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ENFERMAGEM CIRÚRGICA Estrutura Física do Centro Cirúrgico Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a unidade de dentro cirúrgica pode ser definida como o conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica, à recuperação anestésica e ao pós-operatório imediato. O centro cirúrgico é um ambiente complexo que reúne clientes diferentes, patologias complexas, e características cirúrgicas, que vão proporcionar diferentes abordagens e assistências prestadas. Sendo assim possui dependências interligadas e instalações que permitem procedimentos em condições assépticas e seguras. Em sua construção devemos observar: localização, área, estrutura, composição física, salas de cirurgias, equipamentos e materiais, sua administração e regulamentos. Sua localização deve oferecer segurança quanto às técnicas assépticas, sendo distanciada de locais de grande circulação, ruídos e poeiras. Quanto à área e ao numero de salas devemos considerar a duração da programação cirúrgica especialidades atendidas, ensino e pesquisa. As atividades são direcionadas através da seguinte estrutura: Seção ou bloco operatório (salas de operação equipadas); Seção de recuperação pós-anestésicas (RPA) Seção de material (guarda de material estéril e não estéril, como medicamentos, seringas, fios de suturas, próteses etc.). Composição do Centro Cirúrgico: Vestiário; Conforto multiprofissional; Sala de anestesias; Sala de enfermagem; Sala de estoque de material e medicamentos; Área para recepção de pacientes; Sala de operação; Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio (banco de sangue, raios X, laboratórios, anatomia patológica, auxiliares de anestesia, segurança, e serviços gerais – engenharia clinica- parte elétrica, hidráulica e eletrônica). Atribuições do Técnico de Enfermagem É uma assistência de alta complexidade associado ao processo de trabalho com base na assistência individualizada, com um cuidado curativo especifico. Trata-se de um trabalho multiprofissional integrado, objetivando a interdisciplinaridade. De acordo com o decreto nº 94.406, de 8 junho de 1987, que regulamenta a Lei 7.498 de 25 de junho de 1986, dispõe sobre o exercício da enfermagem, ressaltando as atividades do técnico de enfermagem no centro cirúrgico: Cumprir normas e regulamentos da instituição e do setor, de acordo com o Código de ética: Receber o paciente no centro cirúrgico; Participar de reuniões com seus líderes quando solicitado; e de treinamentos e programas de desenvolvimento oferecidos; Manter a ordem e a limpeza no seu ambiente de trabalho; Zelar pelas condições ambientais de segurança do paciente, da equipe multiprofissional; pelo correto manuseio de equipamentos; Estar ciente das cirurgias marcadas para a sala de sua responsabilidade; Priorizar os procedimentos de maior complexidade, conforme orientação do enfermeiro; Prover a SO com material e equipamentos adequados, de acordo com cada tipo de cirurgia e as necessidades individuais do paciente, descritas no planejamento de assistência realizado pelo enfermeiro assistencial do CC; Remover sujidades dos equipamentos expostos e das superfícies, levando em consideração as orientações do setor de controle de infecção da instituição; Verificar a limpeza de paredes e do piso da SO; Verificar o funcionamento dos gases e equipamentos; Verificar o funcionamento da iluminação da SO; Tomar providências para a manutenção da temperatura adequada da sala; Auxiliar na transferência do paciente da maca para a mesa cirúrgica, certificando-se do correto posicionamento de cateteres, sondas e drenos; Auxiliar no correto posicionamento para o ato cirúrgico; Notificar o enfermeiro responsável sobre possíveis intercorrências; Utilizar corretamente equipamentos, materiais permanentes, descartáveis e roupas; Auxiliar o anestesiologista na indução/reversão do procedimento anestésico; Preencher corretamente todos os impressos pertinentes ao prontuário do paciente e a instituição; Comunicar ao enfermeiro defeitos em equipamentos e materiais; Controlar materiais, compressas e gases como fator de segurança para o paciente; Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica; Abrir os materiais estéreis dentro de técnicas assépticas; Solicitar a presença do enfermeiro sempre que necessário; Encaminhar peças exames e outros pedidos realizados no transcorrer da cirurgia; Auxiliar na transferência do paciente da mesa cirúrgica para a maca, certificando-se do correto posicionamento de cateteres, sondas e drenos; Realizar a desmontagem da SO. CIRURGIA “Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico. É realizada na sala de cirurgia do hospital e em ambulatório ou consultório, quando o procedimento for considerado simples” (KAWAMOTO, 1999) Classificação das cirurgias As cirurgias podem ser classificadas de acordo com três características: Finalidade Grau de urgência Potencial de contaminação 1. Quanto à finalidade Diagnóstica – é a exploração de um determinado órgão para o diagnóstico ser confirmado. Ex: laparotomia exploradora, biópsia de TU de mama Ablativa – é a ressecção ou ablação de uma parte do órgão. Ex: amputação, apendicectomia, colecistectomia. Paliativa – tem a finalidade de aliviar ou diminuir a intensidade da doença, ou compensar os distúrbios para aliviar a dor. Ex: colostomia, desbridamento de tecido necrosado Reconstrutiva – tem a finalidade de reconstruir o tecido lesado e restabelecer a sua capacidade funcional. Ex: fixação interna de fraturas Transplante – tem a finalidade de substituir órgãos ou estruturas não funcionantes. Ex: transplantes, prótese de quadril Construtiva – tem a finalidade de restabelecer a capacidade funcional perdida ou diminuída em consequência de má formação congênita. Ex: fechamento de comunicação interatrial. 2. Quanto Grau de Urgência Classificação Indicação para Cirurgias Cirurgia Emergencial – tratamento cirúrgico que requer atenção imediata com a finalidade de salvar a vida do cliente. - Sem demora Exemplos: ferimento por arma de fogo, sangramento grave, osbtrução intestianl ou vesical, Traumatismo cranioencefálico, etc. Cirurgia de urgência – tratamento cirúrgico que requer pronta atenção - Realizada dentro de 24 a 30 horas (Brunner). Exemplos: Apendicectomia, infecção aguda da vesícula biliar, cálculos renais ou ureterais, etc. Cirurgia Necessária – O paciente precisa fazer a cirurgia. - Planejar dentro de algumas semanas ou meses. Exemplos: Hiperplasia prostática sem obstrução vesical, distúrbios da tireoide, catarata, etc. Cirurgia eletiva – tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar, podendo ser programada. Realizada com data pré-agendada, onde a falha em se submeter à cirurgia não é catastrófica. Exemplos: Reparação de cicatrizes, hérnia simples, reparação vaginal, etc. Cirurgia opcional – Decisão por parte do paciente. - Preferência pessoal. Exemplo: Cirurgia coméstica / estética. 3. Quanto ao Grau de Contaminação Cirurgia limpa- são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou descontaminados, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou de falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas atraumáticas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem. Cirurgias em que não ocorrem penetrações do trato digestivo, respiratório ou urinário. Ex: artroplastia de quadril, mamoplastia, cirurgia cardíaca. Cirurgias potencialmente contaminadas- São aquelas realizadas em tecidos colonizadospor flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias limpas com drenagem se enquadram nessa categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Ex: gastrectomia Cirurgias contaminadas – São aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização por segunda intenção, grande contaminação a partir do tubo digestivo, obstrução biliar ou urinária. Ex: hemicolectomia, anastomose bileodigestiva. Cirurgias infectadas – São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Ex: nefrectomia com abscesso, cirurgia do reto e ânus com secreção purulenta. Terminologia Cirúrgica A nomenclatura cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para indicar o procedimento cirúrgico a ser realizado. Na nomenclatura cirúrgica a raiz significa o segmento anatômico e os afixos a intervenção cirúrgica a ser realizada. Prefixos da nomenclatura cirúrgica e seus significados: Prefixo Definição Adeno Glândula Amigda Amígdala Angio Vasos Artro Articulação Blefaro Pálpebra Cisto Bexiga Cole Vesícula Biliar Entero Intestino Espleno Baço Flebo Veia Gastro Estômago Histero Útero Laparo Abdome Nefro Rim Neuro Nervo Oofor Ovário Orquido Testículo Pielo Pelve Renal Tóraco Tórax Traqueo Traquéia Sufixos da nomenclatura cirúrgica e seus significados (indica o procedimento cirúrgico realizado) Sufixo Significado Anastomose Formação de passagem entre dois órgãos Centese Punção Ectomia extirpação, excisão, remoção parcial ou total Lise dissolução, liberação Pexia fixação de um órgão Plastia alteração da forma e ou função de um órgão Ráfia Sutura Principais procedimentos cirúrgicos de remoção com sufixo ectomia Cirurgia Para remoção Apendicectomia Apêndice Cistectomia Bexiga Colecistectomia vesícula biliar Colectomia Cólon Esofagectomia