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apostila cirúrgica

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ENFERMAGEM CIRÚRGICA 
Estrutura Física do Centro Cirúrgico 
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a unidade de dentro cirúrgica pode ser 
definida como o conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica, à recuperação anestésica e ao 
pós-operatório imediato. O centro cirúrgico é um ambiente complexo que reúne clientes diferentes, 
patologias complexas, e características cirúrgicas, que vão proporcionar diferentes abordagens e 
assistências prestadas. Sendo assim possui dependências interligadas e instalações que permitem 
procedimentos em condições assépticas e seguras. 
Em sua construção devemos observar: localização, área, estrutura, composição física, salas de 
cirurgias, equipamentos e materiais, sua administração e regulamentos. Sua localização deve oferecer 
segurança quanto às técnicas assépticas, sendo distanciada de locais de grande circulação, ruídos e 
poeiras. 
Quanto à área e ao numero de salas devemos considerar a duração da programação cirúrgica 
especialidades atendidas, ensino e pesquisa. 
 
As atividades são direcionadas através da seguinte estrutura: 
 Seção ou bloco operatório (salas de operação equipadas); 
 Seção de recuperação pós-anestésicas (RPA) 
 Seção de material (guarda de material estéril e não estéril, como medicamentos, seringas, fios de 
suturas, próteses etc.). 
 
Composição do Centro Cirúrgico: 
 Vestiário; 
 Conforto multiprofissional; 
 Sala de anestesias; 
 Sala de enfermagem; 
 Sala de estoque de material e medicamentos; 
 Área para recepção de pacientes; 
 Sala de operação; 
 Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio (banco de sangue, raios X, laboratórios, anatomia 
patológica, auxiliares de anestesia, segurança, e serviços gerais – engenharia clinica- parte elétrica, 
hidráulica e eletrônica). 
 
Atribuições do Técnico de Enfermagem 
É uma assistência de alta complexidade associado ao processo de trabalho com base na assistência 
individualizada, com um cuidado curativo especifico. Trata-se de um trabalho multiprofissional integrado, 
objetivando a interdisciplinaridade. 
De acordo com o decreto nº 94.406, de 8 junho de 1987, que regulamenta a Lei 7.498 de 25 de junho 
de 1986, dispõe sobre o exercício da enfermagem, ressaltando as atividades do técnico de enfermagem 
no centro cirúrgico: 
 Cumprir normas e regulamentos da instituição e do setor, de acordo com o Código de ética: 
 Receber o paciente no centro cirúrgico; 
 Participar de reuniões com seus líderes quando solicitado; e de treinamentos e programas de 
desenvolvimento oferecidos; 
 Manter a ordem e a limpeza no seu ambiente de trabalho; 
 Zelar pelas condições ambientais de segurança do paciente, da equipe multiprofissional; pelo 
correto manuseio de equipamentos; 
 Estar ciente das cirurgias marcadas para a sala de sua responsabilidade; 
 Priorizar os procedimentos de maior complexidade, conforme orientação do enfermeiro; 
 Prover a SO com material e equipamentos adequados, de acordo com cada tipo de cirurgia e as 
necessidades individuais do paciente, descritas no planejamento de assistência realizado pelo 
enfermeiro assistencial do CC; 
 Remover sujidades dos equipamentos expostos e das superfícies, levando em consideração as 
orientações do setor de controle de infecção da instituição; 
 Verificar a limpeza de paredes e do piso da SO; 
 Verificar o funcionamento dos gases e equipamentos; 
 Verificar o funcionamento da iluminação da SO; 
 Tomar providências para a manutenção da temperatura adequada da sala; 
 
 Auxiliar na transferência do paciente da maca para a mesa cirúrgica, certificando-se do correto 
posicionamento de cateteres, sondas e drenos; 
 Auxiliar no correto posicionamento para o ato cirúrgico; 
 Notificar o enfermeiro responsável sobre possíveis intercorrências; 
 Utilizar corretamente equipamentos, materiais permanentes, descartáveis e roupas; 
 Auxiliar o anestesiologista na indução/reversão do procedimento anestésico; 
 Preencher corretamente todos os impressos pertinentes ao prontuário do paciente e a instituição; 
 Comunicar ao enfermeiro defeitos em equipamentos e materiais; 
 Controlar materiais, compressas e gases como fator de segurança para o paciente; 
 Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica; 
 Abrir os materiais estéreis dentro de técnicas assépticas; 
 Solicitar a presença do enfermeiro sempre que necessário; 
 Encaminhar peças exames e outros pedidos realizados no transcorrer da cirurgia; 
 Auxiliar na transferência do paciente da mesa cirúrgica para a maca, certificando-se do correto 
posicionamento de cateteres, sondas e drenos; 
 Realizar a desmontagem da SO. 
 
CIRURGIA 
“Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou interna com o 
objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico. É realizada na sala de cirurgia do hospital e 
em ambulatório ou consultório, quando o procedimento for considerado simples” (KAWAMOTO, 1999) 
 
Classificação das cirurgias 
 As cirurgias podem ser classificadas de acordo com três características: 
 Finalidade 
 Grau de urgência 
 Potencial de contaminação 
 
1. Quanto à finalidade 
Diagnóstica – é a exploração de um determinado órgão para o diagnóstico ser confirmado. Ex: 
laparotomia exploradora, biópsia de TU de mama 
 
Ablativa – é a ressecção ou ablação de uma parte do órgão. Ex: amputação, apendicectomia, 
colecistectomia. 
 
Paliativa – tem a finalidade de aliviar ou diminuir a intensidade da doença, ou compensar os 
distúrbios para aliviar a dor. Ex: colostomia, desbridamento de tecido necrosado 
 
Reconstrutiva – tem a finalidade de reconstruir o tecido lesado e restabelecer a sua capacidade 
funcional. Ex: fixação interna de fraturas 
 
Transplante – tem a finalidade de substituir órgãos ou estruturas não funcionantes. 
Ex: transplantes, prótese de quadril 
 
Construtiva – tem a finalidade de restabelecer a capacidade funcional perdida ou diminuída em 
consequência de má formação congênita. Ex: fechamento de comunicação interatrial. 
 
 
2. Quanto Grau de Urgência 
Classificação Indicação para Cirurgias 
 
Cirurgia Emergencial – tratamento cirúrgico 
que requer atenção imediata com a finalidade 
de salvar a vida do cliente. 
 
- Sem demora 
 
Exemplos: ferimento por arma de fogo, 
sangramento grave, osbtrução intestianl ou vesical, 
Traumatismo cranioencefálico, etc. 
 
 
Cirurgia de urgência – tratamento cirúrgico 
que requer pronta atenção 
 
- Realizada dentro de 24 a 30 horas (Brunner). 
 
Exemplos: Apendicectomia, infecção aguda da 
 
 vesícula biliar, cálculos renais ou ureterais, etc. 
 
 
 
 
Cirurgia Necessária – O paciente precisa 
fazer a cirurgia. 
 
- Planejar dentro de algumas semanas ou meses. 
 
Exemplos: Hiperplasia prostática sem obstrução 
vesical, distúrbios da tireoide, catarata, etc. 
 
 
Cirurgia eletiva – tratamento cirúrgico 
proposto, mas cuja realização pode aguardar, 
podendo ser programada. 
 
 
Realizada com data pré-agendada, onde a falha em 
se submeter à cirurgia não é catastrófica. 
 
 
Exemplos: Reparação de cicatrizes, hérnia simples, 
reparação vaginal, etc. 
 
 
Cirurgia opcional – Decisão por parte do 
paciente. 
 
 
- Preferência pessoal. 
 
Exemplo: Cirurgia coméstica / estética. 
 
 
 
3. Quanto ao Grau de Contaminação 
Cirurgia limpa- são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou descontaminados, na ausência de 
processo infeccioso e inflamatório local ou de falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas atraumáticas 
com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem. Cirurgias em que não ocorrem penetrações do 
trato digestivo, respiratório ou urinário. Ex: artroplastia de quadril, mamoplastia, cirurgia cardíaca. 
 
Cirurgias potencialmente contaminadas- São aquelas realizadas em tecidos colonizadospor flora 
microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo 
infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias limpas com 
drenagem se enquadram nessa categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou 
urinário sem contaminação significativa. Ex: gastrectomia 
 
Cirurgias contaminadas – São aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, 
colonizados por flora bacteriana abundante cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como 
todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. 
Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização por segunda intenção, grande contaminação a 
partir do tubo digestivo, obstrução biliar ou urinária. Ex: hemicolectomia, anastomose bileodigestiva. 
 
Cirurgias infectadas – São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, 
em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de 
origem suja. Ex: nefrectomia com abscesso, cirurgia do reto e ânus com secreção purulenta. 
 
Terminologia Cirúrgica 
A nomenclatura cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para indicar o procedimento cirúrgico a ser 
realizado. 
 Na nomenclatura cirúrgica a raiz significa o segmento anatômico e os afixos a intervenção cirúrgica a 
ser realizada. 
 
