Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Processo Civil 2 RESUMO SEGUNDO BIMESTRE ] ATOS PROCESSUAIS: ASPECTOS GERAIS - Os atos processuais consistem em uma série de atos praticados pelas partes para se atingir a efetividade da tutela jurisdicional. O processo, visto sob o aspecto estrutural é processo + procedimento. Sendo assim, o processo é um conjunto sequencial de atos logicamente concatenados entre si. O resultado de um ato praticado serve de pressuposto para o próximo ato a ser praticado, ou seja, seguem uma ordem. - O gênero jurídico dos atos processuais, então, é de ato jurídico, viso que se trata da manifestação de vontade humana no processo. Ocorre somente no processo e gera efeitos jurídicos diretos e imediatos na relação jurídica processual. - Os atos processuais estão intrinsecamente ligados ao princípio da instrumentalidade das formas. Vale relembrar que, durante um bom tempo, a forma prevaleceu ao conteúdo, havendo uma preocupação muito maior com o conteúdo do que a forma. O princípio da instrumentalidade das formas, contudo, visa considerar a finalidade do ato e não ele em si mesmo, verificando-se aqui a “primazia” do conteúdo em relação à forma. Não é regra absoluta, pois existem atos necessários e obrigatórios que devem seguir a um formalismo. - Outro princípio correlato aos atos processuais é o da publicidade: em regra, os atos processuais serão públicos, com exceção daqueles que demandam de segredo de justiça. - O idioma dos atos processuais deverá ser a língua portuguesa, que é o idioma local. Não poderá haver prática de atos processuais em idioma estrangeiro (Art. 192, CPC). ATOS NO MEIO ELETRÔNICO - O Art. 193, CPC autoriza a prática total ou parcial dos atos processuais por meios eletrônicos, na forma da lei. Isso vale inclusive para atos notariais e de registro, conforme autorização no parágrafo único do mesmo artigo. - A matéria é disciplinada pela Lei nº 11.419/2006, a qual dispõe sobre a informatização do processo judicial no âmbito civil, penal, trabalhista e perante os juizados especiais. - É possível através do meio eletrônico: enviar petição inicial, intimações, citações, cartas precatórias, etc. - Diferente do processo físico, o eletrônico poderá ser publicado até as 24 horas da data final, conforme disposto no Art. 213, CPC. ATOS DAS PARTES - Atos das partes são os atos praticados pelo autor, pelo réu, pelos terceiros intervenientes ou pelo Ministério Público (quando ele for parte), seja no exercício de um direito processual, seja no cumprimento de um dever processual. Todos aqueles que são partes no processo praticam ato de vontade que visa produzir a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais. A tutela dos atos jurisdicionais não é possível sem os atos desses sujeitos. - Classificação dos Atos das Partes: a) Atos Postulatórios – de simples requerimento ao juiz; é a prática de um ato que é dirigido ao juiz – no sentido de serem requeridos aos magistrados – mas os efeitos se direcionam a própria parte, como por exemplo a petição inicial ou a contestação. Resumindo: atos de vontade direcionados ao juiz e que, se forem acolhidos, beneficiam a própria parte. b) Atos Reais – são atos de manifestação física das partes no processo, como por exemplo o pagamento de custas ou prestação de caução. c) Atos Instrutórios – buscam levar ao juiz elementos úteis para a solução daquele conflito. Não representam requerimento ao juiz, mas sim, visam ao fornecimento de subsídios aptos a instruir a formação do convencimento do juiz, exemplo desse caso, é a produção de provas para ser levado ao magistrado. i. Probatórios – são as provas que serão utilizadas para a comprovação dos fatos, provas essas que poderão ser: documentais, contratuais, pericial, testemunhais, etc. ii. Jurídicos – são as jurisprudências, doutrinas, argumentos jurídicos, parecer jurídico utilizados para o convencimento do juiz para aceitar ou não tal fato. d) Atos Dispositivos – manifestação de vontade que visam diretamente a produção de efeitos processuais. Possuem caráter postulatório, porém nesse caso a parte irá renunciar/abrir mão de alguns de seus direitos. i. Mera Submissão – geram efeitos