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Apostila-Completa-de-Eletrotermofototerapia

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- Definição
Modalidade terapêutica, onde utilizamos agentes térmicos como princípio de
tratamento.
Divide-se em:
 HIPOTERMOTERAPIA → crioterapia
HIPERTERMOTERAPIA → superficial
→ profundo
- Calor
Resultado de um movimento vibratório. A nível anatômico são choques
intermoleculares, ou seja, energia molecular. Na física é a energia cinética ou
vibração molecular que está presente sempre que a temperatura for acima de 0
grau kelvin ou acima de 273 graus centígrafos. O frio é a supressão do
movimento vibratório.
Já a temperatura é o grau de agitação térmica de um corpo. Isto nos dá o
quanto de energia o corpo possui; para tal, temos que quantificar esta energia.
A mensuração da temperatura se faz através do termômetro, que é um
dispositivo que se presta à apreciação das variáveis termelétricas. Existem
vários tipos de termômetro: clínico, laboratório, de máxima e de mínima.
Produção de calor = TERMOGÊNESE
Sabemos que há um controle cibernético (termostato hipotalâmico) que
garante a temperatura corpórea de 36 a 37°, e que o fator mais importante deste
controle é o equilíbrio entre a produção e o desgaste calórico do corpo. O fator
essencial para a produção de calor é a presença de uma combustão metabólica
através da oxigenação celular, estreitamente relacionada com a circulação
sangüínea como portador do fator oxigênio e conseqüentemente com a atividade
cardíaca como motor desta circulação; assim como a atividade muscular
intensificando o processo de produção de calor.
Para que o aquecimento terapêutico seja eficaz, o nível da temperatura
deve ser de 40°C a 45°C; excedendo são passíveis de causarem lesões
teciduais, e sendo abaixo, podem não atingir o efeito desejado.
- oxidação dos alimentos
- calafrio; tremor faz a queda de
glicogênio, contração isométrica e produção de
calor.
- banho quente
- bebidas aquecidas
- alimentos energéticos
- agasalhos
- exercícios ou movimentos
- aumento de temperatura local
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
0
naturais
artificiais
- Termodinâmica
É a parte da física que estuda a mudança de calor em trabalho.
1o. Princípio: “Se um sistema recebe energia esta deve ser armazenada
ou fornecida ao ambiente sob forma de trabalho.”
2o. Principio: “O calor passa espontaneamente dos corpos de maior
temperatura para a de menos temperatura.” (Clausius). Só é possível
transformar calor em trabalho quando se dispõe de duas fontes de calor em
temperaturas diferentes.
- Transferência de calor
1. Termoterapia por condução
- dois objetos que estão em contato físico
- de um objeto de maior temperatura para a de menor temperatura
- mais efetivo em objetos sólidos
Exemplo: Banho de parafina, bolsa de água quente e compressas. São
modalidades de aquecimento superficial, se limitam a região cutânea,
alcançando a profundidade de 1 cm.
2. Termoterapia por convecção
- é o movimento de moléculas no meio fluídos (líquido ou gases)
- se da por diferença gravitacional as moléculas
- são também consideradas formas de calor superficial
Exemplo: Hidroterapia (turbilhão), Forno de Bier, Fluidoterapia (sauna e banho
de vapor).
3. Termoterapia por conversão
- trata-se da conversão de energia elétrica ou sônica em calor (fótons)
- tem como base o efeito Joule
- utiliza a resistência dos tecidos, quando da passagem da corrente elétrica
para produção de calor.
Exemplo: Ondas Curtas, Microondas, Ultra-som (calor profundo) e Infra-
vermelho (calor superficial)
MODO PRINCIPAL
DE
TRANSFERÊNCIA
TÉRMICA
MODALIDADE
Condução -bolsas quentes
-banho de parafina
Convecção -Fluidoterapia
-Hidroterapia Calor superficial
-Ar Umidificado
Conversão -Calor radiante
-laser
-Microondas
-Ondas Curtas Calor profundo
Ultra-som
 Segundo Lehman,JF, De Lateur, BJ, 1990 apud Kitchen e Bazin,1998
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
1
Propriedades térmicas das substâncias e dos tecidos
Na termorregulação, o calor é trocado por processos de transferência por
condução, convecção, radiação e evaporação entre a superfície corporal e o
ambiente, de modo que a temperatura central do corpo permanece constante, e
é mantido um equilíbrio entre a produção de calor interno (metabólico) e a perda
(ou ganho) de calor ao nível da superfície da pele.
Calor superficial
São consideradas modalidades de calor superficial os que limitam à
região cutânea, alcançando a profundidade de 1 a 3 cm tendo como resposta
aquecimento local.
EFEITOS FISIOLÓGICOS GERAIS
 Produção de calor
 Vasodilatação
 Aumento do fluxo sangüíneo
 Aumento do metabolismo
 Aumento da viscosidade dos tecidos
 Diminuição da atividade do fuso muscular
 Aumento da temperatura corpórea
 Diminuição da pressão sangüínea
 Aumento da atividade das glândulas sudoríparas
 Aumento do consumo de oxigênio
 Aumento da atividade enzimática
 Diminuição da viscosidade intra-articular
 Aumento da permeabilidade celular
 Aumento da fagocitose
 Aumento da eliminação de metabólicos
 Aumento do débito cardíaco
ALGUNS EFEITOS SISTÊMICOS
 Aumento da temperatura corporal
 Aumento da freqüência cardíaca
 Aumento da freqüência respiratória
 Redução da pressão arterial
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
* Calor superficial transmitido por condução:
1. Compressas quentes
 Três toalhas embebidas em água quente, utilizadas em domicílio.
 Podem ser aplicadas em forma de pack (rocambole)
 Usando uma toalha seca para proteção contra queimaduras
 38° a 45°
 1 cm de profundidade terapêutica
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
2
 30 minutos
São um excelente meio termoterápico alternativo para utilização no
domicílio do paciente, quando este não pode se deslocar para a
clínica e não dispõe de outros meios mais eficientes.
 Bolsas de borrachas com água à temperatura
de 38° a 42°
 1 cm de profundidade terapêutica
 30 minutos
 Existe grande incidência com abertura da
tampa levando a queimadura
Muitas vezes o efeito desejado não é conseguido, em virtude da impropriedade
no modo de utilizar-se o meio terapêutico.
 São pacotes de bolsas de tecido tipo lona ou plástico com minério
(bentonita), gel de sílica ou areia. Também chamado de “termogel” (nome
comercial)
 Ficam imersos em gabinetes com água na temperatura constante de 70°
a 76°C
 Mantém-se aquecidas por 30 a 45 minutos
 Adequadas para áreas que não podem ser tratadas por imersão
 O calor úmido eleva a temperatura superficial da pele mais rápido
 Aquece 0,5 cm de profundidade de 6 a 8 minutos (2 cm em 20 a 30
minutos)
 Evita que o paciente se deita a compressa para evitar queimaduras
 Deve ser coberta por uma toalha seca
 Após aplicação a bolsa retorna ao gabinete
 Deve ser aquecidas por 30 minutos
Os principais efeitos terapêuticos destes agentes são sedantes,
relaxantes e antiinflamatórios.
INDICAÇÕES
 Mialgia
 Entorses
 Torcicolos
 Cãimbras
 Furúnculos
 Traumatismos
 Espondilalgia
 Artralgia e etc
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
3
CONTRA-INDICAÇÕES
 Edema
 Feridas abertas
 Distúrbios de sensibilidade
 Dermatites
 Processos hemorrágicos e etc
 O tanque é constituído de caixa de aço
inox com água aquecida por um resisto
(banho Maria – ou de forma direta)
 Mantém uma solução de parafina e óleo
mineral (7:1) em infusão, inicialmente na
temperatura de 70 a 80°C (para diluição)
e depois abaixa para 51 a 54°C para
aplicação
 O ponto ideal é aquele onde se forma
uma nata ao ser assoprada.
A região deve ser muito bemlimpo (lavada e escovada), para diminuir a
concentração de pele morta, fungos e outros microorganismos na solução.
O paciente deverá ser orientado do desconforto sentido nas primeiras
camadas.
Técnicas de aplicação:
 Imersões repetidas retirar e colocar a área durante 30
minutos
 Imersões contínuas a área é mantida na cuba com
temperatura de 52°C por mais 30 minutos sem retirar (é a menos tolerada mais,
a mais eficaz)
 Imergir e envolver por 6 a 10 vezes e após envolver em um
saco plástico e toalha e manter por 20 a 30 minutos
 Enfaixamento passar parafina na área, enfaixar com
atadura, repetindo este procedimento por 7 a 8 voltas, envolver com toalha por
30 minutos
 Pincelamento passar diversas camadas com pincel na área
durante 30 minutos (é o menos eficaz)
Este recurso tem ações complementares de aumentar a perspiração na
área, amaciar e umedecer a pele. 
Deve ser evitada a aplicação em infecções cutâneas, pois favorece o
crescimento de bactérias.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
4
Esterilização e limpeza da parafina - Coloca-la para ferver na
temperatura de 100°C por 10 minutos antes de qualquer aplicação. Ao final do
dia repetir o procedimento de fervura e coar com pano para reter as impurezas
INDICAÇÕES
 Artrose
 Artralgia
 Artrite (fase crônica)
 Anquilose
 Paresia
 Bursite (fase crônica)
 Mialgia
 Entorse (fase crônica)
 Prevenção de aderências
 Fibrose
 Contraturas
 Pós-imobilização
 Miogelose
 Pré-cinesioterapia
 Retrações
CONTRA-INDICAÇÕES
 Quadro agudo
 Doenças vasculares periféricas
 Distúrbios da sensibilidade
 Processos hemorrágicos
 Feridas abertas
É uma forma de hidroterapia em que usamos a água de forma
turbilhonada, a uma pressão e temperatura pré estabelecida com finalidade
terapêutica
A agitação, ou o turbilhonamento, da água é em geral conseguido às
custas de uma impulsão conseguida à base de pás ou hélices mecânicas,
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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que giram por força de um motor, ou por injeção sob pressão de ar
comprimido dentro do tanque, ou da banheira.
Os benefícios efeitos produzidos pelos banhos de turbilhão resultam da
ação combinada do calor e da suave massagem da água.