Esôfago Esplenectomia Baço Principais procedimentos cirúrgicos para fixação com sufixo pexia Cirurgia Para fixação Cistopexia Bexiga Histeropexia útero à parede abdominal Nefropexia rim à parede abdominal Retinopexia Retina Orquiopexia testículo em sua bolsa Principais procedimentos cirúrgicos para alterar a forma e/ou a função de um órgão com sufixo plastia Cirurgia Alterar forma e ou função Artroplastia articulação, para restaurar movimento e função Blefaroplastia Pálpebras Mamoplastia Mama Piloroplastia Piloro Principais procedimentos cirúrgicos de sutura com sufixo ráfia Procedimento Sutura de (a) (o) Blefarorrafia Pálpebra Colporrafia Vagina Gastrorrafia Estômago Herniorrafia Hérnia Principais procedimentos cirúrgicos para visualização com sufixo scopia Procedimento Visualização Broncoscopia Brônquios Duodenoscopia Duodeno Esofagoscopia Esôfago Gastroscopia Estômago Principais procedimentos cirúrgicos para abertura com sufixo tomia ou stomia Cirurgia Para abertura Artrotomia da articulação Broncotomia dos brônquios Cardiotomia da cárdia Cistostomia bexiga para drenagem da urina por sonda Colecistostomia colocação de dreno na vesícula biliar do Coledocolitotomia colédoco para retirada de cálculo Terminologias que não seguem as regras citadas Cirurgia Para abertura e Amputação remoção de um membro ou parte necrosada do corpo Anastomose conexão e sutura de dois órgãos ou vasos Artrodese fixação cirúrgica de articulações Bartholinectomia retirada de cisto de Bartholin PRÉ- OPERATÓRIO: tem inicio no momento em que se identifica a necessidade de uma intervenção cirúrgica e termina com a transferência do cliente mesa cirúrgica. Pode ser divido em: Mediato - do momento da decisão cirúrgica até 24 horas antes da cirurgia. Imediato- 24horas antes da cirurgia. PÓS-OPERATÓRIO: tem inicio com admissão no setor de URPA e termina com o após a avaliação na unidade de internação ou consultório médico. Pode ser dividido em: Imediato- da admissão do paciente na sala de recuperação anestésica até as primeiras 24 horas pós-operatório; Mediato- período que vai de 24 a 48 horas do pós-operatório. Tardio- a partir de 48 horas de pós-operatório e persiste enquanto o indivíduo necessitar de atenção especial. ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO Abordaremos onde começa e inicia cada fase do momento perioperatório, na sequencia da experiência cirúrgica. Através das assistências de enfermagem pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório. Período Perioperatório A enfermagem perioperatória avalia o paciente realizando levantamento, organização e priorização dos dados, estabelece diagnósticos de enfermagem, desenvolve e implementa planos de cuidados e avalia esse cuidado em termos dos resultados obtidos pelo paciente. PRÉ-OPERATÓRIOS Neste momento á ênfase é dada a avaliação do paciente antes do dia da cirurgia através da entrevista pré-operatória e avaliação de exames laboratoriais que incluem: Exames físicos; Avaliação emocional; História anestésica prévia; Identificação de alergias; Avaliação e possibilidades de problemas genéticos que possam interferir na cirurgia; Assegurar que os exames necessários foram realizados; Fornecer educação pré-operatório. Consentimento informado O consentimento informado voluntário e por escrito a partir do paciente é necessário antes que a cirurgia não emergencial possa ser realizada. Esse procedimento protege o paciente contra a cirurgia não autorizada e protege o profissional contra aços de uma operação não autorizada. É um impresso assinado pelo paciente na presença de testemunhas, que dá permissão para que seu médico assistente o submeta a um procedimento operatório. Alguns de seus objetivos são: assegurar que o paciente entende a natureza do tratamento, incluindo as possíveis complicações; mostrar que a decisão do paciente foi tomada sem coação e proteger o paciente contra procedimentos não autorizados. Educação Pré-operatório do paciente . O ensino pré-operatório do paciente pode ser feito por conversas, discussão, recursos audiovisuais, demonstrações e demonstrações pelo próprio paciente. Tem por objetivo ajudá-lo a compreender a experiência cirúrgica para diminuir sua ansiedade e promover sua recuperação plena após a operação e anestesia. TRANSOPERATÓRIO/ INTRAOPERATÓRIO: tem inicio no momento em que o paciente é transferido para leito da sala cirúrgica e termina quando o paciente é admitido na Unidade de Recuperação Pós Anestésica (URPA). Respiração Diafragmática – este é o tipo de respiração no qual a cúpula diafragmática achata- se durante a inspiração, o que resulta em abaulamento do andar superior do abdome à medida que o ar entra no tórax. Na expiração, os músculos abdominais e o diafragma relaxam. Esta é uma técnica de relaxamento eficaz; Espirometria de Incentivo – no pré-operatório, o paciente faz uso de um espirômetro para medir as inspirações profundas (ar inspirado) durante a realização de um esforço máximo. A medida pré-operatória transforma-se no objetivo a ser atingido, assim que possível, apósa operação; Tosse – a tosse promove a retirada de secreções do tórax; Mobilização – as mudanças de posição do decúbito dorsal para o lateral (e vice-versa) estimulam a circulação, incentivam a inspiração mais profunda e aliviam as zonas de compressão; Exercícios para MMII – a mobilização das pernas melhora a circulação e o tônus muscular. Preparo do local a ser operado Pele – é ideal que o paciente tome banho com um sabão bacteriostático no dia da cirurgia. Se solicitada, a tricotomia deve ser feita o mais próximo possível do momento da operação. Quanto maior o intervalo entre a tricotomia e a operação, maior a incidência de infecção da ferida cirúrgica no pós-operatório; Trato Gastrintestinal – o preparo do intestino é obrigatório para a cirurgia intestinal, porque as bactérias que saem da alça podem invadir os tecidos adjacentes e causar sépsis. Suspendem- se os alimentos sólidos de 8 a 10 horas antes da cirurgia. Os pacientes que vão ser operados pela manhã ficam em dieta zero toda noite. Podem ser dados líquidos claros (água) até 4 horas antes da cirurgia, se prescrito, os líquidos leves podem ser aceitáveis até 2 horas antes da cirurgia; Trato Geniturinário – pode-se prescrever ducha com medicamento no pré-operatório, caso a paciente vá ser submetida a uma cirurgia ginecológica (por exemplo, histerectomia) ou urológica. Medicação Pré-operatória A medicação pré-anestésica(MPA) consiste na administração de uma série de medicamentos antes anestesia com finalidade de tornar o ato cirúrgico mais agradável para paciente pela indução de sedação física e psíquica, e de assegurar condições mais favoráveis para o trabalho dos anestesiologista. Os bloqueadores dos receptores H2 podem ser incluídos para diminuir a produção de ácido gástrico e a acidez dos conteúdos estomacais. As medicações pré-anestésicas podem ser administradas por via IM, EV ou oral. A administração por via oral é menos dolorosa para o paciente, sua absorção é mais previsível do que a IM e a pequena quantidade de água ingerida é absorvida diretamente através da mucosa gástrica. Antes de administrar a medicação pré-anestésica todas às perguntas do paciente referentes à cirurgia e a anestesia devem ser respondidas e deve-se checar se o consentimento para a cirurgia foi assinado. Funções das medicações pré-operatórias: Redução de ansiedade; Redução das secreções de vias áereas; Efeito antiemético; Profilaxia de reações alérgicas. A medicação pré-anestésica pode ser administrada por via intramuscular, intravenosa, intra- nasal ou oral 30 a 90 minutos antes da cirurgia Transferência para o Centro Cirúrgico: Realizar a lista de verificação pré-operatória Identificação do paciente; Revisão do prontuário; Impresso de consentimento; Preparo do paciente. INTRA-OPERATÓRIA / TRANS-OPERATÓRIO o As ações de enfermagem devem assegurar a integridade física do cliente o Portanto, antes de equipar a sala, o circulante limpa os equipamentos com álcool etílico a 70% ou outro desinfetante recomendado. o Circulante deve testar o funcionamento dos aparelhos sob sua responsabilidade, verificando suas perfeitas condições de uso, bem como revisar o material esterilizado e providenciar os materiais específicos em quantidade suficiente para a cirurgia, dispondo-os de forma a facilitar o uso. o Checar a necessidade de material para o carrinho de anestesia. o Deve-se também preparar a infusão endovenosa e a bandeja de antissepsia, e dispor os pacotes de aventais, campos, luvas e a caixa de instrumentais em local limpo e acessível. o Quando do processo de abertura do pacote, tomar o cuidado de manusear somente a parte externa do campo, para evitar contaminar sua parte interna. o Se o pacote for grande, deve ser aberto sobre uma superfície; se pequeno, pode ser aberto afastado do corpo e seu conteúdo oferecido ao profissional que dele fará uso. o Para corrigir hipotermia não intencional devemos administrar soluções mornas e trocar os campos molhados por outros secos, já que os tecidos molhados promovem a perda de calor. o O circulante, além de auxiliar o anestesista no posicionamento do cliente, também auxilia, quando necessário, a suprir material - e durante a cirurgia