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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT 
DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL: EDIFÍCIOS 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
O USO DA TECNOLOGIA BIM NO GERENCIAMENTO DE OBRAS DE 
EDIFICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
Eduardo de Lima Carvalho Torres 
 
 
 
 
 
 
JUAZEIRO DO NORTE, CE 
2019 
Eduardo de Lima Carvalho Torres 
 
 
 
 
 
O USO DA TECNOLOGIA BIM NO GERENCIAMENTO DE OBRAS DE 
EDIFICAÇÕES 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado a Banca Examinadora do Curso 
de Tecnologia da Construção Civil da 
Universidade Regional do Cariri, com 
habilitação em Edificações, como requisito 
para conclusão do curso. 
 
 
Orientador: Prof. Me. Jefferson Heráclito 
Alves de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
JUAZEIRO DO NORTE, CE 
2019 
Eduardo de Lima Carvalho Torres 
 
 
 
 
O USO DA TECNOLOGIA BIM NO GERENCIAMENTO DE OBRAS DE 
EDIFICAÇÕES 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado a Banca Examinadora do Curso 
de Tecnologia da Construção Civil da 
Universidade Regional do Cariri, com 
habilitação em Edificações, como requisito 
para conclusão do curso. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof. Me. Jefferson Heráclito Alves de Souza 
Orientador 
 
 
Prof. Me. Bruno Barbosa de Oliveira 
URCA 
 
 
Prof. Esp. Akiro Meneses Chikushi 
FAP-CE 
 
 
JUAZEIRO DO NORTE, CE 
2019 
Agradecimentos 
 
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus pela vida, pela saúde e pela 
proteção. 
Aos meus pais Iracema e Elivan pelo amor incondicional, e pelo grande 
apoio e incentivo. 
A todos os meus professores da Universidade Regional do Cariri, em 
especial a meu professor orientador Jefferson Heráclito Alves de Souza pela 
paciência, esforço e excelente orientação para o desenvolvimento deste 
trabalho. 
Aos meus colegas de aula pela parceria, tanto nos momentos difíceis 
quanto nos momentos de confraternização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Uma pessoa inteligente resolve um 
problema, um sábio o previne." 
Albert Einstein 
 
“Cada sonho que você deixa pra trás, é 
um pedaço do seu futuro que deixa de existir.” 
Steve Jobs 
 
“Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a 
vida e viver com paixão, perder com classe e viver 
com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve e 
a vida é muito para ser insignificante.” 
 Charles Chaplin 
RESUMO 
 
O BIM – “Building Information Modeling” é uma tecnologia que integra os 
processos necessários para o desenvolvimento de projetos e facilita a 
elaboração de estudos relacionados a gerência e planejamento da obra através 
da confecção de uma réplica tridimensional do empreendimento feita em 
plataformas digitais. O modelo tridimensional armazena os dados dos objetos, 
equipamentos e demais constituintes do edifício para que as informações 
necessárias para o desenvolvimento de tarefas de gerenciamento possam ser 
manuseadas, extraídas e utilizadas, proporcionando assim, uma base de 
informações que poderão ser disponibilizadas para as diversas partes 
interessadas durante todo o ciclo de vida do empreendimento. O objetivo deste 
trabalho é analisar as capacidades de manuseio, utilização e extração dessas 
informações através do BIM para que sejam utilizadas nas tarefas que auxiliam 
no gerenciamento de obras de edificações. Para isso, foi realizado um estudo 
bibliográfico mostrando os serviços disponibilizados pela tecnologia BIM. Através 
das análises feitas nos estudos bibliográficos pôde-se constatar que devido a 
automação dos processos de utilização das informações da construção é 
possível obter ganhos significativos de tempo e maior precisão na elaboração 
das atividades utilizadas para se fazer o gerenciamento de obras, além de 
proporcionar uma melhor integração entre as diferentes disciplinas de projetos. 
 
Palavras-chave: modelagem da informação, planejamento, construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
BIM - "Building Information Modeling" is a technology that integrates the 
processes necessary for the development of projects and facilitates the 
elaboration of studies related to management and construction planning through 
the preparation of a three-dimensional replica of the enterprise made in digital 
platforms. The three-dimensional model stores the data of the objects, equipment 
and other constituents of the building so that the information necessary for the 
development of management tasks can be manipulated, extracted and used, thus 
providing a base of information that can be made available to the different parties 
throughout the life cycle of the enterprise. The objective of this monograph is to 
analyze the capabilities of handling, using and extracting this information through 
BIM to be used in the tasks that assist in the management of building 
constructions. For this, a bibliographic study was carried out showing the services 
provided by BIM technology. Through the analyzes made in the bibliographic 
studies it was possible to verify that due to the automation of the processes of 
use of the information of the construction one can obtain significant gains of time 
and greater precision in the elaboration of the activities used to make the 
management of constructions, besides providing better integration between the 
different project disciplines. 
 
Key words: Information modeling, planning, construction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE FIGURAS 
 
Figura 1. Simulação de esforços estruturais ............................................ 17 
Figura 2. Cronograma MS Project ........................................................... 21 
Figura 3. Ciclo de vida de uma edificação ............................................... 26 
Figura 4. Código de cores ........................................................................ 29 
Figura 5. Fluxo de informações ................................................................ 30 
Figura 6. Extrações a partir do modelo .................................................... 31 
Figura 7. Imagem renderizada de um edifício .......................................... 33 
Figura 8. Projeto hidráulico feito em BIM ................................................. 35 
Figura 9. Revit clash detection ................................................................. 36 
Figura 10. Fluxograma de metodologia. .................................................. 45 
Figura 11. Linha de corte ......................................................................... 53 
Figura 12. Vista de corte .......................................................................... 53 
Figura 13. Vista não renderizada ............................................................. 54 
Figura 14. Vista renderizada .................................................................... 55 
Figura 15. Parametrização do objeto ....................................................... 59 
Figura 16. Detalhamento visual do objeto ................................................ 60 
Figura 17. Tabelas ................................................................................... 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
AEC - Arquitetura, Engenharia e Construção 
BIM - Building Information Modeling 
BDS - Building DescriptionSistem 
CAD - Computer Aided Designer 
CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção 
CIS/2 - CIMsteel Integration Standard Version 2 
COBIE - Construction Operations Building Information Exchange 
EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual 
EPC’s – Equipamentos de Proteção Coletiva 
HFE - Human Factor Engineering 
HST - Higiene E Segurança do Trabalho 
ICC – Indústria da Construção Civil 
IFC - Industry Foundation Classes 
MMPtD - Management Model for Project Through Design 
PDF - Portable Document Format 
PERT-CPM - Program Evaluation and Review Technique - Critical Path Method 
PtD - Prevention Through Design 
TI - Tecnologia da Informação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................. 11 
1.1. Perspectiva histórica ................................................................. 11 
1.2. Enquadramento ......................................................................... 12 
1.3. Delimitações do estudo ............................................................. 13 
1.4. Objetivos ................................................................................... 14 
1.4.1. Geral: ..................................................................................... 14 
1.4.2. Específicos: ........................................................................... 14 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................... 15 
2.1. Building Information Modeling (BIM) ......................................... 15 
2.2. Funcionamento .......................................................................... 16 
2.3. A modelagem paramétrica ........................................................ 18 
2.4. Softwares BIM ........................................................................... 20 
2.5. Interoperabilidade ...................................................................... 25 
2.6. Ambiente multiusuário ............................................................... 28 
2.7. Extrações a partir do modelo BIM ............................................. 30 
2.7.1. Quantitativos .......................................................................... 32 
2.7.2. Desenhos técnicos ................................................................ 32 
2.7.3. Imagens ................................................................................. 33 
2.8. BIM 3D – Modelo tridimensional interativo ................................ 34 
2.9. BIM 4D – Cronogramas e planejamentos .................................. 37 
2.10. BIM 5D – Orçamentos e custos ................................................. 38 
2.11. BIM 6D – Gestão de sustentabilidade ....................................... 40 
2.12. BIM 7D – Gestão de operação e manutenções ......................... 40 
2.13. BIM 8D – Gestão de segurança do trabalho ............................. 42 
3. METODOLOGIA .............................................................................. 45 
3.1. Tipo de pesquisa ....................................................................... 45 
3.2. Fontes de pesquisa ................................................................... 46 
3.3. Método de pesquisa .................................................................. 46 
3.4. Método de elaboração ............................................................... 47 
3.5. Obtenção de resultados ............................................................ 48 
4. RESULTADOS ................................................................................. 52 
4.1. Gestão de projetos .................................................................... 52 
4.2. Gestão de cronogramas e planejamentos ................................. 56 
4.3. Gestão de custos e elaboração de orçamentos ........................ 58 
4.4. Gestão de sustentabilidade ....................................................... 61 
4.5. Gestão de operação e manutenções......................................... 62 
4.6. Gestão de segurança do trabalho ............................................. 63 
4.7. Utilização do BIM em estudos de caso...................................... 64 
5. CONCLUSÃO .................................................................................. 66 
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 68 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1. Perspectiva histórica 
 
Em 1974 o professor do instituto de tecnologia da Geórgia, Charles M. 
Eastman, juntamente com uma equipe de estudiosos cria o conceito BDS 
(Building Description System) Sistema de Descrição da Construção, ou seja, 
uma representação virtual de um objeto real que se originava da modelagem 
ordenada das informações necessárias para a construção de tal objeto. A partir 
desse contexto surgiu a ideia de informatização e integração dos dados de uma 
construção para uma melhor manipulação das informações (EASTMAN, et al, 
2014). 
Nas décadas de 70 e 80 foram realizados diversos estudos na área, 
juntamente com algumas tentativas de comercialização dessas tecnologias 
principalmente no Reino Unido. No início da década de 80 foi muito utilizado o 
termo Building Products Models (Modelos de Produtos da Construção) referindo-
se a modelagem de produtos da construção, e na Europa, principalmente na 
Finlândia era utilizado o termo Product Information Models (Modelos de 
Informações do Produto). Em 1992 surgiu pela primeira vez a utilização do termo 
(Building Information Modeling) Modelagem da Informação da Construção que 
derivava da junção dos termos Building Products Models e Product Information 
Models, o termo foi apresentado através de um artigo publicado por G.A. van 
Nederveen e F.P. Tolman seguindo a idealização de Eastman, artigo este que 
abordava as vantagens trazidas por este método de gerenciamento através da 
integração dos diferentes pontos de vista de cada participante dos projetos 
constituintes da obra (EASTMAN, et al, 2014). 
De acordo com Eastman et al. (1974) citado por Catelani (2016a, p.22), BIM 
seria: “um modelo digital que representa um produto, que, por sua vez, seria o 
resultado do fluxo de informações do desenvolvimento do seu projeto”. 
 
 
 
12 
 
1.2. Enquadramento 
 
O gerenciamento de obras é a atividade profissional cuja finalidade é 
organizar, controlar, planejar e contabilizar todos os processos, serviços e 
insumos necessários para alcançar os objetivos estabelecidos e garantir o bom 
desempenho de toda linha de produção da obra durante todas as fases do ciclo 
de vida de um empreendimento. Todos esses processos são integrados de forma 
que cada um influencia diretamente nos demais e isto torna o gerenciamento de 
obras uma tarefa ainda mais complexa López (2008). 
Devido a necessidade de se construir edificações cada vez mais 
sofisticadas e consequentemente com uma maior quantidade de informações a 
serem processadas, surgiu a necessidade de se informatizar o processo de 
manuseio dessas informações e com isso aumentar a confiabilidade nas 
extrações e utilizações dos dados dos projetos para que os serviços que 
necessitam deles pudessem ser feitos com a utilização de informações mais 
confiáveis. O BIM (Building Information Modeling), ou em português, Modelagem 
da Informação da Construção, segundo Reis (2018) é uma metodologia ou 
processo que envolve o trabalho dos profissionais da indústria AEC, através da 
manipulação articulada de um modelo virtual contendo os dados de uma obra, 
sejam: orçamentos, cálculos estruturais, planejamentos, medições, entre outrosque se propõe a auxiliar e solucionar diversos problemas relacionados a 
gerenciamento de obras. 
Este trabalho se compromete a avaliar a capacidade que a tecnologia BIM 
possui de auxiliar no gerenciamento da obra partindo-se do pressuposto de que 
esta tecnologia oferece mecanismos aprimorados que oferecem dados precisos 
da obra aos profissionais da construção. 
O processo de construção de uma edificação é fragmentado e dependente 
de formas ineficientes de comunicação entre os envolvidos através de projetos 
baseados em papeis e em plataformas 2D, eventuais erros e omissões 
ocasionam problemas tais como atrasos, gastos financeiros, atritos, 
descompatibilização de projetos, peças entre outros. O BIM como método de 
gerenciamento e planejamento de obras dispõe de grandes vantagens quanto 
ao controle de tempo e cronogramas, quanto a orçamentos e custos e também 
propõe algumas soluções para erros de compatibilizações entre projetos através 
13 
 
da elaboração da réplica virtual de uma construção, evitando assim, perdas de 
tempo com reuniões e ligações entre os responsáveis por diferentes projetos 
para a resoluções de problemas. Também dispõe do detalhamento minucioso de 
elementos físicos da obra, da quantidade e tipos de insumos e mão de obra 
utilizada e garante o acesso das partes interessadas ao projeto tridimensional 
facilitando a troca de informações entre as partes interessadas (EASTMAN, et 
al, 2014). 
 Portanto subentende-se que o BIM é um processo aprimorado que pode 
dar suporte ao gerenciamento de obras fazendo com que as tarefas ligadas ao 
gerenciamento possam ser feitas automaticamente, reduzindo-se o tempo de 
trabalho, aumentando a confiabilidade das informações dos projetos e facilitando 
a comunicação entre os profissionais e demais envolvidos no empreendimento. 
É de suma importância que o conhecimento sobre esse processo seja 
disseminado, pois o BIM é uma tendência para o futuro da construção civil, e em 
um futuro bem próximo os softwares e outras metodologias utilizadas atualmente 
serão provavelmente substituídas pelo BIM. 
Devido a tecnologia BIM englobar as funções que tem os softwares como 
AutoCad, muitos profissionais e pesquisadores da área da construção civil 
cogitam a possibilidade de futuramente o BIM substitui-los, visto que o BIM é 
uma tecnologia bem mais otimizada, completa, prática e aprimorada. 
 