 
Prefixos da nomenclatura cirúrgica e seus significados: 
 
Prefixo 
 
Definição 
 
Adeno Glândula 
Amigda Amígdala 
Angio Vasos 
 
Artro Articulação 
Blefaro Pálpebra 
Cisto Bexiga 
Cole Vesícula Biliar 
Entero Intestino 
Espleno Baço 
Flebo Veia 
Gastro Estômago 
Histero Útero 
Laparo Abdome 
Nefro Rim 
Neuro Nervo 
Oofor Ovário 
Orquido Testículo 
Pielo Pelve Renal 
Tóraco Tórax 
Traqueo Traquéia 
Sufixos da nomenclatura cirúrgica e seus significados (indica o procedimento cirúrgico 
realizado) 
 
Sufixo Significado 
Anastomose Formação de passagem entre dois órgãos 
Centese Punção 
Ectomia extirpação, excisão, remoção parcial ou total 
Lise dissolução, liberação 
Pexia fixação de um órgão 
Plastia alteração da forma e ou função de um órgão 
Ráfia Sutura 
 
 
Principais procedimentos cirúrgicos de remoção com sufixo ectomia 
 
Cirurgia Para remoção 
Apendicectomia Apêndice 
Cistectomia Bexiga 
Colecistectomia vesícula biliar 
Colectomia Cólon 
Esofagectomia Esôfago 
Esplenectomia Baço 
 
Principais procedimentos cirúrgicos para fixação com sufixo pexia 
 
Cirurgia Para fixação 
Cistopexia Bexiga 
Histeropexia útero à parede abdominal 
Nefropexia rim à parede abdominal 
Retinopexia Retina 
Orquiopexia testículo em sua bolsa 
 
Principais procedimentos cirúrgicos para alterar a forma e/ou a função de um órgão com sufixo 
plastia 
 
Cirurgia Alterar forma e ou função 
Artroplastia articulação, para restaurar movimento e função 
 
Blefaroplastia Pálpebras 
Mamoplastia Mama 
Piloroplastia Piloro 
 
Principais procedimentos cirúrgicos de sutura com sufixo ráfia 
 
Procedimento Sutura de (a) (o) 
Blefarorrafia Pálpebra 
Colporrafia Vagina 
Gastrorrafia Estômago 
Herniorrafia Hérnia 
 
 
 
Principais procedimentos cirúrgicos para visualização com sufixo scopia 
 
Procedimento Visualização 
Broncoscopia Brônquios 
Duodenoscopia Duodeno 
Esofagoscopia Esôfago 
Gastroscopia Estômago 
 
 
Principais procedimentos cirúrgicos para abertura com sufixo tomia ou stomia 
 
Cirurgia Para abertura 
Artrotomia da articulação 
Broncotomia dos brônquios 
Cardiotomia da cárdia 
Cistostomia bexiga para drenagem da urina por sonda 
Colecistostomia colocação de dreno na vesícula biliar do 
Coledocolitotomia colédoco para retirada de cálculo 
 
Terminologias que não seguem as regras citadas 
 
Cirurgia Para abertura e 
Amputação remoção de um membro ou parte necrosada do corpo 
Anastomose conexão e sutura de dois órgãos ou vasos 
Artrodese fixação cirúrgica de articulações 
Bartholinectomia retirada de cisto de Bartholin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÉ- OPERATÓRIO: tem inicio no momento em que se identifica a necessidade de uma 
intervenção cirúrgica e termina com a transferência do cliente mesa cirúrgica. 
Pode ser divido em: 
 Mediato - do momento da decisão cirúrgica até 24 horas antes da cirurgia. 
 Imediato- 24horas antes da cirurgia. 
 
 
PÓS-OPERATÓRIO: tem inicio com admissão no setor de URPA e termina com o após a 
avaliação na unidade de internação ou consultório médico. 
Pode ser dividido em: 
 Imediato- da admissão do paciente na sala de recuperação anestésica até as primeiras 24 
horas pós-operatório; 
 Mediato- período que vai de 24 a 48 horas do pós-operatório. 
 Tardio- a partir de 48 horas de pós-operatório e persiste enquanto o indivíduo necessitar de 
atenção especial. 
 
 
 
ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO 
Abordaremos onde começa e inicia cada fase do momento perioperatório, na sequencia da experiência 
cirúrgica. Através das assistências de enfermagem pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório. 
 
Período Perioperatório 
 A enfermagem perioperatória avalia o paciente realizando levantamento, organização e priorização dos 
dados, estabelece diagnósticos de enfermagem, desenvolve e implementa planos de cuidados e avalia 
esse cuidado em termos dos resultados obtidos pelo paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÉ-OPERATÓRIOS 
 Neste momento á ênfase é dada a avaliação do paciente antes do dia da cirurgia através da 
entrevista pré-operatória e avaliação de exames laboratoriais que incluem: 
 Exames físicos; 
 Avaliação emocional; 
 História anestésica prévia; 
 Identificação de alergias; 
 Avaliação e possibilidades de problemas genéticos que possam interferir na cirurgia; 
 Assegurar que os exames necessários foram realizados; 
 Fornecer educação pré-operatório. 
 
Consentimento informado 
O consentimento informado voluntário e por escrito a partir do paciente é necessário antes que a 
cirurgia não emergencial possa ser realizada. Esse procedimento protege o paciente contra a cirurgia 
não autorizada e protege o profissional contra aços de uma operação não autorizada. 
 É um impresso assinado pelo paciente na presença de testemunhas, que dá permissão para que seu 
médico assistente o submeta a um procedimento operatório. Alguns de seus objetivos são: assegurar 
que o paciente entende a natureza do tratamento, incluindo as possíveis complicações; mostrar que a 
decisão do paciente foi tomada sem coação e proteger o paciente contra procedimentos não 
autorizados. 
 
Educação Pré-operatório do paciente 
. O ensino pré-operatório do paciente pode ser feito por conversas, discussão, recursos audiovisuais, 
demonstrações e demonstrações pelo próprio paciente. Tem por objetivo ajudá-lo a compreender a 
experiência cirúrgica para diminuir sua ansiedade e promover sua recuperação plena após a operação e 
anestesia. 
TRANSOPERATÓRIO/ INTRAOPERATÓRIO: tem inicio no momento em que o paciente é 
transferido para leito da sala cirúrgica e termina quando o paciente é admitido na Unidade de 
Recuperação Pós Anestésica (URPA). 
 
 
 
 
 
 
 
 Respiração Diafragmática – este é o tipo de respiração no qual a cúpula diafragmática achata-
se durante a inspiração, o que resulta em abaulamento do andar superior do abdome à medida 
que o ar entra no tórax. Na expiração, os músculos abdominais e o diafragma relaxam. Esta é 
uma técnica de relaxamento eficaz; 
 Espirometria de Incentivo – no pré-operatório, o paciente faz uso de um espirômetro para 
medir as inspirações profundas (ar inspirado) durante a realização de um esforço máximo. A 
medida pré-operatória transforma-se no objetivo a ser atingido, assim que possível, apósa 
operação; 
 Tosse – a tosse promove a retirada de secreções do tórax; 
 Mobilização – as mudanças de posição do decúbito dorsal para o lateral (e vice-versa) 
estimulam a circulação, incentivam a inspiração mais profunda e aliviam as zonas de 
compressão; 
 Exercícios para MMII – a mobilização das pernas melhora a circulação e o tônus muscular. 
 Preparo do local a ser operado 
 Pele – é ideal que o paciente tome banho com um sabão bacteriostático no dia da cirurgia. Se 
solicitada, a tricotomia deve ser feita o mais próximo possível do momento da operação. Quanto 
maior o intervalo entre a tricotomia e a operação, maior a incidência de infecção da ferida 
cirúrgica no pós-operatório; 
 Trato Gastrintestinal – o preparo do intestino é obrigatório para a cirurgia intestinal, porque as 
bactérias que saem da alça podem invadir os tecidos adjacentes e causar sépsis. Suspendem-
se os alimentos sólidos de 8 a 10 horas antes da cirurgia. Os pacientes que vão ser operados 
pela manhã ficam em dieta zero toda noite. Podem ser dados líquidos claros (água) até 4 horas 
antes da cirurgia, se prescrito, os líquidos leves podem ser aceitáveis até 2 horas antes da 
cirurgia; 
 Trato Geniturinário – pode-se prescrever ducha com medicamento no pré-operatório, caso a 
paciente vá ser submetida a uma cirurgia ginecológica (por exemplo, histerectomia) ou urológica. 
 
Medicação Pré-operatória 
A medicação pré-anestésica(MPA) consiste na administração de uma série de medicamentos antes 
anestesia com finalidade de tornar o ato cirúrgico mais agradável para paciente pela indução de 
sedação física e psíquica, e de assegurar condições mais favoráveis para o trabalho dos 
anestesiologista. 
Os bloqueadores dos receptores H2 podem ser incluídos para diminuir a produção de ácido gástrico e a 
acidez dos conteúdos estomacais. 
As medicações pré-anestésicas podem ser administradas por via IM, EV ou oral. A administração por 
via oral é menos dolorosa para o paciente, sua absorção é mais previsível do que a IM e a pequena 
quantidade de água ingerida é absorvida diretamente através da mucosa gástrica. 
Antes de administrar a medicação pré-anestésica todas às perguntas do paciente referentes à cirurgia e 
a anestesia devem ser respondidas e deve-se checar se o consentimento para a cirurgia foi assinado. 
Funções das medicações pré-operatórias: 
 Redução de ansiedade; 
 Redução das secreções de vias áereas; 
 Efeito antiemético; 
 Profilaxia de reações alérgicas. 
 A medicação pré-anestésica pode ser administrada por via intramuscular, intravenosa, intra-
nasal ou oral 30 a 90 minutos antes da cirurgia 
 
Transferência para o Centro Cirúrgico: Realizar a lista de verificação pré-operatória 
 Identificação do paciente; 
 Revisão do prontuário; 
 Impresso de consentimento; 
 Preparo do paciente. 
 
INTRA-OPERATÓRIA / TRANS-OPERATÓRIO 
o As ações de enfermagem devem assegurar a integridade física do cliente 
o Portanto, antes de equipar a sala, o circulante limpa os equipamentos com álcool etílico a 70% ou 
outro desinfetante recomendado. 
 
o Circulante deve testar o funcionamento dos aparelhos sob sua responsabilidade, verificando suas 
perfeitas condições de uso, bem como revisar o material esterilizado e providenciar os materiais 
específicos em quantidade suficiente para a cirurgia, dispondo-os de forma a facilitar o uso. 
o Checar a necessidade de material para o carrinho de anestesia. 
o Deve-se também preparar a infusão endovenosa e a bandeja de antissepsia, e dispor os pacotes de 
aventais, campos, luvas e a caixa de instrumentais em local limpo e acessível. 
o Quando do processo de abertura do pacote, tomar o cuidado de manusear somente a parte externa 
do campo, para evitar contaminar sua parte interna. 
o Se o pacote for grande, deve ser aberto sobre uma superfície; se pequeno, pode ser aberto 
afastado do corpo e seu conteúdo oferecido ao profissional que dele fará uso. 
o Para corrigir hipotermia não intencional devemos administrar soluções mornas e trocar os campos 
molhados por outros secos, já que os tecidos molhados promovem a perda de calor. 
o O circulante, além de auxiliar o anestesista no posicionamento do cliente, também auxilia, quando 
necessário, a suprir material - e durante a cirurgia comunica e registra as alterações do que 
observou. 
o Quando utilizar o bisturi elétrico, faz-se necessário aplicar gel condutor na placa neutra, para 
neutralizar a carga elétrica quando do contato da mesma com o corpo do cliente, conforme 
orientação do fabricante. 
o colocar a placa neutra sob a panturrilha ou outra região de grande massa muscular, evitando áreas 
que dificultem o seu contato com o corpo do cliente, como saliências ósseas, pele escarificada, 
áreas de grande pilosidade, pele úmida. 
o Jamais se deve deixar nenhuma parte do corpo do cliente em contato com a superfície metálica da 
mesa cirúrgica, pois isto, além de desconfortável, pode ocasionar queimaduras devido ao uso do 
bisturi elétrico. 
 