comunica e registra as alterações do que observou. o Quando utilizar o bisturi elétrico, faz-se necessário aplicar gel condutor na placa neutra, para neutralizar a carga elétrica quando do contato da mesma com o corpo do cliente, conforme orientação do fabricante. o colocar a placa neutra sob a panturrilha ou outra região de grande massa muscular, evitando áreas que dificultem o seu contato com o corpo do cliente, como saliências ósseas, pele escarificada, áreas de grande pilosidade, pele úmida. o Jamais se deve deixar nenhuma parte do corpo do cliente em contato com a superfície metálica da mesa cirúrgica, pois isto, além de desconfortável, pode ocasionar queimaduras devido ao uso do bisturi elétrico. Observações: É frequente a ocorrência de queimaduras por posicionamento inadequado da placa de bisturi no ato cirúrgico. É importante notificar o cirurgião se o cliente faz uso de marca-passo, em vista do risco de interferências no funcionamento. No transcorrer da cirurgia, alguns cuidados se fazem necessários, dentre eles: 1- Ajustar o foco de luz sempre que solicitado, de forma a proporcionar iluminação adequada no campo cirúrgico, sem projeção de sombras e reflexos; 2- Observar o gotejamento dos soros e sangue, líquidos drenados e sinais de intercorrências; 3- Controlar a quantidade e peso das compressas cirúrgicas e gazes, para evitar esquecimento acidental desses materiais no campo operatório; 4- Avaliar a perda sanguínea e de líquidos pelas sondas e do sangue aspirado no frasco do aspirador. Quando for necessário mudar a posição do cliente durante a cirurgia, deve-se evitar movimentos rápidos e bruscos, porque a mudança repentina de posição pode ocasionar hipotensão arterial. Até que o cliente seja transportado para a recuperação pós-anestésica ou unidade cirúrgica, o mesmo não pode ser deixado sozinho devido ao risco de quedas acidentais ou intercorrências pós- cirúrgicas. Durante a transferência da SO para a RPA, UTI ou unidade de internação, deve-se ser cuidadoso durante a mudança do cliente da mesa cirúrgica para a maca, observando a necessidade de agasalhá- lo, a manutenção do gotejamento das infusões venosas, as condições do curativo e o funcionamento de sondas e drenos. POSICIONAMENTOS CIRÚRGICOS As posições comuns e suas variações em relação às suas exigências para determinados procedimentos cirúrgicos, os riscos únicos que elas apresentam para vários sistemas orgânicos, e a s intervenções de enfermagem que diminuem os riscos para o paciente. Decúbito dorsal (reclinada dorsal) – é a mais comum, permite o acesso às principais cavidades corporais (peritoneal, torácica, pericárdica). Decúbito ventral – o paciente deita-se com o abdome sobre a superfície do colchão da mesa de cirurgia. As modificações da posição permitem as abordagens à coluna cervical, costas, área retal e áreas dorsais dos membros. Posição de decúbito lateral / sims – o paciente está deitado sobre o lado não-operado, proporcionando o acesso à região superior do tórax, rins ou a parte superior do ureter. A referência para a posição lateral direita ou esquerda depende do lado sobre o qual o paciente deita. Posição ginecológica – o paciente é colocado em decúbito dorsal, tendo os membros inferiores flexionados e apoiados sobre a superfície do colchão. Indicada para exames e procedimentos ginecológicos, proctológicas e urológicos. Posição de Trendelenburg – é uma variação da posição supina, em que a parte superior do tronco é abaixadae os pés são elevados. Esta posição facilita a visualização dos órgãos pélvicos durante as cirurgias abertas ou laparoscópicas na parte inferior do abdome ou pelve. A posição de Trendelenburg pode ser empregada para melhorar a circulação para o córtex cerebral e gânglios da base quando a pressão arterial cai subitamente. Trendelenburg invertido (Posição Proclive) – é descrita como a posição em decúbito dorsal com a cabeça elevada e os pés abaixados. Ela é frequentemente utilizada para proporcionar acesso a cabeça e pescoço e para facilitar a tração gravitacional sobre as vísceras para longe do diafragma e no sentido dos pés. Posição Litotomia – é usada para procedimentos ginecológicos, retais e urológicos. Com o paciente em decúbito dorsal, as pernas são elevadas e abduzidas para expor a região perineal. As pernas são colocadas em estribos para manter esta posição; Posição Fowler – é empregada para alguns procedimentos na orelha e, no nariz, bem como em craniotomias que envolvem uma abordagem posterior ou occipital. Esta posição é conseguida, inicialmente, com o paciente em decúbito dorsal. Lentamente, a seção da parte superior do corpo da mesa de cirurgia é elevada em 90 graus, enquanto os joelhos são ligeiramente flexionados e as pernas abaixadas; Posição de Semi-Fowler – pode ser utilizadas para alguns procedimentos cranianos, no ombro, nasais, na abdominoplastia ou na reconstrução da mama; Posição de canivete ou de Jacknife – Também conhecida como Kraske é uma modificação da posição de decúbito ventral que é freqüentemente utilizada para a hemorroidectomia e procedimentos do seio pilonidal; TEMPOS CIRÚRGICOS Todas as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro tempos simples e fundamentais: a dierése, a hemostasia, a cirurgia propriamente dita exérese, e a síntese. Tempo Cirúrgico Finalidade Instrumento Diérese significa dividir, separar ou cortar os tecidos através do bisturi, bisturi elétrico, tesoura, serra ou laser. Bisturi, tesouras, trépano Hemostasia através de compressão direta com os dedos, uso de pinças, bisturi elétrico ou sutura para prevenir, deter ou impedir o sangramento. Kelly, Kocher, Rochester Exérese que é a cirurgia propriamente dita. Depende da cirurgia a ser realizada. Síntese Cirúrgico com a aproximação das bordas da ferida operatória através de sutura, adesivos e/ou ataduras. agulha de sutura presa no porta-agulha; Anestesia e Sedação A anestesia é caracterizada pela perda de sensibilidade dolorosa, simultânea à perda da consciência. Anestesia é um estado de narcose (estado de inconsciência ou letargia produzido pela ação de narcótico), analgesia, relaxamento e perda do reflexo. Já a analgesia é a perda da sensibilidade dolorosa com preservação do estado de consciência. A escolha da anestesia para determinado procedimento cirúrgico deve ser feita primariamente pelo paciente e pelo anestesista. Vários fatores influenciam na decisão, entre eles: as condições fisiológicas do paciente, doenças coexistentes, recuperação de anestesias anteriores, tipo e duração do procedimento, posição do paciente durante a cirurgia e exigências particulares do cirurgião. Tipos de Anestesia Anestesia geral – é um estado de inconsciente reversível caracterizado por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular e manipulação dos sistemas e funções fisiológicas. Anestesia regional – definida como uma perda reversível da sensação quando um anestésico local é injetado para bloquear ou anestesiar as fibras nervosas. Entre elas estão a raquianestesia, anestesia peridural e o bloqueio de nervos periféricos. Assistência monitorizada da anestesia (AMA) – a infiltração do local cirúrgico com um anestésico local é feita por um cirurgião e o anestesista a complementa com drogas EV que dão sedação e analgesia sistêmica. Anestesia local – é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado com um anestésico local. Posição do paciente para a anestesia A posição do paciente para ser anestesiado está dependência do tipo de anestesia indicada. Anestesia Posição cirúrgica Anestesia Geral Decúbito dorsal/ventral Anestesia Raqui ou peridural Duas posições: o paciente senta-se sobre a mesa cirúrgica ou em posição em que o paciente é colocado em decúbito lateral direito ou esquerdo, tendo as pernas fletidas sob as coxas e estar sobre abdômen, os membros superiores cruzados na frente à na altura da cintura e pescoço bem fletido, de modo aproximar o queixo ao esterno. Cefaléia pós-punção dural A cefaleia pós-punção dural (também chamada de cefalalgia pós-espinhal ou cefaleia espinhal) constitui uma queixa pós-operatória frequente depois da anestesia espinhal. A incidência alcança aproximadamente 1% quando se emprega uma agulha 25 ou 27 com bisel rombo. Ela não está relacionada com o fato do paciente ter deambulado precocemente ou não. Acredita-se que a cefaléia resulte do extravasamento do LCR através do orifício na dura-máter e ocorre, tipicamente, quando o paciente assume uma posição ereta. A incidência, a gravidade e a duração da cefaléia parecem correlacionar-se com o tamanho do orifício deixado na dura-máter. Em geral, a cefaléia ocorre na área occipital e normalmente desaparece durante 1 a 3 dias, porém pode durar duas semanas. Várias modalidades de tratamento têm sido empregadas para aliviar a cefaléia, incluindo o repouso estrito no leito por 24 a 48 horas, hidratação vigorosa, cintas abdominais, infusão epidural de soro fisiológico, cafeína por via oral ou IV, e a injeção de 5 a 20 ml de sangue autólogo dentro do espaço no sítio da punção. ANESTESIA GERAL É obtida com o uso de uma ou mais drogas, capaz de fazer ação analgésica, relaxante muscular, depressão neurovegetativa e produzir inconsciência. Combinações de drogas são usadas para produzir