1.3. Delimitações do estudo 
 
O estudo se delimitará na obtenção de dados bibliográficos e apresentação 
de resultados somente quanto ao uso da tecnologia BIM em proveito do 
gerenciamento de obras de edificações, fazendo-se a contextualização do 
assunto baseado na realidade em que se encontra o gerenciamento de obras no 
Brasil. 
Este trabalho não se atém a explicar como a utilização dos softwares BIM 
é feita, atentando-se somente a descrição de suas capacidades funcionais de 
realizações de serviços para o auxílio do gerenciamento de obras e a descrição 
de quais são os segmentos de gerenciamento de projetos que cada um atua. 
 
14 
 
1.4. Objetivos 
 
1.4.1. Geral: 
 
Descrever como a metodologia BIM pode atuar no auxílio do 
gerenciamento de obras de edificações, mostrando quais são os principais 
mecanismos de manipulação, organização e integração das informações da obra 
apontando quais as vantagens deste método em relação aos métodos 
convencionais. 
 
1.4.2. Específicos: 
 
- Apresentar como funciona o BIM mostrando como o uso das informações 
articuladas pode ajudar no processo de gerenciamento. 
- Verificar de que maneira o BIM pode ajudar a reduzir ou inibir os 
problemas mais frequentes relacionados a gerenciamento de obras. 
- Mostrar de que forma o BIM integra as diferentes disciplinas de projeto e 
como ele pode dar suporte durante toda a vida útil do empreendimento. 
 
 
15 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1. Building Information Modeling (BIM) 
 
A modelagem da informação da construção, de acordo com Mello (2012) é 
uma metodologia baseada na criação de um modelo tridimensional 
representativo de uma construção virtual interativa que proporciona maior 
facilidade no gerenciamento de projetos de edificações e infraestrutura de 
maneira mais rápida, mais eficaz, mais confiável, mais econômica e que facilite 
estudos de técnicas e métodos que evite a agressão ao meio ambiente. No ponto 
de vista tecnológico, esta metodologia se caracteriza pela criação de objetos com 
atribuições de dados e informações consistentes e coordenadas, o que garante 
a redução de erros e inconsistências e maior confiabilidade nas informações 
obtidas através da consulta ao modelo virtual da edificação que estará disponível 
em todo o ciclo de vida da edificação. 
Alves et al. (2012) comenta sobre a capacidade do modelo BIM englobar 
variadas informações de uma construção, afirmando que não somente são 
armazenadas informações referentes a geometrias como também informações 
relacionadas a ligações paramétricas entre atributos e geometria espacial. 
 Eastman et al. (2014) considera o BIM um dos avanços tecnológicos mais 
promissores da indústria da arquitetura, engenharia e construção (AEC) e 
reforça a ideia de Alves afirmando que com a utilização dessa metodologia pode 
ser criado um modelo tridimensional que será a réplica virtual da construção 
planejada, este modelo será composto por todos os sistemas integrantes da 
construção como instalações, objetos, estruturas e outros componentes, todos 
estes itens do modelo serão parametrizados com informações técnicas 
particulares de cada item, como por exemplo, volume, espessura, material, 
preço, links, informações do fabricante e outras informações pertinentes a cada 
item. Com o modelo completo pode-se extrair informações precisas de cada 
detalhe e etapa da obra necessárias para a fabricação e fornecimento de 
insumos necessários na construção. 
Para Reis (2018) BIM é um conjunto de políticas, processos e tecnologias 
que, combinados, geram uma metodologia para gerenciar o processo de projetar 
uma edificação ou instalação, ensaiar seu desempenho e gerenciar as suas 
16 
 
informações e dados, para isso são utilizadas plataformas digitais baseadas em 
objetos virtuais que darão suporte a todo o ciclo de vida do empreendimento. A 
aplicação desta metodologia surge como uma maneira de se armazenar e gerir 
as informações necessárias para a construção do edifício, estas informações 
podem ser extraídas do modelo para diferentes softwares e estes podem utilizar 
estas informações para diferentes fins 
E finalmente Paiva; Campos; Queiroz (2017) reforçando o conceito dos 
outros autores sobre BIM, comentam que essa é uma tecnologia que permite 
ensaiar a obra sem que ela esteja ocorrendo realmente em campo, e ao concluir 
a modelagem, estarão disponíveis informações que serão utilizadas em todas as 
fases da construção. 
O modelo do projeto pode apresentar informações e dados técnicos para 
diferentes finalidades no decorrer de todo o ciclo de vida do empreendimento, da 
concepção, passando pela execução até a fase de operação e manutenção, 
sendo assim o modelo se desenvolve juntamente com a construção física 
(AZEVEDO, 2009; MELLO, 2012; CAMELO, et al, 2015). 
Deve-se observar, por tanto, que o maior fundamento dessa tecnologia é a 
informação precisa e articulada, pois é a partir dos resultados confiáveis 
extraídos do modelo que se pode proceder com um gerenciamento de qualidade. 
Quando esta metodologia é implantada de maneira correta em uma 
empresa ela ajuda a integrar os processos de projeto e construção que resulta 
em construções de melhor qualidade com custos reduzidos e diminuição no 
tempo gasto para a elaboraçãode projetos e para sua execução (ALVES, et al, 
2012) 
 
2.2. Funcionamento 
 
Segundo Eastman et al. (2014), com a tecnologia BIM, um modelo de 
construção é reproduzido virtualmente em uma plataforma de software BIM. 
Através de um projeto BIM podem ser feitas simulações de como estará a 
aparência da construção e os serviços que estão sendo executados em qualquer 
ponto no tempo do processo de execução de uma obra, afirma também que é 
possível simular esforços estruturais, eficiência energética, ventilação natural e 
17 
 
artificial, estudos térmicos e a utilização de objetos e equipamentos temporários 
como escoramento, gruas, andaimes e outros equipamentos de grande porte 
A Figura 1 mostra a simulação de esforços estruturais realizada por um 
software BIM. 
 
Figura 1. Simulação de esforços estruturais 
 
Fonte: CATELANI (2016a) 
 
Estas simulações podem auxiliar no planejamento da obra pois as 
ineficiências detectadas antecipadamente podem ajudar na tomada de decisões 
referentes a implementações de projetos e no método de construção. 
A modelagem das informações permite que o usuário da ferramenta 
extraia, automaticamente, projetos, documentos, planejamentos, análises, 
realize simulações e desenvolva a gestão de instalações além de proporcionar 
informações melhores quanto aos projetos para que a equipe responsável possa 
tomar decisões mais precisas e construir edificações de melhor qualidade 
(CATELANI, 2016a). 
BIM, portanto, é uma metodologia que consiste em agrupar e organizar 
virtualmente as informações de uma obra afim de representa-la virtualmente com 
o intuito de aprimorar e facilitar o gerenciamento e o controle da mesma. 
Desta forma o gerenciamento se torna, evidentemente, muito mais preciso 
pois estas informações cruciais estão todas articuladas e organizadas a 
disposição dos profissionais pertinentes. 
A disposição destas informações pode ser de grande utilidade caso haja a 
necessidade de alterações no edifício como ampliações ou reformas e para 
limpezas ou manutenções pois alguns cuidados precisam ser levados em 
18 
 
consideração para que não ocorram acidentes ou danos aos sistemas do 
edifício. 
Através da integração e modelagem dos dados é possível obter um controle 
mais refinado dos custos, cronogramas, planejamentos, controle de quantidade 
de insumos e demais propriedades do gerenciamento. 
Segundo Kassem e Amorim (2015) A tecnologia BIM funciona através da 
interligação de diversos softwares que trabalham em conjunto através de uma 
plataforma digital, compartilhando dados e informações da obra. Cada software 
tem uma função e cada um é usado para um propósito diferente, variando em 
função das necessidades provenientes de cada fase da obra. 
Sendo assim cada software pode ter uma ou mais funções operativas, 
porém não todas, durante todo o processo de construção, desde a concepção 
do projeto, planejamento, modelagem, custos... até eventuais manutenções na 
construção. 
Porém existem algumas restrições referentes ao funcionamento do sistema 
BIM, Melhado; Pinto (2015) afirma que na prática, caso esteja sendo utilizado 
um único arquivo para um edifício de grande porte ou de um alto nível de 
detalhamento, pode ocorrer perdas no desempenho do software ou até mesmo 
inviabilizar a utilização do mesmo 
 
2.3. A modelagem paramétrica 
 
Uma importante característica do BIM é a existência de objetos 
paramétricos na composição da modelagem, são objetos com parâmetros 
referentes a suas características como por exemplo material, medida, 
dimensões, etc. 
Azevedo (2009) e Campestrini (2015) definem objetos paramétricos como 
sendo aqueles que possuem informações técnicas atribuídas e regras que 
definem o comportamento do objeto e as relações interativas que ele terá com 
os outros componentes do modelo de tal forma que se uma alteração é feita no 
modelo ocasionando impactos na forma geométrica, localização ou afastamento 
no objeto, o mesmo automaticamente se adaptará as mudanças 
adequadamente, por exemplo, se o nível de uma laje é alterado, a altura da 
parede também irá alterar automaticamente de forma que se adequará 
19 
 
novamente a laje e, com isso, informações paramétricas relacionadas a estes 
objetos também irão se alterar. 
Segundo Addor et al. (2010), no método convencional, caso isso ocorra, 
caberá ao operador alterar as informações em todos os projetos, orçamentos, 
vistas arquitetônicas e demais documentos cujas informações serão afetadas. 
De acordo com Eastman et al. (2014) a modelagem paramétrica baseada 
em objetos foi criada em 1980 e reforça a afirmativa de outros autores 
caracterizando objetos paramétricos por possuírem definições geométricas e 
pela capacidade de interligação das informações entre os componentes. Os 
objetos constituintes do modelo são definidos através de parâmetros referentes 
a distâncias, ângulos, áreas e outras regras paramétricas como vinculado a, 
paralelo a e distante de, estas regras permitem que os objetos se articulem e 
variem de acordo com o valor de seus parâmetros enquanto o projetista manipula 
e altera o modelo. Os atributos e informações contidos nos objetos paramétricos 
servirão de base para as interfaces de apresentação de resultados referentes a 
quantitativos, porém estes atributos devem ser atribuídos aos objetos pelos 
projetistas. 
Os objetos paramétricos reconhecem suas próprias regras paramétricas e 
as relações que eles terão com os outros objetos do modelo, Catelani exemplifica 
esse relacionamento através de uma janela que “sabe” que precisa ser 
hospedado em uma parede e que a parede deve possuir uma determinada 
espessura, por exemplo: 15cm, caso haja alguma alteração e a parede fique com 
20cm imediatamente o objeto “janela” irá perceber, interpretar e reagir a essa 
alteração e automaticamente irá se adequar novamente a essa situação 
(CATELANI, 2016a; SERRA, 2015; CANDIDO, 2013). 
Segundo Serra (2015) a diferença entre a modelagem em plataforma BIM 
3D e a modelagem em plataforma CAD 2D é que a modelagem BIM é orientada 
a objetos onde existem relações paramétricas que são informações atribuídas 
ao usuário referentes a características físicas e geométricas além de 
informações de custo, tipo, modelo, material, e outras informações referentes ao 
comportamento interativo do objeto no modelo. Já a modelagem utilizada em 
plataformas CAD 2D ou modelagem volumétrica são orientadas a entidades 
onde são representadas apenas linhas e superfícies não contendo nenhum tipo 
20 
 
de associação entre si contendo apenas detalhes geométricos, este tipo de 
modelagem não é considerada BIM. 
Cândido (2013) diferencia a modelagem em BIM da modelagem orientada 
a entidade exemplificando a projeção de uma janela, onde em CAD 2D por 
exemplo, é representada por um conjunto de linhas sem informações, já a 
representação de uma janela em BIM armazena informações referentes ao tipo, 
espessura, material, medidas geométricas e ainda regras paramétricas que 
definirão seu comportamento em relação a outros objetos, como por exemplo 
regras que definem que janelas devem ser hospedadas em paredes. 
Catelani (2016b) comenta que também é possível criar templates para a 
elaboração de modelos BIM, estes templates são modelos pré desenvolvidos 
com ajustes já configurados com a finalidade de agilizar a modelagem, nos 
templates podem ser pré-configuradas informações como: definições de 
unidades de medidas, famílias de objetos e componentes, estilos de linhas, 
configurações de níveis de uma edificação, Tipos de paredes, portas, janelas, 
pisos, pilares, vigas, telhados, terrenos, configurações de textos, cotas e 
materiais.2.4. Softwares BIM 
 
As ferramentas BIM disponíveis no mercado variam em função de diversas 
características; no nível de complexidade e detalhamento dos objetos base já 
predefinidos no software para a utilização no modelo; na facilidade de se produzir 
novas famílias de objetos; nas maneiras de se atualizar os objetos; na facilidade 
de manipulação e visualização; nos tipos de superfície que podem ser utilizados; 
na facilidade de se produzir desenhos; na capacidade de manipular modelos de 
grande porte e com alto nível de detalhamento (EASTMAN, et al, 2014). 
Como já citado, os softwares BIM são as ferramentas pelo qual os usuários 
farão toda a manipulação do modelo, (extração de quantitativos, visualização de 
modelos, análise de conflitos e geração automática de desenhos técnicos 2D), 
para auxiliar no controle de gerência da obra, portanto é importante que se 
conheça quais são as principais e mais utilizadas no mercado: 
Autodesk Revit: É uma das ferramentas de modelagem mais utilizadas 
devido a familiarização dos usuários com as ferramentas da Autodesk, foi criado 
21 
 
com o intuito de auxiliar na modelagem profissional de edifícios, permitindo que 
sejam feitos estudos elaborados de eficiência energética. O Revit é muito 
eficiente para as práticas de planejamento e gestão relacionadas ao BIM 4D e 
dispõe de ferramentas para planejar e acompanhar as várias atividades no ciclo 
de vida do empreendimento desde a concepção até demolição. Os principais 
destaques de funcionalidades desse software são: as ferramentas de produção 
de projeto arquitetônico que proporcionam excelente consistência na concepção 
de objetos, construção e documentação; ferramentas eficientes de elaboração 
de projetos estruturais e ferramentas de modelagem que auxiliam em um estudo 
aprofundado nas previsões e viabilidade do projeto (ALVES, et al, 2012) 
Microsoft Project: é um software desenvolvido pela Microsoft e um dos 
mais utilizados para planejamento de obras, é uma ferramenta destinada ao 
gerenciamento de projetos, esta é um excelente software de planejamento 4D e 
5D permitindo gerenciar os períodos de tempo necessários para a execução das 
tarefas sem que haja sobreposição de atividades, associando tanto a custos 
quanto a mão de obra, permitindo assim que o gerente da obra tenha um melhor 
controle dos prazos e de gastos financeiros analisando atividades que estão 
concluídas, as que estão em andamento e as que futuramente ocorrerão, esta 
ferramenta possui, também, a capacidade de emitir documentos e relatórios 
precisos. Se baseia no diagrama de rede PERT/CPM representando o 
cronograma na forma de barras interligadas (LÓPEZ, 2008) 
A Figura 2 representa a interface de visualização e manipulação do 
cronograma no MS-Project. 
 
