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reforma Trabalhista e Previdenciária - SEMINARIOKATIA

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Reforma Trabalhista e Previdenciária
Introdução reforma trabalhista
A reforma trabalhista ampliou de maneira significativa as relações entre empregado e empregador. Expandindo a liberdade negocial e modernizando os tipos de contrato de trabalho, a nova lei trouxe perspectiva de flexibilização ao empresariado.	
férias
As férias laborais são um período de descanso periódico de trabalho, maior que um fim de semana.
Homologação
É o ato de homologar, é uma confirmação ou aprovação de uma sentença dada por uma autoridade. Homologação é um termo relacionado diretamente à área jurídica, sendo também um processo de auditoria para verificar erros em qualquer item.
Contribuição sindical
A contribuição sindical é um tributo previsto no artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal, bem como nos artigos 578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho, e, inobstante a modificação trazida pela Lei 13.467/2017, o recolhimento é devido e se dá anualmente, com o objetivo de custear as atividades sindicais.
Jornada 12x36
O trabalhador realiza jornada de trabalho de 12 horas e folga nas 36 horas subsequentes, em uma espécie de compensação de jornada.
Jornada parcial
O trabalho em regime de tempo parcial corresponde a uma possibilidade de contratação.
Negociação
Um importante instrumento para sindicatos, empresas e trabalhadores se aproximarem e criarem regras que estimulem a geração de empregos, melhorem a competividade e tragam benefícios no ambiente de trabalho.
Prazo de validade das normas coletivas
É o tempo que um acordo ou convenção coletiva pode durar.
Representação
Trabalhadores, de dentro da empresa, com o intuito de defender os interesses a eles inerentes, sem necessidade de passar pelos sindicatos.
Demissão
Conhecido também como desligamento, é o termo aplicado para a rescisão de uma atividade remunerada.
Danos morais
O dano moral caracteriza-se como a ofensa ou violação dos bens de ordem moral de uma pessoa, tais sejam o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde (mental ou física), à sua imagem. 
Terceirização
Trata-se da contratação de uma prestadora de serviço especializada, por pessoa física ou jurídica, que se responsabiliza por determinada atividade da empresa.
Gestante
Mulher durante o período de gravidez.
Banco de horas
O chamado banco de horas é uma possibilidade admissível de compensação de horas, vigente a partir da Lei 9.601/1998. Trata-se de um sistema de compensação de horas extras mais flexível, possibilitando à empresa adequar a jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de produção e demanda de serviços.
Ações na Justiça
Qualquer um dos envolvidos na relação de emprego – tanto patrão quanto empregado – pode recorrer à Justiça do Trabalho, em busca de reparação dos prejuízos que lhe foram causados.
Multa de falta de registro
Com a substituição do termo empresa por empregador, fica claro que toda entidade, física ou jurídica, urbana, rural ou doméstica, que tenha trabalhadores subordinados é obrigada a registrar seus empregados.
Trabalho remoto (home office)
Home Office é uma expressão inglesa que significa “escritório em casa”, na tradução literal para a língua portuguesa. Algumas empresas possuem este sistema de trabalho quando os funcionários não precisam ou não podem trabalhar no escritório.
Jornada	de trabalho
Jornada de trabalho é o período durante o qual o trabalhador está a disposição da sua empresa, e este tempo está estabelecido no Direito do Trabalho.
Remuneração
É o conjunto de vantagens habitualmente atribuídas aos empregados, em contrapartida de serviços prestados ao empregador, em quantia suficiente para satisfazer as necessidades próprias e da família.
Plano de cargos e salários
O plano de carreira funciona como um guia que contribuirá para a ascensão profissional e o sucesso do colaborador no ambiente de trabalho.
Tempo de deslocamento no transporte
É o tempo que o trabalhador se desloca até o trabalho e retorna para sua casa.
Trabalho intermitente (por período)
Considera-se como intermitente o Contrato de Trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. 
Aposentadoria por idade
Mulher: 62 anos
Homem: 65 anos
20 anos de contribuição para homens e 15 para mulheres
Aposentadoria por tempo de contribuição
 A aposentadoria pelo fator e pela fórmula 86/96 deixam de existir. Para se aposentar será preciso ter 62 anos de idade para mulheres ou 65 anos de idade para homens, além de 20 anos de contribuição (homens) e 15 (mulheres).
Aposentadoria por invalidez
É o benefício dado aos segurados que perdem a capacidade de trabalho. Essa aposentadoria é concedida por um perito médico do INSS. A reforma muda o cálculo desse benefício.
Aposentadoria do deficiente
O tempo de contribuição varia de acordo com o grau de deficiência. A regra é a mesma para homens e mulheres.
- Grau leve: 35 anos de contribuição
- Grau moderado: 25 anos de contribuição
- Grau grave: 20 anos de contribuição
O valor do benefício será de 100% da média salarial calculada sobre todo período contributivo desde julho de 1994.
Aposentadoria especial
A aposentadoria especial é concedida a quem trabalha exposto a agentes químicos, físicos ou biológicos, em condições prejudiciais à saúde.
Aposentadoria de servidores públicos
Seria possível se aposentar apenas por idade:
Homens: 65 anos de idade
Mulheres: 62 anos de idade
25 anos de contribuição, 10 anos no serviço público e cinco anos no último cargo.
Aposentadoria de professores
Há diversas regras para essa categoria. Em geral, professores da rede pública de ensino podem se aposentar a partir dos 55 anos com, no mínimo, 30 anos de contribuição. Mulheres se aposentam com 50 anos de idade e 25 anos de contribuição. São exigidos ainda dez anos no serviço público e cinco anos no mesmo cargo.
Professores da rede particular da educação básica (infantil, fundamental e médio) podem se aposentar com 30 anos de contribuição (homens) e 25 anos (mulheres). Também podem se aposentar quando a soma da idade e do tempo de contribuição for de 81 pontos para as mulheres e 91 pontos para os homens.
Aposentadoria de políticos
