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resumo dos art 137 a 159 CP

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Art. 137 RIXA
3 ou mais pessoas um contra o outro simultaneamente acompanhado de vias de fato.
Plurissubjetivo ou de curso necessário.
Parágrafo único: qualifica se resultar lesão grave ou morte de alguém, todos respondem quando não se sabe quem foi o autor responsável pela lesão grave.
Sabendo quem foi o responsável pela lesão grave todos respondem também na qualificadora (1º corrente). O autor responde por rixa simples com concurso por lesão grave (2º corrente).
Art. 138 Calúnia
Imputar falsamente fato definido como crime (6m a 2anos).
Não considera calúnia em contravenção penal, ex.: jogo de bicho, etc..
Pode ter auto calúnia desde que seja perante autoridade judicial.
Puni-se a calúnia contra os mortos sendo a vítima a família do morto.
Calúnia na falsidade objetiva: fato que jamais aconteceu
Calúnia na falsidade subjetiva: fato que já tenha acontecido e que recai na autoria do fato.
Art. 139 Difamação
Imputar determinado fato não previsto como crime imputando-lhe qualidade desonrosa.
Configura difamação em imputar contravenção penal.
Advogado tem imunidade de difamação e injuria, mas não de calúnia.
 Configura difamação contra pessoa jurídica.
Art. 140 injúria
Ofender a dignidade ou o decoro.
Injuria absoluta: não importa como é feita.
Injúria relativa: depende pra ser ofensiva.
Art. 141 Aumento de 1/3 da pena contra:
 Presidente ou chefe de gov;
 Funcionário público em razões das funções;
 Na presença de várias pessoas ou que facilite sua divulgação. 
§3º injúria racial
Atribuir qualidades negativas usando a cor,raça,etnia, religião,origem ou condição.
Art. 142 não constitui injúria:
A ofensa irrogada em juízo, opinião desfavorável a crítica, conceito desfavorável emitido por funcionário público.
Art. 143 isento de pena se retratar da calúnia ou difamação antes da sentença.
Art. 144 quem se julga ofendido por calúnia, difamação ou injúria pode pedir explicações em juízo.
Art. 145 somente se procede mediante queixa, salvo resulte violência grave.
Art. 146 Constrangimento ilegal
Mediante violência ou grave ameaça a não fazer o que a lei permite ou a fazer o que a lei não manda.
Aumento de pena
§1º mais de 3 pessoas ou uso do emprego de arma.
Para que haja constrangimento ilegal é necessário que seja ilegítima a pretensão do sujeito ativo, ou seja, que o sujeito ativo não tenha o direito de exigir da vítima determinado comportamento – porque se tiver o direito estará incurso no crime de exercício arbitrário das próprias razões.
Caso tenha objetivo econômico passaremos ao crime de extorsão.
Art. 147 Ameaça
Por palavra, escrito, gesto ou qq meio simbólico que cause mal injusto e grave.
A ameaça tem que ser verossímil, por obra humana, capaz de instituir receio, independente de causar ou não dano real a vítima.
Art. 148 Sequestro e Cárcere privado
Privar alguém de sua liberdade, reclusão de 1 a 3 anos.
§1º reclusão de 2 a 5 anos se:
Menor de 18, mais de 15 dias, fins libidinosos, mediante internação de vítima, +60 anos.
§2º reclusão de 2 a 8 anos se em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção houve grave sofrimento físico ou moral.
Crime Permanente.
ATENÇÃO. O tipo diz respeito ao fim libidinoso. E esgota-se na finalidade. Contudo, se o agente praticar o ato sexual, responderá em concurso material de crimes: Sequestro + Estupro. Neste caso, aplicar-se a o sequestro do caput, sem o aumento de pena pelo fim libidinoso para que não incorra em bis idem.
Art. 149 Redução a condição análoga à de escravo 
submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.
§1º cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
§2º A pena aumenta em metade se: contra criança ou adolescente; por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. 
Art. 150 Violação a domicílio
Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências, ( detenção de 1 a 3 meses , ou multa).
§1º Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas.
§2º  Aumenta-se a pena 1/3, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.
O nome “casa” também abrange escritórios, consultórios (local de trabalho), local onde se exerce o animus domicili, como saveiros, barcos ou quartinhos.
A jurisprudência não agasalha no conceito de “casa” – a boléia do caminhão ou os locais usados por mendigos para dormir em calçadas ou locais públicos.