Figura 2. Cronograma MS Project 
 
Fonte: StackExchange1 
 
1 Disponível em: https://pm.stackexchange.com/questions/22703/how-to-avoid-ms-
project-schedule-task-before-status-day acesso em: 07 de abril de 2019 
22 
 
 
Na lateral esquerda contém as tarefas com suas devidas informações, na 
lateral direita é representado o gráfico de Gantt e na parte superior a timeliner 
(linha do tempo). 
Tekla: é um conjunto de soluções composto por 4 softwares: o tekla 
structures especializado em modelagem 3D, detalhamento, gerenciamento, 
fabricação e montagem, o tekla structural designer especializado em análise e 
dimensionamento das estruturas, o tekla tedds especializado em 
desenvolvimento de cálculos para análise, dimensionamento e análises de 
estruturas e o tekla field 3D que permite visualização e acesso a informações de 
modelos em dispositivos móveis (CATELANI, 2016b). 
ArchiCAD: Foi uma das primeiras ferramentas BIM a serem criadas, este 
software dispõe de uma grande quantidade de ferramentas que permite 
manipular objetos e componentes dos mais variados tipos e também ferramentas 
que dão suporte a construção de edifícios virtuais, o ArchiCad também dispõe 
de artifícios que permitem o manuseio de estética e design da construção e do 
edifício, como aspectos de design de interiores, áreas urbanas entre outros. A 
capacidade aprimorada de manipular, modificar e gerar objetos garante a 
habilidade de modificar objetos em diferentes dimensões, proporcionando assim 
uma melhor representação de desenhos arquitetônicos e modelagem de 
edifícios, também é uma ferramenta prática na criação de imagens dinâmicas e 
vídeos interativos com elementos gráficos aprimorados de luz e sombra, 
realidade virtual e representação de objetos e ambientes (ALVES, et al, 2012). 
Bentley Architecture: É um software mais indicado para a criação e 
manipulação de projetos de estrutura, instalações e para modelagem de 
elementos mais complexos, possui uma base de usuários relativamente 
pequena no Brasil e sua desvantagem é a interface pouco intuitiva (ROSSO, 
2011). 
TQS: é um software brasileiro especializado em estruturas de concreto 
armado e oferece suporte para modelagem, análise estrutural, dimensionamento 
de estruturas, detalhamento e desenho dos elementos estruturais, permite que 
se visualize o modelo em 3D e que se exporte para Autodesk Revit, softwares 
tekla e SketchUp, possui suporte para intercâmbio aberto de dados IFC e arquivo 
PDF (3D), uma das grandes novidades é a solução “mobile” baseada em 
23 
 
compartilhamento em nuvem, é específica para dar suporte ao gerenciamento 
da execução de estruturas de concreto armado na obra, garantindo a interação 
de processos e facilitando a comunicação entre projeto, execução e 
fornecimento (CATELANI, 2016b). 
Navisworks: é uma excelente ferramenta para se fazer a interação dos 
dados do modelo com outros softwares, possui uma grande facilidade de 
identificações de conflitos e descompatibilizações e produção de animações de 
simulações da construção do edifício relacionando ao tempo, também facilita a 
obtenção de resultados de custos relacionados com o cronograma físico 
financeiro elaborado nos softwares MS Project e primavera (MELLO, 2012). 
Vectorworks Architect: Por ser um ótimo modelador 3D é mais indicado 
para arquitetura e design, indicado para modelagem simples como se fosse um 
programa de CAD convencional, apresenta total compatibilidade com o formato 
IFC o que facilita a importação e exportação de arquivos para outros softwares 
BIM. É uma solução relativamente simples e barata (ROSSO, 2011). 
Synchro: é um software com excelente capacidade de se desenvolver 
cronogramas e planejamentos 4D em plataforma BIM. Possui a capacidade de 
associar recursos às atividades como mão de obra, materiais e equipamentos, 
também tem a capacidade de realizar análises de riscos de acidentes, 
verificação de folgas no planejamento de atividades, avaliações entre atividades 
planejadas e executadas, animações, dentre outras capacidades complexas de 
planejamento e gestão. Esta ferramenta possui a capacidade de se integrar com 
outras principais ferramentas de planejamento como o MS-Project e Primavera 
(CATELANI, 2016b). 
Solibri: é uma rede de softwares composta por 4 produtos cuja 
manipulação deve ser feita por profissionais especializados, os quatro softwares 
são; Solibri optimizer que compacta o modelo deixando-o com um tamanho de 
arquivo menor facilitando a integração entre diferentes softwares através do 
formato IFC e facilitando compartilhamentos via internet, Solibri model viewer 
que tem o intuito de ler e apresentar a visualização de qualquer ficheiro IFC e 
com a utilização vinculada ao Solibri model Checker, permite análises e 
compartilhamento com as diferentes disciplinas de projeto, Solibri model 
Checker e Solibri insue locatorque permitem uma visualização em “raio-x” do 
24 
 
modelo permitindo análises de possíveis otimizações e localização de 
inconsistências (ALVES, et al, 2012). 
Vico Office: este software é excelente para a elaboração de orçamentos 
pois utiliza dados diretamente de um modelo para gerar automaticamente os 
levantamentos de custo e permite o gerenciamento, planejamento e controle dos 
custos de uma obra (CATELANI, 2016b). 
O Quadro 1 mostra alguns softwares BIM disponíveis no mercado referente 
a cada disciplina de projeto: 
 
Quadro 1 – Principais Softwares BIM 
Disciplinas de Projeto Ferramentas BIM 
Arquitetura 
Revit Architecture - ArchiCAD – 
Vectorworks - Bentley Architecture – 
Allplan - DDS-CAD Architect 
Estrutura 
Tekla Structures - Revit Structure - 
CAD/TQS - Bentley Structural 
Elétrica 
Revit MEP - Bentley - Building Electrical 
Systems - DDS-CAD Electrical 
Hidráulica/HVAC 
Revit MEP - Bentley Mechanical Systems - 
DDS-HVAC 
Gerenciamento de projetos Navisworks - Synchro – Solibri 
Gerenciamento e orçamento de 
obras 
Vico Software - Volare/TCPO – Primavera 
- MS Project - Tron-orc - Orca Plus 
Fonte: Adaptado (MELO, 2014) 
 
Eastman et al. (2014) comenta que a cada dia os fabricantes inovam 
aprimorando e criando novas ferramentas BIM e assim a abrangência de 
manipulação da construção virtual aumenta, e descreve algumas características 
das ferramentas BIM referentes a escalabilidade e extensibilidade; a 
25 
 
escalabilidade é referente ao tamanho em arquivo de um modelo em BIM, no 
ponto de vista da TI (Tecnologia da Informação), o tamanho de um arquivo de 
dados depende das dimensões e do nível de detalhamento do modelo 
influenciando diretamente no desempenho da máquina utilizada. A 
extensibilidade é capacidade de o software permitir que sejam integradas novas 
ferramentas e funcionalidades como suporte para scripts. 
 
2.5. Interoperabilidade 
 
Segundo Addor et al. (2010), já que o processo BIM consiste em um fluxo 
de planejamento e articulação dos setores de projetos, cronogramas, 
orçamentos, testes, avaliações, simulações entre outros, somente um software 
não é capaz de servir toda a linha de produção sendo que dispõem de 
capacidades limitadas, portanto houve-se a necessidade de utilizar vários 
softwares na linha de produção, então Addor afirma que é necessário que o 
modelo seja interoperável para que seja possível dispor de todos estes serviços 
pois a interoperabilidade é a condição básica para que o modelo possa ser 
compartilhado com os diferentes sistemas de análises do modelo. 
Kassem e Amorim (2015) confirmam as considerações obtidas através do 
trabalho de Addor, afirmando que a interoperabilidade é o requisito primordial 
para permitir a implantação da metodologia BIM, e ainda comentam que a 
interoperabilidade é a capacidade de os softwares permitirem que o modelo 
possa ser exportado ou importado sem que haja corrompimento das informações 
ou falha na integridade e na consistência dos dados do projeto de modo que os 
profissionais de cada especialidade de função possam contribuir no 
desenvolvimento do modelo em qualquer fase do cicl1o de vida do 
empreendimento. 
A Figura 3 representa o ciclo de vida de uma edificação descrevendo as 
diferentes fases do ciclo de uma edificação nas quais o BIM pode atuar. 
 
26 
 
Figura 3. Ciclo de vida de uma edificação 
 
Fonte: (Mello 2012) 
 
De acordo com Mello (2012), o ciclo está dividido em três fases, macro fase 
do projeto em amarelo, fase de construção em laranja e de operação e 
manutenção em vermelho, e no centro da figura, o BIM sendo representado 
como uma ferramenta de suporte a cada uma das etapas do empreendimento. 
Grandes desafios são enfrentados diariamente pelos profissionais da área 
da construção civil como atrasos, descompatibilização de projetos, planejamento 
logístico desordenado de insumos, mal aproveitamento da mão de obra, entre 
outros. Isso se deve a dificuldade que se encontra para fazer a gestão e o 
gerenciamento de obras corretamente. 
As condições satisfatórias do gerenciamento de uma obra se dá pela 
integração das informações principalmente no momento do estudo de 
concepção dos projetos, porém a grande quantidade e variedade de informações 
que são geradas durante o ciclo de vida de um empreendimento e a quantidade 
de profissionais envolvidos torna o gerenciamento de obras uma tarefa 
extremamente complexa se não forem usados os métodos e ferramentas 
adequadas, neste enfoque, o aprimoramento da capacidade de armazenamento 
de informações dos computadores, a capacidade de compartilhamento dessas 
informações na rede e o desenvolvimento da modelagem paramétrica são os 
27 
 
grandes benefícios que tornam o BIM um método tão eficaz (SERRA; 
CAMPESTRINI, 2015) 
Segundo Marques; Bastos; Bonneaud (2015) existem duas formas de 
intercambiar informações de projetos entre os softwares, a primeira é o closed 
BIM que funciona a através de Plug-ins que são mecanismos que possibilitam 
que um software possa utilizar as informações de um modelo desenvolvido em 
outro software. A segunda premissa de interoperabilidade é o Open BIM 
caracterizado pelo intercâmbio de dados de forma aberta entre softwares BIM, 
essa é uma forma mais transparente de intercâmbio pois consiste em salvar o 
projeto em um formato aberto de arquivo que pode ser reproduzido e interpretado 
por qualquer software BIM sem que haja percas ou corrompimento das 
informações, o Open BIM é um método elaborado pela empresa buildingSMART, 
como exemplo pode ser citado o formato de arquivo IFC e o CIS/2. 
De acordo com Alves et al. (2012) e Eastman et al. (2014) isso pode ser 
feito através de padrões abertos de intercâmbio de dados como a utilização do 
formato de arquivo IFC para projeto, planejamento, construção e gerenciamento 
de edificações e o CIS/2 para utilização de aço estrutural, ambos os formatos de 
arquivos armazenam informações quanto a geometria, relações, processos, 
materiais, desempenho e fabricação além de outras informações essenciais a 
execução, projeto e produção, também, para se realizar o intercâmbio de dados 
pode ser feita a utilização de softwares BIM do mesmo fabricante sem que haja 
a necessidade de utilização de formatos abertos de intercâmbio, pois alguns 
fabricantes garantem integridade das informações. 
Catelani (2016a) exemplifica um caso de interoperabilidade no auxílio do 
gerenciamento de obras com a utilização de informações de um modelo 
produzido com algum software de modelagem para ser feita a elaboração de um 
cronograma, considerando que as informações podem ser associadas com as 
atividades de um cronograma desenvolvido nos softwares MS-Project ou 
Primavera por exemplo, portanto graças a essa automação pode-se obter mais 
agilidade e precisão na elaboração e manipulação dos cronogramas. 
Segundo Serra (2015), no método convencional de gerenciamento de 
projetos existe a necessidade de se replicar as informações por conta de não 
haver uma continuidade interligada no processo de elaboração de projetos e nem 
o aproveitamento de informações já situadas. Já no método BIM a conservação 
28 
 
da informação irá evitar que os projetistas façam replicação de informações para 
o desenvolvimento de projetos e outras atividades que serão interligadas com 
processos já definidos no modelo. Afirma ainda que quanto maior for o grau de 
interoperabilidade em um processo BIM maior será a confiabilidade dos 
documentos e quantitativos extraídos do modelo e menor será a perda de 
informações, porém ainda não existe um formato de arquivo que dê suporte para 
o compartilhamento de todasas informações de um modelo entre os softwares 
pois um modelo armazena uma vasta quantidade de dados diversificados e isto 
torna esse processo muito complexo. 
Azevedo (2009) reforça a ideia de Serra, também comentando sobre o 
aproveitamento de informações contidas no modelo para a elaboração de 
processos a jusante e enaltece a técnica BIM devido o ganho de tempo que se 
obtém graças a essa proveniência obtida dos modelos BIM. 
De acordo com Bomfim; Lisboa (2016), é através da interoperabilidade que 
muitos erros de descompatibilização de projetos e de combinações de 
informações são evitados, assim como problemas na obra, isso acontece devido 
a integração do processo produtivo de um modelo 2D ao 3D, 4D, 5D, 6D, 7D, e 
8D, onde o 3D está relacionado a modelagem paramétrica, o 4D relacionado ao 
planejamento, o 5D relacionado aos custos, o 6D relacionado a sustentabilidade, 
o 7D relacionado a operação e manutenções e o 8D relacionado a segurança. 
 