Novos políticos que forem eleitos terão que se aposentar com 65 anos para homens e 62 anos para mulher, além de 20 anos de contribuição. O salário estará limitado ao teto do INSS (R$ 5.839,45, em 2019).
Aposentadoria de policiais civis e federais
Inclui os agentes penitenciários e socioeducativos nas regras e estabelece mesmos critérios para homens e mulheres.
55 anos de idade, 30 anos de contribuição e 25 anos de tempo de exercício na função.
Reestruturação para militares
A reforma para os militares foi separada da proposta encaminhada para os demais trabalhadores. As mudanças para a categoria foram apresentadas por projeto de lei e não precisam de alterações na Constituição.
As Forças Armadas dizem que, tecnicamente, os militares não se aposentam, e sim passam à inatividade remunerada. Já especialistas afirmam que a nomenclatura não é importante e, na prática, trata-se de aposentadoria. Policiais militares e bombeiros militares entraram nessas mesmas regras.
Pensão por morte
A proposta de reforma da Previdência muda as regras da pensão, o valor a ser recebido e a forma de acumulação de benefícios.
Quem entra na reforma
Quem já é aposentado será afetado com a reforma?
Não. Quem já é aposentado tem o chamado direito adquirido, ou seja, não terá mudanças em sua aposentadoria por causa da reforma.
E quem já pode se aposentar, mas não fez o pedido?
Quem já puder se aposentar antes de as novas regras passarem a valer não será afetado pelas mudanças, mesmo que nãotenha dado entrada no pedido de aposentadoria.
Além da aposentadoria
Abono do PIS/Pasep
É um benefício que funciona como um 14º salário. O valor pago é de até um salário mínimo e varia de acordo com o tempo que a pessoa trabalhou. Se trabalhou o ano todo, recebe um salário mínimo. Se trabalhou um mês, ganha proporcionalmente. Hoje, tem direito ao abono o trabalhador que ganhou, no máximo, dois salários mínimos, em média, por mês. A proposta do governo previa que o benefício seria pago apenas para quem ganha até um salário mínimo (R$ 998, em 2019). O relator subiu esse valor para R$ 1.364,43.
Rombo da Previdência
O déficit da Previdência para pagar aposentadorias para servidores públicos, trabalhadores da iniciativa privada e custear a inatividade de militares chegou a R$ 284,6 bilhões em 2018, segundo dados do Tesouro Nacional.
Os militares e os servidores públicos são minoria entre os aposentados, mas, pelos rendimentos altos, têm um peso proporcional muito maior no déficit da Previdência. Os dados mostram que os militares inativos e pensionistas são apenas 1,16% do total de aposentados no país, mas representam 15,4% do rombo da Previdência Social.
O que governo e especialistas dizem sobre a reforma?
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que a reforma é fundamental para o país e que, sem ela, o Brasil poderá quebrar. Estudo da Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, diz que a economia poderá entrar em recessão já a partir do segundo semestre do ano que vem se a reforma não for aprovada. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 seria inferior a 1%. Até 2023, a economia continuaria em trajetória recessiva atingindo queda do PIB de 1,8%. O governo argumenta ainda que, considerando a conta por pessoa, a proposta é mais penosa para servidores públicos e militares. A perda média para os trabalhadores da iniciativa privada é estimada em R$ 9.600 em dez anos para cada contribuinte. O impacto previsto para o funcionalismo público da União é de R$ 141 mil. No caso das Forças Armadas, é de R$ 181 mil. Para Guedes, a criação de uma idade mínima atingirá, principalmente, trabalhadores com salários mais altos, que hoje se aposentam aos 55 anos. Diz também que um gari e um deputado se aposentarão sob as mesmas condições.
Pontos polêmicos
Militares
Um ponto polêmico que envolve a reforma da Previdência é a mudança para os militares. A proposta foi apresentada por projeto de lei com novas regras para aposentadoria de militares, que inclui reestruturação da careira e concede benefícios aos integrantes das Forças Armadas. Para justificar as mudanças, o governo diz que a carreira militar tem uma série de especificidades e, por isso, requer tratamento diferenciado. Os salários de generais do Exército, almirantes da Marinha e tenentes-brigadeiros, que são de R$ 22.631,28 com gratificações, subirão para R$ 30.175,04, caso a proposta de reestruturação das carreiras seja aprovada, o que equivale a uma alta de 33,33%. O governo economizará R$ 10,45 bilhões em dez anos com a mudança nas regras dos militares. O número representa apenas 1% da economia prevista com a reforma da Previdência da população, de R$ 1 trilhão. Também corresponde a apenas 11% do valor que foi anunciado pelo governo, de R$ 92,3 bilhões, quando divulgou a reforma. Segundo o professor da FEA-USP e coordenador do projeto Salariômetro da Fipe, Hélio Zylberstajn, a proposta desmontou o discurso de que a reforma iguala todos os brasileiros. Para ele, o governo errou ao incluir o plano de reestruturação da carreira militar na proposta.
Qual o caminho da reforma?
A proposta do governo precisa passar pelo Congresso para começar a valer em definitivo. Será preciso passar por dois turnos de votação na Câmara e dois turnos no Senado, além de conseguir três quintos dos votos em cada uma das Casas (308 na Câmara e 49 no Senado). A reforma passou primeiro pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, com a aprovação do parecer do relator, delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), que considerou a proposta constitucional. Depois, seguiu para a comissão especial, que discute o mérito da proposta. Nessa fase podem ser feitas mudanças na redação do texto. O parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) retirou alguns pontos e modificou outros. O relatório será votado na comissão e, em seguida, vai para o plenário da Câmara. Se aprovado, passará a tramitar no Senado Federal.
Referências bibliográficas
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. RECURSO DE REVISTA. RR: 11771120135080126. Relator: Mauricio Godinho Delgado. DJ: 22/04/2015. Disponível em: <https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/183617701/recurso-de-revistarr11771120135080126/inteiro-teor-183617722?ref=juris-tabs>.Acesso em: 10/06/2019.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário n. 590.415/SC.
Plenário. Relator Ministro Luís Roberto Barroso.
 