Art. 151 Violação de correspondência
Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada dirigida a outrem:
Pena: detenção, até seis meses, ou pagamento não excedente a vinte dias-multa.
§ 2º – As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem.
§ 3º – Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico: Pena – detenção, de 1 a 3 anos.
É possível que um cego ou um analfabeto, apalpando, por exemplo, cometa o crime, tomando conhecimento do conteúdo da carta.
Art. 152 Correspondência comercial
Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo.
Trata-se de Crime Próprio.
Art. 153 Divulgação de segredo
Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:
Art. 154 violação de Segredo profissional
 Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem.
Trata-se de Crime Próprio.
Art. 155 Furto
Princípio da insignificância:
Caso a conduta venha a lesar de modo desprezível o bem jurídico protegido, não há que se falar em tipicidade material, o que transforma o comportamento em atípico, ou seja, indiferente ao Direito Penal e incapaz de gerar condenação ou mesmo de dar início à persecução penal.
O agente que é reincidente pode ter aplicada a sua conduta o Princípio da Insignificância? Para esta questão há 2 correntes:
1º corrente: STJ onde diz que não é possível. (Corrente majoritária).
2º corrente: STF onde diz que depende pois tem-se que ser analisado o caso concreto.
Ex 1: Já tinha respondido por furto antes e agora foi pego novamente. Nesse caso, não é possível aplicar-se a o princípio da insignificância.
Ex 2: Respondi por lesão corporal culposa no trânsito e depois por furto famélico. Nesse caso, pode-se ser aplicado o princípio da insignificância.
Furto qualificado cabe aplicação do princípio da insignificância?
Para a corrente majoritária não é possível, pois o furto qualificado é acompanhado de circunstâncias que tornam o fato ainda mais reprovável.
Ex: Minha empregada em que confio, me furta mas antes arromba a porta. O fato da empregada se utilizar da minha confiança para praticar o crime e arrombar a porta, faz com que o fato se torne ainda mais reprovável, não cabendo assim o princípio da insignificância.
Elemento subjetivo do furto: Para que ocorra o furto tem de haver um dolo específico que é o de ter coisa alheia para si ou para outrem. O furto, exige fim especial de agir (ter coisa para si ou para outrem), tem de haver o animus domini (intenção agir como dono), animus rem sibi habendi (vontade de possuir determinada coisa).
Furto de uso:
Se pego a caneta de alguém para assinar algo e depois devolvo, há furto?
Não! Não há furto pois eu nãotinha a intenção de ficar com ela.
Furto de uso não é crime, é fato atípico salvo, se o bem for consumido. Ex: Pego "emprestado" seu hambúrguer e como. ( Aí não em amigo!)
Ex 2: Se pego o carro de alguém para uma emergência e devolvo. Respondo por furto? Não por furto do carro, mas sim pelo da gasolina pois a gasolina foi consumida. (ainda mais no preço que anda a gasolina rs).
Furto famélico: furto para saciar a fome daquele momento. Ou seja, se o agente furtar 5 pacotes de açúcar, 3 de arroz, 10 kg de carne, 5 cervejinhas e uns queijinhos pra degustar mais tarde, não será possível considerar insignificância pois nesse caso, ele furtou pro mês todo.
Ex 1: Furto o pedal da bicicleta de um senhor pobre que vive de entregar leite na bicicleta, um pedal velho, não tem muito valor pra muita gente mas para esse senhor específico é valiosíssimo pois ele não tem dinheiro para comprar outro. Nesse caso, não aplica-se o princípio da insignificância.
Ex 2: Furto um pão de uma rede de hipermercados, para saciar a minha fome, pois sem aquele mínimo vou morrer, aplica-se o princípio da insignificância.
Furto famélico praticado reiteradamente:
Mas e se hoje eu não tiver o que comer e furtar para saciar minha fome e amanhã eu também furtar para saciar minha fome do momento?
Bem, nesse caso, se eu for furtar todo dia pra comer, virando assim meio de sobrevivência, já não pode ser aplicado o princípio da insignificância para não gerar a desordem social.
Erro de tipo sobre elementar do tipo:
Alguém deixa a caneta na minha mesa, acho que é minha por ser parecida com a minha e levo pra casa. Não é furto é fato atípico!
E quanto aos mortos?
Imaginemos que em um velório esteja a mulher do falecido e a concubina dele. A mulher não quer a concubina no velório, e então a concubina diz que vai sair sim, mas entes de sair, ela pega o falecido, coloca nas costas e sai correndo.