o efeito desejado. A anestesia geral pode ser dividida em 3 partes: indução, manutenção e emergência. Relaxantes musculares: Propofol a 1% - é um analgésico e relaxante muscular de ação rápida. Tem entre seus componentes proteínas do ovo da galinha. Deve ser preservado em geladeira em temperatura de 5 a 8 ºC. Succinilcolina ou quelicin – seu efeito é instantâneo, dura de 1 à 2 min e auxilia na entubação. Seus efeitos adversos são: Parada Cardiorespiratória (PCR), hipertermia maligna, arritmia. Pancurônio (ação longa), Atracúrio (ação intermediária) Drogas utilizadas em anestesia geral: Halotano (Fluotane) – anestésico inalatório que foi mais potente que o éter não sendo inflamável. Ele produz depressão circulatória, arritmias e pode causar hepatite tóxica. Pode ser utilizado em crianças pelo efeito prolongado. Enflurano – anestésico inalatório, é um éter halogenado que produz menos arritmias no cliente. Tem como vantagem não ser hepatotóxico. Tem maior uso no evento cirúrgico dos adultos. Isoflurano (Forane) – anestésico inalatório, farmacologicamente manipulado para causar menos depressão cardiovascular; por isso considerado mais seguro para os cardiopatas. Sevoflurano ou Sevorane – fazem rápida indução, utilizado para rápida recuperação. Morfina – é um opiáceo extraído da semente da papoula e administrado por via EV. Possui propriedade analgésica, hipnótica e certo bloqueio neurovegetativo com resposta muscular presentetem efeito depressor da repiração, prurido, retenção urinária. Thiopental Sódico – anestésico endovenoso que induz hipnose, sendo considerado altamente potente. Produz baixo bloqueio neurovegetativo e possui ação curta. Não produz analgesia nem relaxamento muscular. Serve de indutor por poupar a respiração. É contra indicado em cardiopatas. Fentanil – é um analgésico potente. Produz depressão respiratóriae não atinge a área cardíaca. Usado em cardiopatas, tem efeito de anestésico geral quando associado quando associado a um relaxante muscular, um tranquilizante maior ou a um hipnótico. Alfentanil – 5 vezes menos potente que o Fentanil, sendo utilizado em cirurgias de pequeno porte, devido ao seu período curto de duração. Não produz relaxamento muscular. Tem como característica o delírio no pós operatório. Mistura do óxido nitroso com anestésico inalatório – melhora ação de aprofundamento e perda de sensações, porém produz euforia, agitação em crianças. Os cuidados com a Anestesia geral: Manutenção da respiração; Manutenção da circulação e do equilíbrio homeostático; Manutenção da integridade física. Complicações do Cliente para Anestesia Geral Hipoventilação (hipoxemia, hipercarbia) – suporte ventilatório inadequado após a paralisia dos músculos respiratórios, sobrevindo o coma; Traumatismo oral (dentes quebrados, traumatismo orofaríngeo ou laríngeo) – devido à intubação endotraqueal difícil; Hipotensão – decorrente da hipovolemia pré-operatória ou de reações indesejadas aos anestésicos; Arritmia cardíaca – decorrente do comprometimento cardiovascular prévio, desequilíbrio eletrolítico ou de reações indesejadas aos anestésicos; Hipotermia – devido à exposição ao ambiente frio da sala de operações e à perda da capacidade normal de termorregulação provocada pelos anestésicos; Lesão de nervos periféricos – decorrente do posicionamento incorreto do paciente ou contenções; Hipertermia Maligna – esta complicação letal tem grande probabilidade de ocorrer nos indivíduos jovens com uma doença muscular herdada ou com história de subluxação articular e escoliose. A hipertermia maligna decorre de acúmulos excessivos e anormais de cálcio dentro da célula, o que resulta em hipermetabolismo e maior contração muscular. Suas manifestações clínicas são: taquicardia, pseudotetania, rigidez muscular, febre alta, cianose, insuficiência cardíaca e lesão do sistema nervoso central. O tratamento é com dantrolene sódico, oxigênio, glicose a 50%, diuréticos. ANESTESIA REGIONAL Raquianestesia (ou bloqueio subaracnóide ou subdural) - É realizada pela introdução do medicamento no espaço subaracnóide, bloqueando os estímulos dolorosos devido a condução do bloqueio nervoso. Podendo ser anestesiado desde a região mamária até os membros inferiores. É a perda total da sensação dolorosa, perda motora e da sensibilidade Peridural (ou epidural) – o anestésico local é injetado no espaço epidural, onde irá se difundir por condução nervosa produzindo insensibilidade aos estímulos dolorosos. Amplo efeito de perda da dor, redução da motricidade, com a possibilidade de manutenção da sensação tátil. Podendo incidir da área do abdome até os MMII Drogas usadas na raquianestesia e anestesia peridural: Bupivacaína – para procedimentos prolongados; Lidocaína – para procedimentos curtos. Observação: As anestesias podem vir acompanhadas de vasoconstrictor (adrenalina) ou glicose. (Bupivacaína Pesada). PÓS-OPERATÓRIO Intervenções Iniciais de Enfermagem O processo de enfermagem nesta fase está voltado para o restabelecimento do equilíbrio fisiológico para o alívio da dor e prevenção de complicações. Objetivos Avaliação critica dos pacientes em pós-operatório com ênfase na previsão e prevenção das complicações. Ajudar o cliente a retornar a um nível fisiológico seguro após a anestesia, oferecendo a ele e a família uma assistência segura, racional e individualizada, na fase pós-anestésica imediata. Transferência do paciente para RPA Complicações: Choque Hipovolêmico: Palidez, pele fria e úmida, respiração rápida, cianose dos lábios, gengiva e língua, pulso rápido e fino, PA Baixa. Tratamento: Assegurar vias aéreas superiores pérveas, repor sangue/volume liquido, terapia medicamentosa(cardiotonicos e vasodilatadores) Ações de Enfermagem: Avaliar as reações do paciente ao tratamento. Incentivar o repouso. A administração de sedativos deve ser lenta, para que não ocorra depressão respiratória. Manter paciente aquecido. Encorajar a respiração profunda. Observar a presença de complicações como edema periférico e pulmonar Registrar todas as observações e internações. Hemorragia: Primaria: Ocorre durante a cirurgia Intermediária: Aparece nas primeiras horas após a cirurgia Secundaria: Ocorre algum tempo após a cirurgia Paciente pode aprensentar apreensão, inquietação, sede, pele fria, úmida e pálida. O pulso aumenta, hiportemia, respiração rápida e profunda. Ações de Enfermagem: Colocar o paciente na posição supina com as pernas elevadas a 20°, com joelhos retos. Inspecionar curativos. Administrar sangue e derivados. Controlar a infusão de líquidos (aumento de coágulos pelo aumento da pressão) Trombose Venosa Profunda: Resultante da embolia pulmonar e síndrome pós flebitica. Incidência: Pacientes ortopédicos, idosos, idade superior a 40anos, obesos, procedimentos cirúrgicos longos, presença de varizes. Tratamento e Ações de Enfermagem: Exercícios para membros inferiores Manter membros aquecidos. Meias elásticas. Terapia anticoagulante Hipóxia: Oxigenação inadequada do sangue, menos oxigênio nas artérias. Paciente pode apresentar Cianose, agitação e confusão indicam falta de oxigenação cerebral deficiente e Taquicardia seguida de bradicardia. Tratamento e Ações de Enfermagem: Aspiração das secreções. Controle de gases arteriais no sangue. Oferta de oxigênio suplementar. Posicionamento do paciente em decúbito lateral. Hipotensão: Mudança brusca de posição, drogas usadas durante a anestesia, Isquemia, IAM, reações alérgicas e reações transfusionais. Tratamento e Ações de Enfermagem: ECG, avaliação dos pulsos periféricos, discreta elevação de membros inferiores. Hipertensão: Hipervolemia(veias distendidas, pulso cheio e forte, taquicardia e respiração ofegante) Tratamento e Ações de Enfermagem: Manter rigoroso controle da pressão arterial e medicamentos. Náuseas e Vômitos: Causadas pela estimulação do centro do vômito na medula oriundos do trato gastrointestinal, anestesia muito longa, após hipoxemia ou hipertensão medicamentosa. Dor: Queixas comuns, expressa-se com: Aumento da PA, agitação, queixa verbal, lacrimejamento, taquicardia. Observar distensão abdominal, vesical, ataduras e contensões apertadas, história da doença. Tremores: Anestésicos inalatórios (halotanos), reações pós transfunsionais, hipovolemia, tipo de anestesia e dor. Oligúria: Perfusão renal inadequada devido a hipovolemia ou baixo debito cardíaco, lesão renal, obstrução do fluxo renal. UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA A unidade de recuperação pós-anestésica (URPA), também chamada de sala de recuperação pós-anestésica, fica localizada adjacente às salas de cirurgia. Os pacientes ainda sob o efeito da anestesia são colocados nessa unidade para o fácil acesso da equipe multidisciplinar, monitorização e suporte pulmonar e hemodinâmico, etc. Fases do cuidado pós-anestésico O cuidado pós-anestésico é dividido em duas fases distintas: FASE I DA URPA Compreende a fase de recuperação imediata, onde é fornecido o cuidado intensivo de enfermagem; Nesta fase, a monitorização acontece a cada 15 minutos. FASE II DA URPA Reservada para pacientes que precisam de observação menos frequente e menos cuidado de enfermagem; É nesta fase que o paciente é preparado para alta, podendo ficar entre quatro à seis horas. Avaliação do paciente na urpa Avaliações frequentes e criteriosas do nível de saturação de oxigênio no sangue (SpO2), frequência eregularidade do pulso, profundidade e natureza das respirações, coloração da pele, nível de consciência e a capacidade de responder aos comandos são os principais itens a serem monitorizados pela equipe de enfermagem, com o intervalo de no mínimo 15 minutos. * NECESSÁRIO PARA A ALTA DA URPA: 7 – 8 PONTOS * RECEPÇÃO DO PACIENTE E O CUIDADO NA CLÍNICA CIRÚRGICA A clínica cirúrgica é a unidade hospitalar onde permanecem os indivíduos nos períodos pós- operatórios até recuperarem o equilíbrio orgânico e receberam a alta cirúrgica e/ou hospitalar Processo de Enfermagem: Sistema respiratório: Permeabilidade, características, profundidade e ruídos. Sistema circulatório: Sinais vitais e coloração da pele. Neurológico: Nível de consciência. Drenagem: Presença de Drenagens, presença e condições de curativos. Conforto: Tipo de dor, localização, náuseas e vômitos, mudança de posição exigida. Psicológica: Natureza das perguntas do paciente, necessidades de repouso e sono. Segurança; Necessidade de grades laterais no leito, tubos de drenagem desobstruídos, infusão venosa fluindo adequadamente. Equipamentos: funcionamento adequado. Prescrição de Enfermagem Assegurar função respiratória Encorajar o paciente a respirar profundamente. Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas. Estimular a sentar fora do leito. Estimular a tosse. Administrar oxigênio (nos casos de hipovolemia) Avaliando o desconforto do pós-operatório Avaliando a dor. Orientações quanto à dor. Administração de medicamentos. Infusões Epidurais. Avaliando a inquietação Administração de analgésicos. Incentivar a mudança de decúbito no leito frequentemente. Avaliar curativos(podem estar apertados, molhados) Avaliar débito urinário e verificar se há presença de distensão vesical. Avaliando náuseas e vômitos Manter paciente em decúbito lateral. Administrar medicamentos. Avaliando a distensão abdominal Incentivar a deambulação Paciente com SNG, manter em sinfonagem. Mantendo a temperatura corporal (maior risco é a hipotermia) Manter o ambiente confortável. Aquecer o paciente, se necessário. Evitando injúria Devido a inquietação o paciente pode causar injuria ou interferir no funcionamento de materiais ou equipamentos. Administrar analgésicos e/ou sedativos. Manter grades do leito elevadas. Avaliar postura do paciente no leito. Manutenção do estado nutricional Auscultar abdome e avaliar a presença de peristalse. Estimular a mobilização, excesso e/ou deambulação. Avaliar aceitação da dieta. Controlar gotejamento da infusão parenteral. Realizar higiene oral. Promover a eliminação intestinal: O preparo intestinal no pré-operatório, a imobilidade, a possível manipulação durante a cirurgia e a redução de ingesta oral podem afetar a função intestinal. Incentivar a ingesta hídrica. Realizar ausculta abdominal para identificar presença de sons intestinais. Restaurando a mobilidade: Em alguns casos a presença de drenos, sondas, talas e curativos extensos, podem levar o paciente a ficar incapacitado a mudar de posição. Incapacidade de mobilização, mudar de decúbito a cada 2 horas ou quando apresentar desconforto ou sempre que necessário. Dependendo da natureza do procedimento cirúrgico pode se colocado em várias posições como objetivo de promover o conforto e aliviar a dor. Avaliar se aposição está correta e confortável. Verificar e registrar pulso e coloração da pele após elevação da cabeceira ou mudança de decúbito (porque pode ocorrer sensação de desmaio). Deambulação: Encorajar a sair do leito tão cedo quanto possível, sendo determinado pela estabilidade dos sistemas cardiovasculares e neuromuscular, do nível usual de atividade física e natureza da cirurgia realizada. Após a pequena cirurgia e cirurgia ambulatorial o paciente deambula no mesmo dia da cirurgia. Deambulação precoce reduz a incidência das complicações pós-operatória como: pneumonia, desconforto gastrointestinal, problemas circulatórios. Apoiar e encorajar o paciente a mobilizar no leito da posição deitada para a sentada. Avaliar presença de tonturas. Fornecer apoio físico e encorajamento. Exercícios no leito: Se a deambulação não é possível, deve-se encorajar a mobilização no leito dentro das primeiras 24 horas, com objetivo de promover a circulação prevenindo o desenvolvimento de contraturas, permitindo ao pleno retorno das funções fisiológicas. Estimular exercício de respiração profunda. Estimular exercício para os braços, mãos, dedos e pés. Flexão e levantamento da perna. Estimular exercícios de contração abdominal e glútea. Reduzir a ansiedade e alcançar o bem estar psico social. Prevenir infecções. Curativo Infecção de sítio cirúrgico: As ISC são aquelas que ocorrem como complicação de uma cirurgia, comprometendo a incisão, tecidos, órgãos ou cavidade manipulada, podendo ser diagnosticada até 30 dias após realização do procedimento, ou até um ano, em caso de implante de prótese. Classificação das ISC: ISC Incisional Superficial - ocorre até 30 dias após a cirurgia, envolvendo apenas pela e tecido subcutâneo da incisão; ISC Incisional Profunda - ocorre até 30 dias após a cirurgia, ou até 1 ano, em caso de implante de prótese, envolvendo os tecidos moles profundos (músculo ou fáscia); ISC de órgão/espaço - ocorre até 30 dias após a cirurgia, ou até 1 ano, em caso de implante de prótese, envolvendo qualquer outra região anatômica manipulada no procedimento cirúrgico (órgãos ou espaços), que não a incisão. Fonte de microrganismos causadores de ISC Microbiota do paciente; Presença de bactérias no local a ser operado; Grau do trauma; Manipulação tecidual; Materiais contaminados. Materiais e equipamentos da sala de operação (SO) Para que o processo cirúrgico transcorra sem intercorrências e de forma planejada, as salas cirúrgicas são equipadas com foco central, negatoscópio, sistema de canalização de ar e gases, prateleiras (podem estar ou não presentes), mesa cirúrgica manual ou automática com colchonete de espuma, perneiras metálicas, suporte de ombros e braços, arco para narcose, coxins e talas para auxiliar no posicionamento do cliente. Para controlar os dados fisiológicos do cliente e evitar complicações anestésicas, a sala de cirurgia deve ser equipada com esfigmomanômetro, monitor de eletrocardiograma, material para entubação traqueal, equipamentos para ventilação e oxigenação, aspirador de secreções, oxímetro de pulso e outros aparelhos especializados. Os equipamentos auxiliares são aqueles que podem ser movimentados pela sala, de acordo com a necessidade: suporte de hamper e bacia, mesas auxiliares, bisturi elétrico, foco auxiliar, banco giratório, escada, estrado, balde inoxidável com rodinhas ou rodízios, carros ou prateleiras para materiais estéreis, de consumo e soluções antissépticas. Também são necessários diversos pacotes esterilizados contendo aventais, “opa” (avental com abertura para a frente), luvas de diferentes tamanhos, campos duplos, campos simples, compressas grandes e pequenas, gazes, impermeável (para forrar a mesa do instrumentador), cúpulas grandes e pequenas, cuba-rim, bacia, sondas e drenos diversos, cabo com borracha para aspirador e cabo de bisturi elétrico (pode vir acondicionado em caixas). Outros materiais esterilizados são as caixas de instrumentais, o estojo de material cortante (pode estar acondicionado dentro da caixa de instrumentais), bandeja de material para anestesia e fios de sutura de diferentes números e tipos. Como materiais complementares: a balança para pesar compressas e gazes, as soluções antissépticas, esparadrapo, ataduras,pomada anestésica, medicamentos anestésicos e de emergência, soluções endovenosas do tipo glicosada, fisiológica, bicarbonato de sódio, solução de álcool hexa-hídrico (Manitol®), de Ringer® e de Ringer Lactato®. AUMENTAR INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função. É aquele comum a qualquer operação, devendo estar presente em todas elas, independentemente da especialidade. Assim, o auxiliar de enfermagem deverá conhecê-lo muito bem, principalmente o instrumentador, tendo em vista o bom desempenho de suas funções. Com apenas esse instrumental é possível realizar várias cirurgias gerais de pequeno porte, sem necessidade de outros instrumentos mais específicos. Dentre essas cirurgias destacamos a apendicectomia, a hernioplastia e a postectomia. As Pinças de Preensão têm o objetivo de prender tecidos e órgãos, mas também são usadas para prender gaze dobrada. Um exemplo é a pinça de Foerster, que é utilizada no início da cirurgia, para fazer a anti- sepsia da região cirúrgica. Os bisturis são instrumentos de diérese se apresentam com tipos e tamanhos variados. São compostos de um cabo de tamanho variável, acoplado a uma lâmina móvel, que também varia em forma e tamanho. Em função da grande frequência com que são utilizados, os bisturis ocupam a parte da mesa mais acessível ao instrumentador, sempre com a ponta voltada para ele. As tesouras, assim como os bisturis, são instrumentos de diérese, e têm diferentes formas e tamanhos. Também as tesouras são arrumadas na mesa de instrumental com a ponta voltada para o instrumentador. As pinças hemostáticas são