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São dez as classes de palavra: artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, conjunção e interjeição. Podemos diferenciar estas classes através de alguns critérios distintivos. O primeiro se refere à capacidade de um vocábulo em flexionar-se: Palavras variáveis Palavras invariáveis Artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome e verbo. Advérbio, preposição, conjunção e interjeição. O segundo critério é semântico, isto é, a idéia expressa por determinadas palavras, como por exemplo: nomear seres e coisas (substantivo), dar características a seres (adjetivo) etc. O terceiro diz respeito a sua posição e função ao se relacionar com outras: ARTIGO É a palavra variável que se antepõe ao substantivo de modo a determiná-lo ou indeterminá-lo. São divididos em dois tipos, definidos e indefinidos: Artigo definido (o, a, os, as) – Indica ser conhecido entre os da mesma espécie, maior grau de notoriedade; sinal de conhecimento prévio do ser ou objeto mencionado. Artigo Indefinido (um, uma, uns, umas) – Menciona um ser qualquer entre outros da mesma espécie, indicando falta de notoriedade, de desconhecimento individualizado do ser ou objeto em questão. O artigo indica ao substantivo gênero e número, se fazendo, em alguns casos, indispensável para esta tarefa. Ex.: o lápis – os lápis; o estudante – a estudante Em outros casos o artigo define, inclusive, o sentido do substantivo usado, sendo ele o determinante de seu significado. Ex.: o Amazonas (rio) – as amazonas (mulheres que andam a cavalo). SUBSTANTIVO É a palavra variável com que se nomeiam os seres em geral, funcionando como núcleo de termos essencialmente nominais. Substantivos concretos – representam “figuras”, isto é, designam seres de existência independente, ou que o pensamento apresenta como tal. Não importando se reais ou imaginários, materiais ou espirituais. Nomeiam pessoas, lugares, animais, vegetais, minerais e coisas. Ex.: alma, corpo, dragão, sereia, Brasil, Cuba, Deus, ar etc. Substantivos Abstratos – designam seres de existência dependente. São aqueles que nomeiam uma qualidade, ação, estado, considerados como seres, imaginados independentemente dos seres que provém, ou em que se manifestam. Ex.: política, alegria, justiça, velhice, doença, amor etc. Substantivos comuns – são aqueles que designam totalidade dos seres de uma espécie ou uma abstração (designação genérica). Ex.: homem, rio, urso etc. Substantivos próprios – são aqueles que designam um determinado indivíduo da espécie (designação específica). Ex.: Roger, Amazonas, Catatau etc. Gênero dos substantivos Masculino – substantivo a que se pode antepor artigo masculino. Ex.: o amor, um sonho, o livro etc; Feminino – substantivo a que se pode antepor artigo feminino. Ex.: a justiça, a esperança, uma ave, etc; Comum de dois – substantivo uniforme a que se pode antepor artigo masculino ou feminino. Ex.: o/a artista. Sobrecomuns – substantivo uniforme que se refere a pessoas de ambos os sexos. Ex.: a criança (menino/menina). Epicenos - substantivo uniforme que se refere a animais ou vegetais de ambos os sexos. Ex.: a onça, a cobra. Número dos substantivos Formação do Plural Os substantivos terminados em vogal ou ditongo são acrescido de -s a sua forma singular. Ex.: garoto – garotos, mesa – mesas, moça - moças Os substantivos terminados em -ão apresentam três possibilidades: A maioria (onde incluem-se todos os aumentativos) muda a terminação para -ões. Ex.: opinião – opiniões; Outros fazem plural em -ães. Ex.: alemão – alemães, cão – cães, pão – pães; Poucos oxítonos e todos os paroxítonos seguem a regra do acréscimo simples de -s. Ex.: cidadão – cidadãos, cristão – cristãos, bênção – bênção. Os substantivos terminados em consoante formam plural acrescentando-se -es ao singular. Ex.: mar – mares, feliz – felizes, gravidez – gravidezes. A exceção fica por conta de caráter, com plural em caracteres. Alguns substantivos terminados em consoante possuem flexão diferente: Paroxítonos terminados em -s e -x são invariáveis. Ex.: o lápis – os lápis, o atlas – os atlas, o tórax – os tórax; Substantivos terminados em -al, -el, -ol, -ul substituem o -l por -is. Ex.: animal – animais, papel – papéis, farol – faróis; – Excetuam-se as palavras mal, real (moeda antiga), cônsul e seus derivados, que fazem plural respectivamente em males, réis e cônsules. Substantivos oxítonos terminados em -il mudam o -l em -s. Ex.: barril – barris, fuzil – fuzis; Substantivos paroxítonos terminados em -il substituem essa terminação por -eis. Ex.: fóssil – fósseis, réptil – répteis; O monossílabo cais é invariável; Plural dos substantivos compostos Substantivos compostos sem hífen seguem a mesma regra dos substantivos. Ex.: girassol – girassóis. Substantivos compostos por hífen, em regra geral, variam normalmente, os flexionando separadamente e posteriormente os reunindo. Ex.: amor-perfeito – amores-perfeitos; abaixo-assinado – abaixo-assinados. Verbo, normalmente, permanece no singular. Ex.: beija-flor – beija-flores Quando o 2º elemento limita o significado do 1º, isto é, lhe indica semelhança ou finalidade, somente o 1º elemento vai para o plural. Ex.: caneta-tinteiro – canetas-tinteiro (canetas do tipo tinteiro); banana-maçã – bananas-maçã (bananas do tipo maçã). Quando a palavra composta é unida por preposição, somente o 1º elemento varia. Ex.: pé-de-moleque – pés-de-moleque; mula-sem-cabeça – mulas-sem-cabeça. Em compostos de verbo + verbo, os dois flexionar-se-ão caso sejam repetidos. Ex.; pega-pega – pegas-pegas. Caso o 2º verbo seja o oposto do 1º, a palavra resta invariável. Ex.: o perde-ganha – os perde-ganha. Em compostos que reproduzem sons, apenas o 2º elemento irá para o plural. Ex.: tique-taque – tique-taques.