Buscar

Processo Civil 2 - Resumo 2BIM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Processo Civil 2 
RESUMO SEGUNDO BIMESTRE 
 
] ATOS PROCESSUAIS: 
ASPECTOS GERAIS 
- Os atos processuais consistem em uma série de atos 
praticados pelas partes para se atingir a efetividade da 
tutela jurisdicional. O processo, visto sob o aspecto 
estrutural é processo + procedimento. Sendo assim, o 
processo é um conjunto sequencial de atos logicamente 
concatenados entre si. O resultado de um ato praticado 
serve de pressuposto para o próximo ato a ser praticado, 
ou seja, seguem uma ordem. 
- O gênero jurídico dos atos processuais, então, é de ato 
jurídico, viso que se trata da manifestação de vontade 
humana no processo. Ocorre somente no processo e 
gera efeitos jurídicos diretos e imediatos na relação 
jurídica processual. 
- Os atos processuais estão intrinsecamente ligados ao 
princípio da instrumentalidade das formas. Vale relembrar 
que, durante um bom tempo, a forma prevaleceu ao 
conteúdo, havendo uma preocupação muito maior com 
o conteúdo do que a forma. O princípio da 
instrumentalidade das formas, contudo, visa considerar a 
finalidade do ato e não ele em si mesmo, verificando-se 
aqui a “primazia” do conteúdo em relação à forma. Não é 
regra absoluta, pois existem atos necessários e 
obrigatórios que devem seguir a um formalismo. 
- Outro princípio correlato aos atos processuais é o da 
publicidade: em regra, os atos processuais serão públicos, 
com exceção daqueles que demandam de segredo de 
justiça. 
- O idioma dos atos processuais deverá ser a língua 
portuguesa, que é o idioma local. Não poderá haver 
prática de atos processuais em idioma estrangeiro (Art. 
192, CPC). 
 
ATOS NO MEIO ELETRÔNICO 
- O Art. 193, CPC autoriza a prática total ou parcial dos 
atos processuais por meios eletrônicos, na forma da lei. 
Isso vale inclusive para atos notariais e de registro, 
conforme autorização no parágrafo único do mesmo 
artigo. 
- A matéria é disciplinada pela Lei nº 11.419/2006, a qual 
dispõe sobre a informatização do processo judicial no 
âmbito civil, penal, trabalhista e perante os juizados 
especiais. 
- É possível através do meio eletrônico: enviar petição 
inicial, intimações, citações, cartas precatórias, etc. 
 
 
- Diferente do processo físico, o eletrônico poderá ser 
publicado até as 24 horas da data final, conforme disposto 
no Art. 213, CPC. 
 