Não é furto! É subtração de cadáver previsto no artigo 211 do CP.
Responde pelo mesmo crime quem furta o morto da cova.
E se eu furtar um cadáver de uma faculdade?
Respondo por furto simples.
Achado não é roubado?
Não é roubado, mas é apropriação de coisa achada!
Res nullius= coisa sem dono.
Res derelicta= coisa abandonada.
Ambas não podem ser objeto material de crime de furto.
Ex 1: Pego uma telha que achei no lixo e levo pra mim. Fato atípico.
Ex 2: Acho 50 reais no meio da rua. (Provavelmente se eu pegasse a nota e fosse procurar o dono, apareceriam vários hahá). E fico pra mim. Fato atípico.
Ex 3:Achei uma carteira que além dos 500 reais, tinha a habilitação, identidade, cpf ou qualquer outro documento que facilitasse o encontro do dono e eu fico pra mim. Apropriação indébita de coisa achada.
Obs: Os jornais fazem um auê quando alguém acha uma mala de dinheiro e devolvem pro dono, sendo que não estão fazendo mais que a obrigação.
Um detalhe é que quando por exemplo, encontro uma mala de dinheiro e devolvo, tenho direito a 5% do valor. O dono não me dá essa quantia por ser bonzinho, é obrigação!
Você sabe o que é abigear?
É o furto de gado. Neste, não preciso pegar no gado pra que seja configurado o crime pois afinal, posso furtar um gado só tocando um berrante, sem nem precisar tocar.
E quanto aos chamados "gatos", são considerados furto?
Gato de água e energia é furto!
E viciar o relógio de energia? ( Dar um jeitinho no relógio para mostrar que você gastou menos do que você realmente gastou)
Isso não é furto e sim estelionato!
E quanto furtar sinal de Tv a cabo e internet?
Bem, para esse caso existem 2 correntes:
1º corrente: STJ - FURTO (Corrente majoritária).
2º corrente: STF- NÃO É FURTO.
FURTO ENTRE FAMÍLIA: (Art 181 do CP)
É isento de pena desde que não praticado com violência ou grave ameaça: de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. (então se a sua mulher estourar seu cartão de crédito com sapatos nem venha falar de furto hahá).
BEM DE USO COMUM:
Pegar água no rio pra beber, pegar areia na pracinha e levar um pouco pra casa para a criança brincar. Fato atípico
SERVIDOR PÚBLICO:
Se o servidor público subtrair bens públicos no exercício de suas funções não é furto, é peculato!
NO FURTO CABE TENTATIVA?
Sim! É difícil se pensar em tentativa mas existe. Ex: Chego em casa, e encontro um sujeito colocando minha televisão em uma sacola para furtar. Quando ele me vê, sai correndo com medo. Bem, nesse caso, o agente não tinha praticado todos os passos do iter criminis (caminho do crime), o agente não terminou de colocar a televisão na sacola para carregar. Ele, não consumou por motivos alheios a vontade dele. Logo: Tentativa!
CONSUMAÇÃO: Antes, a consumação acontecia com a posse mansa e pacífica da coisa. Hoje não é mais assim!
CRIME IMPOSSÍVEL NO FURTO: Só quando houver impossibilidade absoluta do meio. O fato de de existir sistema de vigilância, não torna impossível.
Ex: Tenho 100 reais no bolso direito da minha calça, um punguista (aquele típico sujeito que furta as meias sem tirar os sapatos), coloca a mão no meu bolso esquerdo. Torna-se crime impossível? Não! Ele responde por crime tentado por impossibilidade absoluta do objeto. Agora, se eu não tenho nem um centavo em nenhum dos bolsos, é crime impossível por impossibilidade absoluta do meio.
Art. 156 Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum.
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
Art.157 Roubo: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância;
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996);
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996).
§ 3° Se da violência resulta lesão corporal de natureza grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de quinze a trinta anos, sem prejuízo da multa.
§3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990).
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996). Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 Extorsão.
Roubo qualificado – art. 157, 3º do CP § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.   Há duas qualificadoras: Lesão corporal grave – 7 a 15 anos de reclusão e multa Morte (Latrocínio) – 20 a 30 anos de reclusão e multa.   O roubo qualificado pela lesão grave não tem natureza hedionda, uma vez que a Lei nº 8072/90 só conferiu ao latrocínio consumado ou tentado essa característica.   Para que se reconheça o crime de roubo qualificado pela lesão grave, a premissa é que o agente não tenha tido intenção de matar a vítima durante o roubo.  