instrumentos de hemostasia, utilizadas para pinçar os vasos e impedir o sangramento. Essas pinças podem ser retas ou curvas e têm tamanhos variados. As pinças hemostáticas são conhecidas pelos nomes de seus criadores como Kelly, Kocher, Crile, Halstead, Rochester e Mixter. São dispostas na mesa do instrumentador em grupos do mesmo tipo e em ordem crescente de tamanho, sempre da direita para a esquerda. As pinças de dissecção são instrumentos auxiliares que apóiam o ato cirúrgico. Elas existem em grande variedade, sendo diferentes em forma e tamanho, com dente ou não. Aquelas com dentes são comumente chamadas de “pinças dentes de rato”. Os afastadores são também instrumentos auxiliares, destinados a facilitar a exposição do campo operatório. Eles variam quanto ao tipo e ao tamanho, podendo ser manuais ou auto-estáticos. Esses últimos são chamados assim porque afastam os tecidos por si próprios. Os afastadores são ordenados na mesa de instrumental por tamanho e pela ordem em que são empregados. Os menores são usados, em geral, nos planos superficiais, como as camadas de tecido, e de acordo com o tamanho do paciente. Já os maiores são empregados posteriormente, para afastamento das estruturas profundas, como os órgãos. As pinças de campo, ou pinças Backhaus, são instrumentos auxiliares destinados à fixação dos campos que limitam a área operatória. Esse tipo de pinça está presente na mesa de instrumental somente no início da operação. Posteriormente, o espaço ocupado por elas é utilizado para melhor acomodar instrumentos de hemostasia, instrumentos especiais, compressas, gazes ou cubas. As agulhas são instrumentos de síntese utilizados para conduzir o fio de sutura através dos tecidos. Podem ser de diferentes tipos: retas, semi-retas ou curvas, sendo a curvatura bem variável; pequenas ou grandes; de ponta triangular ou cortante, para a pele; e de ponta cilíndrica ou romba, para uso interno; com fundo fixo ou fundo falso. Nas agulhas com fundo fixo, o fio é introduzido em seu orifício, como nas agulhas de costura. Já nas agulhas com fundo falso o fio é introduzido no canal, sobpressão. Atualmente, a maioria dos fios já vem agulhada de fábrica, havendo uma preferência dos cirurgiões por esse tipo de fio, por serem práticos e produzirem menor traumatismo nos tecidos. A escolha das agulhas e dos fios a serem usados em uma cirurgia é de competência exclusiva do cirurgião, uma vez que essa escolha vai depender de fatores como o tipo de cirurgia, a técnica empregada e o tipo de tecido. Quanto a arrumação das agulhas na mesa do instrumentador, ressaltamos que eles devem ser dispostas ordenadamente de modo a facilitar sua identificação. Os porta-agulhas são também instrumentos de síntese, e têm a função de prender as agulhas, para a execução da sutura. Eles se apresentam de diferentes formas e tamanhos, sendo mais comuns os de Mayo-Hegar e de Mathieu. À exceção dos demais instrumentos, os porta-agulhas devem ficar na mesa de instrumental com os cabos sempre voltados para o instrumentador. As agulhas e os porta-agulhas, usados nas suturas tradicionais, podem ser substituídos por instrumentos que realizam vários tipos desuturas mecânicas. Um exemplo desses instrumentos é o skinstapler, cuja forma é semelhante à de um grampeador. INSTRUMENTAL CIRÚRGICO ESPECIAL É aquele que varia de acordo com as múltiplas especialidades cirúrgicas e, em geral, é utilizado apenas no tempo principal da operação. Também denominados fios de sutura, os fios cirúrgicos são utilizados com duas finalidades básicas: Esse tipo de instrumento deve ser colocado em local afastado da mesa do instrumentador ou, então, em mesa auxiliar secundária, no caso de serem muito numerosos. FIOS CIRÚRGICOS Também denominados fios de sutura, os fios cirúrgicos são utilizados com duas finalidades básicas: Ligadura de vasos sangüíneos, para impedir o sangramento; Sutura de tecidos orgânicos, para facilitar a cicatrização. Esses fios dividem-se em duas categorias principais. Fios cirúrgicos absorvíveis São produzidos com material que pode ser eliminado pelas células e líquidos corporais, durante e após a cicatrização dos tecidos. Eles são de dois tipos: De origem animal, produzidos a partir do intestino de boi ou de carneiro, sendo conhecidos como catgut (categute). Podem ser: simples: categute não tratado, o qual é totalmente absorvido em torno do 10 dias após a cirurgia; cromado: categute simples, com tratamento especial para prolongar o tempo de absorção, que deverá acontecer entre 20 á 25 dia após a cirurgia. De origem sintética, produzidos em laboratório, têm absorção total depois de 60 a 70 dias da operação. Fios cirúrgicos inabsorvíveis Não desaparecem, permanecendo envolvidos por um tecido fibroso, mesmo sofrendo a ação dos líquidos do corpo. Esses fios são de três tipos: De origem natural: fabricados a partir da seda, do algodão, ou ainda do linho. De origem sintética: produzidos em laboratório, podendo ser de nálon, poliéster ou polipropileno. Metálicos: de prata, bronze ou aço inoxidável. Espessura dos fios cirúrgicos A grande variedade de espessura com que são encontrados motivou a sua identificaçãoo por meio de uma escala numérica: .... 6-0 5-0 4-0 000 00 0 1 2 3 4 5 ... Para entender como a escala funciona vamos tomar o fio número zero como referência, o qual tem uma espessura média. Os fios com numeração acima de zero de espessura maior do que ele, como, por exemplo, o fio 2 ou 3. Quanto maior é o número, mais grosso será o fio. CONSIDERAÇÃO GERAIS SOBRE INSTRUMENTAÇÃO Destaca-se algumas observações sobre o modo como os cirurgiões solicitam os instrumentos e deve passa-los. Os instrumentos de uso corrente podem ser solicitados pela sinalização manual, que consiste em uma série de sinais e códigos, já conhecidos pela equipe. Esses sinais estão diretamente relacionados com os movimentos característicos do uso de cada um dos instrumentos. O instrumentador deve estar sempre atento ao modo de manuseare passar os instrumentos. Todo cuidado deve ser tomado para não deixa-los cair e para sempre entrega-los na posição correta para uso, evitando que o cirurgião seja obrigado a virar os instrumentos antes de usa-los. Em relação a esses instrumentos, cabe ainda lembrar que existem alguns muitos perigosos, como bisturi e o porta- agulhas montado, os quais devem ser manuseados com cautela e segurança, para prevenir acidentes. A forma de dispor os instrumentos varia, principalmente, em função do tipo de cirurgia e da técnica a ser adotada. Como regra geral, no entanto, podemos afirmar que os instrumentos são dispostos na mesa, em grupos, por ordem de tamanho, sempre com suas pontas voltadas para instrumentador. Os porta- agulhas como ja foi salientado devem ficar com os cabos voltados para o instrumentador, ao contrário dos demais instrumentos. CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Conjunto de procedimentos que possui como objetivo impedir a disseminação de um agente infeccioso do paciente, infectado ou colonizado, para outros indivíduos. A disseminação de infecção dentro do hospital depende de três elementos: uma fonte de microrganismo infectante, um hospedeiro suscetível e um meio de transmissão do microrganismo. Infecção hospitalar A infecção hospitalar durante a hospitalização e que não estava presente, ou em um período de incubação, por ocasião da admissão do paciente. Pode ser manifestar durante a internação ao após alta, quando puder ser relacionada com internação ou procedimentos hospitalares. São diagnosticada, em geral a partir de 48 horas após internação (ANVISA/2004) OU 72 horas, de acordo com a 2616/98 (MS). 1. MEDIDAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES Conjunto de procedimentos que possui como objetivo impedir a disseminação de um agente infeccioso do paciente, infectado ou colonizado, para outros indivíduos. A disseminação de infecção dentro do hospital depende de três elementos: uma fonte de microrganismo infectante, um hospedeiro suscetível e um meio de transmissão do microrganismo. A transmissão ocorre, principalmente, por: CONTATO DIRETO Transferência do microrganismo entre o paciente infectado ou colonizado e o indivíduo suscetível. Dermatites Resfriado Gripe INDIRETO Transferência do microrganismo de um objeto contaminado para um indivíduo suscetível. GOTÍCULAS Produzidas através da fala, tose, espirro e durante a realização de alguns procedimentos. A transmissão ocorre pela deposição destas gotículas em mucosa nasal ou oral, através de um contato muito próximo (< 90 cm) Meningite Caxumba Rubéola AEROSSOL Disseminação de micropartículas infectantes (peso molecular ≤ 5 micra), geradas pela fala, tosse, espirro ou por procedimentos (aspiração de VAS, broncoscopia, etc), que alcançam rápida dispersão no ar e se mantém em suspensão. Tuberculose Pulmonar Varicela Sarampo Lavagem das mãos - precaução universal A ação de lavar as mãos utilizando água, sabão ou detergente é considerado o mais importante modo de atuar na prevenção e controle de infecções hospitalares. O objetivo da limpeza das mãos é impedir que microorganismos sejam transferidos para pacientes, e no final do atendimento, para que não ocorra o efeito inverso, contaminação do paciente para o médico. Deve