ATOS DAS PARTES 
- Atos das partes são os atos praticados pelo autor, pelo 
réu, pelos terceiros intervenientes ou pelo Ministério 
Público (quando ele for parte), seja no exercício de um 
direito processual, seja no cumprimento de um dever 
processual. Todos aqueles que são partes no processo 
praticam ato de vontade que visa produzir a constituição, 
a modificação ou a extinção de direitos processuais. A 
tutela dos atos jurisdicionais não é possível sem os atos 
desses sujeitos. 
- Classificação dos Atos das Partes: 
a) Atos Postulatórios – de simples requerimento ao 
juiz; é a prática de um ato que é dirigido ao juiz – no 
sentido de serem requeridos aos magistrados – mas 
os efeitos se direcionam a própria parte, como por 
exemplo a petição inicial ou a contestação. Resumindo: 
atos de vontade direcionados ao juiz e que, se forem 
acolhidos, beneficiam a própria parte. 
b) Atos Reais – são atos de manifestação física das 
partes no processo, como por exemplo o pagamento 
de custas ou prestação de caução. 
c) Atos Instrutórios – buscam levar ao juiz elementos 
úteis para a solução daquele conflito. Não representam 
requerimento ao juiz, mas sim, visam ao fornecimento 
de subsídios aptos a instruir a formação do 
convencimento do juiz, exemplo desse caso, é a 
produção de provas para ser levado ao magistrado. 
i. Probatórios – são as provas que serão utilizadas 
para a comprovação dos fatos, provas essas que 
poderão ser: documentais, contratuais, pericial, 
testemunhais, etc. 
ii. Jurídicos – são as jurisprudências, doutrinas, 
argumentos jurídicos, parecer jurídico utilizados 
para o convencimento do juiz para aceitar ou não 
tal fato. 
d) Atos Dispositivos – manifestação de vontade que 
visam diretamente a produção de efeitos processuais. 
Possuem caráter postulatório, porém nesse caso a 
parte irá renunciar/abrir mão de alguns de seus 
direitos. 
i. Mera Submissão – geram efeitos 
independentemente da vontade da parte contrária. 
É o que ocorre com o reconhecimento da 
procedência do pedido ou com a aceitação da 
decisão, o que implica a desistência do direito de 
recorrer. São atos unilaterais, praticados apenas por 
uma das partes. 
ii. Desistência – podem se referir ao direito material, 
como a renuncia à pretensão ou apenas ao direito 
processual, como a desistência da ação ou da 
execução, também são atos unilaterais. 
iii. Transação – são atos bilaterais, pois dependem 
da manifestação de vontade de ambas as partes. 
Pode-se relacionar ao direito material, como 
acontece nas conciliações e na transação, ou se 
referir a direito exclusivamente processual, como 
exemplo, a escolha consensual do perito e da 
fixação de calendário processual. 
 
ATOS DO JUIZ 
- O juiz representa o Estado no exercício da prestação 
jurisdicional. Ele, portanto, constitui a figura por meio da 
qual se exerce a jurisdição. Nesse sentido, a palavra “juiz” 
empregada pelo legislador, pode designar tanto o 
magistrado que atua em primeiro grau, quanto aos 
desembargadores de tribunais de segundo grau e os 
ministros dos tribunais superiores. 
- Os atos judiciais são denominados monocráticos e 
unipessoais, quando forem proferidos por um único 
magistrado. Por outro lado, serão atos colegiados quando 
advirem de órgãos formados por mais de um juiz, como 
normalmente ocorre perante os tribunais. 
- Classificação dos Atos do Juiz: 
a) Despacho – é o pronunciamento do magistrado que 
tem como finalidade impulsionar o processo, visando o 
seu encerramento. Os despachos não possuem 
caráter decisório. 
b) Decisão Interlocutória – pronunciamento do juiz em 
que ele decide algo no curso do processo, porém não 
põe fim ao processo. São decisões acerca das dúvidas 
que surgem no decorrer da demanda e que o juiz 
precisa se posicionar, ou seja, precisa expor um 
posicionamento jurisdicional. É incidental. Possuem 
caráter decisório. 
c) Sentença – também é um pronunciamento do juiz, 
põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, 
bem como extingue a execução. As sentenças 
poderão ser terminativas (quando extinguirem o 
processo sem resolução de mérito) ou definitivas 
(quando o magistrado analisar o próprio mérito da 
causa). 
* O Art. 489, CPC traz em seu texto os elementos 
essenciais da sentença, quais sejam – a) relatório 
contendo nome das partes, identificação do caso 
com a síntese do pedido e da contestação, além 
das principais ocorrências do processo; b) 
fundamentos com análise judicial das questões de 
fato e de direito e c) o dispositivo, no qual são 
resolvidas as questões principais e outras que as 
partes submeterem. 
 