Observações: 
 É frequente a ocorrência de queimaduras por posicionamento inadequado da placa de bisturi no 
ato cirúrgico. 
 É importante notificar o cirurgião se o cliente faz uso de marca-passo, em vista do risco de 
interferências no funcionamento. 
 
No transcorrer da cirurgia, alguns cuidados se fazem necessários, dentre eles: 
1- Ajustar o foco de luz sempre que solicitado, de forma a proporcionar iluminação adequada no campo 
cirúrgico, sem projeção de sombras e reflexos; 
2- Observar o gotejamento dos soros e sangue, líquidos drenados e sinais de intercorrências; 
3- Controlar a quantidade e peso das compressas cirúrgicas e gazes, para evitar esquecimento 
acidental desses materiais no campo operatório; 
4- Avaliar a perda sanguínea e de líquidos pelas sondas e do sangue aspirado no frasco do aspirador. 
Quando for necessário mudar a posição do cliente durante a cirurgia, deve-se evitar movimentos 
rápidos e bruscos, porque a mudança repentina de posição pode ocasionar hipotensão arterial. 
Até que o cliente seja transportado para a recuperação pós-anestésica ou unidade cirúrgica, o 
mesmo não pode ser deixado sozinho devido ao risco de quedas acidentais ou intercorrências pós-
cirúrgicas. 
Durante a transferência da SO para a RPA, UTI ou unidade de internação, deve-se ser cuidadoso 
durante a mudança do cliente da mesa cirúrgica para a maca, observando a necessidade de agasalhá-
lo, a manutenção do gotejamento das infusões venosas, as condições do curativo e o funcionamento de 
sondas e drenos. 
 
 
POSICIONAMENTOS CIRÚRGICOS 
 
As posições comuns e suas variações em relação às suas exigências para determinados 
procedimentos cirúrgicos, os riscos únicos que elas apresentam para vários sistemas orgânicos, e a s 
intervenções de enfermagem que diminuem os riscos para o paciente. 
 
 
Decúbito dorsal (reclinada dorsal) – é a mais comum, permite o acesso às principais cavidades 
corporais (peritoneal, torácica, pericárdica). 
 
Decúbito ventral – o paciente deita-se com o abdome sobre a superfície do colchão da mesa de 
cirurgia. As modificações da posição permitem as abordagens à coluna cervical, costas, área retal e 
áreas dorsais dos membros. 
 
 
Posição de decúbito lateral / sims – o paciente está deitado sobre o lado não-operado, 
proporcionando o acesso à região superior do tórax, rins ou a parte superior do ureter. A referência para 
a posição lateral direita ou esquerda depende do lado sobre o qual o paciente deita. 
 
Posição ginecológica – o paciente é colocado em decúbito dorsal, tendo os membros inferiores 
flexionados e apoiados sobre a superfície do colchão. Indicada para exames e procedimentos 
ginecológicos, proctológicas e urológicos. 
 
Posição de Trendelenburg – é uma variação da posição supina, em que a parte superior do tronco é 
abaixadae os pés são elevados. Esta posição facilita a visualização dos órgãos pélvicos durante as 
cirurgias abertas ou laparoscópicas na parte inferior do abdome ou pelve. A posição de Trendelenburg 
pode ser empregada para melhorar a circulação para o córtex cerebral e gânglios da base quando a 
pressão arterial cai subitamente. 
 
Trendelenburg invertido (Posição Proclive) – é descrita como a posição em decúbito dorsal com a 
cabeça elevada e os pés abaixados. Ela é frequentemente utilizada para proporcionar acesso a cabeça 
e pescoço e para facilitar a tração gravitacional sobre as vísceras para longe do diafragma e no sentido 
dos pés. 
 
Posição Litotomia – é usada para procedimentos ginecológicos, retais e urológicos. Com o paciente 
em decúbito dorsal, as pernas são elevadas e abduzidas para expor a região perineal. As pernas são 
colocadas em estribos para manter esta posição; 
 
Posição Fowler – é empregada para alguns procedimentos na orelha e, no nariz, bem como em 
craniotomias que envolvem uma abordagem posterior ou occipital. Esta posição é conseguida, 
inicialmente, com o paciente em decúbito dorsal. Lentamente, a seção da parte superior do corpo da 
mesa de cirurgia é elevada em 90 graus, enquanto os joelhos são ligeiramente flexionados e as pernas 
abaixadas; 
 
Posição de Semi-Fowler – pode ser utilizadas para alguns procedimentos cranianos, no ombro, 
nasais, na abdominoplastia ou na reconstrução da mama; 
 
Posição de canivete ou de Jacknife – Também conhecida como Kraske é uma modificação da 
posição de decúbito ventral que é freqüentemente utilizada para a hemorroidectomia e procedimentos 
do seio pilonidal; 
 
 
TEMPOS CIRÚRGICOS 
 
Todas as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro tempos simples e fundamentais: a dierése, a 
hemostasia, a cirurgia propriamente dita exérese, e a síntese. 
 
Tempo 
Cirúrgico 
Finalidade Instrumento 
Diérese significa dividir, separar ou cortar 
os tecidos através do 
bisturi, bisturi elétrico, tesoura, 
serra ou laser. 
Bisturi, tesouras, trépano 
Hemostasia através de compressão direta 
com os dedos, uso de 
pinças, bisturi elétrico ou sutura 
para prevenir, deter ou impedir 
o sangramento. 
Kelly, Kocher, Rochester 
Exérese que é a cirurgia 
propriamente dita. 
Depende da cirurgia a ser 
realizada. 
 
Síntese 
Cirúrgico 
com a aproximação das bordas 
da 
ferida operatória através de 
sutura, adesivos e/ou ataduras. 
agulha de sutura presa no 
porta-agulha; 
 
 
Anestesia e Sedação 
A anestesia é caracterizada pela perda de sensibilidade dolorosa, simultânea à perda da 
consciência. Anestesia é um estado de narcose (estado de inconsciência ou letargia produzido pela 
ação de narcótico), analgesia, relaxamento e perda do reflexo. Já a analgesia é a perda da 
sensibilidade dolorosa com preservação do estado de consciência. 
A escolha da anestesia para determinado procedimento cirúrgico deve ser feita primariamente pelo 
paciente e pelo anestesista. Vários fatores influenciam na decisão, entre eles: as condições fisiológicas 
do paciente, doenças coexistentes, recuperação de anestesias anteriores, tipo e duração do 
procedimento, posição do paciente durante a cirurgia e exigências particulares do cirurgião. 
 
Tipos de Anestesia 
 Anestesia geral – é um estado de inconsciente reversível caracterizado por amnésia, analgesia, 
depressão dos reflexos, relaxamento muscular e manipulação dos sistemas e funções fisiológicas. 
 Anestesia regional – definida como uma perda reversível da sensação quando um anestésico local 
é injetado para bloquear ou anestesiar as fibras nervosas. Entre elas estão a raquianestesia, 
anestesia peridural e o bloqueio de nervos periféricos. 
 Assistência monitorizada da anestesia (AMA) – a infiltração do local cirúrgico com um anestésico 
local é feita por um cirurgião e o anestesista a complementa com drogas EV que dão sedação e 
analgesia sistêmica. 
 Anestesia local – é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado 
com um anestésico local. 
Posição do paciente para a anestesia 
A posição do paciente para ser anestesiado está dependência do tipo de anestesia indicada. 
 
Anestesia Posição cirúrgica 
Anestesia Geral Decúbito dorsal/ventral 
Anestesia Raqui ou 
peridural 
Duas posições: o paciente senta-se sobre a mesa cirúrgica ou em 
posição em que o paciente é colocado em decúbito lateral direito ou 
esquerdo, tendo as pernas fletidas sob as coxas e estar sobre 
abdômen, os membros superiores cruzados na frente à na altura da 
cintura e pescoço bem fletido, de modo aproximar o queixo ao 
esterno. 
 
Cefaléia pós-punção dural 
A cefaleia pós-punção dural (também chamada de cefalalgia pós-espinhal ou cefaleia espinhal) 
constitui uma queixa pós-operatória frequente depois da anestesia espinhal. A incidência alcança 
aproximadamente 1% quando se emprega uma agulha 25 ou 27 com bisel rombo. Ela não está 
relacionada com o fato do paciente ter deambulado precocemente ou não. Acredita-se que a cefaléia 
resulte do extravasamento do LCR através do orifício na dura-máter e ocorre, tipicamente, quando o 
paciente assume uma posição ereta. A incidência, a gravidade e a duração da cefaléia parecem 
correlacionar-se com o tamanho do orifício deixado na dura-máter. Em geral, a cefaléia ocorre na área 
occipital e normalmente desaparece durante 1 a 3 dias, porém pode durar duas semanas. Várias 
modalidades de tratamento têm sido empregadas para aliviar a cefaléia, incluindo o repouso estrito no 
leito por 24 a 48 horas, hidratação vigorosa, cintas abdominais, infusão epidural de soro fisiológico, 
cafeína por via oral ou IV, e a injeção de 5 a 20 ml de sangue autólogo dentro do espaço no sítio da 
punção. 
ANESTESIA GERAL 
 
É obtida com o uso de uma ou mais drogas, capaz de fazer ação analgésica, relaxante muscular, 
depressão neurovegetativa e produzir inconsciência. Combinações de drogas são usadas para produzir 
o efeito desejado. A anestesia geral pode ser dividida em 3 partes: indução, manutenção e 
emergência. 
 