Temperatura:
 32°C – tonifica os músculos
 37 a 38°C – relaxamento muscular
 38 a 40°C – vasodilatação; aumento da circulação sanguínea; diminuição
da pressão arterial; aumento do metabolismo; é mais sedante e
analgésico.
 Abaixo de 25°C – pode ser usado no tratamento de regiões edemaciadas.
A pressão do jato de turbilhonamento pode ser regulado para mais ou para
menos, e deve ser utilizados por massageamento da região, dessensibilização
de coto, diminuição de aderências e fibroses, e alívio de contratura muscular.
Tipos de turbilhão:
Para membros inferiores, para membros superiores e de meio decúbito.
Materiais e acessórios:
 O gabinete que contém a água pode ser de aço inoxidável, de fibra de
vidro, ou cimento revestido com azulejo. 
 Deve possuir uma válvula para entrada e saída da água
 Termômetro
 Termostato
 Adaptações para posicionar o paciente
 Cadeira giratória
 Jato turbilhonável (com regulagem)
 Resistência elétrica para aquecimento da água
Tempo de tratamento:
Em torno de 20 a 40 minutos
Técnica de tratamento:
 Limpar a área com água e sabão neutro ou solicitar ao paciente que faça
uma ducha antes do tratamento
 Direcionar o jato em toda a extensão do segmento, mudando sua posição
por algumas vezes durante o tratamento, ou realizar movimentos durante
todo o período de tratamento.
 Deve-se fornecer meios ao paciente para que possa enxugar a região
após tratamento
 É recomendável que se junte à água uma substância anti-séptica. Na falta
de uma droga mais adequada, pode ser usada uma solução de
permanganato de potássio, bem diluída.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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 É recomendável que se troque a água ao iniciar um novo dia de trabalho
e pelo menos mais uma vez ao dia durante as sessões de tratamento.
 Pode ser usados o turbilhão com água com gelo, onde há associação da
crioterapia e da massagem de turbilhão.
CUIDADOS E PRECAUÇÕES
 Observar o estado geral do paciente durante o tratamento, principalmente
nos turbilhões de meio decúbito.
 Evitar deixar o paciente sozinho
 Não ligar a resistência com o aparelho sem água
 Evitar que o paciente toque na resistência
 Evitar anti-sépticos espumantes
 Evitar pacientes com doenças contagiosas
 O piso da área deve ser antiderrapante.
INDICAÇÕES
 Artralgia
 Artrite
 Anquilose
 Contusão
 Contratura
 Coto doloroso
 Distensão
 Espasticidade
 Hipertonia
 Fibrose
 Pré cinético
 Mialgias e etc.
CONTRA-INDICAÇÕES
 Estado febril
 Processo inflamatório agudo
 Edema
 Doenças dermatológicas
 Feridas abertas e etc
Os fornos comercializados são
equipamentos com um termostato, que mantém a
temperatura constante dentro do forno,
promovendo maior segurança à terapêutica.
Nos fornos de Bier desprovidos de
termostato, a temperatura interna, após 20 ou 30
minutos de uso, pode ultrapassar com a finalidade
a casa dos 150°C; mais que suficientes para
provocar sérias queimaduras no paciente. 
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Para “contornar este problema”, algumas clínicas promovem o
“tratamento termoterápico” de 15 minutos. Evitam a queimadura do paciente,
mas o efeito terapêutico é pequeno.
A utilização do Forno de Bier deve ser sempre com a região a tratar
desnuda, entretanto quando o Forno não dispuser de controle eletrônico de
temperatura (termostato) ou parte do corpo do paciente ficarem próximas às
placas de ardósia, aconselha-se a envolver a região tratada com uma toalha
felpuda úmida, e ligar o Forno durante 30 minutos; pois além de promover
segurança contra possíveis queimaduras pela alta temperatura interna do forno
ou ainda placas de ardósia que tendem a aquecer, a toalha úmida “hidrata” o
segmento tratado, em virtude da intensa sudorese causada pelo calor do Forno.
EFEITOS
 Relaxante
 Analgésico
 Calor superficial
 Descontraturante
 Aumento da circulação
 Favorece a regeneração
 Aumento do metabolismo
 Vasodilatação (por interferência do SNC
INDICAÇÕES
 Artralgia
 Artrose
 Artrite (f. crôn)
 Anquilose
 Braquialgia
 Contratura
 Contusão
 Ciatalgia
 Distensão (f. crôn)
 Entorse (f.crôn)
 Espondilite
 Fibrose
 Fibromialgia
 Lombalgia
 Mialgia
 Tendinite (f.crôn)
 Pós-gesso
 Pré-cinésio
 Transtornos tróficos leves
 Tendinite(f.crôn)
CONTRA-INDICAÇÕES
 Edema
 Flebite
 Isquemias
 Estados febris
 Gestante (r. lombar)
 Áreas anestesiadas
 Perda de sensibilidade
 Período menstrual (r. lombar)
 Processo inflamatório agudo
 Deficiência circulatória grave
 Infecção renal e urinária (r.
lombar)
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
8
CUIDADOS
 Com a temperatura
 Com a resistência
 Com a sensibilidade
 Em peles sensíveis (usar toalha seca)
 Em peles ressecadas (usar toalhas úmidas a 38°C)
 Com a freqüência cardíaca, respiratória e PA
 Com crianças e idosos
 Observar sempre a largura e altura do Forno de Bier
 Conceito:
São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido
humano, cujas faixas terapêuticas encontram-se na faixa entre 1 Mhz e 3 Mhz. 
Esta ação mecânica (pressão), sofre o cristal, provoca a emissão de
ondas ultra-sônicas com freqüência igual à corrente recebida oucorrente que
incide sobre o cristal dentro do transdutor (efeito piezoelétrico). 
Produzem uma ação mecânica vibratória nas células, podendo ter
freqüência de 870 KHz a 1 MHz (ação mais profunda) e 3 MHz (ação mais
superficial).
 Características biofísicas
 PROPAGAÇÃO – As ondas sonoras necessitam de um meio para
se propagarem. Não se propagam no vácuo.
 ONDAS DE COMPRESSÃO/DESCOMPRESSÃO (TRAÇÃO) – É o
modo como se propagam pelo meio, as ondas ultra-sônicas.
 IMPEDÂNCIA ACÚSTICA – Resistência oferecida pelos tecidos à
passagem das ondas ultra-sonoras. Cada tecido tem uma impedância acústica
diferente.
 REFLEXÃO – Se dá quando uma onda emitida volta ao meio de
origem, conversando sua freqüência e velocidade. A reflexão em uma superfície,
ocorre quando as impedâncias acústicas dos meios forem diferentes. Se os dois
meios possuírem a mesma impedância acústica isto não ocorrerá.
A energia refletida é sempre menor que a energia incidente. Quanto maior a
diferença das impedâncias acústicas dos meios (tecidos), maior será a
quantidade de energia ultra-sônica refletida.
 REFRAÇÃO – Se dá quando uma onda emitida, passa para
outro meio (interfaces diferentes) sofrendo mudanças na velocidade, mas
1
conservando sua freqüência. A onda de som penetra no tecido ou interface à um
ângulo (chamado de ângulo de incidência) e sai destes tecidos ou interface a um
ângulo diferente (ângulo de refração).
O feixe ultra-sônico deverá ser aplicado sempre perpendicularmente à superfície
de tratamento, pois um desvio maior que 15° do raio incidente com a linha
perpendicular (α I) provoca um ângulo de refração de maneira tal que, a onda
incidente terá parte refletida e o restante refratada em direção paralela a
superfície ou interface, tornando o tratamento inócuo.
 DIFRAÇÃO – É a característica do som em contornar
obstáculos.
 ABSORÇÃO – Capacidade de retenção da energia acústica do
meio exposto às ondas ultra-sônicas, onde são absorvidas pelo tecido e
transformadas em calor.
A absorção do ultra-som ocorre à nível molecular. Esta absorção de ultra-som
dentro do meio ocorre quando a energia vibracional é transformada em energia
molecular ou em movimentos moleculares aleatórios. Proteínas são as que mais
absorvem.
O ultra-som é bem absorvido por:
 Proteína em tecido nervoso
 Ligamentos
 Cápsula intra-articulares
 Tendões com alta concentração de colágeno
 Proteína no músculo
 Hemoglobina
O ultra-som não é bem absorvido pela:
 Pele
 Gordura
A absorção resulta em aquecimento do tecido e então, tecido com alto conteúdo
protéico se aquece muito mais que tecidos adiposos ou epiteliais.
Princípios:
 ↑ de temperatura = ↑ de absorção
 ↑ da freqüência = ↑ de absorção (quanto maior a freqüência,
menor o comprimento de onda, maior será a absorção
superficial 
OBS: A absorção no ultra-som de 3Mhz é maior por que o tempo de relaxamento
das estruturas à passagem das ondas ultra-sônicas é menor, conseqüentemente
absorvem maior quantidade de energia.
 ↑ da freqüência → o efeito térmico é ainda maior
(superficialmente).
2
Nos casos de lesões profundas, não é aconselhável o prévio aquecimento
superficial da região, pois com a elevação da temperatura dos tecidos
superficiais ocorre maior absorção de ultra-som diminuindo portanto a
efetividade em tecidos profundos.
Quando se deseja tratar com eficiência as lesões profundas é aconselhável o
resfriamento da área (gelo).
OBS: ↑ da temperatura superficial do tecido = ↑ da absorção do ultra-som na
superfície da pele = ↓ da penetração em tecidos profundos, portanto: gelo para
estruturas profundas; aquecimento para estruturas superficiais.
 EFEITO PIEZOELÉCTRICO – É o efeito que se obtém quando se aplica
uma tensão elétrica sobre um cristal, onde o mesmo se deforma (se comprime e
se dilata) de acordo com o ritmo da corrente, se convertendo num potente
radiador de ultra-sons.
OBS: Atualmente os cristais utilizados nos aparelhos de ultra-som são os cristais
cerâmicos, e os mais empregados no mundo inteiro são os de PZT (Titanato
Zirconato de Chumbo). A liga entre chumbo, zircônio e titânio é um excelente
sintético pela sua durabilidade e eficiência em converter corrente elétrica em
vibrações mecânicas, ou seja, os cristais cerâmicos possuem maior estabilidade
estrutural, maior rendimento acústico, maior resistência à queda, e menor preço.