independentemente da vontade da parte contrária. É o que ocorre com o reconhecimento da procedência do pedido ou com a aceitação da decisão, o que implica a desistência do direito de recorrer. São atos unilaterais, praticados apenas por uma das partes. ii. Desistência – podem se referir ao direito material, como a renuncia à pretensão ou apenas ao direito processual, como a desistência da ação ou da execução, também são atos unilaterais. iii. Transação – são atos bilaterais, pois dependem da manifestação de vontade de ambas as partes. Pode-se relacionar ao direito material, como acontece nas conciliações e na transação, ou se referir a direito exclusivamente processual, como exemplo, a escolha consensual do perito e da fixação de calendário processual. ATOS DO JUIZ - O juiz representa o Estado no exercício da prestação jurisdicional. Ele, portanto, constitui a figura por meio da qual se exerce a jurisdição. Nesse sentido, a palavra “juiz” empregada pelo legislador, pode designar tanto o magistrado que atua em primeiro grau, quanto aos desembargadores de tribunais de segundo grau e os ministros dos tribunais superiores. - Os atos judiciais são denominados monocráticos e unipessoais, quando forem proferidos por um único magistrado. Por outro lado, serão atos colegiados quando advirem de órgãos formados por mais de um juiz, como normalmente ocorre perante os tribunais. - Classificação dos Atos do Juiz: a) Despacho – é o pronunciamento do magistrado que tem como finalidade impulsionar o processo, visando o seu encerramento. Os despachos não possuem caráter decisório. b) Decisão Interlocutória – pronunciamento do juiz em que ele decide algo no curso do processo, porém não põe fim ao processo. São decisões acerca das dúvidas que surgem no decorrer da demanda e que o juiz precisa se posicionar, ou seja, precisa expor um posicionamento jurisdicional. É incidental. Possuem caráter decisório. c) Sentença – também é um pronunciamento do juiz, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. As sentenças poderão ser terminativas (quando extinguirem o processo sem resolução de mérito) ou definitivas (quando o magistrado analisar o próprio mérito da causa). * O Art. 489, CPC traz em seu texto os elementos essenciais da sentença, quais sejam – a) relatório contendo nome das partes, identificação do caso com a síntese do pedido e da contestação, além das principais ocorrências do processo; b) fundamentos com análise judicial das questões de fato e de direito e c) o dispositivo, no qual são resolvidas as questões principais e outras que as partes submeterem. ATOS DO ESCRIVÃO OU CHEFE DE SECRETARIA - O escrivão ou o chefe de secretaria é o auxiliar da justiça responsável pela formação, organização e movimentação dos autos do processo, isto é, do meio físico ou eletrônico em que se desenvolve a relação processual. Na justiça estadual este serventuário é normalmente denominado como escrivão, e na justiça federal a expressão utilizada é chefe de secretaria. A ele incumbe zelar pela documentação dos atos processuais, assim como por sua comunicação, certificação e seu registro. - Classificação dos Atos do Escrivão ou Chefe de Secretaria: a) Autuação– após registrada na distribuição a petição inicial vai ao escrivão ou chefe de secretaria que promoverá o primeiro ao de documentação do processo. b) Atos de Documentação – são os que se destinam a representar em escritos as declarações de vontade das partes, dos membros dos órgãos jurisdicional e terceiros que acaso participem de algum evento no curso do processo. Ou seja, é a lavratura do termo pelo escrivão após a manifestação das partes. c) Atos de Comunicação – são os atos praticados para que as partes tenham ciência dos atos processuais, bem como a publicação via imprensa oficial. Como por exemplo a citação e/ou intimação. d) Atos Ordinatórios- são os atos praticados por iniciativa do escrivão, como juntada de documentos (no processo físico), independentemente de determinação do juiz. COMUNICAÇÃO DOS ATOS - A comunicação válida e tempestiva dos atos processuais é pressuposto para o exercício do contraditório, sem ela, as partes não possuem condições de ser informadas, nem