2.6. Ambiente multiusuário 
 
Segundo Addor et al. (2010) o processo BIM permeia todos os setores da 
construção e pressupõe que haja essa integração entre eles, portanto a 
interação entre todos os profissionais da AEC é fundamental para que o 
funcionamento desse método tenha eficiência, envolvendo desde os projetistas, 
incorporadoras e construtoras, poder público, setor de obras, setor de 
construção, setor de vendas e indústria. 
Campestrini (2015), contribuindo para o raciocínio de Addor, afirma que 
para se desenvolver obras mais arrojadas e de maiores portes é necessário o 
estabelecimento rígido de prazos e custos assim como um controle mais refinado 
das informações para que estas sejam organizadas afim de se obter estudos 
mais precisos de métodos e soluções melhores, com menor risco de erros, dessa 
29 
 
forma a manipulação de uma disciplina de projeto influenciará as demais, 
exigindo que haja uma boa qualidade de comunicação e troca de informações 
entre os profissionais envolvidos. 
Candido (2013) e Paiva; Campos; Queiroz (2017) afirmam que o BIM 
possibilita que ocorra essa colaboração das diversas partes interessadas ao 
projeto, Eastman et al. (2014) afirma que isso pode ser feito através de uma 
conexão do modelo virtual com a internet e através de uma nuvem o modelo 
pode ser manipulado remotamente por diversos usuários ao mesmo tempo, 
afirma ainda que alguns fabricantes de softwares BIM possuem servidores 
próprios para realizar esta conexão. 
Na utilização conjunta e remota de um modelo BIM, para se identificar os 
objetos ou parte deles que foram adicionados, modificados ou retirados do 
modelo por outro usuário em tempo real algumas ferramentas BIM atribuem 
cores para facilitar essa identificação como é representado na Figura 4: 
 
Figura 4. Código de cores 
 
Fonte: (CATELANI, 2016a) 
 
A cor azul identifica os itens adicionados, a cor verde identifica itens 
modificados e a cor vermelha identifica os itens removidos 
Para a elaboração dos projetos de uma edificação subentende-se que seja 
necessário que se tenha acesso aos projetos complementares necessários para 
fazer o embasamento, por exemplo, para a elaboração do projeto elétrico são 
necessários dados do projeto arquitetônico. 
30 
 
Na Figura 5 é representado o fluxo de informações no método convencional 
de gerenciamento de projetos (lado esquerdo) em comparação com o método 
BIM (lado direito). 
Figura 5. Fluxo de informações 
 
Fonte: PAIVA; CAMPOS; QUEIROZ (2017). 
 
A imagem mostra que no método convencional de gerenciamento de 
projetos, a troca de informações é feita entre cada disciplina de projeto 
individualmente fazendo com que os projetistas e demais envolvidos no 
empreendimento obtenham dados, informações e quantitativos de diferentes 
fontes, já no método BIM os envolvidos extraem as informações de um único 
local onde todos os projetos estão integrados e assim, com menor incidência de 
erros de compatibilidade e inconsistências. 
Dessa forma os relacionamentos de trabalho entre as diferentes equipes, 
projetistas, gerentes, proprietários e demais envolvidos se tornam mais 
transparentes e as informações se tornam mais confiáveis. 
 
2.7. Extrações a partir do modelo BIM 
 
Segundo Serra (2015), Addor et al. (2010) e Candido (2013) o processo de 
gerenciamento da obra no método BIM é feito em torno de um único modelo 
tridimensional que comporta toda a informação necessária ao empreendimento 
durante todas as fases de desenvolvimento da obra, o modelo serve ainda como 
31 
 
uma base de informações manipuláveis para a posterior gestão de utilização e 
modificações no edifício como a exemplo as reformas. 
A Figura 6 representa o cronograma e uma tabela orçamentária extraídos 
diretamente de um modelo tridimensional. 
 
Figura 6. Extrações a partir do modelo 
 
Fonte: CATELANI (2016) 
 
Dessa forma, pressupõe-se que toda a informação que será utilizada para 
levantamentos de diversos quantitativos e elaboração de plantas arquitetônicas 
e outras informações partirá de uma única fonte, evitando que ocorra 
divergências em dados utilizados em algum processo de gerência, garantindo 
assim, a confiabilidade nos resultados obtidos. 
Devido a capacidade de geração automática de plantas, cortes e elevações 
nos locais requeridos pelo usuário, (PAIVA; CAMPOS; QUEIROZ, 2017) 
enaltecem a importância do uso da tecnologia BIM por trazer ganhos em 
eficiência, confiabilidade e economia de tempo na execução dessas atividades. 
 
32 
 
2.7.1. Quantitativos 
 
Melhado; Pinto (2015) afirma que o levantamento de quantitativos é uma 
das tarefas base mais importantes para qualquer obra de construção, é um 
processo essencial para a concepção e definição do escopo do projeto por se 
tratar do mapeamento de todos os itens que serão necessários para a execução 
da obra. É necessário que se tenha a máxima precisão nesses levantamentos 
para que se obtenha uma previsão de prazos precisa e uma maior exatidão na 
quantificação de custos através de estudos baseados no rendimento esperado 
da produtividade. 
Segundo Serra (2015) e Eastman et al. (2014) no método convencional as 
extrações de informações dos projetos são feitas em um processo de 
contabilização manual de quantidades e leituras manuais de informações a partir 
dos desenhos desenvolvidos, análises manuais são mais suscetíveis a erros 
podendo gerar resultados imprecisos, no caso de eventuais alterações no 
modelo, todas as informações que sejam afetadas devem ser descartadas e o 
processo de leitura e extração de informações deve ser refeito para atualizá-las. 
Em ambiente BIM é possível fazer a contabilização e extração de qualquer tipo 
de quantidade de forma automática, isso é possível graças ao modelo ser 
parametrizado e, portanto, todos os elementos estão classificados por tipos ou 
famílias, em caso de alteração no modelo as informações de todos os tipos de 
quantidades são atualizadas instantaneamente. 
 
2.7.2. Desenhos técnicos 
 
Desenhos do projeto como plantas baixas, cortes, fachadas são 
determinantes para a extração de algumas informações do projeto e por 
possuírem tantas informações agregadas se tornam muito complexas para 
serem feitas manualmente. 
Eastman et al. (2014) afirma que os modelos contratuais e o modelo de 
trabalho atual, apesar de estar mudando, ainda é muitas vezes baseado em 
desenhos de plataforma 2D em papel ou eletrônicos. Com a metodologia BIM a 
execução modelo, posicionamentos de objetos, instalações e estruturas e 
demais componentes só é feito uma vez, e a partir do modelo, os desenhos de 
33 
 
cortes e fachadas, relatórios e outros dados sãoextraídos, a posição dos 
desenhos de cortes de vista em planta é identificada automaticamente com a 
simbologia de corte e as de elevação são simbolizadas com uma referência 
cruzada. O detalhamento do corte é feito manualmente descrevendo os blocos 
de madeira, perfis, selantes, vedações e outras informações pertinentes ao 
corte. 
 
2.7.3. Imagens 
 
Com o auxílio de alguns softwares de modelagem BIM como o Revit, o 
ArchiCad e o Navisworks é possível se extrair imagens renderizadas do próprio 
modelo com alta qualidade e definição com a utilização de recursos aprimorados 
de sombreamento e iluminação, para a renderização podem ser utilizadas 
imagens do local que a edificação será construída para simular a localização do 
edifício, são criadas maquetes virtuais que podem ser utilizadas para a 
propaganda do empreendimento e apresentação para o cliente (CATELANI, 
2016a) 
Na Figura 7 é apresentado duas imagens disponibilizadas pela Portto 
engenharia e projetos de Juazeiro do Norte, foram renderizadas pelo software 
Revit da Autodesk, da modelagem de um edifício projetado totalmente em BIM. 
 
Figura 7. Imagem renderizada de um edifício 
 
Fonte: Portto engenharia e projetos2 (2019) 
 
2 Imagem disponibilizada pela empresa Portto Engenharia e Projetos em 13 de abril de 
2019. 
34 
 
 
Essas imagens facilitam a visualização de como ficará o produto final e 
servem para propagandas ou apresentação ao cliente. 
 
2.8. BIM 3D – Modelo tridimensional interativo 
 
Nos projetos desenvolvidos em CAD 2D o leitor do projeto fica 
impossibilitado de fazer uma correta visualização e uma perfeita compreensão 
do que se está sendo projetado pois este método baseia-se somente em 
documentos, representações em plantas, cortes e vistas e assim o projetista e 
os profissionais que farão a leitura do projeto devem dispor de sua imaginação 
para representar mentalmente as imagens tridimensionais do projeto, utilizando 
as informações documentadas e fragmentadas em diferentes desenhos. 
(CATELANI, 2016a) 
Para Melhado; Pinto (2015) a modelagem em BIM se baseia em objetos 
paramétricos orientados, e isto significa que o modelo é resultado da junção 
articulada de todos os elementos constituintes do edifício, cada elemento tem 
suas próprias configurações e regras paramétricas e são agregados ao modelo 
na forma de propriedades sendo que se adaptará geometricamente e 
funcionalmente aos outros componentes do modelo de forma automática. 
A modelagem em BIM é altamente interativa e se baseia em um modelo 3D 
contendo todos os projetos, Alves et al. (2012), Catelani (2016a) e Serra (2015) 
comentam sobre a integridade do modelo e os benefícios que isso traz para a 
extração de informações, afirmam que os softwares BIM trabalham com base em 
gestores de bancos de dados de forma que qualquer alteração feita em qualquer 
peça, estrutura, acessório, tabela, mecanismo ou qualquer outro item contido no 
modelo, será automaticamente considerada em todas as demais formas de 
visualização e para todos os manipuladores da construção virtual. 
A Figura 8 representa a vista 3D de uma instalação hidráulica em um 
software de modelagem BIM 
35 
 
Figura 8. Projeto hidráulico feito em BIM 
 
Fonte: Projetos Revit3 
 
Pode-se notar que a visualização é mais explícita e íntegra em comparação 
com projeto feito em plataforma 2D pois pode ser observado como cada item 
está disposto no modelo além de facilitar a leitura do projeto proporcionando 
avaliações mais precisas de alternativas de projeto e facilitando as decisões de 
como seriam as melhores formas de se instalar no momento da execução da 
obra. 
Segundo Catelani (2016a) O modelo BIM pode ser utilizado para o 
rastreamento e controle de peças, materiais e componentes de uma edificação, 
podem ser atribuídas cores a cada item para facilitar a identificação visual, 
também pode-se fazer a seleção dos itens que podem ou não ser apresentados 
no modelo ocultando aqueles itens que são dispensáveis para a ocasião desde 
que as informações paramétricas já estejam atribuídas aos itens. Além desses 
benefícios de visualização, os softwares BIM como o Revit e o Navisworks ainda 
possuem uma funcionalidade conhecida como clash detection, (detecção de 
choque), responsáveis pela detecção de interferências como sobreposição de 
objetos entre objetos que compõem um modelo e indicam o local que está 
 
3 Disponível em: https://projetosrevit.wordpress.com/2017/12/06/revit-mep-modelo-de-
um-projeto-de-instalacoes-hidrossanitarias-de-um-geminado/ acesso em: 25 de março de 2019. 
 
36 
 
ocorrendo por meio de relatórios e avisos que são gerados automaticamente e 
podem ser compartilhados com as demais equipes responsáveis. 
Candido (2013) comenta que no modelo convencional de se projetar, essas 
detecções de incompatibilidades e inconsistências entre projetos é feita 
manualmente, assim como a adequação para que componentes de estruturas, 
instalações e equipamentos não se interfiram é feita através da sobreposição 
dos projetos e vistas individuais, sendo assim se torna um trabalho lento e 
impreciso. 
A Figura 9 mostra a identificação do software Autodesk Revit de uma 
sobreposição de dois objetos. 
 
Figura 9. Revit clash detection 
 
Fonte: SrinSoft4 
 
Os softwares com essa capacidade de detecção auxiliam no 
gerenciamento das diversas disciplinas de projeto existentes no modelo além de 
auxiliar nos serviços de compatibilização, evitar a sobreposição de objetos e 
aparições indesejadas da estrutura, esta antecipação de erros ainda na fase de 
projetos evita que os erros passem despercebidos e venham a ser identificados 
somente no momento da execução onde as medidas remediadoras acarretam 
em custos adicionais, perca de tempo e retrabalho (BOMFIM; LISBOA, 2016) 
Cândido (2013) acrescenta que não somente sobreposições de objetos 
podem ser identificados como também a extrapolação da distância mínima entre 
objetos como por exemplo instalações de gás e de incêndio. 
 