Os cristais de quartzo não são mais utilizados.
 INTERFACES – São as diferentes estruturas por onde trafegam as ondas
ultra-sônica durante a terapia; possuem impedância acústica diferente.
 ATENUAÇÃO – Quando se tem a penetração da onda ultra-sônica,
vamos ter as perdas que acontecem até chegar a um ponto chamado de
atenuação, ou seja a amplitude e intensidade diminuem a medida que as ondas
de ultra-som sob a forma de feixe passam através de qualquer meio. Esta
diminuição de intensidade é causada pela difusão de som em um meio
heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pela absorção do meio. O
feixe tem sua intensidade original reduzida pela metade a determinada distância,
a qual é chamada de “Half-Value-Distance” (D/2). O D/2 depende da natureza do
meio e da freqüência das ondas. Ondas de freqüência altas são absorvidas mais
rapidamente e possuem menor D/2 do que freqüências baixas. Quanto mais alta
for a freqüência, menor será o comprimento da onda e maior será sua absorção.
Cada tecido possui valores diferentes de atenuação, conforme a tabela abaixo:
TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2)
1 Mhz 3 Mhz
Osso 2,1 mm
Pele 11,1 mm 4,0 mm
Cartilagem 6,0 mm 2,0 mm
Ar 2,5 mm 0,8 mm
Tendão 6,2 mm 2,0 mm
Músculo 9,0 mm
24,6 mm
3,0 mm (tec. Perpendicular)
8,0 mm (tec. Paralelo)
Gordura 50,0 mm 16,5 mm
Água 11500,0 mm 3833,3 mm
3
OBS: ↑ da freqüência = ↑ do coeficiente de atenuação
 EFEITO TIXOTROPO – Consiste na propriedade que apresentam os
ultra-sons de liquefazerem algumas substâncias em estado gelatinoso.
 CAVITAÇÃO – 
 Estável: As bolhas que são formadas nos líquidos orgânicos
sofrem ação das ondas sonoras, na fase de compressão (são
comprimidas) e de tração (aumentam sua área).
 Instável: Se a intensidade for muito elevada ou o feixe ultra-sônico
ficar estacionário vai acontecer um colabamento dessas bolhas e
elas vão ganhando energia, e entram em ressonância, até que
“explodem” (devido ao ganho muito grande de energia) e isso
provoca aquecimento muito grande a esse nível, com lesão celular
ou tecidual.
OBS: A cavitação pode ser visualizada ao colocarmos um pouco de
água sobre o cabeçote e ligarmos o aparelho.
 CAMPO PRÓXIMO – Caracterizado por falta de uniformidade da
intensidade, podendo acarretar em lesões tissulares. Podemos torna-las
mais uniforme movimentando o cabeçote durante a aplicação.
 CAMPO DISTÂNTE – Caracterizado por serem mais uniformes, por
pequena interferência, possuindo grande divergência. É menor em ultra-
som de freqüência de 3 Mhz. Não produzem riscos de lesão na aplicação
direta e tem seus riscos diminuídos na aplicação subaquática através de
aproximação do cabeçote da superfície tratada.
 ONDAS ESTACIONÁRIAS – Poderão ocorrer se parte das ondas de ultra-
som viajando através do tecido, forem refletidas por uma interface entre
meios com impedância acústica diferentes. E se as ondas que incidem na
interface são refletidas se tornam superpostas a tal ponto que seus picos
de intensidade se somam.
 Propriedades do Ultra-Som Terapêutico
A área de radiação ultra-sônica do cabeçote é igual a área total do cristal,
e chama-se ERA (Área Efetiva de Radiação). E neste caso deve haver um
“desconto” dessa radiação correspondente a área que compreende a borda do
cristal, além disso devemossaber que se houver defeito na colagem do cristal
ao cabeçote (diafragma) e ocorrem espaços vazios a radiação emitida será
menor.
Os ultra-sons têm a propriedade de prevenir contra toda e possível lesão,
em algumas regiões do corpo, por meio da dor perióstica, que se manifesta
sempre antes de ocorrerem lesões irreversíveis.
Para as aplicações do ultra-som se faz necessário a interposição, entre o
cabeçote e o objeto (epiderme, bolsa d’água, outros dispositivos), de uma
substância de acoplamento. As substâncias de acoplamento normalmente
utilizadas são água, vaselina, pomadas medicamentosas, géis, etc.
No implante metálico, 90% de radiação ultra-sônica que chega é refletida,
e concentra-se nos tecidos vizinhos (ondas estacionárias). Por não se saber
4
qual a quantidade de energia ultra-sônica que é absorvida por estes tecidos,
alguns profissionais contra-indicam este procedimento para se resguardarem de
possíveis acidentes que poderiam causar lesões, mesmo utilizando intensidades
dentro da faixa terapêutica. O ultra-som NÃO aquece o implante metálico.
Situação semelhante à descrita acima ocorre na superfície óssea, com 70% de
reflexão das ondas ultra-sônicas.
O Ultra-som utilizado na fisioterapia pode ter freqüência de 1 Mhz e ou 3
Mhz:
☻ 1 Mhz – para lesões profundas
☺ 3 Mhz – para lesões superficiais
O Ultra-som pode se de modo CONTÍNUO ou PULSADO .
CONTÍNUO
 Ondas sônicas contínuas
 Sem modulação
 Efeito térmico
PULSADO
 Ondas sônicas pulsadas
 Modulação em amplitude
 Efeitos térmicos minimizados (quanto menor o tempo de pulso, menor o
calor produzido.)
- 1/5 → sub agudo
- 1/10 → agudo
- 1/20 → muito agudo
EFEITOS FISIOLÓGICOS
 Efeito mecânico
 Aumento da permeabilidade da membrana
 Efeito térmico
 Aumenta a síntese de colágeno
 Aumenta a atividade enzimática das células
 Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos e ricos
em colágeno
 Vasodilatação
 Aumento do fluxo sanguíneo
 Aumento do metabolismo
 Ação tixotrópica
 Ação reflexa
 Liberação de substâncias ativas farmacológicas
 Aumento da taxa da síntese de proteína.
5
EFEITOS TERAPÊUTICOS
 Antiinflamatório
 Analgésico
 Fibrinolítico
 Destrutivo
 Reflexo
 Aumento da mobilidade articular e cicatricial
 Regeneração óssea
 Regeneração tissular e reparação dos tecidos moles
DOSIMETRIA
 A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do
tratamento
 Ao aplicar a energia ultra-sônica deve-se ter em mente:
- possibilidade de tratamento com duas freqüências
- possibilidade de interrupção periódica da oscilação. Dentro do
mesmo período, o US pulsado conduz a uma dose menor que o
contínuo.
- Na maioria dos aparelhos, a intensidade se expressa como
potência por área superficial (W/cm²).
- Uso de cabeçotes de tratamento com tamanhos diferenciados. A
dosagem também é diferente.
- Deve-se entender sempre que a “área efetiva de radiação” (ERA)
não deve ser considerada como a área física do cabeçote
transdutor.
TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2)
1 Mhz 3 Mhz
osso 2,1 mm X
pele 11,1 mm 4,0 mm
cartilagem 6,0 mm 2,0 mm
ar 2,5 mm 0,8 mm
tendão 6,2 mm 2,0 mm
músculo 9,0 mm
24,6 mm
3,0 mm (tec.
Perpendicular)
8,0 mm (tec. Paralelo)
(labor.)
gordura 50,0 mm 16,5 mm
água 11500,0 mm 3833,3 mm
Ex 1: Aplicação de US (1 Mhz) numa bursa
- US 2 W/cm² (gordura=20mm + músculo=9 mm + bursa)
 2: Aplicação de US em sinovite na palma da mão
- US 2 W/cm² (pele=5,5mm + gordura=10mm + tendão=6mm +
articulação)
 3: Aplicação de US em mialgia em glúteo médio
6
- US 3W/cm² (pele=5,5mm + gordura=30mm + músculo)
 O tempo de aplicação do US: calcula a área a ser tratada e divide pela
ERA do US. EX: 8cm de comprimento por 5cm de largura, com um
cabeçote de 4cm² de ERA (Área/ERA). 40/4=10min.

TÉCNICA DE PENETRAÇÃO
É a distância (ou a profundidade) a qual a intensidade sônica cai para
10% de ou valor original, ou seja, até onde podemos esperar algum efeito
terapêutico.
Tabela de profundidade de penetração com perda de 90% da
potência
1 Mhz 3 Mhz
Osso 7 mm X
Pele 37 mm 12 mm
Cartilagem/tendão 20 mm 7 mm
Músculo 30 mm
82 mm
10 mm(tec.
Perpendicular)
10 mm (tec. Paralelo)
(labor.)
Gordura 165 mm 55 mm
TABELA DE DOSIFICAÇÃO
Corresponde aos valores de dosificação com que cada estrutura tecidual
pode ser tratada, de acordo com as características da enfermidade, já
descontando as atenuações ocorridas nos tecidos adjacentes.
Quanto mais agudo menor a intensidade, quanto mais crônico maior a
intensidade que deve chegar aos tecidos.
Nervo 0,8 a 1,2 W/cm²
Músculo 0,6 a 1,0 W/cm²
Cápsula 0,5 a 0,8 W/cm²
Tendão 0,4 a 0,7 W/cm²
Bursa 0,3 a 0,5 W/cm²
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
 É imprescindível que promovamos um perfeito acoplamento entre o
cabeçote e a pele do paciente, utilizando uma substância que apresente
uma impedância acústica próxima à do tecido humano, do contrário irá
persistir uma delgada lâmina de ar, imperceptível ao olho desarmado,
entre o cabeçote e a pele, formando uma interface que irá refletir, quase
que totalmente, o feixe ultra-sônico.
 É padronizado mundialmente que o US contínuo deve ser usado até 2
W/cm² pois senão ocorrerá lesão de estruturas superficiais. E o US
pulsado só poderá ser usado até 3 W/cm², para não causar lesão
tecidual.
7
 O US pulsado consegue atingir estruturas mais profundas porque a
potência máxima utilizada é maior que no US contínuo; e pode ser usado
na inflamação aguda pois é considerado atérmico.