 
Relaxantes musculares: 
 Propofol a 1% - é um analgésico e relaxante muscular de ação rápida. Tem entre seus componentes 
proteínas do ovo da galinha. Deve ser preservado em geladeira em temperatura de 5 a 8 ºC. 
 Succinilcolina ou quelicin – seu efeito é instantâneo, dura de 1 à 2 min e auxilia na entubação. Seus 
efeitos adversos são: Parada Cardiorespiratória (PCR), hipertermia maligna, arritmia. 
 Pancurônio (ação longa), Atracúrio (ação intermediária) 
 
Drogas utilizadas em anestesia geral: 
 Halotano (Fluotane) – anestésico inalatório que foi mais potente que o éter não sendo inflamável. 
Ele produz depressão circulatória, arritmias e pode causar hepatite tóxica. Pode ser utilizado em 
crianças pelo efeito prolongado. 
 Enflurano – anestésico inalatório, é um éter halogenado que produz menos arritmias no cliente. Tem 
como vantagem não ser hepatotóxico. Tem maior uso no evento cirúrgico dos adultos. 
 Isoflurano (Forane) – anestésico inalatório, farmacologicamente manipulado para causar menos 
depressão cardiovascular; por isso considerado mais seguro para os cardiopatas. 
 Sevoflurano ou Sevorane – fazem rápida indução, utilizado para rápida recuperação. 
 Morfina – é um opiáceo extraído da semente da papoula e administrado por via EV. Possui 
propriedade analgésica, hipnótica e certo bloqueio neurovegetativo com resposta muscular 
presentetem efeito depressor da repiração, prurido, retenção urinária. 
 Thiopental Sódico – anestésico endovenoso que induz hipnose, sendo considerado altamente 
potente. Produz baixo bloqueio neurovegetativo e possui ação curta. Não produz analgesia nem 
relaxamento muscular. Serve de indutor por poupar a respiração. É contra indicado em cardiopatas. 
 Fentanil – é um analgésico potente. Produz depressão respiratóriae não atinge a área cardíaca. 
Usado em cardiopatas, tem efeito de anestésico geral quando associado quando associado a um 
relaxante muscular, um tranquilizante maior ou a um hipnótico. 
 Alfentanil – 5 vezes menos potente que o Fentanil, sendo utilizado em cirurgias de pequeno porte, 
devido ao seu período curto de duração. Não produz relaxamento muscular. Tem como característica 
o delírio no pós operatório. 
 Mistura do óxido nitroso com anestésico inalatório – melhora ação de aprofundamento e perda 
de sensações, porém produz euforia, agitação em crianças. 
 
Os cuidados com a Anestesia geral: 
 Manutenção da respiração; 
 Manutenção da circulação e do equilíbrio homeostático; 
 Manutenção da integridade física. 
 
Complicações do Cliente para Anestesia Geral 
 Hipoventilação (hipoxemia, hipercarbia) – suporte ventilatório inadequado após a paralisia dos 
músculos respiratórios, sobrevindo o coma; 
 Traumatismo oral (dentes quebrados, traumatismo orofaríngeo ou laríngeo) – devido à 
intubação endotraqueal difícil; 
 Hipotensão – decorrente da hipovolemia pré-operatória ou de reações indesejadas aos anestésicos; 
 Arritmia cardíaca – decorrente do comprometimento cardiovascular prévio, desequilíbrio eletrolítico 
ou de reações indesejadas aos anestésicos; 
 Hipotermia – devido à exposição ao ambiente frio da sala de operações e à perda da capacidade 
normal de termorregulação provocada pelos anestésicos; 
 Lesão de nervos periféricos – decorrente do posicionamento incorreto do paciente ou contenções; 
 Hipertermia Maligna – esta complicação letal tem grande probabilidade de ocorrer nos indivíduos 
jovens com uma doença muscular herdada ou com história de subluxação articular e escoliose. A 
hipertermia maligna decorre de acúmulos excessivos e anormais de cálcio dentro da célula, o que 
resulta em hipermetabolismo e maior contração muscular. Suas manifestações clínicas são: 
taquicardia, pseudotetania, rigidez muscular, febre alta, cianose, insuficiência cardíaca e lesão do 
sistema nervoso central. O tratamento é com dantrolene sódico, oxigênio, glicose a 50%, diuréticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANESTESIA REGIONAL 
 
Raquianestesia (ou bloqueio subaracnóide ou subdural) - É realizada pela introdução do 
medicamento no espaço subaracnóide, bloqueando os estímulos dolorosos devido a condução do 
bloqueio nervoso. Podendo ser anestesiado desde a região mamária até os membros inferiores. É a 
perda total da sensação dolorosa, perda motora e da sensibilidade 
 
Peridural (ou epidural) – o anestésico local é injetado no espaço epidural, onde irá se difundir por 
condução nervosa produzindo insensibilidade aos estímulos dolorosos. Amplo efeito de perda da dor, 
redução da motricidade, com a possibilidade de manutenção da sensação tátil. Podendo incidir da área 
do abdome até os MMII 
 
Drogas usadas na raquianestesia e anestesia peridural: 
 Bupivacaína – para procedimentos prolongados; 
 Lidocaína – para procedimentos curtos. 
 
Observação: As anestesias podem vir acompanhadas de vasoconstrictor (adrenalina) ou glicose. 
(Bupivacaína Pesada). 
 
 
PÓS-OPERATÓRIO 
 
Intervenções Iniciais de Enfermagem 
O processo de enfermagem nesta fase está voltado para o restabelecimento do equilíbrio fisiológico 
para o alívio da dor e prevenção de complicações. 
 
Objetivos 
 Avaliação critica dos pacientes em pós-operatório com ênfase na previsão e prevenção das 
complicações. 
 Ajudar o cliente a retornar a um nível fisiológico seguro após a anestesia, oferecendo a ele e a 
família uma assistência segura, racional e individualizada, na fase pós-anestésica imediata. 
Transferência do paciente para RPA 
 
Complicações: 
Choque Hipovolêmico: Palidez, pele fria e úmida, respiração rápida, cianose dos lábios, gengiva e 
língua, pulso rápido e fino, PA Baixa. 
 
Tratamento: Assegurar vias aéreas superiores pérveas, repor sangue/volume liquido, terapia 
medicamentosa(cardiotonicos e vasodilatadores) 
 
Ações de Enfermagem: 
 Avaliar as reações do paciente ao tratamento. 
 Incentivar o repouso. 
 A administração de sedativos deve ser lenta, para que não ocorra depressão respiratória. 
 Manter paciente aquecido. 
 Encorajar a respiração profunda. 
 Observar a presença de complicações como edema periférico e pulmonar 
 Registrar todas as observações e internações. 
 
Hemorragia: 
 Primaria: Ocorre durante a cirurgia 
 Intermediária: Aparece nas primeiras horas após a cirurgia 
 Secundaria: Ocorre algum tempo após a cirurgia 
 
Paciente pode aprensentar apreensão, inquietação, sede, pele fria, úmida e pálida. O pulso aumenta, 
hiportemia, respiração rápida e profunda. 
 
 
Ações de Enfermagem: 
 Colocar o paciente na posição supina com as pernas elevadas a 20°, com joelhos retos. 
 Inspecionar curativos. 
 Administrar sangue e derivados. 
 Controlar a infusão de líquidos (aumento de coágulos pelo aumento da pressão) 
 
Trombose Venosa Profunda: Resultante da embolia pulmonar e síndrome pós flebitica. 
 
Incidência: Pacientes ortopédicos, idosos, idade superior a 40anos, obesos, procedimentos cirúrgicos 
longos, presença de varizes. 
 
Tratamento e Ações de Enfermagem: 
 Exercícios para membros inferiores 
 Manter membros aquecidos. 
 Meias elásticas. 
 Terapia anticoagulante 
 
 Hipóxia: Oxigenação inadequada do sangue, menos oxigênio nas artérias. 
 
Paciente pode apresentar Cianose, agitação e confusão indicam falta de oxigenação cerebral deficiente 
e Taquicardia seguida de bradicardia. 
 
Tratamento e Ações de Enfermagem: 
 Aspiração das secreções. 
 Controle de gases arteriais no sangue. 
 Oferta de oxigênio suplementar. 
 Posicionamento do paciente em decúbito lateral. 
 
Hipotensão: Mudança brusca de posição, drogas usadas durante a anestesia, Isquemia, IAM, reações 
alérgicas e reações transfusionais. 
 
Tratamento e Ações de Enfermagem: ECG, avaliação dos pulsos periféricos, discreta elevação de 
membros inferiores. 
 
Hipertensão: Hipervolemia(veias distendidas, pulso cheio e forte, taquicardia e respiração ofegante) 
 
Tratamento e Ações de Enfermagem: Manter rigoroso controle da pressão arterial e medicamentos. 
 
Náuseas e Vômitos: Causadas pela estimulação do centro do vômito na medula oriundos do trato 
gastrointestinal, anestesia muito longa, após hipoxemia ou hipertensão medicamentosa. 
 
Dor: Queixas comuns, expressa-se com: 
Aumento da PA, agitação, queixa verbal, lacrimejamento, taquicardia. 
Observar distensão abdominal, vesical, ataduras e contensões apertadas, história da doença. 
Tremores: Anestésicos inalatórios (halotanos), reações pós transfunsionais, hipovolemia, tipo de 
anestesia e dor. 
Oligúria: Perfusão renal inadequada devido a hipovolemia ou baixo debito cardíaco, lesão renal, 
obstrução do fluxo renal. 
 
UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA 
 
A unidade de recuperação pós-anestésica (URPA), também chamada de sala de recuperação 
pós-anestésica, fica localizada adjacente às salas de cirurgia. Os pacientes ainda sob o efeito da 
anestesia são colocados nessa unidade para o fácil acesso da equipe multidisciplinar, monitorização e 
suporte pulmonar e hemodinâmico, etc. 
 
Fases do cuidado pós-anestésico 
 O cuidado pós-anestésico é dividido em duas fases distintas: 
 
 
 
FASE I DA URPA 
 
 
Compreende a fase de recuperação imediata, onde é fornecido o 
cuidado intensivo de enfermagem; 
 
Nesta fase, a monitorização acontece a cada 15 minutos. 
 