 
4 Disponível em: https://www.srinsofttech.com/bim-clash-detection.html acesso em: 23 de 
agosto de 2019 
37 
 
2.9. BIM 4D – Cronogramas e planejamentos 
 
De acordo com López (2008) o método convencional de se planejar obras 
é através da técnica conhecida como PERT-CPM cuja sigla deriva de PERT 
(Program Evaluation and Review Technique) que pode ser traduzido como 
Técnica de Avaliação e Controle de Programas e CPM (Critical Path Method) 
cuja tradução é Método do Caminho Crítico. Se trata de uma rede onde o projeto 
é representado graficamente, contendo as interdependências das atividades e 
suas respectivas durações, através da rede pode-se avaliar o planejamento 
relacionado a duração da execução e custo da obra 
Uma das virtudes proporcionadas pela metodologia BIM é a capacidade de 
utilizar os modelos BIM tridimensionais para o planejamento da fase de 
construção, eles são utilizados para se estudar a divisão das etapas de 
construção, acompanhar o desenvolvimento da construção, dimensionar as 
equipes, planejar prazos e tempos necessários para realizações de atividades, 
implementando-se assim o processo denominado BIM 4D que permite visualizar 
o progresso das sequências das atividades definidas pelas redes PERT-CPM 
elaboradas em ferramentas como MS-Project e Primavera. Em caso de alteração 
no modelo virtual no decorrer da execução da obra, o software de planejamento 
realiza a leitura do modelo 3D automaticamente e realoca os tempos estimados 
imediatamente, alguns softwarespermitem ainda o estudo de relação entre o 
cronograma proposto e o avanço real da obra (SUZUKI; SANTOS, 2015). 
Catelani (2016a) afirma que algumas soluções BIM permitem associar e 
agrupar componentes do modelo a atributos comuns como por exemplo 
diferentes serviços que serão prestados pela mesma empresa terceirizada, estes 
componentes podem ser identificados por cores para ser feito o discernimento 
na visualização do modelo, essa capacidade de associação pode ser utilizada 
para aprimorar o controle de execução das atividades nos cronogramas físico-
financeiros por exemplo para acompanhamento de atividades realizadas por 
diferentes equipes. 
De acordo com Dodds e Johnson (2012) citados por Camelo et al. (2015) 
além de se obter controle de tempo e atividades das etapas construtivas é 
possível se estabelecer intervalos de tempo para a execução de cada atividade 
proporcionando que o usuário faça a elaboração de vídeos que representam a 
38 
 
evolução do processo de construção em qualquer trecho de tempo no 
cronograma da obra, com o auxílio do modelo BIM pode ser feito um 
acompanhamento em tempo real do processo de construção, isto facilita a 
determinação de prazos para a execução de cada atividade e assim a 
identificação de atrasos se torna mais fácil, através do acompanhamento em 
tempo real podem ser feitos estudos para identificar a melhor forma de se 
compensar estes atrasos. 
Segundo Catelani (2016a), infelizmente é muito comum ocorrerem 
mudanças inesperadas provenientes de fatores externos no decorrer da obra 
impactando no projeto e no planejamento, o BIM pode minimizar os impactos 
ocasionados por essas mudanças. A modelagem de informações permite que 
projetos e relatórios sejam gerados automaticamente em qualquer fase da obra 
inclusive imediatamente após alterações, possibilitando que sejam feitas 
análises nos projetos, planejamentos, simulações, gestão de instalações e assim 
facilitar a tomada de decisões adequadas. 
A utilização do BIM 4D permite que se estude detalhadamente cada etapa 
e atividade necessária para a execução do empreendimento. Alguns softwares 
da plataforma BIM, como a exemplo o Navisworks, possuem a capacidade de 
criar vídeos da representação do processo de construção, ou seja, ensaiar a 
obra antes do início da construção real, com o auxílio dessa simulação podem 
ser inseridos alguns componentes e equipamentos temporários, dessa forma 
podem ser feitos estudos para evitar eventuais interferências que estes itens 
possam causar no processo de construção, na representação virtual de vídeo 
estes equipamentos aparecem somente no momento em que sua utilização 
esteja designada. Sendo assim a tecnologia BIM não modela somente o edifício 
ou instalações com todos os sistemas e componentes, mas também permite que 
se modele o próprio processo de construir (CATELANI, 2016a) 
 
2.10. BIM 5D – Orçamentos e custos 
 
Para a execução de um orçamento é necessário que se tenha o 
conhecimento dos materiais, operações, equipamentos, mão de obra e todos os 
outros complementos exigidos para a execução de uma obra para que se possa 
realizar um levantamento de custos. No método tradicional este levantamento de 
39 
 
quantitativos é feito através da contagem manual de todos os elementos que 
implicarão custos na obra em um projeto baseado em plataformas 2D, neste 
caso o serviço está mais suscetível a erros. Sendo que o modelo projetado em 
BIM é a fonte para a disposição de todas as informações referentes ao projeto, 
espera-se que haja menos inconsistência e equívocos nos cálculos, maior 
flexibilidade da obtenção dos dados e informações (MELHADO; PINTO, 2015). 
Para Mello (2012) o que se denomina 5D em BIM é referente ao custo de 
todo o processo de construção onde os softwares geram automaticamente 
orçamentos e representações de custos isto garante uma maior precisão no 
levantamento de custos e evita erros causados por planilhas feitas sob a sujeição 
de erros. 
Com o modelo da edificação feito na plataforma BIM é possível se extrair 
diretamente do modelo quantitativos precisos em qualquer fase da obra 
(construção, utilização, manutenção, demolição), sendo que qualquer alteração 
no decorrer do processo de modificação modelo implicará imediatamente na 
relação de quantitativos. A metodologia BIM dispõe de ferramentas que facilitam 
o processo de quantificação de objetos em um modelo pois esta tarefa é feita 
automaticamente, uma vez que os objetos como porta, janela, alvenaria e outros 
são parametrizados com informações geométricas, de custo, de tipo e de 
material o software identifica os objetos no modelo, faz a contagem 
automaticamente e apresenta os resultados (CANDIDO, 2013). 
A automação desse processo de levantamento de custos evita o 
inconveniente de se realizar esse trabalho manualmente toda vez que houver 
alterações na obra. 
Segundo Melhado; Pinto (2015) com a utilização de softwares de 
planejamento BIM 5D é possível se realizar a integração da planilha 
orçamentária, esquemas de localizações e cronogramas da obra diretamente ao 
modelo da construção 3D, as informações paramétricas atribuídas aos 
elementos constituintes do modelo servirão de base para cálculos de diversas 
naturezas, os resultados irão ser utilizados diretamente nas fórmulas dos itens 
das planilhas de cálculos orçamentários e estas, por sua vez, são interligadas 
com as atividades requeridas para o cronograma da obra, sendo assim, Melhado 
reforça a afirmativa de Candido no sentido da automação do processo de 
levantamento de quantitativos, mostrando a robustez e integração do sistema e 
40 
 
provando a isenção de erros desde que as informações paramétricas atribuídas 
aos itens do modelo tridimensional estejam corretas.. 
Porém os profissionais devem ficar atentos a inserção de informações 
corretas nos objetos, pois qualquer dado ou informação atribuída de maneira 
errada pode gerar problemas em cascata e acarretar na obtenção de resultados 
imprecisos sendo que todos os sistemas em BIM são integrados 
 
2.11. BIM 6D – Gestão de sustentabilidade 
 
Segundo Eastman et al (2014) o uso da metodologia BIM pode auxiliar na 
elaboração de projetos sustentáveis, existem diversas maneiras de se aplicar o 
BIM nas funcionalidades e na configuração geométrica do edifício, dentre elas: 
 Na leitura do comportamento da incidência solar tanto nas áreas externas 
e edificações vizinhas como no interior da edificação com a utilização de 
softwares específicos tais como: Ecotect, GreenBuilding Studio, IES Virtual 
Environment, EnergyPlus, entre outros. 
 Simulações de iluminação e fluxo de ventilação natural e/ou artificial 
também com softwares específicos 
 Testes de eficiência energética afim de se obter possíveis formas de 
aprimoramentos. 
 Planejamento do sistema de captação e armazenamento de águas pluviais 
e de lavatórios para se estudar as melhores formas de reutilização. 
 Planejamento de implantação de sistema de captação de energia solar 
 Planejamentos de instalações de telhados verdes ou jardins verticais, 
 No estudo de formas de implementação de materiais ecológicos e recursos 
renováveis. 
 
2.12. BIM 7D – Gestão de operação e manutenções 
 
É imprescindível que exista nas edificações alguns artifícios que permitam 
os profissionais acessarem áreas de instalações e equipamentos das 
edificações para realizarem eventuais manutenções, dentro das condições 
mínimas de segurança de forma que o trabalho não venha a comprometer sua 
41 
 
saúde e integridade física, essa premissa de projeto é denominada Human 
Factor Engineering - HFE (engenharia de fator humano), os softwares BIM 
permitemque se faça a coordenação desses projetos para que se garanta a 
viabilidade de realização dessas operações considerando a necessidade de o 
profissional desmontar algumas peças, trabalhar com ferramentas ou chegar a 
locais de difícil acesso (CATELANI, 2016a). 
Segundo Azevedo (2009) é necessário que o proprietário possua 
informações de projeto referentes a equipamentos e peças que estão instalados 
na edificação para serem utilizadas em operações de gestão e manutenções nos 
edifícios, afirma ainda que muitos contratos exigem a documentação em papel 
contendo informações na forma de lista de equipamentos, lista de peças 
suplentes, fichas de produto, e programação de manutenções preventivas, para 
tratar dessa necessidade foi desenvolvido um processo padronizado 
denominado Construction Operations Building Information Exchange (COBIE), 
esse processo consiste na criação de um layout do local contendo uma lista com 
todos os equipamentos em um arquivo necessariamente editável que todos 
possam utilizar, dessa forma o BIM pode servir de base de informações já que 
agrupa as informações em um único local e atendendo as necessidades do 
processo COBIE por ser um arquivo editável e interativo. 
O modelo da construção dispõe de informações gráficas e de 
especificações sobre os sistemas e equipamentos inseridos na construção com 
a finalidade de servir como consulta depois que a edificação já estiver concluída 
e entregue, estas informações servem para várias finalidades como verificar se 
todos os sistemas da edificação estão funcionando conforme consta no projeto 
(EASTMAN et al., 2014). 
Isso pode ser de grande utilidade caso haja a necessidade de 
manutenções, ampliações ou demolição do edifício. 
Segundo estudos norte-americanos realizados em um período de 20 anos 
constatou que a etapa de projetos representa aproximadamente 5% do custo 
total de um empreendimento, a etapa de construção representa 
aproximadamente 25% e a etapa de operação e manutenção cerca de 70% 
(MELLO, 2012). 
Estes dados mostram que se deve dar a devida importância no 
detalhamento do modelo com a perspectiva de utilizações posteriores a fase de 
42 
 
construção com a finalidade de facilitar os serviços de manutenções com a 
intenção de reduzir os custos. 
De acordo com CATELANI (2016a) podem ser criados modelos BIM 
específicos para o armazenamento de informações para o gerenciamento e 
gestão do empreendimento como também para sua manutenção, os modelos 
dedicados a esta função podem ser mais simples podendo ser retiradas 
informações desnecessárias e mantendo somente informações dos principais 
equipamentos, zonas de serviços e detalhes de sistemas específicos. 
 
2.13. BIM 8D – Gestão de segurança do trabalho 
 
Segundo Guimarães et al. (2017) a indústria da construção civil (ICC) é a 
que apresenta o maior índice de acidentes de trabalho e as piores condições de 
segurança em nível mundial ocasionando gastos financeiros com indenizações 
e seguros aos profissionais, os acidentes levam a consequências críticas 
tornando o trabalhador inválido ou muitas vezes causando fatalidades deixando 
sequelas aos trabalhadores e familiares. 
De acordo com Reis (2018) com a evolução do uso da tecnologia BIM do 
início ao fim do processo de construção em vários segmentos, surgiu a 
necessidade de se implementar, juntamente a este método, mecanismos de 
redução de acidentes de trabalho nas obras fazendo com que os profissionais 
possam ter mais conhecimento sobre as condições de segurança e os cuidados 
e costumes que se devem adotar em seus ambientes de trabalho, seja pela 
análise na fase de projetos, pela detecção de viabilidade de serviços ou pela 
verificação da adequação dos equipamentos de segurança que serão utilizados 
na obra e com isso surge a possibilidade de se trabalhar estes aspectos na 
utilização do BIM. 
Em um local de trabalho, as pessoas, máquinas e ambiente vivem ora de 
forma pacífica, ora de forma conflituosa, esta relação instável se dá pelas 
relações de trabalho entre estas partes, a HST (Higiene e Segurança do 
Trabalho) nos permite fazer análises técnicas dessas interações facilitando a 
percepção de como os profissionais envolvidos podem fazer alterações e 
adaptações para torna-las mais seguras. Os riscos e proteções precisam ser 
bem identificados, analisados e planejados (MATTOS; MÁSCULO, 2019). 
43 
 
