
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Histologia da mucosa Oral
Mucosa sensorial Mucosa do dorso lingual
REGIÕES DA MUCOSA ORAL
A mucosa oral pode ser classificada em 3 regiões, conforme
sua estrutura histológica, a qual é muito associada às funções
particulares que cada uma dessa regiões exerce.
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Histologia da mucosa Oral
Tecido conjuntivo
FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO
• Sustentação de outros tecidos e órgãos e do corpo como um todo
• Preenchimento de espaços entre outros tecidos e estruturas e adesão entre tecidos para a estruturação dos 
órgãos
• Meio de passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Exerce um papel importante na nutrição 
de células de outros tecidos facilitando a difusão de gases, nutrientes e metabólitos entre o sangue e os 
tecidos
• Defesa do organismo pela participação de suas células na resposta imunitária e nas respostas inflamatórias. 
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Tecido conjuntivo
• Principal componente 
Matriz extracelular (MEC) Proteínas Fibrosas
Macromoléculas hidrofílicas
(Substância fundamental)
• Principal componente celular
Fibroblasto
• Outros componentes
Vasos, células do sistema imune
LÂMINA PRÓPRIA
(Tecido Conjuntivo da Mucosa)
Denso ou frouxo (dependendo da 
região anatômica)
Duas regiões na lâmina própria
zona papilar: próxima ao epitélio, 
entre entre as projeções epiteliais, 
formando papilas conjuntivas;
zona reticular: zonamais distante
do epitélio.
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Histolopatologia da mucosa Oral
Alterações epiteliais
HIPERQUERATOSE
Aumento da camada córnea, pela produção excessiva de queratina, 
decorrente de algum estímulo externo.
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HIPERPARAQUERATOSE
Aumento da camada córnea, pela produção excessiva de paraqueratina, 
decorrente de algum estímulo externo.
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ACANTOSE
Refere-se ao aumento do número de células
(hiperplasia) da camada espinhosa (acantos).
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Hiperplasia pseudo-carcinomatosa
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Refere-se ao aumento do número de células
da camada granulosa.
HIPERGRANULOSE
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GERALMENTE ASSOCIADO A UMA
HIPERQUERATOSE OU UMA 
HIPERPARAQUERATOSE
ATROFIA
Diminuição do número de células da camada espinhosa.
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GERALMENTE ASSOCIADA A UMA 
PERDA DAS PROJEÇÕES EPITELIAIS
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ESPONGIOSE
Edema intercelular epitelial.
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Edema intracelular epitelial.
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ACANTÓLISE
Rompimento das ligações intercelulares da camada espinhosa com 
perda de adesão desmossômica (formação das células de Tzanck ou
acantolíticas). 
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ULCERAÇÃO: PERDA (SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE) DO EPITÉLIO 
COM EXPOSIÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO.
PSEUDOMEMBRANA
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EXOCITOSE DE LEUCÓCITOS
Infiltração de células inflamatórias no tecido epitelial.
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ATIPIA/DISPLASIA
Crescimento celular com alteração morfológica. Principio da formação do câncer. 
Isso acontece por uma mudança mutagênica. Que determina uma síntese
protéica distinta, e consequentemente, uma morfologia diferente da original.
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Causa
consequência celular
consequência clínica 
Agente etiológico
Patogênese
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