ATOS DO ESCRIVÃO OU 
CHEFE DE SECRETARIA 
- O escrivão ou o chefe de secretaria é o auxiliar da justiça 
responsável pela formação, organização e movimentação 
dos autos do processo, isto é, do meio físico ou eletrônico 
em que se desenvolve a relação processual. Na justiça 
estadual este serventuário é normalmente denominado 
como escrivão, e na justiça federal a expressão utilizada 
é chefe de secretaria. A ele incumbe zelar pela 
documentação dos atos processuais, assim como por sua 
comunicação, certificação e seu registro. 
- Classificação dos Atos do Escrivão ou Chefe de 
Secretaria: 
a) Autuação– após registrada na distribuição a petição 
inicial vai ao escrivão ou chefe de secretaria que 
promoverá o primeiro ao de documentação do 
processo. 
b) Atos de Documentação – são os que se destinam 
a representar em escritos as declarações de vontade 
das partes, dos membros dos órgãos jurisdicional e 
terceiros que acaso participem de algum evento no 
curso do processo. Ou seja, é a lavratura do termo 
pelo escrivão após a manifestação das partes. 
c) Atos de Comunicação – são os atos praticados para 
que as partes tenham ciência dos atos processuais, 
bem como a publicação via imprensa oficial. Como 
por exemplo a citação e/ou intimação. 
d) Atos Ordinatórios- são os atos praticados por 
iniciativa do escrivão, como juntada de documentos 
(no processo físico), independentemente de 
determinação do juiz. 
 
COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
- A comunicação válida e tempestiva dos atos 
processuais é pressuposto para o exercício do 
contraditório, sem ela, as partes não possuem condições 
de ser informadas, nem de reagir aos atos praticados no 
processo. O exercício da defesa dos direitos em juízo 
depende, portanto, da comunicação processual. O 
contraditório, por sua vez, é fundamental para o 
desenvolvimento justo e constitucional do processo. 
- Classificação: 
a) Cartas: 
i. Rogatória – é similar à carta precatória, mas se 
diferencia desta por ter caráter internacional, ou 
seja, é um instrumento jurídico de cooperação de 
um juiz brasileiro para o juiz de outro país. 
ii. Precatória – é a forma de comunicação realizada 
entre juízes de comarcas distintas (ambos juízes 
da mesma hierarquia), sendo uma forma a 
colaboração entre juízes, visando o cumprimento 
dos atos judiciais. A carta precatória é utilizada 
quando as partes de um processo, residem em 
comarcas diferentes. 
iii. Ordem – é a ordem de um tribunal superior para 
um tribunal ou juiz de hierarquia inferior. 
b) Citação: 
- É o ato pelo qual o réu, o executado ou o 
interessado são convocados a ingressar na relação 
jurídica processual. A citação é pressuposto para o 
desenvolvimento valido e regular do processo. 
- Efeitos da Citação: 
a) Induz litispendência. 
b) Torna litigiosa a coisa. 
c) Constitui em mora o devedor. 
d) Interrompe a prescrição e a decadência. 
- Modalidades da Citação: 
a) Citação Real – existe a certeza de que o 
citando foi cientificado da existência do processo. 
Poderá ser feita através de Oficial de Justiça ou 
Correio (AR). Também poderá ser realizada por 
meio eletrônico (apenas para empresas jurídicas, 
empresas privadas ou públicas). 
b) Citação Ficta – não existe uma comprovação 
concreta, mas sim uma suposição imposta por lei. 
A lei supõe que nos casos de citação ficta a 
noticia chegou até o citando através de Edital ou 
Hora Certa. 
c) Intimação: 
- Ato pelo qual se da ciência a alguém, dos atos e 
termos do processo. 
- A intimação, na regra geral, será feita por meio 
eletrônico. 
- Quando for um ato técnico, ou seja, privativo do 
advogado (contestar, recorrer ou impugnar), 
intima-se o advogado. E quando for um ato pessoal, 
ou seja, que a própria parte pode praticar, intima-
se a parte. 
- Prazo de 10 dias corridos para a abertura do 
arquivo em processos eletrônicos. 
 
