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Eletroterapia: Recurso Terapêutico

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ELETROTERAPIA
O que é?
É um recurso terapêutico que utiliza-se de correntes elétricas, princípios térmicos (calor e frio) e irradiação luminosa com intuito terapêutico, para o tratamento de inúmeras patologias de origem reumática, traumato-ortopédicas, neurológicas, entre outras.
 Existem diversos tipos de aparelhos que podem ser utilizados na eletrotermofototerapia onde destacam-se o ultrassom, corrente russa, FES, TENS, ondas curtas, infra vermelho e laser. Cada um com particularidades quanto à suas indicações e contraindicações. Todos eles têm como objetivo produzir algum efeito no tecido a ser tratado, como: alivio da dor, relaxamento muscular, aumento da circulação, diminuição do processo inflamatório, cicatrização entre outros.
 Alguns distúrbios musculoesqueléticos que podem ser tratados com estes recursos são as patologias da coluna (dores lombares, torácicas e cervicais), lesões musculotendineas (distensões musculares, contraturas, tendinites, tendinoses,...), articulares (artroses, artrites.) E ligamentares.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS FREQUÊNCIAS:
Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz, mas utilizada na prática clínica a faixa de 1 a 200 Hz. Corrente Galvânica, Farádica, Diadinâmicas, Tens e FES.
Média Frequência: 1.000 a 100.000 Hz, sendo utilizado na eletroterapia de 2.000 a 4.000 Hz. Interferencial e Corrente russa.
Alta Frequência: Acima de 100 mil Hz. Ondas Curtas, Ultracurtas, Dessimétricas, Micro-ondas, Ultrassom.
EFEITOS TERAPÊUTICOS DA CORRENTE ELÉTRICA:
Controle da dor aguda e crônica;
Redução de edema
Redução de espasmo muscular;
Minimização de atrofia por desuso;
Facilitação da reeducação muscular;
Fortalecimento muscular;
Facilitação na cicatrização tecidual;
Facilitação na consolidação de fraturas;
CONCEITOS BÁSICO DE ELETRICIDADE
ELETROSTÁTICA:
ELETROSTÁTICA 
É a parte da eletricidade que estuda os corpos elétricos em repouso.
Cargas Elétricas:
Todos os corpos são formados por um grande número de átomos. Os átomos, no seu núcleo central, possuem prótons e nêutrons; em torno do núcleo circundam os elétrons o próton tem carga positiva, o elétron carga negativa, e o nêutron não possui carga elétrica. Dizemos que um corpo está no estado neutro quando o número total de prótons é igual ao de elétrons. Se elétrons forem retirados ou colocados no corpo neutro, este passará a um outro estado, denominado eletrizado. Se um corpo ganha elétrons, fica carregado negativamente, pois tem excesso de elétrons. Se um corpo perde e elétrons, fica carregado positivamente, pois tem excesso de prótons.
ÍON - é o átomo que tenha adquirido carga elétrica pelo ganho ou perda de elétrons. Classificam-se em cátions (positivo) e ânions (negativo).
ELETRODINÂMICA:
É a parte da física que estuda os corpos elétricos em movimentos. Para que os elétrons possam se deslocar de um lado para o outro, é eletromotriz, e ela ocorre quando, em determinado material, temos zonas com falta ou excesso de elétrons (Diferenças de potencial DDP) a diferença de potencial ou tensão mostra o desequilíbrio elétrico existente entre os polos de um gerador.
A unidade de medida da DDP é o Volt. (110/200 Volts).
Classificação das correntes eletroterapeuticas
Corrente elétrica
É um fluxo ordenado de elétrons que se produz quando existe uma diferença de potencial entre os extremos de um condutor.
A intensidade da corrente é proporcional à tensão aplicada; ou seja, quanto mas alto o calor da tensão (diferença de potencial), maior a intensidade da corrente que circula no circuito (força eletromotriz). (Fios e componentes do equipamento).