 Antes de ser utilizado, o US, torna-se necessário submeter o aparelho a
um teste para se verificar se ele realmente está gerando energia
necessária para a terapêutica. É clássico, neste caso, a Prova da Névoa,
que consiste na colocação de algumas gotas de líquido (água, álcool,
soro fisiológico, etc) sobre a superfície do cabeçote e, após ajustarmos o
controle de potência, deve haver a formação de uma “névoa” fina sobre a
superfície do cabeçote.
 O uso do redutor facilitaria o tratamento em áreas de difícil acesso
(cóccix) ou irregulares (extremidades). Mas está totalmente desacreditado
por profissionais, pelo fato de existir a possibilidade de ficar uma bolha de
ar entre o cabeçote e o redutor, que reduziria muito a eficácia terapêutica.
O melhor é utilizar o cabeçote com a “forma reduzida”.
 Nas aplicações que utilizam água, deve ter a preocupação de utilizar
água fervida para que perca os gases que nela estão dissolvidos, pois a
formação de bolhas na superfície do cabeçote constituir-se-á em uma
interface que refletirá, quase que totalmente o feixe ultra-sônico. E uma
vez fervida, deve-se evitar agitar a água para que ela não absorva
novamente os gases.

AS TÉCNICAS DE APLICAÇÃO MAIS UTILIZADAS :
1. Contato direto: Nesta técnica o cabeçote fica em contato direto com a
pele do paciente, entretanto se faz necessário a utilização de uma
substância de acoplamento visando minimizar os efeitos da reflexão.
(pomada de petróleo, óleo mineral, vaselina, gel industrializado-mais
eficaz-).
 Dinâmica: onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser
tratada com movimentos circulares, longitudinais ou transversais
que superpõem, realizados de forma homogênea e com ritmo
lento.
 Estática (ou Fracionária): onde o cabeçote fica parado sobre a
região a ser tratada. Normalmente é utilizado para regiões
pequenas (tendinites, lesões segmentares, etc.) Deve-se observar
intensidade e tempo de utilização menores que utilizados na
técnica dinâmica (intensidade menor que 1 W/cm²).
 Semi-estática: Utilizada em áreade pequena extensão, onde são
realizados movimentos de pequena amplitude. 
2. Subaquática: não há necessidade, nem é importante que o cabeçote
toque a pele do paciente, devendo ficar a 1 ou 1,5 cm de distância.
3. Bolsa de água: Deve-se utilizar uma substância de acoplamento entre a
pele e a bolsa, e entre a bolsa e o cabeçote.
4. Fonoforese: consiste no método direto, utilizando um medicamento em
forma de gel como meio de acoplamento. Há uma potencialidade dos
efeitos do US pelo medicamento utilizado, que é absorvido pela pele. 
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5. Reflexo segmentar: Mesma técnica do método direto, porém estimula-se
as raízes nervosas paravertebrais, segundo o segmento que queremos
estimular (parestesias em MMSS/MMII, ciatalgia, estimula órgãos, etc).
INDICAÇÕES
 Após 24 à 36 horas trauma agudo (danificar vasos sanguíneos em
recuperação.
 Fraturas
 Lombalgias, lombociatalgias, cervicobraquialgias
 Espondilites, tendinites, bursites, artrite, capsulite
 Hipertrofia muscular reflexa
 Processo fibróticos
 Pós amputação
 Processos calcificados
 Distensão
 Entorses
 Neuralgia, neurite
 Úlcera de decúbito (pulsado e 3Mhz)
 Traumatismos em órgãos internos
 Anomalias da pele
 Contratura de Dupuytren
 “feridas abertas”
 celulite (3 Mhz)
CONTRA INDICAÇÕES
 Áreas isquêmicas
 Aplicações a nível dos olhos
 Útero grávido ou menstruação
 Sobre área cardíaca
 Alguns tecidos moles
 Tumores malignos
 Epífises férteis
 Testículos/gônadas
 Prótese com metilmetacrilato
 Sobre varizes, principalmente trombosadas
 “osteoporose” grave
 inflamação séptica
 lesão pós traumática aguda
 diabetes melitus (relativa) qdo grave- ↑ glicose, fadiga.
 “tecido em fase de regeneração” (relativo)
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CONCEITO:
É uma corrente de alta freqüência, cerca de 30 Mhz (27,33 Mhz), e
produz ondas eletromagnéticas com um comprimento de 11 metros. Seu
funcionamento é com um pêndulo, pois os elétrons ora se movem para um lado,
ora para outro. A polaridade muda de posição tão rapidamente que não chega a
estimular os nervos motores.
CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS:
1. Fenômeno D’Arsonval - D’Arsonval pegou várias correntes elétricas, e
aplicando num segmento corpóreo, foi aumentando a freqüência seletivamente.
Na baixa freqüência tinha contração muscular, na média tinha um pouco de
contração e um pouco de efeito calórico, quando chegava na alta freqüência não
aparecia o efeito contrátil e somente se conseguia o efeito calório.
2. Efeito Joule – Geração de calor proporcionado pela passagem de
corrente de alta freqüência pelas estruturas orgânicas.
3. Experiência de Shiliephake – Pegou 3 (a, b, c) reservatórios contendo
água e um reservatório de ondas curtas. Em seguida colocou eletrodos de
Shiliephake e observou o seguinte:
A) Quando os eletrodos estavam bem próximo ao reservatório,
havia o aquecimento maior nos reservatórios da periferia (a, c)
B) Quando ele afastava os eletrodos , havia o aquecimento nos 3
reservatórios (a, b, c)
Shiliephake concluiu que se quiser aquecer estruturas localizadas mais
profundamente devemos afastar os eletrodos da pele.
4. Ausência de fenômeno eletrolítico – Nas correntes de alta freqüência não
é verificado fenômeno eletrolítico (como nas correntes de baixa freqüência –
corrente galvânica).
Experiências ocorridas com o OC, água e solução salina mostraram que havia
variações no amperímetro, mas não havia formações de bolhas ou de radicais
que comprovassem o fenômeno eletrolítico.
5. Ação do campo eletromagnético (espaço onde exerce o magnetismo sob
influência de cargas elétricas/ fenômeno elétrico) – Sabemos que qualquer corpo
condutor ao ser submetido a um campo eletromagnético gera em si uma
corrente elétrica, este efeito de indução nos aconselha a evitar, durante o
tratamento, a presença de peças metálicas e aparelhos de precisão (marca-
passo, relógios, aparelhos eletrônicos, etc) –é o caso de precaução de mulher
grávida- no espaço de influência das OC (4,5m). Em decorrência disso alguns
profissionais preconizam que o paciente deverá retirar todos os objetos
metálicos do corpo, e mesmo aqueles que não estejam no campo de aplicação
(entre as placas). Entretanto, outra corrente de profissionais afirma que não
deve haver uma atitude de excessivo zelo, que obriga a retirada de brincos e
10
colares dos pacientes, durante um tratamento com OC em regiões distantes, ou
seja só devemos só devemos tirar os objetos metálicos que estão sob a região a
ser tratada. Pois a ação do campo eletromagnético fora do campo de aplicação
(entre as placas) não seria suficientemente intensa para gerar nas peças
metálicas uma corrente elétrica.
6. Transmissão das ondas eletromagnéticas (aceleração de uma carga
elétrica num campo magnético causando perturbação móvel no espaço) – Os
materiais que se deixam influenciar com facilidade pelas ondas eletromagnéticas
são chamados de FERROMAGNÉTICOS (por exemplo: o ferro, o aço e ligas
metálicas especiais).
Aqueles que apresentam algumas “dificuldades” a influência das ondas
eletromagnéticas são chamados de PARAMAGNÉTICOS (por exemplo: alguns
metais e ligas que podem ser imantados e logo depois perdem essa propriedade
(como o ferro doce)).
Os materiais que NÃO são influenciáveis pelas ondas eletromagnéticas
são denominados de DIAMAGNÉTICOS (por exemplo: madeira, plástico,
borracha, etc).
Se nós submetermos dois materiais à influência do campo
eletromagnético, ao mesmo tempo todo o campo tenderá a se propagar pelo que
apresentar propriedades ferromagnéticas. Por exemplo: num paciente que esteja
sendo tratado através de OC. Se ele estiver deitado em cama de madeira, ele é
considerado paramagnético e a cama ferromagnética. Logo, o campo será
desviado para cama, em lugar de agir sobre o paciente, tirando o “rendimento”do
tratamento. Há controvérsias quanto à presença do colchão ou estofamento, se
inibe o desvio ou não do campo; e se a diminuição do rendimento é significante
ou não.
O principal efeito na aplicação das OC é o aquecimento dos tecidos. A
resposta dos tecidos ao aquecimento é similar, não importando a modalidade
utilizada na geração de calor, a única diferença entre OC e outros agentes de
aquecimento por condução é a profundidade onde irá ocorrer o efeito térmico.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
 Produção de calor
 Vasodilatação
 Hiperemia
 Aumento do fluxo sangüíneo
 Aumento do oxigênio na área
 Aumento do metabolismo
 Aumento de substâncias metabolizadas
 Diminuição da pressão sanguínea
 Aumento da atividade das glândulas sudoríparas
 Diminuição de viscosidade
 Influência sobre o sangue (aumento n leucócitos)
EFEITO TERAPÊUTICO
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 Ajuda na resolução da inflamação (pela produção de glob. Brancos e
aumento do exudato)
 Regenerador, cicatrizante (aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso
profundo, o metabolismo, a produção das células mitose, a cicatrização)
 Analgésico, sedante (alivia as dores pois aumenta o limiar de excitabilidade,
age no SNP)
 Espasmolítico / diminui a rigidez articular (relaxa a musculatura dando mais
suprimento)
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Tipos de eletrodos:
1. Capacitivos (Condensadores)
a)Placas capacitoras flexíveis: são placas revestidas com almofadas de material
de plástico, borracha, feltro ou espuma (são atualmente, os mais utilizados no
mercado). Possuem tamanhos variados e o espaçamento entre a pele e o
eletrodo é feito com toalha e cobertores.
b)Eletrodo schiliephake: são placas capacitoras acopladas a “braços” mecânicos
que permitem movimentos universais facilitando os posicionamentos dos
eletrodos no segmento a ser tratado. São cobertas com um envoltório de vidro,
plástico ou borracha. Estas coberturas mantém a distância entrea pele e a placa
capacitora (é ajustável). É fácil aplicação. É usado principalmente em superfícies
irregulares que dificultam o acoplamento das placas capacitoras flexíveis. Não
precisa de toalhas ou cobertores, mas a distância é de 30 cm da pele.
c)Eletrodos metálicos internos: Possui um formato especial que permite sua
introdução na vagina (abaixo do colo uterino, na porção superior do canal
vaginal) e no reto (próximo à próstata) com auxílio de lubrificante hidrossolúvel.