PRAZOS PROCESSUAIS 
- O processo (de conhecimento e de execução) é uma 
série de atos processuais, logicamente, concatenados 
porque quem determina o ato subsequente a ser 
praticado é o procedimento (comum, ordinário e especial). 
Os atos processuais que forem sendo praticados, estão 
presos a um limite temporal. 
- Os prazos processuais constituem, assim, como os 
períodos de tempo estabelecidos pela lei, pelo juiz ou 
ainda por este em conjunto com as partes, para a 
realização dos atos. Tais períodos são marcados por um 
tempo inicial e um tempo final. 
- Classificação dos Prazos: 
a) Prazos Legais – são aqueles prazos que, em regra, 
estão estabelecidos em lei. 
b) Prazos Judiciais – são aqueles prazos que são 
estabelecidos pelo juiz. 
c) Prazos Convencionais – na falta da previsão legal, e 
no caso de omissão de fixação pelo juiz, aplica-se o 
prazo geral de 48hrs para o comparecimento e de 05 
dias para a pratica do ato processual pela parte. 
d) Prazos Próprios – são chamados assim pois a sua 
inobservância gera consequências processuais 
negativas para a parte. É o que ocorre, por exemplo 
na preclusão temporal. Decorrido o prazo, extingue-se 
o direito de praticar ou de emendar o ato processual. 
Isso significa que passado o período estabelecido em 
lei, o ato não poderá mais ser realizado, nem mesmo 
se a parte assim o requerer. Ou seja, os prazos 
próprios dirigem-se às partes, pois são elas que 
sofrerão as consequências; 
e) Prazo Impróprios – são normalmente aplicados em 
atividades jurisdicionais e dos auxiliares dos juízos. São 
chamados assim pois a sua inobservância não causará 
nenhuma consequência processual, ainda que possa 
gerar responsabilidade no âmbito disciplinar 
f) Prazos Dilatórios – o prazo pode ser ampliado ou 
reduzido, pois ele é previsto em norma dispositiva, ou 
seja, eu posso dispor de tal prazo. Permite alteração 
pelo juiz ou por acordo das partes. 
g) Prazos Peremptórios – são prazos cujo decurso 
não admite sua dilação, ou seja, são os prazos usados 
para juntar documentos, arrolar testemunhas, cumprir 
providências determinadas pelo juiz. 
 
CRITÉRIOS RELATIVOS AOS 
PRAZOS PROCESSUAIS. 
- O prazo processual é delimitado por um termo inicial 
(“dies a quo”) e por um termo final (“dies ad quem”). A 
prática do ato em regra deve ocorrer dentro desse 
período 
- A contagem do prazo poderá ser em minutos, horas, 
dias, meses ou anos. 
- Na contagem deve-se excluir o dia do começo e incluir-
se o dia do vencimento, considerando-se sempre que o 
prazo não se inicia, nem termina em dia não útil. No caso, 
se o processo está tramitando em uma plataforma digital, 
temos até 23h59min para cumprir o prazo. Mas se 
tratando de processos físicos, o expediente é forense, 
sendo das 12hrs às 18hrs. 
- A regra para o encerramento do prazo são dias úteis. 
Caso o termo final cair em feriado, sábado ou domingo, 
será prorrogado para o dia útil subsequente. Juizado 
Estadual, seja cível ou fazenda, não se aplica essa regra, 
pois os dias são contados corridos. 
- Terão prazo em dobro: 
a) Ministério Público. 
b) União, Estados, DF, Municípios, autarquias e 
fundações de direito público. 
c) Defensoria Pública. 
d) Núcleo de prática jurídica de instituições de ensino 
de direito. 
e) Litisconsortes com procuradores distintos. 
- O juiz terá o prazo de 10 dias para decisões 
interlocutórias, 05 dias para despachos e 30 dias para 
sentença. 
- O auxiliar terá o prazo de 01 dia para enviar os autos 
conclusos e 05 dias para executar os atos processuais. 
- Os prazos processuais podem ser modificados por 
iniciativa do juiz e, em algumas situações específicas, das 
próprias partes ou delas em conjunto com o juiz. A 
qualquer tempo será possível também a renuncia do 
prazo, se ele for estabelecido exclusivamente em 
benefício da parte, a mesma poderá renunciá-lo, desde 
que o faça de maneira expressa. 
- O magistrado poderá dilatar os prazos processuais, com 
a intenção de adequá-los às necessidades do litígio e 
conferir maior efetividade à tutela do direito. 
- A ampliação do prazo só poderá ocorrer durante o lapso 
temporal, nunca após o decurso do prazo. 
- Os prazos podem também serem suspensos ou 
interrompidos. A suspensão é mais comum e implica na 
interrupção da contagemdo prazo, com a posterior 
retomada, considerando-se o prazo já decorrido. 
 