 
FASE II DA URPA 
 
 
Reservada para pacientes que precisam de observação menos 
frequente e menos cuidado de enfermagem; 
 
É nesta fase que o paciente é preparado para alta, podendo ficar 
entre quatro à seis horas. 
 
 
Avaliação do paciente na urpa 
 Avaliações frequentes e criteriosas do nível de saturação de oxigênio no sangue (SpO2), frequência 
eregularidade do pulso, profundidade e natureza das respirações, coloração da pele, nível de 
consciência e a capacidade de responder aos comandos são os principais itens a serem monitorizados 
pela equipe de enfermagem, com o intervalo de no mínimo 15 minutos. 
 
 
 
* NECESSÁRIO PARA A ALTA DA URPA: 7 – 8 PONTOS * 
 
RECEPÇÃO DO PACIENTE E O CUIDADO NA CLÍNICA CIRÚRGICA 
A clínica cirúrgica é a unidade hospitalar onde permanecem os indivíduos nos períodos pós-
operatórios até recuperarem o equilíbrio orgânico e receberam a alta cirúrgica e/ou hospitalar 
 
Processo de Enfermagem: 
 Sistema respiratório: Permeabilidade, características, profundidade e ruídos. 
 Sistema circulatório: Sinais vitais e coloração da pele. 
 Neurológico: Nível de consciência. 
 Drenagem: Presença de Drenagens, presença e condições de curativos. 
 Conforto: Tipo de dor, localização, náuseas e vômitos, mudança de posição exigida. 
 Psicológica: Natureza das perguntas do paciente, necessidades de repouso e sono. 
 Segurança; Necessidade de grades laterais no leito, tubos de drenagem desobstruídos, infusão 
venosa fluindo adequadamente. 
 Equipamentos: funcionamento adequado. 
 
 Prescrição de Enfermagem 
 
Assegurar função respiratória 
 Encorajar o paciente a respirar profundamente. 
 Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas. 
 Estimular a sentar fora do leito. 
 Estimular a tosse. 
 Administrar oxigênio (nos casos de hipovolemia) 
 
Avaliando o desconforto do pós-operatório 
 Avaliando a dor. 
 Orientações quanto à dor. 
 Administração de medicamentos. 
 Infusões Epidurais. 
 
Avaliando a inquietação 
 Administração de analgésicos. 
 Incentivar a mudança de decúbito no leito frequentemente. 
 Avaliar curativos(podem estar apertados, molhados) 
 Avaliar débito urinário e verificar se há presença de distensão vesical. 
 
Avaliando náuseas e vômitos 
 Manter paciente em decúbito lateral. 
 Administrar medicamentos. 
 
Avaliando a distensão abdominal 
 Incentivar a deambulação 
 Paciente com SNG, manter em sinfonagem. 
 
Mantendo a temperatura corporal (maior risco é a hipotermia) 
 Manter o ambiente confortável. 
 Aquecer o paciente, se necessário. 
 
Evitando injúria 
 Devido a inquietação o paciente pode causar injuria ou interferir no funcionamento de materiais ou 
equipamentos. 
 Administrar analgésicos e/ou sedativos. 
 Manter grades do leito elevadas. 
 Avaliar postura do paciente no leito. 
 
Manutenção do estado nutricional 
 Auscultar abdome e avaliar a presença de peristalse. 
 Estimular a mobilização, excesso e/ou deambulação. 
 Avaliar aceitação da dieta. 
 Controlar gotejamento da infusão parenteral. 
 Realizar higiene oral. 
 
Promover a eliminação intestinal: 
O preparo intestinal no pré-operatório, a imobilidade, a possível manipulação durante a cirurgia e a 
redução de ingesta oral podem afetar a função intestinal. 
 Incentivar a ingesta hídrica. 
 Realizar ausculta abdominal para identificar presença de sons intestinais. 
 
Restaurando a mobilidade: 
Em alguns casos a presença de drenos, sondas, talas e curativos extensos, podem levar o paciente 
a ficar incapacitado a mudar de posição. 
 Incapacidade de mobilização, mudar de decúbito a cada 2 horas ou quando apresentar desconforto 
ou sempre que necessário. 
 Dependendo da natureza do procedimento cirúrgico pode se colocado em várias posições como 
objetivo de promover o conforto e aliviar a dor. 
 Avaliar se aposição está correta e confortável. 
 Verificar e registrar pulso e coloração da pele após elevação da cabeceira ou mudança de decúbito 
(porque pode ocorrer sensação de desmaio). 
 
Deambulação: 
 Encorajar a sair do leito tão cedo quanto possível, sendo determinado pela estabilidade dos sistemas 
cardiovasculares e neuromuscular, do nível usual de atividade física e natureza da cirurgia realizada. 
Após a pequena cirurgia e cirurgia ambulatorial o paciente deambula no mesmo dia da cirurgia. 
 Deambulação precoce reduz a incidência das complicações pós-operatória como: pneumonia, 
desconforto gastrointestinal, problemas circulatórios. 
 Apoiar e encorajar o paciente a mobilizar no leito da posição deitada para a sentada. 
 Avaliar presença de tonturas. 
 Fornecer apoio físico e encorajamento. 
 
Exercícios no leito: 
Se a deambulação não é possível, deve-se encorajar a mobilização no leito dentro das primeiras 24 
horas, com objetivo de promover a circulação prevenindo o desenvolvimento de contraturas, permitindo 
ao pleno retorno das funções fisiológicas. 
 Estimular exercício de respiração profunda. 
 Estimular exercício para os braços, mãos, dedos e pés. 
 Flexão e levantamento da perna. 
 Estimular exercícios de contração abdominal e glútea. 
 Reduzir a ansiedade e alcançar o bem estar psico social. 
 Prevenir infecções. 
 
 
 
Curativo 
Infecção de sítio cirúrgico: As ISC são aquelas que ocorrem como complicação de uma cirurgia, 
comprometendo a incisão, tecidos, órgãos ou cavidade manipulada, podendo ser diagnosticada até 30 
dias após realização do procedimento, ou até um ano, em caso de implante de prótese. 
 
Classificação das ISC: 
 ISC Incisional Superficial - ocorre até 30 dias após a cirurgia, envolvendo apenas pela e tecido 
subcutâneo da incisão; 
 ISC Incisional Profunda - ocorre até 30 dias após a cirurgia, ou até 1 ano, em caso de implante de 
prótese, envolvendo os tecidos moles profundos (músculo ou fáscia); 
 ISC de órgão/espaço - ocorre até 30 dias após a cirurgia, ou até 1 ano, em caso de implante de 
prótese, envolvendo qualquer outra região anatômica manipulada no procedimento cirúrgico (órgãos 
ou espaços), que não a incisão. 
 
Fonte de microrganismos causadores de ISC 
 Microbiota do paciente; 
 Presença de bactérias no local a ser operado; 
 Grau do trauma; 
 Manipulação tecidual; 
 Materiais contaminados. 
 
Materiais e equipamentos da sala de operação (SO) 
 
Para que o processo cirúrgico transcorra sem intercorrências e de forma planejada, as salas cirúrgicas 
são equipadas com foco central, negatoscópio, sistema de canalização de ar e gases, prateleiras 
(podem estar ou não presentes), mesa cirúrgica manual ou automática com colchonete de espuma, 
perneiras metálicas, suporte de 
ombros e braços, arco para narcose, coxins e talas para auxiliar no posicionamento do cliente. 
Para controlar os dados fisiológicos do cliente e evitar complicações anestésicas, a sala de cirurgia 
deve ser equipada com esfigmomanômetro, monitor de eletrocardiograma, material para entubação 
traqueal, equipamentos para ventilação e oxigenação, aspirador de secreções, oxímetro de pulso e 
outros aparelhos especializados. 
Os equipamentos auxiliares são aqueles que podem ser movimentados pela sala, de acordo com a 
necessidade: suporte de hamper e bacia, mesas auxiliares, bisturi elétrico, foco auxiliar, banco giratório, 
escada, estrado, balde inoxidável com rodinhas ou rodízios, carros ou prateleiras para materiais 
estéreis, de consumo e soluções antissépticas. 
 
Também são necessários diversos pacotes esterilizados contendo aventais, “opa” (avental com abertura 
para a frente), luvas de diferentes tamanhos, campos duplos, campos simples, compressas grandes e 
pequenas, gazes, impermeável (para forrar 
a mesa do instrumentador), cúpulas grandes e pequenas, cuba-rim, bacia, sondas e drenos diversos, 
cabo com borracha para aspirador e cabo de bisturi elétrico (pode vir acondicionado em caixas). 
Outros materiais esterilizados são as caixas de instrumentais, o estojo de material cortante (pode estar 
acondicionado dentro da caixa de instrumentais), bandeja de material para anestesia e fios de sutura de 
diferentes números e tipos. 
Como materiais complementares: a balança para pesar compressas e gazes, as soluções antissépticas, 
esparadrapo, ataduras,pomada anestésica, medicamentos anestésicos e de emergência, soluções 
endovenosas do tipo glicosada, fisiológica, bicarbonato de sódio, solução de álcool hexa-hídrico 
(Manitol®), de Ringer® e de Ringer Lactato®. 
 
AUMENTAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAL CIRÚRGICO 
Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função. É aquele comum a qualquer 
operação, devendo estar presente em todas elas, independentemente da especialidade. Assim, o 
auxiliar de enfermagem deverá conhecê-lo muito bem, principalmente o instrumentador, tendo em vista 
o bom desempenho de suas funções. 
Com apenas esse instrumental é possível realizar várias cirurgias gerais de pequeno porte, sem 
necessidade de outros instrumentos mais específicos. Dentre essas cirurgias destacamos a 
apendicectomia, a hernioplastia e a postectomia. 
As Pinças de Preensão têm o objetivo de prender tecidos e órgãos, mas também são usadas para 
prender gaze dobrada. Um exemplo é a pinça de Foerster, que é utilizada no início da cirurgia, para 
fazer a anti- sepsia da região cirúrgica. 
Os bisturis são instrumentos de diérese se apresentam com tipos e tamanhos variados. São 
compostos de um cabo de tamanho variável, acoplado a uma lâmina móvel, que também varia em 
forma e tamanho. Em função da grande frequência com que são utilizados, os bisturis ocupam a parte 
da mesa mais acessível ao instrumentador, sempre com a ponta voltada para ele. 
As tesouras, assim como os bisturis, são instrumentos de diérese, e têm diferentes formas e tamanhos. 
Também as tesouras são arrumadas na mesa de instrumental com a ponta voltada para o 
instrumentador. 
As pinças hemostáticas são instrumentos de hemostasia, utilizadas para pinçar os vasos e impedir o 
sangramento. Essas pinças podem ser retas ou curvas e têm tamanhos variados. 
As pinças hemostáticas são conhecidas pelos nomes de seus criadores como Kelly, Kocher, Crile, 
Halstead, Rochester e Mixter. São dispostas na mesa do instrumentador em grupos do mesmo tipo e 
em ordem crescente de tamanho, sempre da direita para a esquerda. 
As pinças de dissecção são instrumentos auxiliares que apóiam o ato cirúrgico. Elas existem em 
grande variedade, sendo diferentes em forma e tamanho, com dente ou não. Aquelas com dentes são 
comumente chamadas de “pinças dentes de rato”. 
Os afastadores são também instrumentos auxiliares, destinados a facilitar a exposição do campo 
operatório. Eles variam quanto ao tipo e ao tamanho, podendo ser manuais ou auto-estáticos. Esses 
 
últimos são chamados assim porque afastam os tecidos por si próprios. 
Os afastadores são ordenados na mesa de instrumental por tamanho e pela ordem em que são 
empregados. Os menores são usados, em geral, nos planos superficiais, como as camadas de tecido, e 
de acordo com o tamanho do paciente. Já os maiores são empregados posteriormente, para 
afastamento das estruturas profundas, como os órgãos. 
As pinças de campo, ou pinças Backhaus, são instrumentos auxiliares destinados à fixação dos 
campos que limitam a área operatória. Esse tipo de pinça está presente na mesa de instrumental 
somente no início da operação. Posteriormente, o espaço ocupado por elas é utilizado para melhor 
acomodar instrumentos de hemostasia, instrumentos especiais, compressas, gazes ou cubas. 
As agulhas são instrumentos de síntese utilizados para conduzir o fio de sutura através dos tecidos. 
Podem ser de diferentes tipos:
 
 retas, semi-retas ou curvas, sendo a curvatura bem variável;
 
 pequenas ou grandes; 
 de ponta triangular ou cortante, para a pele; e de ponta cilíndrica ou romba, para uso interno; 
 com fundo fixo ou fundo falso. 
Nas agulhas com fundo fixo, o fio é introduzido em seu orifício, como nas agulhas de costura. Já nas 
agulhas com fundo falso o fio é introduzido no canal, sobpressão. Atualmente, a maioria dos fios já vem 
agulhada de fábrica, havendo uma preferência dos cirurgiões por esse tipo de fio, por serem práticos e 
produzirem menor traumatismo nos tecidos. 
A escolha das agulhas e dos fios a serem usados em uma cirurgia é de competência exclusiva 
do cirurgião, uma vez que essa escolha vai depender de fatores como o tipo de cirurgia, a 
técnica empregada e o tipo de tecido. 
Quanto a arrumação das agulhas na mesa do instrumentador, ressaltamos que eles devem ser 
dispostas ordenadamente de modo a facilitar sua identificação. Os porta-agulhas são também 
instrumentos de síntese, e têm a função de prender as agulhas, para a execução da sutura. Eles se 
apresentam de diferentes formas e tamanhos, sendo mais comuns os de Mayo-Hegar e de Mathieu. À 
exceção dos demais instrumentos, os porta-agulhas devem ficar na mesa de instrumental com os cabos 
sempre voltados para o instrumentador. 
As agulhas e os porta-agulhas, usados nas suturas tradicionais, podem ser substituídos por 
instrumentos que realizam vários tipos desuturas mecânicas. Um exemplo desses instrumentos é o 
skinstapler, cuja forma é semelhante à de um grampeador. 
INSTRUMENTAL CIRÚRGICO ESPECIAL 
É aquele que varia de acordo com as múltiplas especialidades cirúrgicas e, em geral, é utilizado apenas 
no tempo principal da operação. 
Também denominados fios de sutura, os fios cirúrgicos são utilizados com duas finalidades básicas: 
Esse tipo de instrumento deve ser colocado em local afastado da mesa do instrumentador ou, então, em 
mesa auxiliar secundária, no caso de serem muito numerosos. 
FIOS CIRÚRGICOS 
Também denominados fios de sutura, os fios cirúrgicos são utilizados com duas finalidades básicas: 
 
 Ligadura de vasos sangüíneos, para impedir o sangramento; 
 Sutura de tecidos orgânicos, para facilitar a cicatrização. 
Esses fios dividem-se em duas categorias principais. 
Fios cirúrgicos absorvíveis 
São produzidos com material que pode ser eliminado pelas células e líquidos corporais, durante e após 
a cicatrização dos tecidos. Eles são de dois tipos: 
De origem animal, produzidos a partir do intestino de boi ou de carneiro, sendo conhecidos como 
catgut (categute). Podem ser:
 
 simples: categute não tratado, o qual é totalmente absorvido em torno do 10 dias após a 
cirurgia;
 
 cromado: categute simples, com tratamento especial para prolongar o tempo de 
absorção, que deverá acontecer entre 20 á 25 dia após a cirurgia. 
De origem sintética, produzidos em laboratório, têm absorção total depois de 60 a 70 dias da 
operação. 
Fios cirúrgicos inabsorvíveis 
Não desaparecem, permanecendo envolvidos por um tecido fibroso, mesmo sofrendo a ação dos 
líquidos do corpo. Esses fios são de três tipos: 
De origem natural: fabricados a partir da seda, do algodão, ou ainda do linho. 
De origem sintética: produzidos em laboratório, podendo ser de nálon, poliéster ou polipropileno. 
Metálicos: de prata, bronze ou aço inoxidável. 
Espessura dos fios cirúrgicos 
A grande variedade de espessura com que são encontrados motivou a sua identificaçãoo por meio de 
uma escala numérica: 
 .... 6-0 5-0 4-0 000 00 0 1 2 3 4 5 ... 
Para entender como a escala funciona vamos tomar o fio número zero como referência, o qual tem uma 
espessura média. Os fios com numeração acima de zero de espessura maior do que ele, como, por 
exemplo, o fio 2 ou 3. Quanto maior é o número, mais grosso será o fio. 
 
CONSIDERAÇÃO GERAIS SOBRE INSTRUMENTAÇÃO 
Destaca-se algumas observações sobre o modo como os cirurgiões solicitam os instrumentos e deve 
passa-los. Os instrumentos de uso corrente podem ser solicitados pela sinalização manual, que 
consiste em uma série de sinais e códigos, já conhecidos pela equipe. Esses sinais estão diretamente 
relacionados com os movimentos característicos do uso de cada um dos instrumentos. 
O instrumentador deve estar sempre atento ao modo de manuseare passar os instrumentos. Todo 
cuidado deve ser tomado para não deixa-los cair e para sempre entrega-los na posição correta para 
uso, evitando que o cirurgião seja obrigado a virar os instrumentos antes de usa-los. Em relação a 
 
esses instrumentos, cabe ainda lembrar que existem alguns muitos perigosos, como bisturi e o porta-
agulhas montado, os quais devem ser manuseados com cautela e segurança, para prevenir acidentes. 
A forma de dispor os instrumentos varia, principalmente, em função do tipo de cirurgia e da técnica a ser 
adotada. Como regra geral, no entanto, podemos afirmar que os instrumentos são dispostos na mesa, 
em grupos, por ordem de tamanho, sempre com suas pontas voltadas para instrumentador. Os porta-
agulhas como ja foi salientado devem ficar com os cabos voltados para o instrumentador, ao contrário 
dos demais instrumentos. 
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 
 
Conjunto de procedimentos que possui como objetivo impedir a disseminação de um agente infeccioso 
do paciente, infectado ou colonizado, para outros indivíduos. 
A disseminação de infecção dentro do hospital depende de três elementos: uma fonte de microrganismo 
infectante, um hospedeiro suscetível e um meio de transmissão do microrganismo. 
 
Infecção hospitalar 
A infecção hospitalar durante a hospitalização e que não estava presente, ou em um período de 
incubação, por ocasião da admissão do paciente. Pode ser manifestar durante a internação ao após 
alta, quando puder ser relacionada com internação ou procedimentos hospitalares. São diagnosticada, 
em geral a partir de 48 horas após internação (ANVISA/2004) OU 72 horas, de acordo com a 2616/98 
(MS). 
 
1. MEDIDAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES 
Conjunto de procedimentos que possui como objetivo impedir a disseminação de um agente 
infeccioso do paciente, infectado ou colonizado, para outros indivíduos. 
A disseminação de infecção dentro do hospital depende de três elementos: uma fonte de 
microrganismo infectante, um hospedeiro suscetível e um meio de transmissão do microrganismo. 
A transmissão ocorre, principalmente, por: 
CONTATO 
DIRETO 
Transferência do microrganismo entre o 
paciente infectado ou colonizado e o 
indivíduo suscetível. Dermatites Resfriado 
Gripe INDIRETO 
Transferência do microrganismo de um 
objeto contaminado para um indivíduo 
suscetível. 
GOTÍCULAS 
Produzidas através da fala, tose, espirro e durante a 
realização de alguns procedimentos. A transmissão 
ocorre pela deposição destas gotículas em mucosa nasal 
ou oral, através de um contato muito próximo (< 90 cm) 
Meningite 
Caxumba 
Rubéola 
AEROSSOL 
Disseminação de micropartículas infectantes (peso 
molecular ≤ 5 micra), geradas pela fala, tosse, espirro ou 
por procedimentos (aspiração de VAS, broncoscopia, 
etc), que alcançam rápida dispersão no ar e se mantém 
em suspensão. 
Tuberculose Pulmonar 
Varicela 
Sarampo 
 
 
Lavagem das mãos - precaução universal 
A ação de lavar as mãos utilizando água, sabão ou detergente é considerado o mais importante modo 
de atuar na prevenção e controle de infecções hospitalares. O objetivo da limpeza das mãos é impedir 
que microorganismos sejam transferidos para pacientes, e no final do atendimento, para que não ocorra 
o efeito inverso, contaminação do paciente para o médico. Deve ser praticado antes e após o 
atendimento a cada paciente. Além dos outros momentos considerados anti-higiênicos. Os 
microorganismos estão dispostos nas camadas superficiais e profundas da pele e classificadas como 
microbiota residente e flora transitória. 
A microbiota residente, também é chamada de colonizadora, pois forma uma população de 
microorganismos estáveis e está situada nas camadas mais profundas da pele. Já na flora transitória os 
microorganismos estão livres na superfície da pele ou aderidos à gordura; são, portanto, relativamente 
fáceis de serem removidos durante a degermação. 
Algumas bactérias com poder patogênico podem passar de microbiota transitória a residente; e, quando 
isso ocorre, o indivíduo pode ser portador crônico de bactérias com elevado poder infectante ou 
patogênico. 
A microbiota residente e transitória pode ser representada por: Streptococcus Betahemoliticus, 
 
Staphylococcus aureus, Pseudomonas, Escherichia coli e Klebsiella, sendo o Staphylococcus 
coagulase positivo o patógeno mais comum da flora residente. O Staphylococcus aureus é a bactéria 
responsável por grande número de doenças, tem o homem como seu maior reservatório, estando 
presentes nas fossas nasais de 40 a 60% dos indivíduos que transitam em hospitais. 
A microbiota residente não é facilmente removível durante a lavagem das mãos, entretanto, pode ser 
inativada por substâncias anti-sépticas. 
 