 E para estas percepções o modelo BIM pode ser de grande utilidade pois 
segundo Reis (2018) ao se comparar os regulamentos de segurança com os 
dados armazenados no modelo BIM, os riscos podem ser identificados e 
visualizados ainda na fase de projeto e com isso podem ser feitas propostas de 
alterações no projeto buscando melhoria na segurança. As considerações feitas 
sobre a segurança através do modelo podem ser utilizadas durante toda a fase 
de gestão da segurança na obra. 
Hongling, et al. (2016) discutem o desenvolvimento de um sistema de 
integração de regras de segurança e BIM através da criação de uma base de 
informações sobre segurança que é integrado com o modelo BIM. Esta base de 
dados consiste em se confrontar o código de identificação de cada componente 
com as regras de segurança para este elemento e então o sistema faz a 
comparação entre estes com a finalidade de identificar zonas com deficiências 
na segurança, os resultados então são armazenados para que as medidas de 
prevenção sejam incluídas no projeto. 
Existem algumas implementações virtuais de técnicas de prevenção de 
acidentes com a utilização do modelo BIM que auxiliam no alerta dos riscos de 
acidentes e na utilização de equipamentos de segurança para que 
posteriormente os resultados sejam utilizados em implementações de segurança 
no projeto, dentre elas as mais utilizadas são o (PTD) e o (MMPtD). 
 Prevention Through Design (PTD) (Design de Prevenção de Acidentes) 
O design de prevenção de acidentes segundo Reis (2018) consiste em criar 
um conjunto de regras de segurança com o uso de inteligência artificial para 
desenvolver processos de decisão de forma que possam ser encontrados riscos 
e se possa planejar métodos de prevenção de acidentes. 
Este design foi planejado para riscos de queda que apresenta maior causa 
de acidentes fatais na construção, o processo de decisão para métodos de se 
prevenir quedas utilizando o BIM consiste em quatro fases: A primeira consiste 
na parametrização das regras na qual as escolhas de medidas preventivas irão 
se basear, a segunda consiste na adaptação do modelo BIM para gerenciar as 
informações necessárias para que as regras sejam analisadas, a terceira 
consiste na comparação das regras com as informações contidas no modelo, a 
quarta fase serve para apresentar os resultados no modelo BIM (SOEIRO; 
MARTINS, 2016). 
44 
 
 Management Model for Project Through Design (MMPtD) (Modelo de Gestão 
Para Prevenção Através do Projeto) 
O (MMPtD) surgiu através de um estudo feito na tese de doutorado de 
Valério (2013), que analisou cerca de 2000 acidentes fatais em construções e na 
análise foi feito estudos em cada caso com a finalidade de se propor medidas de 
prevenções que poderiam ter sido tomadas para evitar as causas de cada 
acidente, os resultados mostraram que cerca de 60% dos acidentes poderiam 
ter sido evitados ou eliminados na fase de projetos da obra. 
Segundo Soeiro; Martins (2016) a interação do modelo BIM com as 
medidas preventivas elaboradas pelo modelo (MMPtD) foi feita com uma análise 
nas tarefas que poderiam estar sujeitas a acidentes. Estas análises permitem 
que os profissionais alertem, ainda na fase de projeto, sobre as medidas de 
prevenção adequadas que serão implementadas na prática por decisão dosprojetistas e gerentes da obra. 
Uma das grandes vantagens deste método segundo (REIS, 2018) é a 
capacidade de se aceder a informações contidas do modelo referentes a 
atividades que serão executadas e quais as medidas de proteção e 
equipamentos se deve usufruir em cada circunstância e em qualquer fase da 
obra. 
As medidas de prevenção de acidentes para projetos do guia (MMPtD) 
foram feitas para serem adaptados no modelo BIM através de regras de modelos 
que sugerem medidas preventivas, a possibilidade de relacionar os riscos 
presentes nas tarefas a serem executadas com o local de trabalho da obra com 
a utilização do modelo BIM pode ser uma ferramenta poderosa na redução de 
acidentes (SOEIRO; MARTINS, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
3. METODOLOGIA 
 
Para melhor representação do fluxo de elaboração deste trabalho segue o 
fluxograma da Figura 10. 
Figura 10. Fluxograma de metodologia. 
 
Fonte: Autor 
 
3.1. Tipo de pesquisa 
 
O presente trabalho possui caráter exploratório e descritivo sendo que a 
pesquisa tem o intuito de descrever e apresentar a metodologia BIM de 
gerenciamento de projetos explicando como ela funciona e os benefícios que 
oferece. 
 
 
 
46 
 
3.2. Fontes de pesquisa 
 
As fontes utilizadas para a realização do trabalho foram livros, artigos, teses 
e outros conteúdos literários publicados, ou seja, em fontes secundárias. 
Ao todo foram utilizadas três monografias, uma tese de mestrado, uma tese 
de doutorado, seis livros, uma revista técnica, duas apostilas, duas dissertações 
de mestrado e quinze artigos, materiais publicados entre 2008 e 2019. 
Os principais materiais utilizados foram o livro Manual de BIM e os volumes 
1 e 3 da coletânea da CBIC: Implementação do BIM para construtoras e 
incorporadoras, foi optado pela utilização de somente estes dois volumes por 
abordarem um conteúdo mais específico sobre o assunto tratado neste trabalho, 
sendo que o conteúdo dos outros volumes não se adequaria bem ao assunto 
proposto no trabalho. 
O livro Manual de BIM ofereceu um conhecimento mais detalhado sobre o 
BIM com uma grande quantidade de conteúdo e proporcionando uma boa base 
literária abrangendo quase todos os tópicos do referencial. 
Os volumes 1 e 3 da coletânea da CBIC ofereceram informações mais 
voltadas para as capacidades e funcionalidades do método BIM comentando 
sobre a importância e as vantagens que podem ser obtidas com a utilização 
desse método, também ofereciam um bom conhecimento introdutório sobre cada 
funcionalidade do BIM facilitando o estudo da concepção dos assuntos de cada 
tópico deste trabalho. 
O tópico que trata da utilização do BIM para o auxílio da gerência de 
segurança do trabalho, em particular, foi elaborado com materiais específicos 
que ofereciam informações referentes a este assunto. 
 
3.3. Método de pesquisa 
 
Primeiramente foi feita uma seleção prévia de materiais que poderiam 
contribuir para a extração de conteúdo com buscas realizadas no google 
acadêmico, posteriormente foi feita uma leitura completa em cada material e, 
simultaneamente, foram retiradas as citações que contribuiriam para a 
elaboração do embasamento da pesquisa. 
47 
 
Foi feito uma análise no referencial para identificar algumas informações 
que não teriam sido contempladas nos materiais selecionados, portanto, foi feita 
novamente uma pesquisa para buscar materiais específicos de cada assunto 
que restavam ser inseridos e assim foi completada a coleta de dados para o 
referencial. 
Muitos dos materiais utilizados foram encontrados através de outros 
materiais analisados, a partir de algumas citações utilizadas pelos autores, foram 
buscadas as informações diretamente da fonte para se utilizar a ideia original e, 
em proveito, todo o restante do trabalho era revisado e as ideias que contribuíam 
com este trabalho também eram utilizadas. 
 
3.4. Método de elaboração 
 
Primeiramente foi feita a introdução onde foi apresentado uma breve 
perspectiva histórica para mostrar como o BIM surgiu, posteriormente foi situado 
o assunto apresentando a tecnologia BIM mostrando o que é, o que faz, para 
que serve e sua importância. Justificou-se realização deste trabalho e foi 
delimitado o alcance se propunha a abordar sobre o assunto, posteriormente 
foram estabelecidos os objetivos. 
Com o assunto introduzido, pode-se estabelecer os tópicos que iriam 
compor o referencial teórico para que o assunto fosse abordado por etapas 
seguindo-se um cronograma onde primeiramente seriam abordados os 
fundamentos da tecnologia BIM e de que maneira ela funciona, posteriormente 
seriam abordados os principais softwares utilizados e suas características 
referentes a capacidade de serem interoperáveis, permitirem acesso 
multiusuário e a capacidade de se extrair dados e informações da construção 
virtual, posteriormente foram apresentadas as diferentes dimensões em que o 
BIM trabalha, da terceira dimensão a oitava, onde a terceira trata da visualização 
tridimensional do modelo, a quarta trata do uso da tecnologia BIM para a 
elaboração de cronogramas e permitir um estudo aprimorado para realização de 
planejamentos, a quinta trata da elaboração de orçamentos e levantamento de 
custos, a sexta trata da utilização do BIM para estudos de sustentabilidade, a 
sétima trata do uso do BIM para o auxílio de operações e manutenções e a oitava 
que trata da utilização do BIM para gestão de segurança do trabalho. 
48 
 
Com as buscas concluídas e as citações inseridas no referencial teórico, 
foi feita uma coordenação de ordem de citações, comentários e interpretações 
para que o desenvolvimento de cada tópico seguisse uma ordem onde se 
estabelecia uma introdução básica do assunto tratado no tópico e posteriormente 
se discorria como a tecnologia BIM atua e em alguns tópicos eram feitas 
comparações em relação a não utilização do BIM apontando os ganhos e 
benefícios que se pode obter, posteriormente foram feitas algumas 
contextualizações entre as ideias que foram interpretadas dos autores e trazidas 
para o referencial teórico. 
 
3.5. Obtenção de resultados 
 
A pesquisa é do tipo qualitativa pois trata-se de verificação e avaliação da 
qualidade dos serviços disponibilizados pela tecnologia BIM para auxiliar no 
gerenciamento de obras. 
Através dos benefícios oferecidos pelo método BIM relatados pelos autores 
de referência, foram identificadas as tarefas de gerenciamento que possam ser 
beneficiadas pelo auxílio do mesmo e foi comentado como cada benefício pode 
ajudar essas tarefas de gerenciamento. 
Foram coletados 10 trabalhos acadêmicos realizados entre os anos de 
2009 e 2016 que apresentam estudos de caso relacionados a utilização de 
alguns serviços do método BIM na realização de algumas tarefas referentes a 
gerenciamento de obras para exemplificar utilizações do BIM na prática e para 
se analisar os estudos de caso afim de se identificar quais categorias de serviços 
BIM são mais utilizados para gerenciamento de obras e analisar os resultados 
que foram obtidos através desses trabalhos na prática. 
Para a apresentação dos resultados referentes a esses estudos de casos 
analisados, os trabalhos foram identificados por letras de (A) a (J), 
posteriormente foi elaborada uma tabela que apresenta a utilização das 
categorias do BIM (3D ao 8D), a seguir são listados os estudos de caso 
utilizados: 
Trabalho (A) – Realizado por Azevedo (2009), o estudo de caso trata-se da 
réplica virtual do Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros onde foi realizada 
a elaboração da modelagem de um edifício já construído com a finalidade de se 
49identificar erros de compatibilizações entre as disciplinas de projetos e se extrair 
quantidades de materiais utilizados na construção afim de se compará-los com 
as anomalias, erros e omissões detectados durante a fase de construção do 
empreendimento. O edifício se trata do Centro de Saúde de Macedo de 
Cavaleiros, como resultados foram encontrados diversos problemas de 
interferências entre projetos e muitos erros referentes a quantidades de materiais 
utilizados na execução da obra em comparação do que seria realmente 
necessário. 
 Trabalho (B) – Realizado por Marcos (2009). O estudo de caso deste 
trabalho trata-se da utilização do BIM para a análise de emissão de CO2 de uma 
edificação. Com a utilização do software ArchiCad foram analisadas a 
quantidade de CO2 emitida em duas residências de 40 m², sendo uma 
construída de alvenaria e outra de madeira, o levantamento foi feito através da 
quantificação de materiais utilizados em cada construção, como resultado foi 
observado que a casa de alvenaria emite uma quantidade maior de CO2 em 
relação a casa de madeira e concluiu-se que essa diferença se deve aos tipos 
de materiais utilizados nas construções. 
Trabalho (C) – Realizado por Andrade (2012). Trata-se da utilização do BIM 
para planejamento orçamentário. Baseado nos projetos da biblioteca e do 
auditório de Planaltina foi feita uma comparação entre o levantamento de 
quantitativos com a utilização de projetos feitos em CAD 2D e com a utilização 
dos projetos feito em BIM Revit, foram identificadas variações nos quantitativos 
adquiridos através do método convencional, assim como uma dificuldade maior 
de se obter estes quantitativos em relação ao mesmo procedimento feito usando 
o método BIM, observou-se que no método BIM os valores finais dos orçamentos 
eram bem mais consistentes e assertivos com uma facilidade maior de se obter 
quantitativos dos projetos sendo que são extraídos automaticamente e foi 
comentada a vantagem de se extrair quantitativos atualizados no método BIM 
perante alterações de projeto. 
Trabalho (D) – Realizado por Mello (2012), trata-se de uma simulação do 
fluxo de trabalho em BIM. Neste trabalho foi utilizado um projeto previamente 
elaborado em Autodesk Revit e posteriormente exportado para o Autodesk 
Navisworks onde foram feitos aprimoramentos de detecção de interferências e 
estudos de planejamento, cronogramas e custos, posteriormente o projeto foi 
50 
 
transferido para o as Autodesk Quantity Takeoff (QTO) para serem feitos 
aprimoramentos no cronograma. 
Trabalho (E) – Realizado por Jacoski; Jacoski (2014) – No estudo de caso 
deste trabalho é discutida a contribuição da tecnologia BIM na construção de 11 
parques tecnológicos que são edificações de 3.637,45 m² com 4 pavimentos, as 
edificações possuem semelhança visual com poucas diferenças entre si, foram 
observados ganhos em detalhamento de projetos e benefícios relacionados a 
informações para projeto executivo, visualização do projeto, elaboração de 
orçamento, elaboração de memorial descritivo, planejamento de ampliações 
futuras e detalhamento de elementos. 
Trabalho (F) – Realizado por Camelo et al. (2015). Com a utilização de um 
projeto modelo de uma residência unifamiliar de 32 m² do programa Minha Casa 
Minha Vida o autor elaborou um cronograma (Gráfico de Gantt), identificou 
interferências com a utilização do clash detection e foi realizada uma animação 
gráfica para representar as previsões de execução da obra com a utilização do 
Autodesk Revit, posteriormente o projeto foi exportado para o Autodesk 
Navisworks para analisar a capacidade de interoperabilidade entre os dois 
softwares e foram realizados novos testes de interferências. 
Trabalho (G) – Realizado por Melhado; Pinto (2015), trata-se da utilização 
do Vico Office para o planejamento 5D (orçamento). Neste trabalho os autores 
utilizaram todos os projetos de uma empresa que utiliza o processo BIM para 
compatibilidade de projetos, cronograma ilustrado e identidade visual com o 
projeto. Foi utilizado o software Vico Office para o levantamento de quantidades, 
composição da planilha de custos e do cronograma base para o 
empreendimento, e em paralelo, foi feito o mesmo processo, porém sem a 
utilização do processo BIM, com a finalidade de se comparar os resultados 
obtidos através da utilização dos dois métodos. Como resultado, os autores 
obtiveram que os levantamentos de custos e a elaboração de orçamentos com 
a utilização do processo BIM é mais assertivo devido a qualidade e a 
rastreabilidade dos dados, além de proporcionar grandes benefícios a todos os 
envolvidos, sendo que podem ser gerados quantitativos específicos e 
cronogramas de solicitações, recebimento e utilização de materiais ajudando 
assim no setor de logística da obra. 
51 
 