Um eletrodo largo, em forma de cinto, é colocado sobre o abdômem para fechar
o circuito. Os eletrodos internos devem ser os maiores possíveis para que haja
um contato completo com os tecidos ao redor. Se o contato for parcial, pode
ocorrer concentração de energia, que levará a queimaduras. É usado para
afecções nos órgãos pélvicos.
2. Indutivos (bobina indutiva):Utiliza-se uma bobina indutiva, que é colocada
em um recipiente plástico podendo ter dobradiças adaptáveis ao corpo. A bobina
promove um aumento de temperatura no tecido subcutâneo e muscular com
mesmo percentual. Existem também os eletrodos de cabo indutivo (cabo de
indução), que são aplicados sobre a região a tratar, ou enrolados em volta do
segmento. Esses eletrodos são pouco utilizados na diatermia por OC nos dias
de hoje no BR.
TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DOS ELETRODOS CAPACITIVOS:
1. Transversal
 Um eletrodo lateralmente e outro medialmente
 Um eletrodo posterior e outro anterior
 As várias camadas de tecido estão localizados uma atrás das outras em
relação às linhas do campo eletromagnético, ou seja, se encontram dispostas
em série. Nesta técnica o aumento de temperatura será maior no tecido
12
subcutâneo (adiposo) e estruturas mais superficiais que no tecido muscular
profundo e órgãos internos ricos em líquidos e proteínas.
 Esta técnica normalmente é utilizada quando se deseja atingir estruturas
mais superficiais, como por exemplo ligamento colateral do joelho, etc.
2. Longitudinal
 Um eletrodo na parte anterior da coxa e outro na região plantar (paciente
sentado);
 Um eletrodo na parte anterior da coxa e outro na panturrilha (paciente
sentado);
 Um eletrodo na região lombar e outro na posição plantar
 As várias camadas de tecido estão dispostas mais ou menos na mesma
posição do campo eletromagnético. Encontram-se dispostos em paralelo. Neste
caso a corrente seguirá o caminho de menor resistência: músculos e outros
tecidos ricos em água.
 Exemplo ligamento cruzado do joelho
3. Co-planar
 Eletrodo no mesmo plano. Estes método promoverá uma
terapêutica mais superficial
 Como em patologias da coluna vertebral o paciente deita em cima
dos eletrodos.
4. Seios frontais
 Existem eletrodos com formato especial para utilização nos seios da face;
alguns necessitam de um eletrodo dispersivo na região torácica, outros não.
Técnica capacitiva Técnica indutiva
Método do campo elétrico: as
estruturas teciduais são colocadas
dentro do circuito (entre os eletrodos
e placas.
Os tecidos são afetados por um aplicador
indutivo, que produzem um campo
eletromagnético em forma de
redemoinho.
Aquecimento mais desigual em
tecidos de 2,5 a 5 cm de
profundidade. O maior aquecimento
tende a ocorrer nos tecidos
subcutâneo e muscular superficial.
Aquecimento mais uniforme e eficaz da
camada muscular mediana. Atingem
tecidos de 5 cm de profundidade.
Tipos: Placas capacitoras flexível e
eletrodos de Shiliephake.
Tipos: mônodos (bobina) e selenóide.
Formas de aplicação: transversal,
longitudinal, co-planar, seios frontais.
Selenóide: em volta do segmento.
Mônodo: colocado sobre a área.
OBSERVAÇÕES
1. Para conseguir o máximo de profundidade térmica, devemos colocar os
eletrodos no sentido longitudinal e uma distância eletrodo e pele de  3 cm.
2. Na posição co-planar (eletrodos no mesmo plano) teremos aquecimento
mais superficial.
b) O superaquecimento superficial é causado pela aproximação
demasiada (eletrodo-pele).
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c) O aquecimento irregular ocorre quando os eletrodos são colocados de
forma irregular ou em local irregular.
d) O uso de eletrodos excessivamente grandes conduz à localização
pobre da energia, de forma que não se consegue um bom efeito.
e) Existem 3 fatores que interferem na localização da densidade de
energia das OC:
 Distância eletrodo-pele: quanto mais próximo mais superficialmente
se concentrará a energia das OC nas estruturas tratadas (tecido
subcutâneo) e vice-versa.
 Tamanho dos eletrodos em relação um com o outro e com a parte
do corpo a tratar: com eletrodos de tamanhos diferentes há concentração
de energia no eletrodo menor.
 Localização dos eletrodos em relação um com o outro e com o
corpo: quando se usa eletrodos de tamanhos diferentes e com distâncias
eletrodo-pele diferentes a tendência é que a concentração de energia se
dará no eletrodo menor e na distância menor.
f) Nas partes do corpo de forma crônica ocorre também o seguinte:
 Se os eletrodos estiverem localizados paralelos entre si, existirá
uma concentração de energia, no local onde os eletrodos se encontram
mais perto da pele.
 Se os eletrodos estão localizados sobre a superfície do corpo,
geralmente não serão paralelos entre si e existirá uma concentração de
energia onde os eletrodos estiverem mais perto um do outro (efeito
borda).
 É aconselhável evitar ambas situações extremas e conseguir um
efeito mais uniforme, de forma que os eletrodos deverão colocar-se em
uma posição onde sejam paralelos um ao outro e á pele.
 Existem outros vários fatores que influenciam o comportamento
das linhas do campo; quando se trata uma parte do corpo pontiaguda, se
obtém uma concentração alta de energia no ponto mais próximo ao
eletrodo (deve-se evitar).
DOSEMETRIA (DOSE-POTÊNCIA)
A dosagem vai depender da escala de Schiliephake e também da
sensação de calor referida pelo paciente; da fase que se encontra a enfermidade
(aguda ou crônica). Entretanto, existe uma intensidade terapêutica que é usada
com freqüência no tratamento de OC, que gira em torno de 70mA durante 30
minutos (intensidade de segurança). 
Podendo ser usada em casos crônicos usando calor médio e calor forte
por 15 à 20 minutos e na fase aguda usando calor muito débil e o calor débil por
5 a 10 minutos.
Escala de Schiliephake:
I – CALOR MUITO DÉBIL – Imediatamente abaixo da sensação de calor ou
abaixo do limiar de sensibilidade (aguda).
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II – CALOR DÉBIL – É a sensação de calor imediatamente perceptível (sub
aguda).
III – CALOR MÉDIO – É a sensação clara e agradável de calor (sub aguda).
IV – CALOR FORTE – É a sensação de calor no limite de tolerância (crônica).
TEMPO DE TRATAMENTO
Fase aguda  10 à 15 minutos
Fase sub-aguda  15 à 20 minutos
Fase crônica  20 à 30 minutos
Dose Sensação da
temperatura
Indicações
I Calor muito débil Traumatismo agudo, inflamação aguda,
redução de edema
II Calor débil Infamação subaguda
III Calor médio Síndromes dolorosas, espasmos
musculares, aumento da irrigação
sangüínea.
IV Calor forte Estiramento dos tecidos rico em
colágenos.
SINTONIA
No tratamento com OC, a sintonia do aparelho é de fundamental
importância pois a eficácia terapêutica está diretamente ligada a ela.
Devemos sintonizar o aparelho da seguinte forma:
 Colocar os eletrodos a uma distância de 3cm da pele, levando em
conta o feltro,e toalha.
 Elegemos uma potência segundo a escala de Schiliephake (dose), ou
a 70 mA.
 Giramos o botão de sintonia (à direita ou esquerda) de modo que o
ponteiro do miliamperímetro vá se movimentando no sentido horário.
Quando o ponteiro atingir o máximo de deflexão, ele retornará
levemente no sentido contrário. Basta, neste momento, apenas giraro
botão da sintonia para o lado oposto inicial que o ponteiro voltará à
posição de máxima deflexão para a potência utilizada.
 Alguns aparelhos possuem uma coluna de lâmpadas que ficará
totalmente luminosa ao ser sintonizado.
 A sintonia deverá estar relacionada com a sensação de calor
desejado, por isso se não conseguirmos o calor desejado, tipo da
escala de Schiliephake, devemos mudar a posição dos eletrodos, seu
tamanho, observar a distância eletrodo-pele ou ainda a distância entre
os cabos.
 Se mudarmos a posição dos eletrodos, o tamanho dos eletrodos, a
distância eletrodo-pele ou a dose, deveremos sintoniza-lo novamente.
 A confirmação da sintonia ou a própria sintonia (em aparelhos
desprovidos de dispositivos específicos) pode ser feita utilizando uma
lâmpada fluorescente que é colocada sobre os cabos enquanto o
15
aparelho estiver ligado. A sintonia ideal se dará quando a lâmpada
atingir a luminosidade máxima.
OBS: Os cabos devem estar afastados um dos outro, em hipótese alguma
se cruzam ou se tocam.
PRECAUÇÕES
 Evitar usar próximo a aparelhos de corrente galvânica;
 Remova objetos metálicos do campo da aplicação;
 Transtornos cardíacos;
 Evitar gotas de suor na pele (usar toalhas);
 Nas aplicações sobre a face deve-se retirar lentes de contato;
 Aplicações sobre as gônadas devem ser evitadas;
 Os implantes metálicos são contra-indicados, apenas se uma corrente
significativa alcançar o implante;
 Período menstrual
 O paciente não deve movimentar-se durante o tratamento;
 Epífises férteis;
 Presença de DIU, contra-indicado na região do baixo ventre;
 Entre os cabos e a pele do paciente deve-se colocar uma toalha;
 Evitar macas e cadeiras metálicas.