de reagir aos atos praticados no processo. O exercício da defesa dos direitos em juízo depende, portanto, da comunicação processual. O contraditório, por sua vez, é fundamental para o desenvolvimento justo e constitucional do processo. - Classificação: a) Cartas: i. Rogatória – é similar à carta precatória, mas se diferencia desta por ter caráter internacional, ou seja, é um instrumento jurídico de cooperação de um juiz brasileiro para o juiz de outro país. ii. Precatória – é a forma de comunicação realizada entre juízes de comarcas distintas (ambos juízes da mesma hierarquia), sendo uma forma a colaboração entre juízes, visando o cumprimento dos atos judiciais. A carta precatória é utilizada quando as partes de um processo, residem em comarcas diferentes. iii. Ordem – é a ordem de um tribunal superior para um tribunal ou juiz de hierarquia inferior. b) Citação: - É o ato pelo qual o réu, o executado ou o interessado são convocados a ingressar na relação jurídica processual. A citação é pressuposto para o desenvolvimento valido e regular do processo. - Efeitos da Citação: a) Induz litispendência. b) Torna litigiosa a coisa. c) Constitui em mora o devedor. d) Interrompe a prescrição e a decadência. - Modalidades da Citação: a) Citação Real – existe a certeza de que o citando foi cientificado da existência do processo. Poderá ser feita através de Oficial de Justiça ou Correio (AR). Também poderá ser realizada por meio eletrônico (apenas para empresas jurídicas, empresas privadas ou públicas). b) Citação Ficta – não existe uma comprovação concreta, mas sim uma suposição imposta por lei. A lei supõe que nos casos de citação ficta a noticia chegou até o citando através de Edital ou Hora Certa. c) Intimação: - Ato pelo qual se da ciência a alguém, dos atos e termos do processo. - A intimação, na regra geral, será feita por meio eletrônico. - Quando for um ato técnico, ou seja, privativo do advogado (contestar, recorrer ou impugnar), intima-se o advogado. E quando for um ato pessoal, ou seja, que a própria parte pode praticar, intima- se a parte. - Prazo de 10 dias corridos para a abertura do arquivo em processos eletrônicos. PRAZOS PROCESSUAIS - O processo (de conhecimento e de execução) é uma série de atos processuais, logicamente, concatenados porque quem determina o ato subsequente a ser praticado é o procedimento (comum, ordinário e especial). Os atos processuais que forem sendo praticados, estão presos a um limite temporal. - Os prazos processuais constituem, assim, como os períodos de tempo estabelecidos pela lei, pelo juiz ou ainda por este em conjunto com as partes, para a realização dos atos. Tais períodos são marcados por um tempo inicial e um tempo final. - Classificação dos Prazos: a) Prazos Legais – são aqueles prazos que, em regra, estão estabelecidos em lei. b) Prazos Judiciais – são aqueles prazos que são estabelecidos pelo juiz. c) Prazos Convencionais – na falta da previsão legal, e no caso de omissão de fixação pelo juiz, aplica-se o prazo geral de 48hrs para o comparecimento e de 05 dias para a pratica do ato processual pela parte. d) Prazos Próprios – são chamados assim pois a sua inobservância gera consequências processuais negativas para a parte. É o que ocorre, por exemplo na preclusão temporal. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual. Isso significa que passado o período estabelecido em lei, o ato não poderá mais ser realizado, nem mesmo se a parte assim o requerer. Ou seja, os prazos próprios dirigem-se às partes, pois são elas que sofrerão as consequências; e) Prazo Impróprios – são normalmente aplicados em atividades jurisdicionais e dos auxiliares dos juízos. São chamados assim pois a sua inobservância não causará nenhuma consequência processual, ainda que possa gerar responsabilidade no âmbito disciplinar f) Prazos Dilatórios – o prazo pode ser ampliado ou reduzido, pois ele é previsto em norma dispositiva, ou seja, eu posso dispor de tal prazo. Permite alteração pelo juiz ou por acordo das partes. g) Prazos Peremptórios – são prazos cujo decurso não admite sua dilação, ou seja, são os prazos usados para juntar documentos, arrolar testemunhas, cumprir providências