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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DIVINOPOLIS-MG
Vilma Maria da Silva Dias, brasileira, casada, RG MG 00000 -,SSP, CPF 0000000.00, residente e domiciliado na cidade de Divinópolis/MG, CEP 35.500-301,Rua Monte Líbano, nº 230, bairro: Manoel Valinhos, e-mail:llll, vem, respeitosamente, na presença de Vossa Excelência, através de seus advogados que esta subscreve, com fulcro no Arts. 83 do Código de Defesa do Consumidor, propor a presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
Em desfavor de Fabiano, xxx,xxx ,mecânico, RG, CPF, localizado na Rua Domingos de Aguiar,nº 91,bairro Ponte Funda, CEP, pelos motivos que passa a expor.
I - DOS FATOS
Em meados de julho a autora contratou os serviços da parte requerida, no intuito de fazer recuperação mecânica, que seria a montagem do motor que havia sido retificado, sendo que, desde que deixou seu veículo um Micro Ônibus na oficina, não ocorreu a montagem e o mesmo fazia apenas promessas que entregaria o motor montado e o veículo funcionando, isso percorreu por quase 1 mês, mesmo sabendo que a mesma carecia de urgência por se tratar do seu sustento familiar e trabalho, até que a requerente decidiu retirar o veículo da oficina no qual o requerido disse que arrumaria, pela demora de finalizar o serviço e por estar causando prejuízos para ela, foi tentado de forma amigável a retirada da oficina mas o requerido tentou impedir, ocorrendo a retenção indevida, sendo necessário a intervenção policial, e boletim de ocorrência em desfavor do mesmo, para que a requerente obtivesse a posse do veículo que só foi possível sair da oficina no Guincho, que gerou ainda mais gastos para a mesma, comprovante em anexo.
De imediato após a saída da oficina Morais, a proprietária do Micro Ônibus o levou de Guincho até uma oficina autorizada, a SANCAR, que ao receber o veiculo foi pedido pela requerente um levantamento sobre a situação, foi constatado de imediato várias problemas, falta de bateria, erros de montagem do motor e falta de peças que era essencial para a montagem do motor, entre outros que está disponível em anexo.
A conduta negligente do requerido provocou aborrecimentos, transtornos, constrangimentos e prejuízos, uma vez que a requerente foi obrigada a alugar outro Micro Ônibus, para não ocorrer quebra de contrato com os pais dos alunos no qual ela é prestadora de serviço, e com isso correr risco de sofrer ações civis indenizatórias por descumprimento de contrato, com receio de ter seu nome e profissão desacreditada no mercado de trabalho, ela se viu obrigada a alugar outro veículo, essa situação constrangedora perdurou por 5 meses de alugueis, com valores bem expressivos, como demostra os recibos em anexo, afetando seus ganhos e sustento familiar. Desde então a mesma tem dificuldades financeiras em acertar suas dívidas devido o desfalque e gastos com oficinas mecânicas, desde que seu Micro Ônibus saiu da oficina do requerido nunca mais foi o mesmo ocorrendo sempre problemas mecânicos que antes não existia, a requerente criou credores devido a essa irresponsabilidade do requerido, algo que ela não tinha antes dessa situação irresponsável.
II – DO DIREITO
A) DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONSUMO
É indiscutível a caracterização de relação de consumo entre as partes, apresentando-se a empresa (oficina) ré como prestadora de serviços, portanto, fornecedora nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e a autora como consumidora, de acordo com o conceito previsto no art. 2º do mesmo diploma legal. Assim descrevem os artigos acima citados:
Lei. 8.078/1990 - Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Lei. 8.078/1990 - Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Importante frisar que a relação jurídica existente foi inteiramente pactuada na localidade da oficina, inclusive com o automóvel sendo guinchado do local. Não restam dúvidas que o negócio jurídico tem respaldo na Lei 8.078/1990 Código de Defesa do Consumidor.
B) DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do ônus da prova ante a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente.
Desse modo, cabe ao requerido demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pela autora. Resta informar ainda que as provas seguem em anexo. Assim, as demais provas que se acharem necessárias para resolução da lide, deverão ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumidor.
C) DO DANO MORAL
A demora excessiva na manutenção do veículo impossibilitou a autora de utilizar um bem que é seu e que dele tira seu sustento, sendo certo que tal fato não pode ser enquadrado no que a doutrina classifica como mero aborrecimento, uma vez que ocasionou danos a Autora que devem ser reparados.
Sucessivas ligações, visitas à oficina, promessas sem fim, somado a tudo isso a frustração de não convencer o requerido a arrumar seu veículo configura, certamente, dano moral.