ser praticado antes e após o atendimento a cada paciente. Além dos outros momentos considerados anti-higiênicos. Os microorganismos estão dispostos nas camadas superficiais e profundas da pele e classificadas como microbiota residente e flora transitória. A microbiota residente, também é chamada de colonizadora, pois forma uma população de microorganismos estáveis e está situada nas camadas mais profundas da pele. Já na flora transitória os microorganismos estão livres na superfície da pele ou aderidos à gordura; são, portanto, relativamente fáceis de serem removidos durante a degermação. Algumas bactérias com poder patogênico podem passar de microbiota transitória a residente; e, quando isso ocorre, o indivíduo pode ser portador crônico de bactérias com elevado poder infectante ou patogênico. A microbiota residente e transitória pode ser representada por: Streptococcus Betahemoliticus, Staphylococcus aureus, Pseudomonas, Escherichia coli e Klebsiella, sendo o Staphylococcus coagulase positivo o patógeno mais comum da flora residente. O Staphylococcus aureus é a bactéria responsável por grande número de doenças, tem o homem como seu maior reservatório, estando presentes nas fossas nasais de 40 a 60% dos indivíduos que transitam em hospitais. A microbiota residente não é facilmente removível durante a lavagem das mãos, entretanto, pode ser inativada por substâncias anti-sépticas. Higienização das mãos Higienização simples (água e sabão) Higienização antisséptica (gluconato de clorexidina a 4% e PVP-I a 10% degermantes); Fricção antisséptica (utilização de gel alcoólico a 70% ou solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina); Antissepsia cirúrgica das mãos (gluconato de clorexidina a 4% e PVP-I a 10% degermantes). NORMAS E CONDUTAS DE BIOSSEGURANÇA EM ENFERMAGEM Conceito: “É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos” (COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA - FIOCRUZ) Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com material biológico, que esteja sujeito a radiações, que manipule material perfurocortante ou, ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico (micro-ondas, ultrassom, autoclaves etc.), deve: • Estar atento e não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio, autocontrole e comportamento; • Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos operacionais padrão do setor; • Agir com tranquilidade e sem pressa; • Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os equipamentos de proteção individual e coletivo (jaleco, avental, óculos, protetor facial, cabelos presos, luvas, botas, máscara, avental de chumbo, câmara de exaustão, cabina de segurança biológica e química). Segurança profissional durante procedimentos de saúde: São inúmeros os Princípios Fundamentais para evitar a contaminação Profissional – Paciente - Profissional, dentre eles os mais importantes são: Medidas Institucionais (Que buscam garantir um ambiente de trabalho seguro) • Realizar treinamentos e orientações quanto aos riscos ocupacionais; • Disponibilizar EPI e EPC (equipamento de proteção coletiva); • Dispor de recipientes apropriados de pérfuro-cortantes; • Supervisionar o estado vacinal dos PAS e promover campanhas de vacinação periódicas; • Fornecer instruções escritas e afixar cartazes sobre o procedimento a serem adotados em caso de acidentes; • Dispor de um serviço de atendimento ao funcionário exposto ao material biológico. Medidas Individuais • Realizar esquema completo de vacinação contra a hepatite B (3 doses); • Adotar as precauções padrão; • Manter atenção durante os procedimentos; • Manipular com cuidado material pérfuro-cortante; • Não reencapar agulhas, não entortá-las, quebrá-las, ou retirá-las da seringa com a mão. ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES O Objetivo básico de um sistema de precauções é a prevenção da transmissão de um microorganismos de um paciente para outro, ou para um profissional de saúde. PRECAUÇÃO PADÃO Devem ser utilizadas para todos os pacientes independente da presença ou ausência de doenças transmissíveis comprovadas. Lavagem de mãos: Após a realização de procedimentos que envolvem presença de sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções e itens contaminados. Após a retirada das luvas. Antes e após contato com paciente e entre um e outro procedimento ou em ocasiões onde existe risco de transferência de patógenos para os pacientes ou ambiente. Entre procedimentos no mesmo paciente quando houver risco de infecção cruzada de diferentes sítios anatômicos. Luvas: Usar luvas limpas, não estéreis, quando existir possibilidade de contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções, membranas mucosas, pele não íntegra e qualquer item contaminado. Mudar de luvas entre duas tarefas e entre procedimentos no mesmo no paciente. Retirar de descartar as luvas depois do uso, entre um paciente e outro e antes de tocar itens não contaminados e superfícies ambientais. A lavagem das mãos após a retirada das luvas é obrigatório. Máscaras, protetor de olhos, protetor de face. Recomendados para proteção individual em situações nas quais possam ocorrer respingos e espirros de sangue ou secreções. Aventais: Usar avental limpo, não estéril, para proteger roupas e superfícies corporais sempre que houver possibilidade de ocorrer contaminação por líquidos corporais e sangue. Escolher o avental apropriado para atividade e quantidade de fluido ou sangue encontrado A retirada de o avental dever ser executado mais breve possível e a posterior a higienização das mãos. Material pérfuro-corante: Manusear com cuidado, e proceder ao descarte corretamente. Não ultrapassando o limite indicado. Quarto privativo: Indicado conforme a orientação da CCIH- nos casos em que o paciente não tem controle das eliminações de fezes e urina, devem ser colocados em quarto privativos com banheiro e pia próprios. Quando um quarto privativo não estiver disponível, pacientes infectados devem ser alocados com companheiros infectados com o mesmo microrganismo e com a mínima possibilidade de infecção. PRECAUÇÃO DE CONTATO Indicado quando há infecção (ou suspeita), colonizado com bactérias multirresistentes ou microrganismos passiveis a contaminação por contato direto (rotavírus, vírus sincicial respiratório, herpes simples) diarreia aguda, furunculose, hepatite A, HIV e hepatite B, infecção de ferida operatória. Internação do paciente: Quando possível em quarto privativo ou alocado com pacientes que com o mesmo microrganismo. Higienização das mãos: Utilizar anti-séptico como álcool-gel ou solução degermante.(PVP-I a 10% ou clorexidina a 2%) Luvas: Usar luvas limpas, não estéreis, ao entrar no quarto durante o atendimento ao paciente; trocar de luvas após o contato com material biológico; retirar as luvas antes de sair do quarto. Avental: Usar avental limpo, não necessariamente estéril ao entrar no quarto durante o atendimento do paciente e retira-lo antes de sair do quarto. Ambiente: Itens com o que tem contato com as superfícies ambientais devem ser submetidos à desinfecção com álcool a 70%. PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS: É indicado para infecção respiratória suspeita ou confirmada por microrganismos transmitidos por aerossóis, que permanecem suspensas no ar e podem ser dispersas a longas distâncias. Doenças que requerem isolamento aéreo são: tuberculose, varicela (mais contato), sarampo e herpes zoster. Quarto Privativo: Quarto privativo com pressão negativa; filtragem de ar eficiente; mantendo as portas do quarto fechadas. Caso não haja ambientes neste modelo manter em quarto privativo com portas fechadas e boa ventilação. Proteção respiratória: Usar mascara com capacidade de filtragem ou com vedação na lateral adequada. Esta mascara pode ser utilizada por um longo perdido de tempo pelo mesmo profissional. Desde que se mantenham secas, íntegras e limpas. Visitas: Restritas e orientadas. PRECAUÇÃO PARA GOTÍCULAS É indicada para pacientes portadores de microrganismo transmissíveis por gotículas, que podem ser gerada por tosse, espirro, conversação. Doenças que requerem isolamento aéreo por gotículas: parotidite, coqueluche, difteria, rubéola, meningite por meningococos, síndrome aguda respiratória grave, caxumba. Quarto Privativo: Quarto privativo ou quarto com infecção pelo mesmo microrganismo, sendo que a distancia entre os leitos deverá ser de um metro. Proteção Respiratória: Deve ser utilizada quando a proximidade com o paciente for menor de um metro. A mascara do paciente é a comum. Visitas: Restritas e orientadas. Equipamento de Proteção Individual (EPI) É todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Proteção para a cabeça - Protetores faciais; - Touca; - Óculos de segurança; - Máscara Cirúrgica Simples; - Máscara PFF2 (N-95) para Micropartículas Proteção para o tronco - Capotes; - Aventais Proteção para os MMSS - Luvas de Procedimentos; - Luvas Cirúrgicas estéreis; - Luvas de borracha ou PVC. Proteção para os MMII - Propés; - Calcados Fechados e Impermeáveis. Conforme estabelece a Norma Regulamentadora (MTE) nº 32, Portaria MTE n.