 Utilizar o teste de Néon para verificar os vazamentos de corrente
OBS: As queimaduras de OC são bastante graves, pois atinge os estratos
mais profundos, quase sempre provocando fístulas de cicatrização bastante
lenta.
CUIDADOS
 Com a sensibilidade
 Com a sintonia
 Com os obesos
 Com as crianças e idosos
 Com os testículos
 Com os cabos e eletrodos
 Com materiais metálicos
 Com o tempo e a dose
 Com a pele úmida (queimaduras)
 Com a distância, inclinação e uniformidade dos eletrodos
 Com mesas, cadeiras metálicas (isolar)
 Não cruzar os cabos
 Não aproximar demasiadamente os cabos (mínimo 10cm)
 Não colocar os cabos diretamente sobre a pele do paciente
 Interromper o tratamento ao primeiro sinal de vertigem, cefaléia,
hipotensão, salivação ou mal-estar
 Úlceras sujeitas a hemorragias
 Áreas hemorrágicas
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 Área expostas a Raio-X, antes de 15 dias após a exposição
 Despir a área a ser tratada
 Paciente em posição cômoda e relaxada
 Mesa, cadeira ou maca deverão ser de madeira ou possuir material
isolante
 Examinar a área a ser tratada
 Testar a sensibilidade térmica e dolorosa
 Secar a região
 Retirar materiais metálicos do paciente, como relógio, anel, pulseira,
correntes e audiofones
 Examinar se o paciente possui pinos, placas, parafusos ou outros
implantes metálicos
 Observar se o paciente possui marca-passo
 Explicar ao paciente as sensações de calor desejável
 Ligar o aparelho à rede urbana
 Colocar adequadamente os eletrodos a 3 cm da pele
 Fixar os eletrodos
 Colocar a dose (potência)
 Ligar o aparelho no circuito de alta freqüência
 Sintonizar o aparelho
 Marcar o tempo
 Questionar o paciente durante o tratamento (calor)
 Usar a escala de Schiliephake
 Sintonizar o aparelho durante o tratamento
 Findando o tempo, desligar o aparelho
 Retirar os eletrodos
 Examinar a área e desligar o aparelho da rede urbana 
INDICAÇÕES
 Afecções traumáticas
 Afecções musculares
 Afecções reumatológicas
 Afecções otorrinolaringológicas
 Doenças inflamatórias pélvica não infecciosa
 Doenças gênito urinárias
CONTRA –INDICAÇÕES
 Quadro inflamatório agudo
 Supurações agudas não drenadas
 Patologias com tendências hemorrágicas
 Gestantes
 Tumores malignos
 Marca-passo
 Tuberculose
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 Alterações sensitivas
 Tecidos expostos à radioterapia
 Trombose / arteriosclerose
 Doenças infecciosas
 Estado febril
 Artrose e/ ou artrite reumatóide deformante / crônica.
CONCEITO:
Trata-se de uma forma especial de ondas curtas obtidas, através da
interrupção, da saída das Ondas Curtas contínuas.
São chamadas também de ondas atérmicas (ondas curtas sem efeito
térmico), entretanto há controvérsias com relação a isso, dependendo da
freqüência de pulso que se trabalha (mais elevada) podemos ter algum efeito
térmico.
FREQÜÊNCIA DE REPETIÇÃO DOS PULSOS
a) baixa: Numa freqüência de pulsos baixa ocorre um aquecimento quando
há a passagem da corrente para os tecidos e há informação de calor. Entretanto
como o intervalo que existe de cada pulso é grande, o calor formado tende a
dimunuir, e quando começa um pulso novo o calor já dissipou, assim a
temperatura do tecido não aumenta e o paciente não sente calor algum.
b) média: Numa freqüência de pulso nem muito baixa nem muito alta (existe
uma média), ao chegar o impulso seguinte existirá um efeito térmico residual,
neste caso ocorrerá uma somação dos efeitos térmicos, mas que não será
suficiente para gerar um calor que venha a produzir efeitos
fisiológicos/terapêuticos. Ocorrerá neste caso também, uma somação dos
efeitos não térmicos.
c) alta: Numa freqüência de pulso muito elevada, onde se encurta os
intervalos entre os pulsos, o calor conseguido inicialmente não consegue
dissipar-se a tempo, pois logo chega outro pulso mantendo a temperatura, ou
seja, não se permite que a energia calórica se dissipe entre um pulso e outro,
gerando alguma forma de calor no segmento tratado.
MECANISMO DE AÇÃO
Embora o mecanismo biofísico e biológico das OC pulsáveis não estejam
claramente elucidados, parece que os efeitos se dão a nível da membrana
celular, e que estariam relacionados com a normalização dos potenciais de
membrana. As OC pulsáteis agiriam de modo a modular ou a fazer uma
normalização desses potenciais de membrana, promovendo ações sobre s
bomba de sódio e potássio.
18
Atualmente trabalha-se com resultados obtidos em diversas situações
patológicas.
EFEITOS FISIOLÓGICOS / TERAPÊUTICOS
 Acelera a reabsorção de edema / hematoma
 Acelera a consolidação de fraturas
 Acelera cura de feridas (regeneração tecidual)
 Alívio da dor aguda
 Antiinflamatório
 Estimula a circulação periférica
 Aumenta regeneração nervosa
INDICAÇÕES
 Neuropraxia
 Edemas
 Feridas, rupturas
 Fraturas
 Contusão
 Hematomas
 Quadro inflamatório
 Alteração de sensibilidade
 Transtornos circulatórios periféricos
 “implante metálico”
 Queimaduras
 Pós cirurgia plástica
CONTRA-INDICAÇÕES
 Útero grávido
 Marca-passo cardíaco, eletrofrênicos e cerebelares
 Estimuladores de bexiga
 Tumores
 “implante metálico”
DOSIMETRIA
Se a duração do pulso é fixa, e a freqüência de pulso é baixa e a potência
de pico de pulso é pequena, a potência média será baixa. Pode-se ter aumento
da potência média aumentando-se um desses valores.
Quando se usa terapia por OC pulsátil o objetivo consiste em selecionar a
maior potência possível dos impulsos uma vez que gere a menor quantidade de
calor possível.
Uma medida de produção de calor é a potência média. Com uma potência
média baixa será produzido pouco calor durante o tratamento.
Alguns aparelhos permitem a escolha da duração do pulso, outros trazem
um valor fixo.
Exemplo de alta e baixa doses: 
19
Dose Baixa
(agudos)
Dose Alta
(crônicos)
 Freqüência de pulso (F)
 Duração do pulso (DP)
 Potência de pico de pulso (PPP)
 Potência média
26
Hz
0,065ms
100 W
1,7 W
200 Hz
0,6 ms
1000 W
80 W
O tempo de tratamento dura em média de 10 à 15 minutos.
HISTÓRICO
Quando partiram para condução das microondas, pensavam na
possibilidade de se utilizar de um recurso terapêutico que conseguisse uma
penetração maior que aquela que era alcançada pelas OC e que tivesse maior
unidirecionalidade, ou seja, que não uma forma de radiação ou vibração
eletromagnética, que não se espalhasse tanto, em função do que acontecia com
os geradores de OC, principalmente quando se utilizava técnicas como eletrodos
capacitivos, onde a articulação toda era submetida a um campo energético.
No entanto, o que se conseguiu em relação à penetração do microondas
foi que não se conseguiu atingir níveis de profundidade maior do que era
conseguido com as OC.
CONCEITO
Micro ondas são vibrações eletromagnéticas, cuja freqüência encontra-se
na faixa de 300 Mhz a 300 Ghz, com comprimento de ondas na faixa de 1mm a
1m
O micro ondas terapêutico trabalha com freqüência na faixa de:
 2456 Mhz –com comprimento de ondas de 12,5 cm
 915 Mhz – com comprimento de ondas de 37,2 cm
 433,9 Mhz – com comprimento de ondas de 69 cm (não está disponível
para uso fisioterápico)
PROPRIEDADES
Uma revisão dos estudos que usavam diferentes freqüências sugere
fortemente que alguns dos aparelhos de MC usados atualmente não operam
freqüência mais efetiva. Eles foram introduzidos na terapia porque geradores
operando nessas freqüências estavam disponíveis para uso médico após a 2ª
Guerra Mundial e não porque 2456 Mhz foi considerada a melhor freqüência. Os
dados agora sugerem que a freqüência ideal é por volta de 900 Mhz ou abaixo,
minimizando o efeito do calor nos tecidos subcutâneos e aquecendo os tecidos
adjacentes mais adequadamente; o desenvolvimento de pontos de concentração
20
de calor como resultado de reflexão pelo osso é evitado em grande parte; e esta
freqüência tem uma melhor profundidade de penetração.
As micro ondas viajam à velocidade da luz, propagam-se no vácuo.
Ao atingir a superfície do corpo ou de qualquer outro material, a energia
radiante pode ser absorvida (pelo material encontrado), transmitida, refratada ao
atravessar a superfície, e refletida.
 Absorção: as ondas que não são refletidas, são absorvidas. Ocorre em maior
intensidade nos tecidos com maior quantidade de líquidos, e menor nas
gorduras.
 Refração: ocorre nos meios de densidade diferentes, quando a onda sai de um
para o outro. Há troca de direção ou velocidade.
OBS: As “curvaturas” da superfície cutânea podem promover a refração do feixe
de MC, produzindo uma convergência, que por sua vez, conduz a um aumento
da eficácia de aquecimento dos tecidos mais profundos, inclusive o músculo.
 Reflexão: as ondas ao penetrar, são refletidas com maior intensidade ao nível
da pele e dos ossos. É menor quando se utiliza aparelhos com freqüência de
915 Mhz.
OBS: A reflexão de energia ao nível da junção de tecidos com diferenças
relativamente consideráveis nas propriedades dielétricas também influencia a
distribuição da absorção das microondas, e portanto influencia também a
distribuição do aquecimento. Existem três interfaces específicas deste tipo: pele,
ar, músculo e tecido adiposo suprajacente, e osso e qualquer dos tecidos moles
adjacentes. Cada uma destas superfícies comporta-se como um espelho,
fazendo com que uma parte das MC sofra reflexão, retornando aos tecidos
suprajacentes.
A penetração das MC é proporcional ao comprimento de ondas das
radiações, e portanto inversamente proporcional à freqüência. À medida que vai
aumentando o comprimento de ondas da radiação eletromagnética, a
penetração aumenta, e a absorção ocorre nos tecidos mais profundos.
EQUIPAMENTO
1. Magnetron (Catodo central)
2. Cabo Coaxial
3. Guia de ondas
4. superfície refletora
1. PROCESSO DE OBTENÇÃO:
Há uma válvula, com um dispositivo que permite a passagem de elétrons
num só sentido. Esta válvula é especial, chamada MAGNETRON. Existe neste
Magnetron, um dispositivo que é o catodo central que uma vez aquecido passa a
emitir esses elétrons que vibram a uma freqüência pré determinada gerando
assim uma corrente de alta freqüência que é transmitida através do que
chamamos de cabo coaxial seguindo a direção do Guia de onda ou antena e a
partir daí, vão para uma superfície refletora e desta são transmitida para o
organismo.
21
A superfície refletora são os eletrodos, que podem ser de vários tamanhos
e formas, para várias áreas.
O equipamento deve ser capaz de elevar a temperatura tecidual a níveis
de tolerância e potencialmente superar o resfriamento resultante do aumento do
fluxo sanguíneo, e ser capaz de provocar uma resposta fisiológica com um
mínimo de radiação dispersada que afete órgãos sensíveis do paciente ou do
terapeuta.
2. ELETRODOS:
a) sem contato direto utilizados a uma distância de mais ou menos 10 cm.
 Retangular – podem variar consideravelmente quanto ao tamanho, e geram
uma distribuição térmica ovalada, com maior intensidade no centro;
 Circular grande/pequeno (Mônodo) – Existem modelos que geram um padrão
toroidal de distribuição de calor (em forma de “rosquinha”), ocorrendo mínimo
aquecimento na área central. Este dispositivo direcionador é o preferido para
tratamento de uma região com a protuberância óssea, ou de uma articulação
superficial, porque a parte central do dispositivo direcionador pode ser
posicionada sobre a área necessitando de menor intensidade de aquecimento.
b) contato direto alguns autores mencionam contato direto com a pele e
outros dizem que este contato até 1 cm de distância da pele. Estes eletrodos
proporcionam melhor acoplamento e menor dissipação de radiação. Podem ser
equipados com resfriamento a ar que assegura arrefecimento uniforme da pele e
elimina o aquecimento seletivo da superfície e das bordas do eletrodo.
Foram projetados para o tratamento de pequenas áreas, como a
articulação temporo-mandibular.
Aplicadores resfriados a ar, operando na freqüência de 915 Mhz, são
utilizados em contato com a pele, e são considerados como mais eficientes no
aquecimento profundo.
c) Eletrodo focal são eletrodos especiais em forma de foco, utilizados para
aplicação em pequenas áreas, de cerca de 1 a 2 cm de diâmetro.
PROPAGAÇÃO E ABSORÇÃO DAS MICRO ONDAS NOS TECIDOS
 Pesquisadores indicaram que uma grande e variável quantidade de energia
pode ser refletida na pele sob condições terapêuticas. É possível ter perdas
variáveis de mais do que 50% da energia irradiada do eletrodo, e portanto é
difícil reproduzir os efeito biológico de uma maneira confiável. A reflexão é
minimizada com o uso da mais baixa freqüência disponível de 915 Mhz, com o
uso de aplicador de contato direto, e com incidência perpendicular.
 Após o pico de temperatura ser alcançado, o resfriamento pelo aumento do
fluxo sangüíneo reduz a temperatura apesar da continuação da aplicação,
mantendo-a constante.
 As aplicações de micro ondas com freqüência 2456 Mhz para terem uma
profundidade eficiente, devem ser aplicadas em áreas onde a pele e a gordura
subcutânea tenham espessura mínima.
 Observou-se durante a exposição à freqüência de 2456 Mhz um padrão de
aquecimento indicativo de reflexão de energia e produção de um padrão de
22
ondas estacionárias na interface músculo-osso. O resultado disso pode ser
menor em freqüências ao redor ou abaixo de 900 Mhz.
 Os estudos sugerem que devido à grande quantidade de reflexão na
superfície do osso, muito pouca energia alcança a área além do osso na
freqüência 2456 ou 915 Mhz. Se o propósito for aquecer toda a articulação ela
deve ser exposta sob todos os ângulos, como é o caso da terapia com ultra-
som. As radiações eletromagnéticas de microondas podem interagir com objetos
metálicos, que podem funcionar como antenas. Portanto, peças de metal,
cadeiras ou mesas de metal não deve permanecer sob o campo de ação das
microondas. Também pode ocorrer algumas interferência elétricas com muitos
equipamentos eletrônicos. Devem ficar a distância de pelo menos 3 metros.
 AQUECIMENTO 
 Aquecimento = corrente² x resistência x tempo
 Quanto maior a corrente que passa pelo tecido menor é a resistência
oferecida pó ele, ou seja, os tecidos que oferecem maior resistência deixam
passar menor quantidade de corrente, e de acordo com a fórmula supra citada é
mais importante para que haja um aquecimento eficaz (da estrutura tratada) que
seja maior o valor da corrente que venha passar pelo tecido do que o valor da
resistência oferecida pelo mesmo.
1) A condutividade elétrica depende do conteúdo de água tecidual e de íons,
ou seja, quanto mais aquoso for o tecido maior será quantidade de corrente que
passará pelo tecido e conseqüentemente maior será o aquecimento.
Tecidos com alto condutividade Tecidos com baixa condutividade
 Sangue
 Músculo
 Suor
 Gordura
 Ligamento
 Tendão
 Cartilagem
Quanto maior estiver a temperatura nos tecidos, maior será a condutividade.
Portanto, à medida que o microondas for aquecendo a estrutura tecidual, haverá
aumento da condutividade, e conseqüentemente maior será a quantidade de
corrente que passará pelo tecido.
Portanto, numa decisão clínica para eleger um determinado recurso devemos
saber que as microondas terão um efeito de aquecimento maior em estruturas
com grandes massas musculares.
2) Existe a controvérsia de que o tecido gorduroso vivo está permeado de vasos
sanguíneos de pequeno calibre, o que poderia levar a condições apropriadas de
absorção da radiação eletromagnética e o conseqüente aquecimento.
3) Existem atualmente modelos de aparelhos de microondas que emitem suas
ondas de modo pulsado promovendo um efeito atérmico, semelhante ao do
ondas curtas pulsado.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
 Produção de calor
 Hiperemia
 Vasodilatação
23
 Aumento do metabolismo
 Aumento da circulação sanguínea
 Diminui a pressão arterial
 Aumento do oxigênio na área
EFEITOS TERAPÊUTICOS
 Regenerador tecidual
 Analgésico
 Antiinflamatório
 Espasmolítico / relaxante
 Ação reflexa
DOSIMETRIA
Depende da sensação subjetiva de calor referida pelo paciente e ainda da
fase em que se encontra a enfermidade, é baseada na escala de Schiliephake:
 Calor muito débil – fase aguda
 Calor débil – fase subaguda
 Calor médio – fase subaguda
 Calor forte – fase crônica
A maioria dos aparelhos possui um indicador de intensidade que nos permite
uma verificação da dosagem recebida pelo paciente: em doses pequenas de até
60 W, médias de até 120 W e grandes de até 180 ou 200 W.
TEMPO DE APLICAÇÃO
 Calor muito débil e calor débil – 10 min
 Calor médio e calor forte – de 15 a 20 min
Alguns autores mencionam o tempo de tratamento como uma média entre 10
e 20 minutos.
As modificações de sensibilidade durante o tratamento são freqüentes,
porém isto nunca deve ser motivo para que o terapeuta aumente a dose inicial.
Além disto, o paciente deve permanecer sempre sob controle durante o tempo
de aplicação.
São preferíveis os aplicadores refrigerados a ar porque eles evitam aumentos
indesejáveis de temperatura na pele e na gordura subcutânea.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
 Quanto de gerador: como nós trabalhamos com uma válvula, deve-se
esperar alguns minutos para que esta válvula (magnetron) se aqueça.
 O paciente não faz parte do circuito (como no ondas curtas), devem estar
o mais relaxado possível.
 A área de tratamento deve estar despida e seca.
 Deve-se retirar objetos metálicos do campo de aplicação.
 Deve-se orientar o paciente para que não se aproxime do eletrodo após
iniciado o tratamento, e que o equipamento pode produzir queimaduras e
que deve transmitir qualquer reação de calor excessivo.
24
 Após o tratamento deve-se fazer uma inspeção na área tratada, não deve
aparecer reação eritematosa, apenas rubor de pequena intensidade.
 As microondas aplicadas sobre os ossos da face ou testa,
ostensivamente objetivando o tratamento da sinusite, refletem-se nos
ossos, ocorrendo uma penetração desprezível até os seios intra-ósseos
maxilares e frontal. Afora a questão da segurança, o tratamento da
sinusite por meio de microondas é, na melhor das hipóteses, ineficaz.
 A incidência das micro ondas deve ser perpendicular à pele.
INDICAÇÕES
 Processos inflamatórios mioarticulares
 Neuropatias
 Traumatismos
 Contraturas
 Distensão musculares
 Patologias reumatológicas
 Espondilalgias
 Amigdalites, etc
CONTRA-INDICAÇÕES
 Quadro inflamatório agudo
 Supurações agudas não drenadas
 Patologias com tendências hemorrágicas
 Gestantes
 Tumores malignos
 Marca-passo
 Tuberculose
 Alterações sensitivas
 Tecidos expostos à radioterapia
 Trombose / arteriosclerose
 Doenças infecciosas
 Estado febril
 Artrose e/ ou artrite reumatóide deformante / crônica.
HIPOTERMOTERAPIA
HISTÓRICO
Hipócrates já revelava indicações em pacientes. E utilizava também com
finalidade de analgesia pós cirúrgica.
25
Jean Larré observou que operando pacientes em temperatura de 35 a 40
graus, conseguia resultados melhores (recuperação pós operatória).
Redard descobriu que o cloreto de etil analgesiava.
Trendelemburger observou que o tratamento se tornava lesivo quando
permanecia por tempo prolongado em temperatura diminuída (lesão por gelo) –
“pé de trincheira” principalmente nas extremidades. O mecanismo poderia ser
lesional.