PRECLUSÃO 
- A preclusão consiste na perda de uma faculdade 
processual em virtude da conduta omissiva ou ativa da 
parte. Ou seja, é a perda de uma situação jurídica ativa 
processual, podendo ser a perda do poder processual das 
partes ou a perda de um poder do juiz. Mas nem todos 
se aplicam ao juiz, porque ele tem poder/dever, ele não 
tem o ônus. 
- Classificação: 
a) Preclusão Temporal – decorre do simples 
descumprimento do prazo para a prática do ato 
processual. Ex: tenho 15 dias para interpor um recurso 
de apelação e o faço no 16º, perco o prazo por 
preclusão temporal. 
b) Preclusão Consumativa – Quando o ato é 
efetivamente praticado, não podendo ser, portanto, 
repetido. Exemplo: publicada a sentença tenho 15 dias 
para apelação. Em 10 dias fiz o protocolo do recurso 
de apelação e depois lembro que esqueci de 
acrescentar alguma coisa. Se eu desejar emendar meu 
recurso, mesmo com sobra de prazo, não posso 
repetir/corrigir/emendar. Uma vez feito o protocolo, 
não tem mais o que ser feito. 
c) Preclusão Lógica - Quando a parte pratica um ato 
incompatível com outro ato praticado na sequência. 
Exemplo: publicada sentença, a parte foi sucumbente 
(perdeu). A parte resolve pagar a condenação e 
interpõe um recurso de apelação. Não tem lógica 
porque no primeiro ato processual estou encerrando 
a demanda ao pagá-la, e depois proponho recurso. 
Existe uma controversa, então existe aqui uma 
preclusão lógica prevalecendo o pagamento. 
 
FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E 
EXTINÇÃO DO PROCESSO. 
- A formação do processo não ocorre mediante um único 
ato, mas se dá de maneira gradual, pela conjugação de 
três momentos distintos O primeiro deles é um ato 
privativo do autor, consistente na propositura da ação 
mediante o protocolo da petição inicial. O segundo advém 
do denominado despacho inicial, quando o juiz, constando 
a existência dos requisitos principais, profere decisão 
determinando a citação do réu. Por fim, em um terceiro 
momento, o réu será citado, completando assim a 
formação da relação processual. 
- A suspensão do processo é uma figura anômala, a qual 
altera a marcha normal de evolução do processo. Por 
força dela, a progressão contínua dos atos processuais é 
temporariamente paralisada. São três os fatores que 
podem dar ensejo à suspensão: 
a) Vontade das Partes 
b) Situações de Fato 
c) Situações de Direito 
- Durante a suspensão do processo, fica suspenso 
também o curso dos prazos processuais, ou seja, significa 
que a contagem do prazo é paralisada no momento do 
fato que gerou a suspensão, voltando a fluir 
posteriormente, pelo período remanescente e com o 
cômputo do período já transcorrido. 
- Classificação da Suspensão: 
a) Própria – quando nenhum ato é praticado, salvo os 
urgentes. 
b) Impróprias – quando a quase integralidade do processo 
é paralisada, prosseguindo-se apenas os incidentes. Essa 
última suspensão ocorre no caso das arguições de 
impedimento ou suspeição do magistrado. O processo é 
suspenso com o protocolo de arguição e só o respectivo 
incidente passa a ter prosseguimento. 
- A sentença é o pronunciamento judicial que tem a 
aptidão para decretar a extinção do processo. 
 