Trabalho (H) – Realizado por Silva; Salgado; Silva (2015). O estudo de caso 
deste trabalho visou a elaboração do modelo BIM de uma edificação empresarial 
já existente no Rio de Janeiro com a finalidade de moderniza-la aplicando-se 
aprimoramentos baseados nos requisitos de obtenção do selo de qualidade 
AQUA (Alta Qualidade Ambiental), também busca promover a facilidade no 
gerenciamento de manutenções e operação do edifício através da criação de um 
banco de dados. 
Trabalho (I) – Realizado por Bomfim; Lisboa (2016), trata-se da 
construção virtual dos edifícios Salvador Prime e Villa Priviegie. O estudo foi feito 
com a finalidade de buscar o aprimoramento do controle de informações da 
construção para serem elaborados cronogramas mais precisos e principalmente 
racionalizar a quantidade de material utilizado almejando a certificação AQUA 
(Alta Qualidade Ambiental) e como resultado obteve – se um controle mais 
assertivo do cronograma da obra e consideráveis índices de redução de 
desperdícios de materiais através de estudos aprimorados para controle de 
insumos. 
Trabalho (J) – Realizado por Maia; Scheer (2016). O estudo de caso deste 
trabalho trata-se da utilização do método BIM no aprimoramento de serviços de 
manutenção predial. Foram analisadas as informações retiradas dos trabalhos 
de manutenções em problemas relacionados a telhas de fibrocimento em 14 
edificações diferentes, com isso foram elaborados 4 fluxos de informações 
manipuláveis por processos BIM que melhorariam no processo de manutenção, 
tanto em relação a correção dos problemas como na prevenção de que ocorram. 
Assim foi observado que a organização da gestão da informação aliada a 
ferramentas de tecnologia de informação e comunicação permitem 
proporcionam desempenho de melhor qualidade e confiabilidade no processo de 
manutenções prediais. 
 Para reforçar os resultados obtidos quanto a extração de tabelas, 
obtenção de vistas de corte, detalhamento de componentes e obtenção de 
imagem realista foi utilizado um projeto tridimensional básico arquitetônico de 
uma residência unifamiliar feito em BIM no software Autodesk Revit para ilustrar 
o uso na prática destes benefícios proporcionados pelo método BIM. 
 
52 
 
4. RESULTADOS 
 
4.1. Gestão de projetos 
 
Tendo em vista que a interoperabilidade é a capacidade de se transferir um 
modelo entre os diferentes softwares de diferentes especialidades para que eles 
possam auxiliar nas atividades das diversas fases do ciclo de produção do 
projeto virtual, pode-se esperar um relacionamento profissional mais 
transparente entre os profissionais envolvidos, pois com a continuidade do 
processo podem ser evitados os conflitos por motivos técnicos provenientes de 
informações imprecisas, ilegíveis ou ausentes, conflitos esses que resultariam 
em mais reuniões e ligações de emergência para tratar desses problemas.A possibilidade de se exportar e importar um modelo através dos softwares 
diretamente a partir do modelo já iniciado elimina o trabalho de se replicar 
informações necessárias na etapa seguinte pois o software utilizará as 
informações que já estão predefinidas no modelo para dar continuidade tanto ao 
processo de construir o modelo virtual quanto na utilização de informações para 
planejamentos, orçamentos, tabelas e outros documentos. 
A redução de serviço manual é significativa, pois, muitos processos passam 
a ser feitos automaticamente e com isso muito tempo pode ser economizado, 
além disso, o risco de acontecer erros manuais por inserção de dados e 
informações incorretas desta forma podem ser eliminados. 
Um modelo feito em BIM pode servir de base para a extração de vários 
desenhos de forma automática, assim, qualquer alteração que for feita no 
modelo será considerada automaticamente em todas as vistas e cortes que 
estejam sendo afetados, garantindo a integridade do modelo. 
Com a utilização do software, todas as informações necessárias para a 
identificação dos componentes e detalhes do desenho extraído podem ser 
inseridas manualmente na vista com o auxílio das informações paramétricas, 
assim como a inserção de informações fundamentais para a execução e 
utilização do empreendimento. 
Uma das maiores vantagens de se obter desenhos através do modelo BIM 
é a extração de vários desenhos de uma mesma fonte e assim garantir a 
53 
 
confiabilidade de que não ocorrerá eventuais divergências técnicas entre os 
desenhos pois estará livre de falhas humanas. 
A Figura 11 mostra a inserção de uma linha de corte na planta baixa de um 
projeto para a obtenção de uma vista de corte. 
 
Figura 11. Linha de corte 
 
Fonte: Autor 
 
Os softwares de modelagem 3D em BIM permitem o posicionamento de 
uma linha de corte em qualquer posição e região da planta dando agilidade ao 
processo. 
A Figura 12 mostra a vista gerada pelo corte representado na Figura 11. 
 
Figura 12. Vista de corte 
 
Fonte: Autor 
 
54 
 
 O maior benefício de se obter vistas de cortes de modo automático é que 
além de se poupar tempo, permite que cortes sejam gerados em qualquer fase 
da construção, assim, um corte pode ser gerado imediatamente após qualquer 
alteração de projeto e estas alterações serão automaticamente consideradas na 
vista sem distorções nas dimensões dos objetos, evitando assim muito 
retrabalho. 
A facilidade de se visualizar o modelo com todos os projetos e 
equipamentos constituintes também permite que se façam estudos para a 
definição da ordem em que as instalações serão feitas pois em determinados 
pontos onde apresenta-se acúmulo de tubos, condutores, dutos, peças e demais 
itens, podem ocorrer problemas relacionados ao manuseio de ferramentas e 
materiais devido outros componentes estarem atrapalhando e dificultando o 
serviço. 
Muitos dos softwares de modelagem em BIM têm a capacidade de 
renderizar imagens realísticas do projeto, assim como a geração de vídeos de 
animação, a Figura 13 mostra a vista não renderizada e a Figura 14 mostra a 
vista renderizada. 
 
Figura 13. Vista não renderizada 
 
Fonte: Autor 
55 
 
 
Figura 14. Vista renderizada 
 
Fonte: Autor 
 
A imagem renderizada pode ser facilmente compartilhada com os 
interessados através de mídias para mostrar como deve ficar o empreendimento 
finalizado e pela comparação da Figura13 com a Figura 14 pode-se perceber 
que imagem renderizada oferece um maior nível de detalhes visuais. 
O mesmo projeto pode ser manipulado remotamente por todos os 
projetistas ao mesmo tempo através de uma conexão via internet a uma nuvem 
digital, que permite esta manipulação em tempo real, se algum elemento da 
construção virtual for adicionado, removido ou alterado, todos os outros 
projetistas com acesso ao projeto estarão cientes desta alteração em tempo real. 
Isto pode ajudar a perceber eventuais erros de compatibilização entre projetos, 
erros estes que seriam difíceis de serem perceptíveis caso os projetos fossem 
feitos individualmente. 
As eventuais alterações de projeto que precisarem ser feitas geralmente 
geram consequências como alterações nos projetos complementares que estão 
diretas ou indiretamente sendo influenciados pela alteração, em um modelo 3D 
os impactos que essas alterações podem causar podem ser mais facilmente 
percebidos por conta da facilidade de visualização ao contrário de um projeto 
2D. 
Com a identificação automática de itens alterados, removidos ou 
adicionados no modelo por diferentes projetistas através de cores, eles podem 
identificar facilmente as alterações realizadas e verificar se estas alterações irão 
56 
 
impactar em alterações em outros projetos do modelo e posteriormente realizar 
as alterações necessárias, se houver. 
A dificuldade de se compatibilizar as diferentes disciplinas de projetos na 
utilização de plataformas 2D são eminentes pois a visualização se limita em um 
só plano onde a avaliação de erros e inconsistências se torna abstrusa. 
O trabalho das diferentes disciplinas de projeto em um modelo com vários 
projetos integrados fica bem mais prático pois a integração entre os projetos 
facilita a percepção de possíveis incoerências e inviabilidades de projeto sendo 
que o projetista estará implementando seu projeto ao mesmo tempo em que 
analisa possíveis problemas de funcionalidades que podem ocorrer na 
edificação devido a posições indevidas de instalações, estruturas ou outros 
objetos constituintes de outros projetos. 
Porém, para auxiliar problemas de descompatibilização entre projetos de 
um mesmo modelo alguns softwares de modelagem em BIM como o Navisworks 
e o Revit dispõem de uma ferramenta chamada clash detection, (detecção de 
choque), que tem a função de alertar os projetistas da ocorrência de incoerências 
e sobreposições entre objetos, nos projetos feitos em CAD 2D esses conflitos 
são bem mais difíceis de serem percebidas pois como o software não possui o 
discernimento de objetos não é possível que se faça uma análise automática de 
inconsistências cabendo somente ao projetista perceber estes erros, o que é 
difícil principalmente em projetos mais complexos onde mesmo com o auxílio 
dos layers a poluição visual se torna muitas vezes inevitável. 
A ferramenta clash detection é muito importante pois avisa e indica o local 
da existência de sobreposições ainda na fase de projeto onde as alterações de 
projeto são bem menos prejudiciais pois as percepções de erros na fase de 
execução da obra se torna bem mais cara além de gerar problemas de atraso na 
obra, desperdício de materiais e retrabalho. 
 
4.2. Gestão de cronogramas e planejamentos 
 
As formas convencionais de elaboração de projeto em plataformas 2D 
impressas em papel e a extração manual de informações para a elaboração de 
memoriais descritivos, orçamentos, diagramas PERT/CPM são relativamente 
ineficientes devido a demanda de tempo para a execução e a suscetibilidade a 
57 
 
erros, os softwares BIM dispõem de mecanismos automáticos que podem 
auxiliar nestas atividades. 
São notáveis os grandes benefícios que esta tecnologia pode proporcionar 
para o gerenciamento de uma obra de edificação iniciando pela concepção do 
projeto. Uma vez que o orçamento e o cronograma são gerados e apresentados, 
o empreendedor pode fazer uma análise bem mais apurada da viabilidade de se 
construir, isso se deve graças a capacidade de simulação do processo 
construtivo com a utilização de alguns softwares BIM. 
As avaliações de funcionalidades, de alternativas de se projetar e de 
otimizações no projeto são bem mais perceptíveisatravés de um modelo pré 
planejado pois o detalhamento do modelo permite que tanto os projetistas quanto 
o empreendedor percebam estas alternativas ou as necessidades de alterações 
antes que a edificação já esteja em fase de execução. A construção virtual pode 
ajudar também na tomada mais rápida de decisões perante eventos inesperados 
na fase de construção, facilita a geração de relatórios e garante maior agilidade 
nas atualizações de cronogramas. 
A capacidade de identificação e rastreamento de cada objeto ou 
componente do modelo pode ser muito útil para extração de informações do 
modelo, por exemplo para gerenciar o mapeamento de concreto de uma 
edificação, as peças estruturais da edificação podem ser identificadas no projeto 
virtual para relacioná-las aos corpos de provas referentes a cada peça, a 
identificação de componentes do modelo pode também ajudar no levantamento 
de quantitativos e na elaboração de documentações. 
Com o auxílio da capacidade de simulação da situação da obra em 
qualquer ponto no tempo de execução, podem ser feitos estudos mais 
aprofundados quanto ao planejamento de quantidade e armazenamento de 
insumos sendo que a previsão do passo a passo de atividades se torna mais 
intuitiva, isto também pode proporcionar uma facilidade maior de se planejar a 
configuração do canteiro de obras já que fica mais evidente a visualização dos 
trajetos de trabalho e os fluxos das linhas de produção assim como áreas do 
canteiro de obras que em determinados momentos podem precisar ser 
desocupadas para a realização de eventuais atividades. 
Com a capacidade que os softwares possuem de apresentar dados e 
informações pertinentes a cada fase do ciclo de vida da construção alguns erros 
58 
 
inesperados podem ser evitados e isso pode proporcionar ganhos de 
desempenho ao longo de todo o processo construtivo. 
Com o auxílio do diagrama de cronograma produzido em plataforma BIM o 
profissional que fiscaliza os serviços manuais na obra pode ficar mais bem 
informado a esse tipo de desconformidade pois, na plataforma BIM, os serviços 
são mais detalhados do que nos modelos convencionais sendo que para a 
criação do diagrama PERT/CPM em BIM os serviços temporários como 
escoramento, utilização de equipamentos, ferramentas e outros serviços podem 
ser melhor estudados para se verificar o tempo que irão consumir. 
Além disso a modelagem pode permitir um estudo mais aprimorado para 
se definir a melhor forma de se instalar esses equipamentos e ferramentas e o 
melhor local para instalá-los, além disso pode ser feita uma representação 
destes equipamentos e ferramentas na simulação construtiva do 
empreendimento na faixa de tempo que os mesmos estarão sendo utilizados 
para se verificar se os posicionamentos dos mesmos poderão inviabilizar ou 
dificultar alguma outra atividade. 
O uso da ferramenta de simulação de atividades também ajuda a prever 
falhas nas articulações entre atividades sucessoras e predecessoras, desse 
modo pode-se planejar a chegada de material na hora exata da utilização 
evitando-se assim acúmulos desnecessários de materiais estocados, chegada 
de trabalhadores no momento certo da realização do serviço e solicitações de 
equipamentos ou ferramentas no momento exato. 
 