A unidade de medida da intensidade da corrente é o Ampére. Na prática Fisioterapêutica, utilizamos aparelhos com seus submúltiplos o miliAmpére (MA) e o microAmpére (mA).
Na prática, a diferença de potencial necessária à circulação de uma corrente, para suprir as necessidades de um equipamento, é proporcionada por pilhas e baterias secas, baterias eletroquímicas, baterias solares ou pela corrente residencial obtida através de geradores eletromecânicos.
Os metais, que permitem fácil movimentação das cargas elétricas através de sua estrutura, são chamados condutores de eletricidade
Borracha, plástico e mica não permitem uma boa movimentação de cargas elétricas, sendo denominados isolantes ou dielétricos.
Classificação da corrente elétrica 
Corrente contínua: quando a corrente é unidirecional, ou seja, seus elétrons se deslocam numa única direção (isto ocorre quando um gerador pode manter os extremos de um circuito carregados negativo e outro positivo); seu gráfico possui apenas uma fase (positiva ou negativa), e possui efeitos polares. Se esta corrente é interrompida por períodos, onde não ocorre fluxo de corrente, passará a ser chamada de corrente galvânica interrompida. 
Corrente alternada: quando a corrente é bidirecional, ou seja, seus elétrons ora se deslocam numa direção ora em outra (isto acontece quando um gerador de corrente alternada origina uma troca contínua de polaridade nos extremos de um circuito); seu gráfico possui duas fases (positiva e negativa), e não possui efeitos polares. Exemplo: Corrente Farádica.
Resposta dos nervos e músculos aos estímulos elétricos 
 Antes de começarmos estudando todos os recursos elétricos disponíveis, é fundamental saber como os nervos e os músculos se comportam diante dos estímulos elétricos.
Despolarização de uma fibra nervosa e de uma fibra muscular 
Vamos analisar como ocorre a despolarização destas fibras. A despolarização não difere tanto de uma para outra, no entanto, existe um fator que gostaria de chamar atenção e que é o objetivo deste tópico: as fibras nervosas se adaptam mais rapidamente aos estímulos, do que as fibras musculares. Por que isto ocorre? 
As fibras nervosas: 
 	As fibras nervosas mantêm um potencial de repouso cujo valor fica próximo dos -70mV. Este potencial é mantido por um gradiente elétrico e um gradiente de concentração. Quando estas células recebem algum estímulo, os canais d e namais são abertos, fazendo a ddp de -70mV aumentar. Quando este estímulo é suficiente (atingiu o limiar), isto pode chegar a -55mV ou mais, e aí os outros canais de na+ que são de pendentes desta voltagem, se abrem e começa o potencial de ação. A abertura dos primeiros canais de na+, no entanto, não dependem apenas da intensidade do estímulo, dependem também do tempo em que este estímulo vai passar atuando.
Os eletrodos e suas propriedades 
Os eletrodos são componentes utilizados para fazer a acoplagem entre os equipamentos elétricos e o tecido do paciente. Sem ele, o acoplamento não seria eficiente. Existem vá rios tipos d e eletrodos, e cada um deles se adequa a uma condição específica. Uns são mais adequados para determinadas condições de tecidos, outros mais adequados para determinadas correntes etc.
TIPOS
Eletrodos de borracha siliconada:
Estes são os eletrodos mais utilizados atualmente. Suas vantagens são: apresentam uma boa condução; têm uma durabilidade indeterminada, se for conservado de forma adequada; um baixo custo e se acoplam com facilidade a os tecidos. Embora apresentem alguma desvantagem: é preciso de gel e fita adesiva, o que aumenta o custo; necessita também de uma mão de obra mais demorada para colocação.
Eletrodos de Metal:
São eletrodos já bem antigos pouco utilizados atualmente. Apresentam várias desvantagens: têm um preço elevado, têm uma durabilidade reduzida, principalmente s e não forem bem cuidados, são pesados e de colocação difícil, a não ser aqueles que funcionam por sucção.