PETIÇÃO INICIAL 
- É a peça inaugural do processo, pela qual o autor veicula 
a demanda e provoca a atividade jurisdicional. Por meio do 
exercício do direito de ação, retira-se o Estado-juiz da 
inércia que lhe caracteriza para julgar com independência 
os conflitos de interesses levados ao Poder Judiciário. 
- A petição inicial é um ato formal pelo qual o autor 
introduz a causa em juízo. Mesmo não constando em 
dispositivo expresso, deve ser escrita (salvo em juizados 
especiais, que a pessoa poderá apresentar a petição inicial 
em forma “oral” – ela preencherá um formulário, pois 
ainda não há a possibilidade de anexar voz no processo). 
- Na petição inicial se descreverá, em síntese, os 
elementos da ação, ou seja, as partes, causa de pedir e 
o pedido, narrando quem, o que se pede e o porque de 
se pedir. 
- Requisitos da Petição Inicial: 
a) Intrínsecos ou Estruturais – são aqueles que devem 
constar no corpo da peça processual. Assim, torna-se 
obrigatória a apresentação dos requisitos do Art. 319, 
CPC 
i. Endereçamento (competência) 
ii. Qualificação das partes 
iii. Fatos 
iv. Fundamento jurídico 
v. Pedido 
vi. Provas 
vii. Valor da causa 
b) Extrínsecos 
i. Juntada de documentos indispensáveis 
ii. Juntada de procuração 
iii. Adiantamento de custas 
iv. Pedido de justiça gratuita 
 
RESPOSTA DO RÉU 
CONTESTAÇÃO E REVELIA 
- Conceitua-se o instituto da contestação como a peça 
fundamental da defesa do réu, em que se concentram 
todas as razões de resistência à demanda inicial do autor, 
que não sejam necessariamente canalizadas às outras 
respostas. Em procedimentos comuns, a constatação será 
sempre escrita e redigida em português 
- O prazo para a contestação é de 15 dias. 
- Pode-se afirmar que a defesa é um direito do réu tal 
como a ação é um direito do autor. E, se o exercício da 
ação é um direito e, em ultima análise, uma faculdade, o 
réu também pode deixar de exercer seu direito de 
defesa, responsabilizando-se, todavia, pela sua omissão. 
- Conceitua-se o instituto de revelia como a ausência de 
apresentação de contestação válida e tempestiva. O réu 
será revel desde que, regularmente citado, opte por 
deixar de oferecer contestação, sujeitando-se aos ônus 
processuais correspondentes. Em outras palavras, dá-se a 
revelia quando o réu, chamado em juízo, deixa 
voluntariamente que se extinga o prazo assinado para a 
contestação, sem que a apresente. 
- A reconvenção é uma ação do réu em face do mesmo 
processo, trata-se que uma nova demanda dentro de um 
processo já existente. Não cabe reconvenção do sistema 
do juizado, mas se admite pedido contraposto. 
- Na reconvenção o réu deduz em seu benefício e em 
face do autor um pedido diverso do que a mera rejeição 
da demanda, aproveitando-se do mesmo processo e juízo 
em que é acionado. A reconvenção é, por excelência, 
uma ação em face do autor, diferenciando-se da 
contestação, posto que esta representa um ônus do réu, 
ao passo que aquela, mera faculdade, uma vez que a 
pretensão deduzida em contra-ataque poderia ser feita 
em ação distinta e em outra oportunidade.

Continue navegando