Lamentavelmente a autora da ação sofreu grande desgosto, humilhação, sentiu-se desamparada, foi extremamente prejudicada, conforme já demonstrado. Nesse sentido, é merecedora de indenização por danos morais. Maria Helena Diniz explica que dano moral “é a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano”. (Curso de Direito Civil – Reponsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18ª ed., 7ºv., c.3.1, p.92).Assim, é inegável a responsabilidade do prestador de serviço, pois os danos morais são também aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada pela parte ré, que de fato prejudicou a autora da ação.
D) DO VALOR INDENIZATÓRIO
Para fixar o valor indenizatório do dano moral, deve o juiz observar as funções ressarcitórias da indenização, bem como a repercussão do dano, a possibilidade econômica do ofensor e o princípio de que o dano não pode servir de fonte de lucro. A jurisprudência fornece precedentes sobre à utilização dos citados critérios do valor reparatório:
A indenização do dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento sem causa, e sem exageros, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa e ao porte econômico das partes, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência, e do bom-senso, atendo à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. Ademais, deve ela contribuir para desestimular o ofensor repetir o ato, inibindo sua conduta antijurídica (STJ-RT 775/211).
DIREITO CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO. CONTROLE PELO STJ. PEDIDO CERTO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. I O arbitramento do valor indenizatório por dano moral se sujeita ao controle desta Corte. II Inexistindo critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, recomendável que o arbitramento seja feito com moderação e em consonância com as peculiaridades do caso concreto, o que, na espécie, não ocorreu, distanciando-se o quantum arbitrado da razoabilidade. III - Nas reparações por dano moral, como o juiz não fica jungido ao quantum pretendido pelo autor, ainda que o valor fixado seja consideravelmenteinferior ao pleiteado pela parte, não há falar-se em sucumbência recíproca, salvo no que concerne às custas processuais. Recurso especial provido, em parte.
(STJ - REsp: 291625 SP 2000/0129922-0, Relator: Ministro CASTRO FILHO, Data de Julgamento: 08/11/2002, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: --> DJ 04/08/2003 p. 290)
Para o arbitramento do valor da indenização por danos morais devem ser levados em consideração o grau de lesividade da conduta ofensiva e a capacidade econômica da parte pagadora, a fim de se fixar uma quantia moderada, que não resulte inexpressiva para o causador do dano. No caso, R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Assim, o montante de R$ 2.000,00 (dois mil reais) equivale a uma justa indenização por danos morais no presente caso. Tendo em vista que, não enriquece a parte autora e adverte a parte ré.
E) DO DANO MATERIAL
Além do sofrimento por ter vivido tudo o que já consta nesta inicial, a autora também efetuou gastos em razão do defeito já descrito, cuja reparação também é devida, à luz da legislação vigente e do entendimento jurisprudencial.
Como se sabe, os danos materiais devem ser quantificados e comprovados. A requerente realizou várias visitas à oficina, gastos com gasolina, peças, e serviço de Guincho para retirar seu veículo da mesma, pois não foi resolvido seu problema veicular e com isso foi obrigada a alugar outra Van para continuar com suas atividades laborais comprovantes em anexo, ou seja, foram gastos que não deveriam ser pagos por ela, até porque nestes momentos a autora deveria estar gozando de seu veículo em suas realizações de seu trabalho, fato este que até hoje ela tem dificuldades de realizar por problemas que seu veículo ainda apresenta conforme o erro do requerido.
Portanto, requer-se a restituição dos valores gastos, a título de danos materiais, cujo montante é de R$ 23.921,90 (vinte e três mil, novecentos e vinte e um reais e noventa centavos) sem incidência de juros, somente correção monetária, valores provados por notas fiscais e recibos, em anexos.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto acima requer
a) A designação da AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO ou MEDIAÇÃO, conforme previsto no art. 334 do Código de Processo Civil.
b) Reconhecimento da relação de consumo e inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor; e
c) Condenação da parte ré a pagar os danos morais no montante justo de R$2.000,00 (dois mil reais); e
d) Condenação da parte ré a pagar os danos materiais, conforme provado com provas pertinentes e comprovantes, no valor de R$ 23.921,90 (vinte e três mil, novecentos e vinte e um reais e noventa centavos)
e) Citação da parte ré para que, querendo, apresente contestação no prazo legal, bem como provas que achar pertinente para presente caso, sob pena de revelia; e
f) Condenação da parte ré ao pagamento das custas e honorários; e
g) A fixação dos honorários advocatícios;
h) Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme artigo 369 e seguintes do Código de Processo Civil em especial as provas: documental, testemunhal e depoimento pessoal da parte ré.
Nestes termos, dá-se à causa o valor de R$ 25.921,90 (vinte e cinco mil, novecentos e vinte e um reais e noventa centavos).
Termos em que,
Pede deferimento.
Divinópolis/ MG, 01/06/2019
M MP
OAB/MG nº 1111111