Eletrodos descartáveis:
São eletrodos muito utilizados principalmente para coletar sinais elétricos do organismo, como por exemplo, e m exames de ECG. São de fácil colocação, não precisam de gel ou fita adesiva, são de baixo custo. Suas desvantagens é que geralmente apresentam uma pequena área de contado, e só devem ser usados uma vez. Sua utilização é comum com o TENS.
Eletrodo esponjoso:
Este tipo de eletrodo é o recomendado para ser utilizado com correntespolares, principalmente a corrente galvânica. É caracterizado pelo fato de haver uma esponja embebida com água (aconselha-se soro fisiológico) contendo dentro da esponja um eletrodo que pode ser de metal ou de borracha. Este eletrodo diminui a resistência da pele por aumentar a área de contato e por aumentar a umidade.
TENS
Este tipo de eletrodo é o recomendado para ser utilizado com correntes polares, principalmente a corrente galvânica. É caracterizado pelo fato de haver uma esponja embebida com água (aconselha-se soro fisiológico) contendo dentro da esponja um eletrodo que pode ser d e metal ou de borracha. Este eletrodo diminui a resistência da pele por aumentar a área de contato e por aumentar a umidade.
Método de Aplicação 
Tipos de eletrodos 
Esta corrente não apresenta restrições aos tipos de eletrodos, pois trata-se de uma corrente utilizada geralmente com intensidades muito baixas. Qualquer tipo d e eletrodo que se adeque b em à pele pode ser utilizado. No entanto, o mais utilizado é o de borracha siliconada com gel. 
Modo quanto ao número de canais 
Temos dois modos: o chamado bipolar (um canal) e tetra polar (dois canais). O modo bipolar é indicado geralmente quando se trata de áreas pequenas em que fica inconveniente a aplicação d e quatro eletrodos, como é o caso de uma região pequena no tornozelo. O modo tetrapolar é utilizado ou quando a área é grande, ou quando queremos aplicar uma intensidade maior da corrente em determinado ponto. 
Modo quanto à disposição dos eletrodos 
Temos dois modos: cruzado ou paralelo. Estes modos só se aplicam quando utilizamos dois canais (tetra polar). O modo cruzado é utilizado quando queremos uma aplicação de corrente intensa em determinada área. Uma forma de produzir esta intensidade sem aumentar o incômodo no paciente, é cruzar os eletrodos.
 F. E. S
Sempre que por algum motivo o paciente t em a função muscular comprometida, o destino d esta musculatura é: encurtar, atrofiar e adquirir fibrose. Ou então, alongar, atrofiar. Isso vai depender se esta musculatura é agonista ou antagonista. Num quadro de hemiplegia, por exemplo, temos os flexores de punho encurtados e os extensores alongados. Além do quadro muscular apresentado acima, o paciente que por um comprometimento muscular apresentar uma falta de mobilidade articular, vai adquirir também um quadro de rigidez articular, diminuindo o arco de movimento e dificultando a melhora do quadro. 
Foi exatamente mediante esse problema, que foi criada a FES (Estimulação Elétrica Funcional) ou seja, seria importante que um paciente que por perda parcial ou total da função muscular de agonistas e antagonistas de um determinado membro, tivesse uma eletroestimulação elétrica neuromuscular, não de forma isolada, e sim em agonistas e em antagonistas, de forma que não só garantisse a estimulação muscular, como a mobilidade articular. E esse foi o objetivo de se cria r uma forma de eletroestimulação muscular: garantir uma estimulação funcional. Hoje em dia existem outras correntes que conseguem realizar essa estimulação funcional, como é o caso da cor rente russa, e outras.
Efeitos Físicos e Fisiológicos do Calor e do Frio
A produção de calor no organismo está diretamente ligada ao seu metabolismo. