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Aula 2 - Energia Cinética Rotacional e Momento de Inércia

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Rotação de Corpos Rígidos em Torno de um 
Eixo Fixo 
1 
Turmas E, L e O 
Energia Cinética de Rotação 
e 
Momento de Inércia 
2 
Energia Cinética de Rotação 
Vamos tratar o corpo em movimento de rotação como um sistema da 
partículas com diferentes velocidades e massas. 
A energia cinética do corpo será a soma 
das energias cinéticas das partículas que o 
constituem: 
𝑲 = 𝟏
𝟐
∙�𝒎𝒊 ∙ 𝒗𝒊
𝟐
𝒏
𝒊=𝟏
 
3 
Energia Cinética de Rotação 
Usando a relação 𝒗 = 𝝎 ∙ 𝒓, podemos reescrever K como: 
𝑲 = 𝟏
𝟐
∙�𝒎𝒊 ∙ 𝝎𝒊
𝟐 ∙ 𝒓𝒊
𝟐
𝒏
𝒊=𝟏
 
𝑲 = 𝟏
𝟐
∙ 𝝎𝟐 ∙�𝒎𝒊 ∙ 𝒓𝒊
𝟐
𝒏
𝒊=𝟏
 
É a mesma 
para todas 
as partículas 
Esse termo leva em conta como a massa do corpo está 
distribuída em torno do eixo de rotação 
4 
Momento de Inércia 
𝑰 = �𝒎𝒊 ∙ 𝒓𝒊𝟐𝒏
𝒊=𝟏
 Unidade: [kg.m2] 
Indica quão fácil ou difícil é girar um corpo em torno de 
um determinado eixo de rotação 
Leva em conta como a massa do corpo está distribuída 
em torno do eixo de rotação 
Energia Cinética de Rotação e Momento de Inércia 
Quanto menor I, mais fácil é executar uma rotação 
 
5 
Energia Cinética de Rotação e Momento de Inércia 
𝑲 = 𝟏
𝟐
∙ 𝑰 ∙ 𝝎𝟐 
Então, para determinar K precisamos saber como determinar I ... 
𝑲 = 𝟏
𝟐
∙�𝒎𝒊 ∙ 𝒗𝒊
𝟐
𝒏
𝒊=𝟏
 
𝑰 = �𝒎𝒊 ∙ 𝒓𝒊𝟐𝒏
𝒊=𝟏
 
𝒗 = 𝝎 ∙ 𝒓 
6 
Cálculo do Momento de Inércia 
SISTEMAS DISCRETOS: 
𝑰 = �𝒎𝒊 ∙ 𝒓𝒊𝟐𝒏
𝒊=𝟏
 
Precisamos conhecer as massas e posições de todas as n 
partículas dos sistema! 
7 
Exemplo 
Duas partículas puntiformes de massas m e M estão separadas 
por uma distância L e são mantidas assim por uma haste 
rígida e de massa desprezível. 
L 
a) Encontre o momento de inércia desse sistema em torno de um eixo 
perpendicular à haste em uma distância x da massa m 
 
b) Qual é o valor de x para a qual teremos o menor momento de 
inércia possível para o sistema? 
m M 
8 
Exemplo 
x 
Eixo 1 
𝑰𝟏 = 𝒎 ∙ 𝒙 𝟐 + 𝑴 ∙ 𝑳 − 𝒙 𝟐 
𝑰𝟏 = 𝒎 + 𝑴 ∙ 𝒙𝟐 − 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝑳 ∙ 𝒙 + 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
a) 
𝑰 = �𝒎𝒊 ∙ 𝒓𝒊𝟐𝒏
𝒊=𝟏
 
9 
L 
m M 
Exemplo 
b) Qual é o valor de x para a qual teremos o menor momento de 
inércia possível para o sistema? 
Pontos extremos de uma função  1ª derivada = 0 !! 
𝒅𝑰
𝒅𝒙
= 𝟎 
𝒅 𝒎 ∙ 𝒙 𝟐 + 𝑴 ∙ 𝑳 − 𝒙 𝟐
𝒅𝒙
= 𝟎 
10
 
Exemplo 
Posição do centro de 
massa do sistema !! 
b) Qual é o valor de x para a qual teremos o menor momento de 
inércia possível para o sistema? 
𝟐 ∙ 𝒎 ∙ 𝒙 − 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝑳 − 𝒙 = 𝟎 
𝒎 ∙ 𝒙 −𝑴 ∙ 𝑳 + 𝑴 ∙ 𝒙 = 𝟎 
𝒎 ∙ 𝒙 + 𝑴 ∙ 𝒙 = 𝑴 ∙ 𝑳 
𝒙 = 𝑴 ∙ 𝑳 
𝒎 + 𝑴 
m M 
y 
x 
11
 
Energia Cinética de Rotação e Momento de Inércia 
12
 
Posição do centro de 
massa do sistema !! 
𝒅𝑰
𝒅𝒙
= 𝟎 Valor extremo de I 
O eixo em torno do qual o momento de inércia é o 
menor possível é aquele que passa pelo centro de massa 
do sistema!!!! 
Cálculo do Momento de Inércia 
SISTEMAS CONTÍNUOS: 
13
 
Consideramos cada partícula do corpo extenso como um 
elemento infinitesimal de massa dm 
𝑰 = �𝒓𝟐 ∙ 𝒅𝒎 
r O 
dm 
𝑰 = �𝒎𝒊 ∙ 𝒓𝒊𝟐𝒏
𝒊=𝟏
 
Cálculo do Momento de Inércia 
SISTEMAS CONTÍNUOS: 
14
 
Cada elemento dm pode pertencer a um fio, uma superfície ou 
um volume: 
 𝝀 = densidade linear de massa 
𝒅𝒎 = 𝝀 ∙ 𝒅𝒅 𝝈 ∙ 𝒅𝒅 
𝝆 ∙ 𝒅𝒅 
 𝝈 = densidade superficial de massa 
ρ = densidade volumétrica de massa 
Os exemplos a seguir ilustram como o cálculo da integral é feito 
para corpos extensos 
Cálculo do Momento de Inércia - Exemplos 
15
 
1) Fazer no quadro!!! 
Cálculo do Momento de Inércia - Exemplos 
16
 
2) Anel de raio R e massa M uniformemente distribuída, girando em 
torno de um eixo perpendicular que passa pelo CM 
M 
R 
𝒅𝒅 = 𝑹 ∙ 𝒅𝒅 
O 
𝒅𝒅 𝝀 = 𝑴𝟐𝟐𝑹 
𝑰 = �𝒓𝟐 ∙ 𝒅𝒎 
𝑰 = �𝒓𝟐 ∙ 𝒅𝒎 = �𝑹𝟐 ∙ 𝝀 ∙ 𝒅𝒅 = 𝑹𝟐 ∙ �𝝀 ∙ 𝒅𝒅 
Cálculo do Momento de Inércia - Exemplos 
17
 
2) Anel de raio R e massa M uniformemente distribuída, girando em 
torno de um eixo perpendicular que passa pelo CM 
𝑰 = 𝑹𝟐 ∙ �𝝀 ∙ 𝒅𝒅 
𝑰 = 𝑹𝟐 ∙ � 𝑴
𝟐 ∙ 𝟐 ∙ 𝑹
∙ 𝑹 ∙ 𝒅𝒅 𝑰 = 𝑴 ∙ 𝑹𝟐
𝟐 ∙ 𝟐
∙ � 𝒅𝒅
𝟐𝟐
𝟎
 
𝑰 = 𝑴 ∙ 𝑹𝟐 
𝝀 = 𝑴
𝟐𝟐𝑹
 
M 
R 
𝒅𝒅 = 𝑹 ∙ 𝒅𝒅 
O 
𝒅𝒅 
Cálculo do Momento de Inércia - Exemplos 
18
 
3) Disco de raio R e massa M uniformemente distribuída, girando em 
torno de um eixo perpendicular que passa pelo CM 
rdr
drrdA π2=
dm 
O 
R 
𝑰 = �𝒓𝟐 ∙ 𝒅𝒎 = �𝒓𝟐 ∙ 𝝈 ∙ 𝒅𝒅 
𝝈 = 𝑴
𝟐 ∙ 𝑹𝟐
 𝒅𝒅 = 𝟐 ∙ 𝟐 ∙ 𝒓 ∙ 𝒅𝒓 
Cálculo do Momento de Inércia - Exemplos 
19
 
3) Disco de raio R e massa M uniformemente distribuída, girando em 
torno de um eixo perpendicular que passa pelo CM 
rdr
drrdA π2=
dm 
O 
R 
𝑰 = �𝒓𝟐 ∙ 𝒅𝒎 = �𝒓𝟐 ∙ 𝝈 ∙ 𝒅𝒅 
𝑰 = �𝒓𝟐 ∙ 𝑴
𝟐 ∙ 𝑹𝟐
∙ 𝟐 ∙ 𝟐 ∙ 𝒓 ∙ 𝒅𝒓 𝑰 = 𝟐 ∙ 𝑴
𝑹𝟐
∙ � 𝒓𝟑 ∙ 𝒅𝒓
𝑹
𝟎
 
𝑰 = 𝟐 ∙ 𝑴
𝑹𝟐
∙
𝑹𝟒
𝟒
 𝑰 = 𝟏𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝑹𝟐 
𝝈 = 𝑴
𝟐 ∙ 𝑹𝟐
 𝒅𝒅 = 𝟐 ∙ 𝟐 ∙ 𝒓 ∙ 𝒅𝒓 
Cálculo do Momento de Inércia - Tabelados 
20
 
Anéis 
Cálculo do Momento de Inércia - Tabelados 
21
 
Corpos cilíndricos 
Cálculo do Momento de Inércia - Tabelados 
22
 
Corpos cilíndricos 
Cálculo do Momento de Inércia - Tabelados 
23
 
Corpos esféricos 
Cálculo do Momento de Inércia - Tabelados 
24
 
Placa retangular 
Cálculo do Momento de Inércia 
25
 
Mas e quando o objeto extenso gira em torno de um eixo que não 
passa pelo seu CM ?? 
O 
Cálculo do Momento de Inércia 
26
 
Teorema de Steiner dos eixos paralelos 
Se soubermos o I em relação à um eixo que passa pelo CM, 
podemos calcular o I em relação à qualquer outro eixo que 
seja paralelo ao eixo que passa pelo CM através de: 
𝑰𝒑𝒑𝒓𝒑𝒅𝒑𝒅𝒑 = 𝑰𝑪𝑴 + 𝑴 ∙ 𝒉𝟐 
Onde: 
M = massa total do corpo 
h = distância ┴ entre os eixos 
Cálculo do Momento de Inércia 
27
 
Teorema de Steiner dos eixos paralelos – 
Exemplos – Barra (fazer no quadro!) 
 
Cálculo do Momento de Inércia 
28
 
Teorema de Steiner dos eixos paralelos – 
Exemplos – Esfera 
 Calcule o momento de inércia de uma esfera sólida e homogênea de 
raio R e massa M em relação ao eixo mostrado na figura abaixo. 
𝑹
𝟐
 
Cálculo do Momento de Inércia 
29
 
Teorema de Steiner dos eixos paralelos – 
Exemplos – Esfera 
 
𝑹
𝟐
 
𝒉 
Eixo que passa pelo CM e é paralelo ao que queremos determinar 
𝑰𝒑𝒑𝒓𝒑𝒅𝒑𝒅𝒑 = 𝑰𝑪𝑴 + 𝑴 ∙ 𝒉𝟐 
𝑰 = 𝟐
𝟓
∙ 𝑴 ∙ 𝑹𝟐 + 𝑴 ∙ 𝑹
𝟐
𝟐
 
𝑰 = 𝑴 ∙ 𝑹𝟐 ∙ 𝟐
𝟓
+ 𝟏
𝟒
 
𝑰 = 𝟏𝟑
𝟐𝟎
∙ 𝑴 ∙ 𝑹𝟐 
Cálculo do Momento de Inércia 
30
 
Lista 5 – Exercício 23 
 Três barras finas de mesmo comprimento L estão dispostas como 
mostra a figura. As massas das barras verticais são iguais, enquanto 
que a barra horizontal possui uma massa três vezes maior. Despreze 
as espessuras das barras e calcule o momento de inércia do sistema 
em relação aos seguintes eixos: 
 a) contendo cada uma das barras; 
 
 b) paralelos ao plano da página e perpendiculares 
às barras e passando pelos CMs delas; 
 
 c) perpendiculares ao plano da página e 
passando pelos CMs delas; 
 
 d) perpendicular ao plano da página, passando pelo 
CM do sistema (xCM = L/2 e yCM = 4L/5 considerando a origem localizada 
no ponto inferior da barra vertical esquerda). 
M M 
3M 
L A B 
C 
31
 
Lista 5 – Exercício 23 
𝑰 = 𝟏
𝟏𝟐
𝑴𝑳𝟐 𝑰 = 𝟎 𝑰 = 𝟏𝟑𝑴𝑳𝟐 
As principais possibilidadesque aparecem nesse problema são: 
Eixo que passa pelo 
CM “contendo” a 
barra (paralelo à 
barra) 
Eixo que passa pelo 
CM e é perpendicular 
à barra 
Eixo que passa pela 
extremidade e é 
perpendicular à barra 
32
 
Lista 5 – Exercício 23 
a) Eixos contendo cada uma das barras. 
 
Logo, deve-se determinar o I do sistema em relação aos 3 seguintes 
eixos: 
M M 
3M 
L 
1 2 
3 
O I do sistema é a soma dos I’s de cada barra em relação ao eixo em 
questão. Para o EIXO 1: 
𝑰𝟏
𝑺𝒊𝑺 = 𝑰𝟏𝒅 + 𝑰𝟏𝑩 + 𝑰𝟏𝑪 
A B 
C 
33
 
Lista 5 – Exercício 23 
a) Eixos contendo cada uma das barras. 
 
𝑰𝟏
𝑺𝒊𝑺 = 𝑰𝟏𝒅 + 𝑰𝟏𝑩 + 𝑰𝟏𝑪 
M M 
3M 
L 
1 
A B 
C 
𝑰𝟏
𝑺𝒊𝑺 = 𝟎 + 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 + 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
𝑰𝟏
𝒅 = 𝟎 
𝑰𝟏
𝑩 = 𝟎 + 𝑴 ∙ 𝑳 𝟐 
L 
𝑰𝟏
𝑪 = 𝟏
𝟑
∙ 𝟑𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
𝑰𝟏
𝑺𝒊𝑺 = 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
34
 
Lista 5 – Exercício 23 
a) Eixos contendo cada uma das barras. 
 
𝑰𝟐
𝑺𝒊𝑺 = 𝑰𝟐𝒅 + 𝑰𝟐𝑩 + 𝑰𝟐𝑪 
M M 
3M 
L A B 
C 
𝑰𝟐
𝑺𝒊𝑺 = 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 + 𝟎 + 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
𝑰𝟐
𝑩 = 𝟎 𝑰𝟐𝒅 = 𝟎 + 𝑴 ∙ 𝑳 𝟐 L 𝑰𝟐𝑪 = 𝟏𝟑 ∙ 𝟑𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
𝑰𝟐
𝑺𝒊𝑺 = 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
2 
Na verdade, nem é necessário calcular o 
I do sistema em relação ao eixo 2, pois 
pela simetria do sistema é possível ver 
que ele deve ser exatamente igual ao I 
calculado para o eixo 1. Mas, fazendo a 
conta de qualquer forma... 
35
 
Lista 5 – Exercício 23 
a) Eixos contendo cada uma das barras. 
 
𝑰𝟑
𝑺𝒊𝑺 = 𝑰𝟑𝒅 + 𝑰𝟑𝑩 + 𝑰𝟑𝑪 
M M 
3M 
𝑳
𝟐� 
A B 
C 
𝑰𝟑
𝒅 = 𝟏
𝟑
∙ 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
𝑰𝟑
𝑩 = 𝟏
𝟑
∙ 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
𝑰𝟑
𝑪 = 𝟎 
𝑰𝟑
𝑺𝒊𝑺 = 𝟐
𝟑
∙ 𝑴 ∙ 𝑳𝟐 
3 
36
 
Lista 5 – Exercício 23 
b) Eixos paralelos ao plano da página e perpendiculares às barras 
e passando pelos CMs delas 
M M 
3M 
L 
A B 
C 
37
 
Lista 5 – Exercício 23 
c) Eixos paralelos perpendiculares ao plano da página e passando 
pelos CMs delas 
M M 
3M 
L 
A B 
C 
38
 
Lista 5 – Exercício 23 
d) Eixo perpendicular ao plano da página, passando pelo CM do 
sistema (xCM = L/2 e yCM = 4L/5 considerando a origem localizada 
no ponto inferior da barra vertical esquerda). 
M M 
3M 
L 
A B 
C 
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