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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CAMPUS TOLEDO DEPARTAMENTO DEENGENHARIAS E CIENCIAS EXATAS CURSO DE QUIMICA RELATÓRIO 04: FORÇA ELÁSTICA Acadêmicos: Eduarda Ballmann, Lucas M. Pedro e Marcos V. da Silva Relatório entregue como parte da avaliação da disciplina de Física Experimental I, do curso de química bacharelado, ministrada pela Professora Glaucia Medeiros. Toledo – PR – Brasil Setembro de 2018 1. INTRODUÇÃO Todo corpo quando sujeito a uma força sofrerá uma certa deformação. De forma geral, estas deformações são classificadas em deformações plásticas e deformações elásticas. • Deformações plásticas: a deformação persiste após a retirada da força; • Deformações elásticas: a deformação desaparece após a retirada da força; Quando um corpo sujeito a uma força sofre uma deformação elástica, internamente uma força definida como força restauradora é gerada para a se opor a força inicial aplicada de tal forma a tentar restaurar o objeto a sua condição inicial, antes da deformação. Logo, notamos que esta força restauradora deverá ser contraria a força aplicada, e ainda deverá ser proporcional a sua deformação (Δx, como na figura 1), ou deslocamento de sua posição de equilíbrio. Desta forma, a força elástica pode ser expressa de acordo com a equação 1: (1) Onde k irá representar a constante elástica do objeto. A equação 1, como descrita é conhecida como a lei de Hooke. Como pode ser notado pela equação, quanto maior for o valor de k maior será a resistência desse material para se deformar. Esta constante elástica irá depender do material, mas principalmente de sua estrutura. Por exemplo, no caso de molas, molas confeccionadas de mesmo material podem possuir constantes elásticas diferentes, caso seja feita com estrutura diferente, alterando o raio dos anéis e a distância entre eles. Figura 1: Esquema representando a deformação de uma mola quando sujeita a uma força peso É importante lembrar que no caso de uma mola, esta pode sofrer deformações elásticas, mas também deformações plásticas, sendo que a Lei de Hooke não se aplica em deformações plásticas. Uma forma simples de determinar o valor de k de uma mola, seria medir os diferentes valores de deformações sofridos (Δx) em função da força aplicada, que no caso do presente experimento será a força peso. Uma vez que se tenha uma determinada mola com cerca constante elástica k, uma forma de aumentar ou diminuir a constante elástica total, ou efetiva, de um sistema seria através de uma associação de molas. A associação de molas pode ser feita em serie ou em paralelo, como pode-se ver na figura 2. Na associação de molas em série, a força aplicada em cada mola será a mesma e a força elástica contrária gerada por cada uma também. Porem, uma vez que cada mola possui uma constante elástica diferente, a deformação sofrida por cada uma também será diferente, de tal forma que a deformação total sofrida pelas duas molas será: (2) Figura 2: Esquema representando a associação de molas em serie (a) e em paralelo (b) Substituindo os valores de deformação da equação 2 pela expressão dada pela equação 1, temos: (3) Logo, para a associação em série, a constante elástica equivalente da mola pode ser expressa de acordo com a equação 4: (4) Já para a associação de molas em paralelo, a deformação sofrida por cada mola será a mesma, porem, neste caso, a força elástica sofrida por cada uma será diferente. Logo, a força elástica total realizada pelo sistema será: (5) Substituindo a equação 1 na equação 5, temos: (6) Portanto, para a associação de molas em paralelo, a constante elástica efetiva do sistema dada pela equação 7: (7) Note que na associação de molas, a expressão para os valores das constantes efetivas é o inverso do caso para a associação de resistores em série e em paralelo. 2. OBJETIVO Obter experimentalmente os valores da constante elásticas de uma mola e com associações, obtendo os valores graficamente. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1. Suspenda e fixe uma das molas no suporte. 2. Pendure na extremidade livre da mola um gancho para colocar massas. 3. Meça o alongamento da mola sem massa (com gancho), na escala do suporte. Este valor é a posição inicial da mola sem alongamento 4. Utilize as massas (previamente pesadas) e obtenha um conjunto de, pelo menos, 5 alongamentos da mola. 5. Meça as massas com balança digital. 6. Remova as massas das molas, com cuidado, e repare que a mola volta a sua forma original. 7. Mantenha a mola no suporte e pendure a segunda mola na extremidade livre da primeira. Repita os procedimentos dos itens 3 a 5, acima. 8. Remova as massas com cuidado. 9. Mantenha a primeira mola no suporte e pendure a segunda mola no mesmo lugar, ou próximo, à primeira mola de modo que elas fiquem dispostas paralelamente uma a outra. Repita os procedimentos dos itens 3 a 5, prendendo as massas à ambas as molas usando o adaptador fornecido. 10. Remova as massas com cuidado 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante a aula, se obteve os seguintes valores para os experimentos para mola única, molas em serie e molas em paralelo: Tabela 1: Mola Única Posição ( ± mm) Massa (± g) y0 40 18,10 y1 64 68,20 y2 88 118,25 y3 112 168,38 y4 137 218,45 Tabela 2: Molas em série Posição ( ± mm) Massa (± g) y0 146 18,10 y1 194 68,20 y2 243 118,25 y3 290 168,38 y4 340 218,45 Tabela 3: Molas em paralelo Posição ( ± mm) Massa (± g) y0 90 18,10 y1 102 68,20 y2 114 118,25 y3 126 168,38 y4 138 218,45 Com os resultados obtidos, pode-se criar gráficos que demonstram o comportamento das molas conforme as suas deformações. y = 20,219x + 0,1878 R² = 0,9999 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 Fo rç a (N ) Deslocamento (m) Mola Única Valores Y Linear (Valores Y) Não foi possível colocar o momento zero, pois na pratica foi esquecido de olhar a mola sem a deformação e apenas com o suporte para os pesos, tendo assim apenas os momentos quando colocados do primeiro ao último peso no suporte. Com os gráficos e suas equações de reta podem-se retirar as constantes elásticas de cada momento, sendo k é o coeficiente angular da reta. Na mola única o k=20,219, em serie k=10,13 e em paralelo k=40,984. Através desses valores obtidos pode-se calcular a Força elástica de cada momento do experimento, através da equação: y = 10,13x + 0,1828 R² = 0,9999 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 F o rç a ( N ) Deslocamento (m) Molas em Série Valores Y Linear (Valores Y) y = 40,948x + 0,1776 R² = 1 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 F o rç a ( N ) Deslocamento (m) Mola em Paralelo Valores Y Linear (Valores Y) Mola Única (N) Molas em série (N) Molas em paralelo (N) 1º peso 0,485 0,486 0,491 2º peso 0,970 0,983 0,983 3º peso 1,456 1,458 1,474 4º peso 1,961 1,965 1,965 5. CONCLUSÃO Através dos resultados, percebe-se que as molas têm sua constante sempre iguais, quando colocadas em serie as molas dividem suas constantes pela metade e quando em paralelos as suas constantes duplicam. Mas observando as forças elásticas percebe-se que elas são sempre parecidas, independentemente de como estão as molas.6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - Prof. Alexandre A. C Cotta, Estudo da Lei de Hooke, Disponível em: < http://www.dfi.ufla.br/alexandrecotta/wp-content/uploads/NotasLabFis1- A_AulaLeiDeHooke.pdf >. Acesso em 08 de setembro de 2018. 2 - HALLIDAY, D; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física Vol 1, 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2010;
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