Higienização das mãos 
 Higienização simples (água e sabão) 
 Higienização antisséptica (gluconato de clorexidina a 4% e PVP-I a 10% degermantes); 
 Fricção antisséptica (utilização de gel alcoólico a 70% ou solução alcoólica a 70% com 1-3% de 
glicerina); 
 Antissepsia cirúrgica das mãos (gluconato de clorexidina a 4% e PVP-I a 10% degermantes). 
 
NORMAS E CONDUTAS DE BIOSSEGURANÇA EM ENFERMAGEM 
Conceito: “É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos 
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de 
serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a 
qualidade dos trabalhos desenvolvidos” (COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA - FIOCRUZ) 
 
Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com material biológico, que 
esteja sujeito a radiações, que manipule material perfurocortante ou, ainda, equipamentos com bases 
de funcionamento físico (micro-ondas, ultrassom, autoclaves etc.), deve: 
• Estar atento e não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio, autocontrole e comportamento; 
• Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos operacionais padrão do setor; 
• Agir com tranquilidade e sem pressa; 
• Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os equipamentos 
de proteção individual e coletivo (jaleco, avental, óculos, protetor facial, cabelos presos, luvas, botas, 
máscara, avental de chumbo, câmara de exaustão, cabina de segurança biológica e química). 
 
Segurança profissional durante procedimentos de saúde: 
São inúmeros os Princípios Fundamentais para evitar a contaminação Profissional – Paciente -
Profissional, dentre eles os mais importantes são: 
Medidas Institucionais (Que buscam garantir um ambiente de trabalho seguro) 
• Realizar treinamentos e orientações quanto aos riscos ocupacionais; 
• Disponibilizar EPI e EPC (equipamento de proteção coletiva); 
• Dispor de recipientes apropriados de pérfuro-cortantes; 
• Supervisionar o estado vacinal dos PAS e promover campanhas de vacinação periódicas; 
• Fornecer instruções escritas e afixar cartazes sobre o procedimento a serem adotados em caso 
de acidentes; 
• Dispor de um serviço de atendimento ao funcionário exposto ao material biológico. 
Medidas Individuais 
• Realizar esquema completo de vacinação contra a hepatite B (3 doses); 
• Adotar as precauções padrão; 
• Manter atenção durante os procedimentos; 
• Manipular com cuidado material pérfuro-cortante; 
• Não reencapar agulhas, não entortá-las, quebrá-las, ou retirá-las da seringa com a mão. 
 
ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES 
O Objetivo básico de um sistema de precauções é a prevenção da transmissão de um microorganismos 
de um paciente para outro, ou para um profissional de saúde. 
 
PRECAUÇÃO PADÃO 
Devem ser utilizadas para todos os pacientes independente da presença ou ausência de doenças 
transmissíveis comprovadas. 
Lavagem de mãos: 
 Após a realização de procedimentos que envolvem presença de sangue, fluidos corpóreos, 
secreções, excreções e itens contaminados. Após a retirada das luvas. 
 Antes e após contato com paciente e entre um e outro procedimento ou em ocasiões onde existe 
risco de transferência de patógenos para os pacientes ou ambiente. 
 Entre procedimentos no mesmo paciente quando houver risco de infecção cruzada de diferentes 
sítios anatômicos. 
 
Luvas: 
 Usar luvas limpas, não estéreis, quando existir possibilidade de contato com sangue, fluidos 
corpóreos, secreções e excreções, membranas mucosas, pele não íntegra e qualquer item 
contaminado. 
 Mudar de luvas entre duas tarefas e entre procedimentos no mesmo no paciente. 
 Retirar de descartar as luvas depois do uso, entre um paciente e outro e antes de tocar itens não 
contaminados e superfícies ambientais. A lavagem das mãos após a retirada das luvas é obrigatório. 
 Máscaras, protetor de olhos, protetor de face. 
 Recomendados para proteção individual em situações nas quais possam ocorrer respingos e 
espirros de sangue ou secreções. 
Aventais: 
 Usar avental limpo, não estéril, para proteger roupas e superfícies corporais sempre que houver 
possibilidade de ocorrer contaminação por líquidos corporais e sangue. 
 Escolher o avental apropriado para atividade e quantidade de fluido ou sangue encontrado 
 A retirada de o avental dever ser executado mais breve possível e a posterior a higienização das 
mãos. 
Material pérfuro-corante: 
 Manusear com cuidado, e proceder ao descarte corretamente. Não ultrapassando o limite indicado. 
 Quarto privativo: 
 Indicado conforme a orientação da CCIH- nos casos em que o paciente não tem controle das 
eliminações de fezes e urina, devem ser colocados em quarto privativos com banheiro e pia 
próprios. 
 Quando um quarto privativo não estiver disponível, pacientes infectados devem ser alocados com 
companheiros infectados com o mesmo microrganismo e com a mínima possibilidade de infecção. 
 
 
 
PRECAUÇÃO DE CONTATO 
 Indicado quando há infecção (ou suspeita), colonizado com bactérias multirresistentes ou 
microrganismos passiveis a contaminação por contato direto (rotavírus, vírus sincicial respiratório, 
herpes simples) diarreia aguda, furunculose, hepatite A, HIV e hepatite B, infecção de ferida operatória. 
 
Internação do paciente: 
 Quando possível em quarto privativo ou alocado com pacientes que com o mesmo microrganismo. 
 
Higienização das mãos: 
 Utilizar anti-séptico como álcool-gel ou solução degermante.(PVP-I a 10% ou clorexidina a 2%) 
Luvas: 
 Usar luvas limpas, não estéreis, ao entrar no quarto durante o atendimento ao paciente; trocar de 
luvas após o contato com material biológico; retirar as luvas antes de sair do quarto. 
Avental: 
 Usar avental limpo, não necessariamente estéril ao entrar no quarto durante o atendimento do 
paciente e retira-lo antes de sair do quarto. 
Ambiente: 
 Itens com o que tem contato com as superfícies ambientais devem ser submetidos à desinfecção 
com álcool a 70%. 
 
 
PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS: 
 É indicado para infecção respiratória suspeita ou confirmada por microrganismos transmitidos por 
aerossóis, que permanecem suspensas no ar e podem ser dispersas a longas distâncias. Doenças que 
requerem isolamento aéreo são: tuberculose, varicela (mais contato), sarampo e herpes zoster. 
 
Quarto Privativo: 
 Quarto privativo com pressão negativa; filtragem de ar eficiente; mantendo as portas do quarto 
fechadas. Caso não haja ambientes neste modelo manter em quarto privativo com portas fechadas 
e boa ventilação. 
Proteção respiratória: 
 Usar mascara com capacidade de filtragem ou com vedação na lateral adequada. Esta mascara 
pode ser utilizada por um longo perdido de tempo pelo mesmo profissional. Desde que se 
mantenham secas, íntegras e limpas. 
Visitas: 
 Restritas e orientadas. 
 
 
 
PRECAUÇÃO PARA GOTÍCULAS 
É indicada para pacientes portadores de microrganismo transmissíveis por gotículas, que podem ser 
gerada por tosse, espirro, conversação. Doenças que requerem isolamento aéreo por gotículas: 
parotidite, coqueluche, difteria, rubéola, meningite por meningococos, síndrome aguda respiratória 
grave, caxumba. 
 
Quarto Privativo: 
 Quarto privativo ou quarto com infecção pelo mesmo microrganismo, sendo que a distancia entre os 
leitos deverá ser de um metro. 
Proteção Respiratória: 
 Deve ser utilizada quando a proximidade com o paciente for menor de um metro. A mascara do 
paciente é a comum. 
Visitas: 
 Restritas e orientadas. 
 
Equipamento de Proteção Individual (EPI) 
 É todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do 
trabalhador. 
 
Proteção para a cabeça 
 
- Protetores faciais; 
- Touca; 
- Óculos de segurança; 
- Máscara Cirúrgica Simples; 
- Máscara PFF2 (N-95) para Micropartículas 
 
Proteção para o tronco 
 
- Capotes; 
- Aventais 
 
Proteção para os MMSS 
 
- Luvas de Procedimentos; 
- Luvas Cirúrgicas estéreis; 
- Luvas de borracha ou PVC. 
 
Proteção para os MMII 
 
- Propés; 
- Calcados Fechados e Impermeáveis. 
 
 
 
Conforme estabelece a Norma Regulamentadora (MTE) nº 32, Portaria MTE n.º 485, de 11 de 
Novembro de 2005 (DOU de 16/11/05 – Seção 1): 
 Cabe ao empregador disponibilizar os EPI’s necessários para a realização das atividades, de acordo 
com seu grau de risco, sem ônus ao profissional; 
 Processar o vestuário após jornada de trabalho. 
 