determinadas pelo juiz. CRITÉRIOS RELATIVOS AOS PRAZOS PROCESSUAIS. - O prazo processual é delimitado por um termo inicial (“dies a quo”) e por um termo final (“dies ad quem”). A prática do ato em regra deve ocorrer dentro desse período - A contagem do prazo poderá ser em minutos, horas, dias, meses ou anos. - Na contagem deve-se excluir o dia do começo e incluir- se o dia do vencimento, considerando-se sempre que o prazo não se inicia, nem termina em dia não útil. No caso, se o processo está tramitando em uma plataforma digital, temos até 23h59min para cumprir o prazo. Mas se tratando de processos físicos, o expediente é forense, sendo das 12hrs às 18hrs. - A regra para o encerramento do prazo são dias úteis. Caso o termo final cair em feriado, sábado ou domingo, será prorrogado para o dia útil subsequente. Juizado Estadual, seja cível ou fazenda, não se aplica essa regra, pois os dias são contados corridos. - Terão prazo em dobro: a) Ministério Público. b) União, Estados, DF, Municípios, autarquias e fundações de direito público. c) Defensoria Pública. d) Núcleo de prática jurídica de instituições de ensino de direito. e) Litisconsortes com procuradores distintos. - O juiz terá o prazo de 10 dias para decisões interlocutórias, 05 dias para despachos e 30 dias para sentença. - O auxiliar terá o prazo de 01 dia para enviar os autos conclusos e 05 dias para executar os atos processuais. - Os prazos processuais podem ser modificados por iniciativa do juiz e, em algumas situações específicas, das próprias partes ou delas em conjunto com o juiz. A qualquer tempo será possível também a renuncia do prazo, se ele for estabelecido exclusivamente em benefício da parte, a mesma poderá renunciá-lo, desde que o faça de maneira expressa. - O magistrado poderá dilatar os prazos processuais, com a intenção de adequá-los às necessidades do litígio e conferir maior efetividade à tutela do direito. - A ampliação do prazo só poderá ocorrer durante o lapso temporal, nunca após o decurso do prazo. - Os prazos podem também serem suspensos ou interrompidos. A suspensão é mais comum e implica na interrupção da contagemdo prazo, com a posterior retomada, considerando-se o prazo já decorrido. PRECLUSÃO - A preclusão consiste na perda de uma faculdade processual em virtude da conduta omissiva ou ativa da parte. Ou seja, é a perda de uma situação jurídica ativa processual, podendo ser a perda do poder processual das partes ou a perda de um poder do juiz. Mas nem todos se aplicam ao juiz, porque ele tem poder/dever, ele não tem o ônus. - Classificação: a) Preclusão Temporal – decorre do simples descumprimento do prazo para a prática do ato processual. Ex: tenho 15 dias para interpor um recurso de apelação e o faço no 16º, perco o prazo por preclusão temporal. b) Preclusão Consumativa – Quando o ato é efetivamente praticado, não podendo ser, portanto, repetido. Exemplo: publicada a sentença tenho 15 dias para apelação. Em 10 dias fiz o protocolo do recurso de apelação e depois lembro que esqueci de acrescentar alguma coisa. Se eu desejar emendar meu recurso, mesmo com sobra de prazo, não posso repetir/corrigir/emendar. Uma vez feito o protocolo, não tem mais o que ser feito. c) Preclusão Lógica - Quando a parte pratica um ato incompatível com outro ato praticado na sequência. Exemplo: publicada sentença, a parte foi sucumbente (perdeu). A parte resolve pagar a condenação e interpõe um recurso de apelação. Não tem lógica porque no primeiro ato processual estou encerrando a demanda ao pagá-la, e depois proponho recurso. Existe uma controversa, então existe aqui uma preclusão lógica prevalecendo o pagamento. FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO. - A formação do processo não ocorre mediante um único ato, mas se dá de maneira gradual, pela conjugação de três momentos distintos O primeiro deles é um ato privativo do autor, consistente na propositura da ação mediante o protocolo da petição inicial. O segundo advém do denominado despacho inicial, quando o juiz, constando a existência dos requisitos principais, profere decisão determinando a citação do réu. Por fim, em um terceiro momento, o réu será citado, completando