A crioterapia se manifesta no período de1945 a 1954 com Kabat. É um
método formulado por um neurologista, que possui boa parte da técnica de
facilitação neuromuscular.
De 1984 a 1990 o professor Knight condenou o que já havia. Propôs
técnicas novas e mostrou aspectos da polêmica “vasoconstricção”. Concluiu que
o efeito básico era vasoconstricção.
CONCEITO
É o resfriamento local dos tecidos ou regiões com finalidade terapêutica. Pode
ser definida também como terapia pelo frio ou terapia fria.
O frio é um estado relativo caracterizado pela diminuição de movimento
molecular. O termo crioterapia é utilizado para descrever a aplicação de
modalidades de frio que têm uma variação de temperatura de 0°C a 18,3°C.
A crioterapia abrange uma grande quantidade de técnicas específicas que
utilizam o frio nas formas, líquida, sólida e gasosa com o objetivo terapêutico de
retirar calor do corpo.
OBJETIVO TERAPÊUTICO
O objetivo principal do uso da crioterapia é o de retirar calor do corpo.
A retirada de calor do corpo induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma redução da taxa metabólica local, promovendo assim, uma redução
das necessidades de oxigênio pela célula, preservando-a e permitindo que ela
possa ser recuperada sem lhe adicionar mais danos, do que aqueles já
instalados pela lesão primária.
Portanto, os objetivos da crioterapia referem-se à condição de
preservação da integridade da célula do tecido lesado, possibilitando assim uma
reparação mais rápida e com menos danos estruturais.
EFEITOS LOCAIS DA APLICAÇÃO DE FRIO
 Vasoconstricção
 Redução da taxa de metabolismo celular em conseqüência da
necessidade de oxigênio
 Redução da produção de resíduos celulares
 Redução da Inflamação
 Redução da dor
 Redução do espasmo muscular
26
EFEITOS SISTÊMICOS GERAIS DA EXPOSIÇÃO AO FRIO
 Vasoconstricção geral em resposta ao resfriamento do hipotálamo
posterior
 Redução das freqüências respiratórias e cardíacas
 Tremores e aumento do tônus muscular
EFEITOS GERAIS:
1) Sobre a temperatura corporal:
A temperatura superficialcai imediatamente e de forma abrupta, quando a
modalidade fria é aplicada sobre os tecidos.
A temperatura profunda cai de forma muito lenta e progressiva durante a
aplicação do frio. Sendo que quanto mais profundo for o tecido, mais lenta é a
queda da temperatura.
A recuperação total da temperatura superficial, dependendo do local do
corpo, pode levar de 1 hora a 2 horas, mas entre 20 a 30 minutos sua
recuperação já permite uma nova aplicação do frio, sem que isso possa produzir
danos estruturais.
A recuperação da temperatura profunda não ocorre imediatamente após a
retirada do frio. Pelo contrário, ela continua a cair, quase que na mesma
proporção que apresenta durante o resfriamento.
Para que aconteça o resfriamento do tecido superficial podemos utilizar
somente uma aplicação de frio, e que para resfriar o tecido profundo podemos
utilizar o frio de forma intermitente.
Fisiologicamente devemos entender que o intervalo entre uma
reaplicação e outra do frio, tem por objetivo recuperar a temperatura da pele,
para que ela não sofra danos, enquanto continuamos com a queda da
temperatura profunda.
2) Sobre a circulação sanguínea:
Diversos pesquisadores confundiram-se na aplicabilidade clínica do frio,
na relação tempo versus VC e VD. Alguns defendiam 5 minutos, outros
defendiam 10 minutos, para que terminasse a VC e começasse a VD. Estas
confusões, com certeza limitaram os efeitos terapêuticos que poderiam ter
obtidos, se aplicassem corretamente o frio.
Tirou-se conclusões importantes do que foi discutido em pesquisa até
agora, sobre os efeitos circulatórios promovidos pela aplicação do frio. Eis
algumas:
a) Não há vasodilatação durante ou após aplicações do frio
b) Só há vasoconstricção, que ocorre durante a aplicação do frio e tem por
objetivo conservar o calor do corpo.
c) A literatura mostra que é maior o fluxo sangüíneo induzido por exercício
do que por frio ou calor.
3) Sobre o mecanismo neuromuscular:
a) O frio reduz o espasmo muscular por um mecanismo de reflexo
b) O resfriamento reduz a elasticidade do tecido conectivo e muscular.
4) Sobre a dor:
27
A hipotermia local e a redução da dor são consideradas como fator
importante da dor por dois mecanismos:
a) Direto 
- pela elevação do limiar de dor
- pela liberação de endomorfina
- pela diminuição do metabolismo
 b)Indireto – pela eliminação da causa
Um fator muito importante está relacionado à condição emocional
do paciente submetido à terapia pelo frio. Um apoio sobre este
aspecto é muito importante, pois a maioria dessas pessoas têm
medo em usar frio, por crendices negativamente aprendidas com o
tempo.
5) Sobre a inflamação:
a) O frio inibe a proporção de crescimento e reprodução de bactérias
b) O frio torna as bactérias mais suscetíveis ao ataque do sistema
imunológico do corpo e aos antibióticos.
c) O frio reduz a produção de toxinas bacterianas e substâncias metabólicas
como a “penicilinase”.
d) O frio reduzindo a dor, reduz o vasoespasmo simpático, que, por
conseguinte melhora a circulação profunda.
6) Sobre o metabolismo celular:
A redução do metabolismo é o principal efeito fisiológico das aplicações
do frio. À redução da temperatura e do metabolismo dá-se o nome de hiotermia.
O objetivo principal da hipotermia é reduzir a atividade metabólica dos
tecidos envolvidos, para que aqueles que estejam lesados, ou recebendo pouco
oxigênio, tenha uma melhor condição de sobrevivência.
7) Sobre a viscosidade:
Aumenta. Este efeito é perceptível a nível de pequenas articulações.
8) Sobre a sensação cutânea:
Todas as sensações cutâneas diminuem.
9) Sobre o tecido celular subcutâneo:
Corresponde basicamente ao tecido adiposo, que tem um papel
importante de proteção térmica. Em pessoas obesas a penetração do frio é
menor que as pessoas magras.
10) Glândulas sudoríparas:
Diminui a atividade de produção.
11) Sobre os nervos:
Aumento do limiar das fibras e diminui da neurocondução.
12) Sobre a permeabilidade celular:
Diminui. Importante para o trauma agudo, pois diminui o extravasamento
de líquido para o interstício.
TÉCNICAS TERAPÊUTICAS
Durante toda a evolução da crioterapia, diversas técnicas de resfriamento
foram se somando àquela já existentes, fazendo com que, inúmeras opções
28
terapêuticas fossem colocadas em disponibilidade para que nós, terapeutas,
tivéssemos uma melhor condição de escolha.
1) Pacote de gel (hidrocollator)
O pacote de gel consiste em uma substância gelatinosa acondicionada
dentro de uma bolsa de vinil (melhor qualidade) ou dentro de um material
plástico resistente (comum).
O pacote de gel em bolsa de vinil é mantido a uma temperatura abaixo de
zero, e quando utilizado na terapia mantém esta temperatura, por um período de
tempo de aproximadamente 30 minutos a 1 hora.
Está indicado para o tratamento de lesões superficial e profunda. O seu
aquecimento, devido à retirada de calor do corpo, é lento e consegue manter o
seu valor terapêutico pelo período de tempo que dura a terapia. Portanto, a
duração da terapia deve ser no máximo de 20 minutos, para prevenirmos
possíveis danos que este nível de temperatura pode causar à pele.
O pacote de gel comum é mantido a uma temperatura, também abaixo de
zero, mas quando utilizado na terapia não mantém esta temperatura por mais de
5 minutos. Está indicado para o tratamento de lesões superficiais. O seu
aquecimento, devido a retirada de calor do corpo, é muito rápido e não
consegue manter o seu valor terapêutico por mais de 5 minutos. A duração da
terapia deve ser no máximo de 10 minutos. Devido à perda do seu valor
terapêutico. Os riscos de danos à pele são pequenos, pois a sua temperatura
sobe progressivamente.
2) Pacote químico
O pacote químico caracteriza-se por ser descartáveis e pó possuir no
interior do seu envoltório (bolsa de vinil) duas divisões, uma pequena e outra
maior adicionando em seus interiores duas substâncias químicas que irão
promover o resfriamento.
Pode iniciar a operação de resfriamento pelo pacote químico, apertamos
a bolsa menor até que ela se rompa e libere o seu fluido para bolsa maior. A
reação química dos componentes das duas bolsas reduz a temperatura da
mistura. A duração da terapia deve ser até 20 minutos; e o seu valor terapêutico
é indicado para o tratamento de lesões superficiais e profundas. Cuidados
devem ser tomados quando a possíveis vazamentos do fluido que podem
provocar queimaduras químicas.
3) Bolsa de borracha
A bolsa de borracha consiste na mistura de gelo e água, a mais ou menos
4°C, que para maior conforto do paciente, deve acompanhar o contorno da parte
do corpo sobre a qual está sendo aplicada.
Pode ser feita também, uma bolsa de borracha fria, diferente da bolsa de
borracha comum: juntar gelo moído com álcool (isopropil), numa razão de 2
partes de gelo, para 1 de líquido, colocar esta mistura em uma bolsa de
borracha. Este tipo de composição mantém por mais tempo a temperatura baixa,
em relação à bolsa de borracha comum, onde adicionamos gelo moído e água.
29
4) Compressa Fria (água fria) ou panqueca fria (gelo)
A panqueca é utilizada com freqüência por pessoas em suas casas. Para
se preparar uma panqueca ou compressa fria, devemos proceder da seguinte
maneira:
 Na compressa fria molhamos uma toalha em água fria e dobramos em
forma de uma compressa.
 Na panqueca fria executamos o mesmo procedimento da compressa fria,
só que adicionamos, dentro da toalha, gelo moído e dobramos em forma
de uma panqueca, de acordo com a configuração anatômica da área a
ser tratada.
 O tempo de utilização eficaz é cerca de 30 minutos.
Pode ser indicada no caso

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