Mudanças na aposentadoria... – 
<https://economia.uol.com.br/reportagens-especiais/reforma-da-previdencia-o-que-muda-na-aposentadoria/index.htm#mudancas-na-aposentadoria?cmpid=copiaecola>
 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Agravo Regimental n. 639.337. Segunda Turma. Relator Ministro Celso de Mello. DJe 15.09.2011.
 
BRASIL. Decreto-lei no 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho.
 
TEIXEIRA, João Carlos; KALIL, Renan Bernardi. O negociado sobre o legislado. 2016.
Referências bibliográficas
SUNDFELD, Carlos Ari. Fundamentos de Direito Público. 4. ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2009. 
NERLING, José Ricardo Maciel; ALEXANDRE, Francisco Dion Cleberson;
SCHÄFER, José Orlando. A REFORMA TRABALHISTA E OS DIREITOS SOCIAIS CONSAGRADOS PELA CONSTITUIÇÃO: Um debate principiológico com vistas à dignidade humana. In: XV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. 2017, Campi de Ijuí, Panambi, Santa Rosa e Três Passos. Artigo Científico. Três Passos, 2017. p. 1 - 6. Disponível em: <file:///C:/Users/joaov/Downloads/8133-1-34732-1-10-20170921.pdf>.
Acesso em: 11/06/2019.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro; NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Iniciação ao
Direito do Trabalho.
MORAIS, Mariana Lejambre. A CONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 384 DA CLT. 2015. 38 f. TCC (Graduação) - Curso de Direito, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2015.
Referências bibliográficas
MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR 15- Atividades e Operações Insalubres. 2015. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR15/NR-15.pdf> Acesso
em: 09/06/2019.
 
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 28. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
 
MAIOR, Jorge Luiz Souto. A quem interessa essa "reforma" trabalhsita? 2017.
Disponível em: < https://www.jorgesoutomaior.com/blog/a-quem-interessa-essa-reformatrabalhista >. Acesso em: 05/06/2019.

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