º 485, de 11 de Novembro de 2005 (DOU de 16/11/05 – Seção 1): Cabe ao empregador disponibilizar os EPI’s necessários para a realização das atividades, de acordo com seu grau de risco, sem ônus ao profissional; Processar o vestuário após jornada de trabalho. Vacinação Obrigatória dos profissionais dos serviços de saúde De acordo com o que dispõe a NR 32 e a Portaria do Ministério da Saúde nº 597, de 08/04/2004, são obrigatórias as seguintes vacinas aos trabalhadores nos serviços de saúde: Hepatite B Hepatite A Tríplice Viral Tétano Influenza Febre Amarela Pneumocócica Difteria Febre Tifóide Varicela Exposição a materiais biológicos de risco e acidentes com perfurocortantes O atendimento aos profissionais que sofrem exposição a material biológico com risco de soroconversão (HIV, HBV e HCV), baseia-se no estabelecimento da conduta de atendimento inicial, orientação e seguimento dos trabalhadores acidentados, uso de quimioprofilaxia e notificação de casos. As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados são um sério risco aos profissionais em seus locais de trabalho. Estudos desenvolvidos nesta área mostram que os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais frequentes relatadas. Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes, em geral, são considerados extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir mais de 20 (vinte) tipos de patógenos diferentes, sendo o HIV, HBV e HCV, os de maior incidência. Material Biológico: Fluidos orgânicos potencialmente infectantes Fluidos orgânicos potencialmente não infectantes Sangue, sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, líquido pleural, líquido peritoneal, líquido pericárdico, líquido amniótico. Suor, lágrima, fezes, urina e saliva. Obs: Exceto se contaminado com sangue Risco de soro conversão, pós-exposição: HIV - Exposição percutânea com sangue: 0,3%; - Exposição de mucosa: 0,09%. HBV - 06% a 30%, podendo chegar até 60%, dependendo do estado clínico do paciente fonte, entre outros fatores. HCV - Aproximadamente de 1,8% a 07%. Condutas após a exposição a material biológico: Cuidados com a área exposta 1. Lavar o local com água e sabão (exposição percutânea ou cutânea) 2. Lavar com SF 0,9% ou água, em exposições de mucosas; 3. Não realizar expressão local, uso se antissépticos, etc. 4. Não realizar procedimentos que aumentem a área lesionada; Avaliação do acidente 1. Identificar o material biológico envolvido; 2. Determinar o tipo de acidente: perfurocortante,contato com a pele, mucosa, etc. 3. Identificar a fonte. Orientação e Aconselhamento 1. Sobre o risco de acidentes; 2. Sobre a quimioprofilaxia; 3. Consentimento para rastreamento e exames sorológicos (paciente fonte); 4. Acompanhamento por 06 meses; 5. Suporte psicológico; 6. Relatar de imediato os seguintes sintomas: linfoadenopatia, Rash cutâneo, dor de garganta, etc. Notificação do Acidente (CAT / SIVAN) 1. Registro do acidente em Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT); 2. Preenchimento da Ficha de Notificação do SIVAN (Portaria nº 777/2004). Profilaxia: 1. Deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras duas horas após o acidente; 2. Estudos sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz, quando iniciada entre 24h e 48h após a exposição; 3. Recomenda-se que o prazo máximo para o início da profilaxia pós-exposição, seja de até 72 horas após o evento; 4. A duração máxima da quimioprofilaxia é de 28 dias. Esquema para profilaxia pós-exposição (Ministério da Saúde) HIV - Esquema Básico: Zidovudina (AZT) + Lamivudina (3TC); - Esquema Expandido: AZT + 3TC + Indinavir ou Nelfinavir. HBV - Vacina contra HBV: Dose única, após 24h do evento e em até 07 dias; - Imunoglobulina Hiperimune; HCV Não há profilaxia contra o vírus HCV ROTINAS DE LIMPEZA DA SALA OPERATÓRIA A limpeza do centro cirúrgico deve ser feita de forma criteriosa em todas as cirurgias, acreditando que todas são contaminadas. Esta limpeza é dividida em: Limpeza preparatória – é aquela realizada antes da cirurgia programada sendo com pano limpo e álcool a 70% em superfícies horizontais; Limpeza operatória – é realizada durante o procedimento operatório para remover a matéria orgânica que se espalhou além do campo operatório, feita pelo circulante, mantêm os materiais descartáveis do processado, troca-se o hamper sempre que estiver cheio, controla a técnica asséptica de todos os que estão na sala; Limpeza concorrente – no termino de cada cirurgia devendo retirar o material sujo da sala, fazer a limpeza das superfícies horizontais e remontagem da sala operatória para o próximo evento, considerando que todos os procedimentos são contaminados, então devem ser usadas medidas de precaução correspondentes Limpeza terminal no término das cirurgias do dia, podendo até ter limpeza terminal periódica semanal para equipamentos e itens que não estão relacionados com infecções direta do sitio cirúrgico. A limpeza deve respeitar a seguinte sequência: 1) recolhimento do lixo; 2) limpeza a partir do local mais alto para o mais baixo; 3) depois do local mais limpo para o mais sujo ou contaminado; 4) finaliza-se do local mais distante, dirigindo-se para o local de saída de cada ambiente. Tipo de limpeza em decorrência das atividades realizadas em cada área ÁREA TERMINAL CONCORRENTE Crítica Semanal Duas vezes por turno Semicrítica Quinzenal Uma vez por turno Não-críticas Mensal Duas vezes por dia *Críticas (pacientes graves, procedimentos invasivos e/ou cirúrgicos e odontológicos, isolamentos); semicríticas (enfermarias, consultórios e ambulatórios, sala de espera); não-críticas (sem paciente, sala de lanche, almoxarifado, secretaria, indicação da rotina de limpeza terminal e concorrente de área física). CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO MANUAL MS/1994 e MS/2001 Classificação de artigos médico hospitalares: Artigos Críticos – os artigos destinados à penetração através da pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema. Estes requerem esterilização para satisfazer os objetivos a que se propõem. Artigos Semicríticos – Os artigos destinados ao contato com a pele não-íntegra ou com mucosas íntegras requerem desinfecção de médio ou de alto nível, ou esterilização, para ter garantida a qualidade do múltiplo uso destes. Os artigos classificados nesta categoria se forem termorresistentes, poderão ser submetidos à autoclavagem, por facilidade operacional, eficácia e redução de custos, mesmo que a esterilização não seja indicada para o fim a que se destina o artigo. Artigos Não - críticos – artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que se destinam ou do último uso realizado. FLUXO DE PREPARO DE MATERIAL NA CME 1- Limpeza: Remoção física da sujidade e/ou matéria orgânica presente nos artigos/superfície, em geral com água e com ou sem detergentes. Os microorganismos removidos pela limpeza não são destruídos. IMPORTANTE: Descontaminação: Processo de desinfecção prévia de materiais e instrumentais contaminados, ou seja, que tiveram contato com matéria orgânica. Ex: Imersão do artigo na água em ebulição por 30 minutos, OU Autoclavagem previa do artigo ainda contaminado, sem o ciclo de secagem. OU Fricção auxiliada por esponja, pano, escova, etc.; embebidos com produto para esta finalidade, OU Imersão completa do artigo em solução desinfetante acompanhada ou não de fricção com escova/esponja, OU Pressão de jatos d’água com temperatura entre 60 e 90 graus centígrados, durante 15 minutos (maquinas lavadoras sanitizadoras, esterilizadoras de alta pressão, termodesinfetadoras e similares) Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou sólidos. Métodos de limpeza: Limpeza Manual: Executada através de fricção mecânica, com escovas e uso de detergente e água. Limpeza Mecânica: É realizada através de lavadoras por meio de uma ação física e química (lavadoras ultrassônicas com detergente/desencrostantes, termodesinfectadoras – jatos de água quente ou detergente). Produtos utilizados: Detergente Enzimático: São produtos que contem em sua fórmula enzimas que facilitam a remoção de sujidades, desde gorduras até sujeiras impregnadas. Desinfetante: São agentes químicos capazes de destruir bactérias, fungos e algumas espécies de vírus. ATENÇÃO: Só serão considerados desinfetantes os agentes que possuírem ação tuberculicida. Por Meio Físico Líquido: Água em Ebulição Indicações de uso: Descontaminação: Tempo de exposição de 30 minutos. Artigos: Termorresistentes que necessitam de desinfecção ou descontaminação. Recomendações de uso: No início do dia de trabalho, ferver a água durante 10 minutos, sem a presença de artigos, para precipitar o óxido de cálcio; Imergir o artigo quando a água estiver em abolição, de modo a cobrir cerca de 2,5cm dos artigos, dispondo-os de maneira a não facilitar a formação ou represamento de bolhas de ar; Após o término do tempo, retirar o material com auxílio de pinça desinfetada e luvas de amianto de cano longo, secar e guardar em recipiente limpo ou desinfetado e seco; Guardar o artigo nestas condições por, no máximo, uma semana; Os artigos submetidos à descontaminação deverão prosseguir o processamento, se indicado. Máquinas automáticas com água quente (60-90ºC) Indicações de uso: Descontaminação e desinfecção de artigos: tempo de exposição conforme
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