4.3. Gestão de custos e elaboração de orçamentos 
 
A precisão dos quantitativos é de suma importância para vários segmentos 
da gerência de uma obra pois implicará diretamente no levantamento de custos 
para a elaboração de orçamentos, no planejamento de controle de estoques de 
materiais e na construção do diagrama PERT/CPM sendo que impactará no 
cronograma da obra. 
Graças ao detalhamento minucioso do projeto produzido em plataforma 
BIM e sua capacidade de realizar simulações, a facilidade de se produzir um 
orçamento é maior, pois diferentemente dos modelos convencionais os 
59 
 
quantitativos de materiais, áreas, volumes e equipamentos são fornecidos 
automaticamente pelas ferramentas BIM. 
Na Figura 15 é representado o detalhamento de camadas das paredes, 
onde são definidas as funções de cada camada, o material utilizado em cada 
camada e a espessura de cada camada. 
 
Figura 15. Parametrização do objeto 
 
Fonte: Autor 
 
Estes quantitativos são utilizados no momento de se gerar o total de 
material que será utilizado para a construção, os softwares BIM possuem a 
capacidade de atribuir valores inseridos pelos projetistas aos itens constituintes 
do projeto, assim, o software pode multiplicar o valor atribuído pela quantidade 
de itens que o modelo possui, caso haja alguma alteração e alguns itens sejam 
removidos ou adicionados, automaticamente o valor total dos itens no modelo 
também serão alterados. 
A Figura 16 representa a visualização em detalhe das camadas das 
paredes de um projeto BIM através de um corte horizontal. 
 
60 
 
Figura 16. Detalhamento visual do objeto 
 
Fonte: Autor 
 
A visualização detalhada de componentes, estruturas e objetos de um 
projeto pode ajudar significativamente no repasse de informações para a equipe 
de execução da obra e para análises de processos construtivos e interações 
funcionais entre diferentes disciplinas de projetos como por exemplo a relação 
entre as próprias paredes com suas hospedeiras: (esquadrias, instalações 
elétricas, hidráulicas, etc.) 
Em um modelo de projeto feito em BIM as análises no projeto necessárias 
para a geração e extração de tabelas de quantitativos, relatórios e 
documentações são feitas automaticamente pelo software de modelagem desde 
que o modelo tenha sido parametrizado corretamente pelos projetistas. 
A Figura 17 mostra duas tabelas de esquadrias geradas no software 
Autodesk Revit sendo a primeira de janelas e a segunda de portas. 
61 
 
 
Figura 17. Tabelas 
 
Fonte: Autor 
 
Com a capacidade de se produzir tabelas personalizadas é possível se 
realizar a elaboração de orçamentos customizados caso haja necessidade, 
deste modo, o orçamentista pode obter orçamentos divididos por etapas, por 
sistemas ou por projetos de maneira mais prática se comparando com outros 
métodos de gerenciamento. 
 
4.4. Gestão de sustentabilidade 
 
Sustentabilidade associado ao BIM é uma categoria que ainda está em 
análise e desenvolvimento no Brasil, porém já existem softwares que realizam 
análises quanto a eficiência energética do edifício, incidência solar dentro da 
edificação e estudo do índice de reflexão da luz solar nas localidades próximas 
ao edifício, estudos de fluxo de ventilação natural no interior do edifício, estudos 
de melhor aproveitamento de águas pluviais com aprimoramentos em sistemas 
de captação e armazenamento da água, geração de energia solar, viabilidade 
da instalação de jardins verticais, análises de viabilidade de utilização de 
materiais ecológicos e recursos renováveis. 
 
 
62 
 
4.5. Gestão de operação e manutenções 
 
Para se realizar a correta operação e manutenções de um edifício é 
necessário que se tenha posse dos projetos do empreendimento para ser feita 
uma análise da viabilidade de se realizar alterações e a melhor forma que isto 
poderá ser feito, para isso, quão melhor os projetos forem detalhados, mais fácil 
serão estas análises. 
É necessário que o proprietário do empreendimento possua um documento 
contendo o detalhamento de peças e equipamentos. Os projetos feitos no 
método BIM podem oferecer um melhor detalhamento se comparando a projetos 
elaborados no método convencional devido a capacidade de parametrização 
além de oferecer uma visualização mais intuitiva com a capacidade de geração 
de imagens tridimensionais detalhadas, podendo-se representar adisposição 
dos sistemas de instalações, estruturas e equipamentos da edificação e assim 
facilitando as análises de posicionamentos de cada uma. 
No momento do planejamento do posicionamento das instalações, 
estruturas e equipamentos podem ser feitos estudos de implementações de 
artifícios e mecanismos que podem ser introduzidas para facilitar o acesso do 
profissional de manutenções a áreas que periodicamente terão que ser 
acessadas para serem realizados os serviços necessários e assim economizar 
no tempo do serviço, evitar que seja necessário quebrar ou fazer alguma 
alteração indevida em vedações para liberar acesso e evitar riscos de acidentes. 
Estes estudos podem ser melhor realizados na metodologia BIM por se tratar de 
um modelo tridimensional podendo comportar todos os projetos permitindo que 
seja possível verificar se algum objeto irá impedir ou dificultar o trabalho do 
profissional de manutenções. 
O processo (COBIE) consiste na elaboração de um layout da edificação 
contendo indicações das localizações de peças e equipamentos, listagem dos 
mesmos, detalhamento de produtos e cronogramas de manutenções 
preventivas, o BIM pode dar suporte para a implementação deste processo 
sendo que ele pode oferecer estes dados sendo que cada peça e equipamento 
que é utilizado no empreendimento pode ser identificado e detalhado além de 
oferecer a localização desses itens na edificação. 
63 
 
Com a capacidade de parametrização é possível atribuir informações como 
fabricante, preço, dimensões, etc. a equipamentos, peças, mecanismos e outros 
itens substituíveis para facilitar a compra de novos produtos e evitar que haja 
problemas de compatibilização ou dimensionamento. 
O próprio modelo BIM utilizado para a construção também pode originar 
um modelo base para a disposição de informações pertinentes a operação e 
manutenções para ser utilizado depois que o empreendimento já estiver 
concluído, o modelo pode ser adaptado com a remoção de informações que já 
não serão necessárias e pode ser implementadas as informações de 
equipamentos, peças, mecanismos entre outros itens que poderão ser trocados 
ou alterados posteriormente, pode conter recomendações e instruções de 
operação do edifício e serviços de manutenções. 
 
4.6. Gestão de segurança do trabalho 
 
Através do projeto tridimensional podem ser identificadas áreas de risco e 
serviços que podem ser considerados de risco devido a representação dos 
equipamentos e máquinas nos locais de trabalho, e também os serviços que 
precisarem ser realizados em altura ou em áreas próximas a locais de risco de 
queda como buracos, beira de laje, e fossos de elevadores, isso pode ser melhor 
analisado através da representação do desenvolvimento da construção e assim 
pode-se analisar melhor onde o trabalhador estará localizado para a realização 
de determinados serviços e através disso verificar a quais riscos o trabalhador 
estará sujeito para analisar quais os EPI’s que deverão estar dispostos para uso, 
os EPC’s que deverão ser instalados e disponibilizados no local, além de outras 
medidas que devem ser tomadas para evitar acidentes. 
A capacidade de se prever as fases da obra e a configuração de layout que 
as áreas de trabalho terão em qualquer fase de execução da obra torna mais 
fácil a realização de análises para se definir os melhores locais para se instalar 
equipamentos e qual será a melhor forma de posicioná-los de modo que reduza 
a chance de ocorrência de acidentes com seus operadores, também podem ser 
planejados os melhores trajetos de tratores, caminhões e outras máquinas 
pesadas pelo canteiro de obras para evitar que transitem nas áreas onde se 
encontram as pessoas. 
64 
 
Com a identificação de áreas e serviços de risco antecipadamente, poderão 
ser repassadas recomendações aos trabalhadores para que possam ficar 
cientes disso e se precaverem com a utilização dos EPI’s necessários para a 
realização de determinados serviços além de facilitar a identificação de locais 
que receberão placas e sinalizações de avisos e advertências. 
Existem alguns métodos de implementações em modelos BIM que visam 
identificar áreas de risco para que sejam propostos métodos mitigadores de 
acidentes, dentre esses métodos podem ser mencionados o Prevention Through 
Design (PTD) (Design de Prevenção de Acidentes) que identifica riscos de queda 
se baseando em um conjunto de regras de segurança para que os profissionais 
possam planejar medidas preventivas, e o Management Model for Project 
Through Design (MMPtD) (Modelo de Gestão Para Prevenção Através do 
Projeto) que permite que os profissionais analisem riscos, alertem sobre a 
existência dos mesmos na fase de projetos e prontifiquem medidas preventivas. 
 
4.7. Utilização do BIM em estudos de caso 
 
Através das análises feitas em dez trabalhos acadêmicos, foi elaborado o 
Quadro 2 onde apresenta a frequência da elaboração de estudos de caso que 
utilizam as categorias de serviços BIM no auxílio de atividades de gerenciamento 
de obras. 
Quadro 2: Categorias do BIM em estudos de caso 
 A B C D E F G H I J 
Desenvolvimento 
de Projetos (3D) 
X X X X X X X X X X 
Cronogramas (4D) X X X X X 
Orçamentos (5D) X X X X 
Sustentabilidade 
(6D) 
 X X X X 
Operação e 
Manutenção (7D) 
 X X X 
Segurança (8D) 
Fonte: Autor 
65 
 
 
Não foi encontrado nenhum trabalho cujo estudo de caso abordasse todas 
as categorias 
O Gráfico 1 representa melhor a usabilidade de cada categoria do BIM nos 
dez estudos de casos analisados 
 
Gráfico 1: Usabilidade das categorias BIM nos estudos de caso 
 
Fonte: Autor 
 
Pode-se observar que a utilização do método BIM é mais frequente para a 
elaboração de projetos, e com menos frequência é utilizado para a elaboração 
de orçamentos, cronogramas, análises de sustentabilidade e operações e 
manutenções, não foi encontrado nenhum trabalho que exemplificasse a 
utilização do BIM para gerenciamento de riscos e segurança de forma efetiva 
pois é uma categoria que ainda está em fase de desenvolvimento e testes para 
ser implementada no BIM. 
 
 
 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
66 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A tecnologia BIM é um processo que está em ascensão no Brasil e pode 
agregar muitos benefícios a área da AEC, é muito importante que se tenha 
conhecimento sobre essa tecnologia pois o mercado de trabalho cada vez mais 
exige que os profissionais sejam qualificados e tenham conhecimento de BIM. 
Nesse método o edifício é construído virtualmente servindo como uma 
réplica e base para se extrair as informações necessárias ao controle, 
acompanhamento e gerenciamento do empreendimento durante todo o ciclo de 
vida do mesmo, a visualização interativa do edifício virtual facilita a percepção 
de erros de compatibilização entre projetos, permitindo que sejam corrigidos 
antes de iniciar a construção, ajuda, também, a planejar alternativas de se 
aprimorar os projetos e melhorar o processo construtivo de modo que venham a 
trazer mais eficiência. 
Foi verificado que o processo BIM pode contribuir para o gerenciamento de 
obras dentro das seguintes categorias: projetos e suas alternativas, 
cronogramas e planejamentos de tempo, orçamentos e custos, sustentabilidade, 
operações e manutenções e segurança do trabalho. 
A parametrização dos objetos e componentes de uma edificação feita em 
BIM abre um leque de benefícios pois dessa forma a grande quantidade de 
informações que precisam ser processadas no decorrer da vida útil de uma 
edificação pode ser manipulada de uma forma mais automatizada e interativa e 
dessa forma aumentaa produtividade nos serviços de gerência trazendo 
economia de tempo e confiança nas informações obtidas e manipuladas. 
A articulação dos projetos facilita o processo de elaboração dos mesmos, 
pois devido a parametrização dos objetos e componentes, o software de 
modelagem integra alguns elementos das diferentes disciplinas de projetos, 
como por exemplo laje e parede e parede e esquadrias, evitando incoerências 
entre os mesmos. Além disso os projetistas das diferentes disciplinas de projetos 
podem trabalhar em um único modelo tridimensional ao mesmo tempo através 
de uma conexão via internet evitando que os projetos precisem ser elaborados 
um após o outro. 
A informação técnica que o modelo tridimensional finalizado fornece para a 
realização de diversas atividades de gerência é um dos principais fundamentos 
67 
 
desse método pois a partir da obtenção de resultados consistentes é possível se 
elaborar um cronograma físico financeiro mais exato e orçamentos com margens 
de erros menores devido a continuidade do uso de informações. É possível 
também fazer um controle logístico mais otimizado em relação a estoques e 
controle de insumos e materiais além de gerenciamento de equipes de trabalho 
e planejamento de utilização de equipamentos sendo que as previsões das 
atividades se tornam mais nítidas e as decisões podem ser tomadas mais cedo. 
Como sugestões para trabalhos futuros é recomendável que se delimite o 
tema BIM pois é um tema com conteúdo muito extenso devido a sua grande 
abrangência na área da construção civil, também é recomendável a utilização do 
livro Manual de BIM e da coletânea de livros da CBIC: (Implementação do BIM 
para construtoras e incorporadoras) para consulta, são materiais fundamentais 
quando se trata de BIM pois contém um vasto conhecimento sobre o assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
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