Quais as diferenças do roubo próprio para o roubo impróprio? No roubo próprio, a violência ou grave ameaça constituimeio para o agente dominar a vítima e então subtrair seus pertences, de modo que neste crime a violência ou grave ameaça são anteriores à subtração.   No roubo impróprio, por sua vez, a violência ou grave ameaça são sempre posteriores à subtração.   Outra diferença é que de acordo com o texto legal, o roubo próprio pode ser praticado mediante violência imprópria, enquanto o roubo impróprio não admite tal forma de execução.   A violência imprópria (redução da capacidade de resistência por qualquer meio) é uma das formas de cometer o roubo próprio.
Art. 158 Extorsão, Constranger: Significa obrigar, coagir alguém a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa.
– Deve ser exercido com o emprego de violência ou grave ameaça.
– Qualquer vantagem de natureza econômica, gozando ou não do status de coisa móvel alheia, ou seja, passível ou não de remoção, poderá se constituir na finalidade especial com que atua o agente.
 Consuma-se a extorsão no momento em que o agente pratica o constrangimento.
– Sumula 96: O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.
– Tentativa: Perfeitamente possível.
– Causas de aumento de pena:
Aumento de pena.
 Previsto no § 1º. Embora se trate de causa especial de aumento de pena, essa circunstância é impropriamente denominada extorsão ‘qualificada’, logo, é conhecida também como qualificadora. As qualificadoras são duas e aumentam a pena em até um terço, são elas:
I) Cometimento do crime por duas ou mais pessoas.
É necessário que os envolvidos sejam coagentes, e não meros participantes, ou seja, é exigido que hajam com o mesmo vinculo subjetivo, praticando,juntos, todos os atos executórios do crime.
II Com emprego de arma.
Pode ser tanto a arma própria, como imprópria. Apenas a demonstração de estar armado é suficiente. 
 Qualifica pelo resultado lesões corporais graves. Art.158, § 2,do CP.
A extorsão qualificada vem prevista no § 2, e aplica-se á ela o disposto no § 3 do art.157, ou seja, a mesma sanção (a pena passa a ser de 7 a 15 anos de reclusão, se resultar lesão corporal grave, em virtude da alteração promovida pela Lei n.9.426/96). Importante frisar que para incidir tal qualificadora é exigido que a lesão tenha sido ocasionada por circunstâncias do crime.
Qualificada pelo resultado morte. Art.158, § 2,do CP.
 Ao tipo de extorsão qualificada pelo resultado morte será aplicado o preceito sancionatório do latrocínio, ou seja, reclusão de 20 a 30 anos, sem prejuízo de multa , cumpre também informar  que a extorsão qualificada pelo resultado morte foi erigida á categoria de crime hediondo (art.1,III, da Lei n.8.072/90), e por se tratar de crime hediondo, o agente estará sujeito a todas as regras mais severas do art.2 da Lei n.8.072/90.
Art. 159 Extorsão mediante sequestro 
sem sua forma fundamental será punido com reclusão, de oito a quinze anos, quem “sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”.
Aumento de pena : Se o sequestro durar mais de vinte e quatro horas, se o sequestrado for menor de dezoito anos, ou se o crime for cometido por bando ou quadrilha, a pena de reclusão será de doze a vinte anos.
Se do fato resultar lesão corporal de natureza grave a pena de reclusão será de dezesseis a vinte e quatro anos, e se resultar em morte, de vinte e quatro a trinta anos.
O parágrafo único do art. 159 cuida o instituto da delação premiada, autorizando a redução da pena de um a dois terços ao delator que tenha praticado o crime em concurso, desde que suas informações à autoridade facilitem a liberação do sequestrado.
Para as hipóteses do caput e §§ 1º a 3º do art. 159, o art. 9º da Lei 8.072/90, a Lei dos Crimes Hediondos, estabelece especial causa de aumento de pena ao determinar que “estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal”, as penas serão “acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão”. O art. 224 do Código Penal, por sua vez, estabelece presunção de violência quando a vítima: a. não é maior de catorze anos; b. é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância; c. não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência.
Trata-se de crime hediondo, tanto na forma simples como nas qualificadas, e disso decorre a impossibilidade de progressão de regime prisional.

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