assim a formação da relação processual. - A suspensão do processo é uma figura anômala, a qual altera a marcha normal de evolução do processo. Por força dela, a progressão contínua dos atos processuais é temporariamente paralisada. São três os fatores que podem dar ensejo à suspensão: a) Vontade das Partes b) Situações de Fato c) Situações de Direito - Durante a suspensão do processo, fica suspenso também o curso dos prazos processuais, ou seja, significa que a contagem do prazo é paralisada no momento do fato que gerou a suspensão, voltando a fluir posteriormente, pelo período remanescente e com o cômputo do período já transcorrido. - Classificação da Suspensão: a) Própria – quando nenhum ato é praticado, salvo os urgentes. b) Impróprias – quando a quase integralidade do processo é paralisada, prosseguindo-se apenas os incidentes. Essa última suspensão ocorre no caso das arguições de impedimento ou suspeição do magistrado. O processo é suspenso com o protocolo de arguição e só o respectivo incidente passa a ter prosseguimento. - A sentença é o pronunciamento judicial que tem a aptidão para decretar a extinção do processo. PETIÇÃO INICIAL - É a peça inaugural do processo, pela qual o autor veicula a demanda e provoca a atividade jurisdicional. Por meio do exercício do direito de ação, retira-se o Estado-juiz da inércia que lhe caracteriza para julgar com independência os conflitos de interesses levados ao Poder Judiciário. - A petição inicial é um ato formal pelo qual o autor introduz a causa em juízo. Mesmo não constando em dispositivo expresso, deve ser escrita (salvo em juizados especiais, que a pessoa poderá apresentar a petição inicial em forma “oral” – ela preencherá um formulário, pois ainda não há a possibilidade de anexar voz no processo). - Na petição inicial se descreverá, em síntese, os elementos da ação, ou seja, as partes, causa de pedir e o pedido, narrando quem, o que se pede e o porque de se pedir. - Requisitos da Petição Inicial: a) Intrínsecos ou Estruturais – são aqueles que devem constar no corpo da peça processual. Assim, torna-se obrigatória a apresentação dos requisitos do Art. 319, CPC i. Endereçamento (competência) ii. Qualificação das partes iii. Fatos iv. Fundamento jurídico v. Pedido vi. Provas vii. Valor da causa b) Extrínsecos i. Juntada de documentos indispensáveis ii. Juntada de procuração iii. Adiantamento de custas iv. Pedido de justiça gratuita RESPOSTA DO RÉU CONTESTAÇÃO E REVELIA - Conceitua-se o instituto da contestação como a peça fundamental da defesa do réu, em que se concentram todas as razões de resistência à demanda inicial do autor, que não sejam necessariamente canalizadas às outras respostas. Em procedimentos comuns, a constatação será sempre escrita e redigida em português - O prazo para a contestação é de 15 dias. - Pode-se afirmar que a defesa é um direito do réu tal como a ação é um direito do autor. E, se o exercício da ação é um direito e, em ultima análise, uma faculdade, o réu também pode deixar de exercer seu direito de defesa, responsabilizando-se, todavia, pela sua omissão. - Conceitua-se o instituto de revelia como a ausência de apresentação de contestação válida e tempestiva. O réu será revel desde que, regularmente citado, opte por deixar de oferecer contestação, sujeitando-se aos ônus processuais correspondentes. Em outras palavras, dá-se a revelia quando o réu, chamado em juízo, deixa voluntariamente que se extinga o prazo assinado para a contestação, sem que a apresente. - A reconvenção é uma ação do réu em face do mesmo processo, trata-se que uma nova demanda dentro de um processo já existente. Não cabe reconvenção do sistema do juizado, mas se admite pedido contraposto. - Na reconvenção o réu deduz em seu benefício e em face do autor um pedido diverso do que a mera rejeição da demanda, aproveitando-se do mesmo processo e juízo em que é acionado. A reconvenção é, por excelência, uma ação em face do autor, diferenciando-se da contestação, posto que esta representa um ônus do réu, ao passo que aquela, mera faculdade, uma vez que a pretensão deduzida em contra-ataque poderia ser feita em ação distinta e em outra oportunidade.
Compartilhar