Vacinação Obrigatória dos profissionais dos serviços de saúde 
De acordo com o que dispõe a NR 32 e a Portaria do Ministério da Saúde nº 597, de 08/04/2004, são 
obrigatórias as seguintes vacinas aos trabalhadores nos serviços de saúde: 
Hepatite B Hepatite A Tríplice Viral 
Tétano Influenza Febre Amarela 
Pneumocócica Difteria Febre Tifóide 
Varicela 
 
 
Exposição a materiais biológicos de risco e acidentes com perfurocortantes 
 O atendimento aos profissionais que sofrem exposição a material biológico com risco de 
soroconversão (HIV, HBV e HCV), baseia-se no estabelecimento da conduta de atendimento inicial, 
orientação e seguimento dos trabalhadores acidentados, uso de quimioprofilaxia e notificação de casos. 
 
 As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados são um sério risco 
aos profissionais em seus locais de trabalho. Estudos desenvolvidos nesta área mostram que os 
acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais frequentes 
relatadas. 
 Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes, em geral, são considerados extremamente 
perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir mais de 20 (vinte) tipos de patógenos 
diferentes, sendo o HIV, HBV e HCV, os de maior incidência. 
 
 
 
 
Material Biológico: 
Fluidos orgânicos potencialmente infectantes 
Fluidos orgânicos potencialmente 
não infectantes 
Sangue, sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido 
sinovial, líquido pleural, líquido peritoneal, líquido 
pericárdico, líquido amniótico. 
Suor, lágrima, fezes, urina e saliva. 
 
Obs: Exceto se contaminado com sangue 
 
Risco de soro conversão, pós-exposição: 
HIV 
 
- Exposição percutânea com sangue: 0,3%; 
- Exposição de mucosa: 0,09%. 
 
HBV 
 
- 06% a 30%, podendo chegar até 60%, dependendo do estado clínico do 
paciente fonte, entre outros fatores. 
 
HCV 
 
 - Aproximadamente de 1,8% a 07%. 
 
Condutas após a exposição a material biológico: 
Cuidados com a área exposta 
 
1. Lavar o local com água e sabão (exposição 
percutânea ou cutânea) 
2. Lavar com SF 0,9% ou água, em exposições de 
mucosas; 
3. Não realizar expressão local, uso se 
antissépticos, etc. 
4. Não realizar procedimentos que aumentem a 
área lesionada; 
Avaliação do acidente 
 
1. Identificar o material biológico envolvido; 
2. Determinar o tipo de acidente: perfurocortante,contato com a pele, mucosa, etc. 
3. Identificar a fonte. 
Orientação e Aconselhamento 
 
1. Sobre o risco de acidentes; 
2. Sobre a quimioprofilaxia; 
3. Consentimento para rastreamento e exames 
sorológicos (paciente fonte); 
4. Acompanhamento por 06 meses; 
5. Suporte psicológico; 
6. Relatar de imediato os seguintes sintomas: 
linfoadenopatia, Rash cutâneo, dor de 
garganta, etc. 
Notificação do Acidente 
(CAT / SIVAN) 
 
1. Registro do acidente em Comunicação de 
Acidente de Trabalho (CAT); 
2. Preenchimento da Ficha de Notificação do 
 
SIVAN (Portaria nº 777/2004). 
 
Profilaxia: 
1. Deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras duas horas após o acidente; 
2. Estudos sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz, quando iniciada entre 24h e 48h após a 
exposição; 
3. Recomenda-se que o prazo máximo para o início da profilaxia pós-exposição, seja de até 72 horas 
após o evento; 
4. A duração máxima da quimioprofilaxia é de 28 dias. 
Esquema para profilaxia pós-exposição (Ministério da Saúde) 
 
HIV 
 
- Esquema Básico: Zidovudina (AZT) + Lamivudina (3TC); 
- Esquema Expandido: AZT + 3TC + Indinavir ou Nelfinavir. 
 
HBV 
 
- Vacina contra HBV: Dose única, após 24h do evento e em até 07 dias; 
 
- Imunoglobulina Hiperimune; 
 
HCV 
 
Não há profilaxia contra o vírus HCV 
 
 
 
ROTINAS DE LIMPEZA DA SALA OPERATÓRIA 
 
A limpeza do centro cirúrgico deve ser feita de forma criteriosa em todas as cirurgias, acreditando que 
todas são contaminadas. Esta limpeza é dividida em: 
 
Limpeza preparatória – é aquela realizada antes da cirurgia programada sendo com pano limpo e 
álcool a 70% em superfícies horizontais; 
Limpeza operatória – é realizada durante o procedimento operatório para remover a matéria orgânica 
que se espalhou além do campo operatório, feita pelo circulante, mantêm os materiais descartáveis do 
processado, troca-se o hamper sempre que estiver cheio, controla a técnica asséptica de todos os que 
estão na sala; 
Limpeza concorrente – no termino de cada cirurgia devendo retirar o material sujo da sala, fazer a 
limpeza das superfícies horizontais e remontagem da sala operatória para o próximo evento, 
considerando que todos os procedimentos são contaminados, então devem ser usadas medidas de 
precaução correspondentes 
Limpeza terminal no término das cirurgias do dia, podendo até ter limpeza terminal periódica semanal 
para equipamentos e itens que não estão relacionados com infecções direta do sitio cirúrgico. 
 
A limpeza deve respeitar a seguinte sequência: 
1) recolhimento do lixo; 
2) limpeza a partir do local mais alto para o mais baixo; 
3) depois do local mais limpo para o mais sujo ou contaminado; 
4) finaliza-se do local mais distante, dirigindo-se para o local de saída de cada ambiente. 
 
Tipo de limpeza em decorrência das atividades realizadas em cada área 
 
ÁREA TERMINAL CONCORRENTE 
Crítica Semanal Duas vezes por turno 
Semicrítica Quinzenal Uma vez por turno 
Não-críticas Mensal Duas vezes por dia 
 
*Críticas (pacientes graves, procedimentos invasivos e/ou cirúrgicos e odontológicos, isolamentos); 
semicríticas (enfermarias, consultórios e ambulatórios, sala de espera); não-críticas (sem paciente, sala 
de lanche, almoxarifado, secretaria, indicação da rotina de limpeza terminal e concorrente de área 
física). 
 
 
 
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
 
MANUAL MS/1994 e MS/2001 
 
Classificação de artigos médico hospitalares: 
 
Artigos Críticos – os artigos destinados à penetração através da pele e mucosas adjacentes, nos 
tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente 
conectados com este sistema. Estes requerem esterilização para satisfazer os objetivos a que se 
propõem. 
 
Artigos Semicríticos – Os artigos destinados ao contato com a pele não-íntegra ou com mucosas 
íntegras requerem desinfecção de médio ou de alto nível, ou esterilização, para ter garantida a 
qualidade do múltiplo uso destes. Os artigos classificados nesta categoria se forem termorresistentes, 
poderão ser submetidos à autoclavagem, por facilidade operacional, eficácia e redução de custos, 
mesmo que a esterilização não seja indicada para o fim a que se destina o artigo. 
 
Artigos Não - críticos – artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente requerem 
limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que se destinam ou do último 
uso realizado. 
 
FLUXO DE PREPARO DE MATERIAL NA CME 
 
1- Limpeza: Remoção física da sujidade e/ou matéria orgânica presente nos artigos/superfície, em 
geral com água e com ou sem detergentes. Os microorganismos removidos pela limpeza não são 
destruídos. 
 
IMPORTANTE: 
 
Descontaminação: Processo de desinfecção prévia de materiais e instrumentais contaminados, ou 
seja, que tiveram contato com matéria orgânica. Ex: Imersão do artigo na água em ebulição por 30 
minutos, OU Autoclavagem previa do artigo ainda contaminado, sem o ciclo de secagem. OU Fricção 
auxiliada por esponja, pano, escova, etc.; embebidos com produto para esta finalidade, OU Imersão 
completa do artigo em solução desinfetante acompanhada ou não de fricção com escova/esponja, OU 
Pressão de jatos d’água com temperatura entre 60 e 90 graus centígrados, durante 15 minutos 
(maquinas lavadoras sanitizadoras, esterilizadoras de alta pressão, termodesinfetadoras e similares) 
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num 
ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. 
Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou 
removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos 
antissépticos ou desinfetantes. 
Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de 
microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. 
Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou 
sólidos. 
 
Métodos de limpeza: 
 Limpeza Manual: Executada através de fricção mecânica, com escovas e uso de detergente e água. 
 Limpeza Mecânica: É realizada através de lavadoras por meio de uma ação física e química 
(lavadoras ultrassônicas com detergente/desencrostantes, termodesinfectadoras – jatos de água 
quente ou detergente). 
 
Produtos utilizados: 
 
Detergente Enzimático: São produtos que contem em sua fórmula enzimas que facilitam a remoção de 
sujidades, desde gorduras até sujeiras impregnadas. 
 
Desinfetante: São agentes químicos capazes de destruir bactérias, fungos e algumas espécies de 
vírus. ATENÇÃO: Só serão considerados desinfetantes os agentes que possuírem ação tuberculicida. 
 
Por Meio Físico Líquido: 
 
 Água em Ebulição 
 
 
Indicações de uso: Descontaminação: Tempo de exposição de 30 minutos. 
 
Artigos: Termorresistentes que necessitam de desinfecção ou descontaminação. 
 
Recomendações de uso: 
 No início do dia de trabalho, ferver a água durante 10 minutos, sem a presença de artigos, para 
precipitar o óxido de cálcio; 
 Imergir o artigo quando a água estiver em abolição, de modo a cobrir cerca de 2,5cm dos artigos, 
dispondo-os de maneira a não facilitar a formação ou represamento de bolhas de ar; 
 Após o término do tempo, retirar o material com auxílio de pinça desinfetada e luvas de amianto de 
cano longo, secar e guardar em recipiente limpo ou desinfetado e seco; 
 Guardar o artigo nestas condições por, no máximo, uma semana; 
 Os artigos submetidos à descontaminação deverão prosseguir o processamento, se indicado. 
 
 Máquinas automáticas com água quente (60-90ºC) 
 
Indicações de uso: Descontaminação e desinfecção de artigos: tempo de exposição conforme

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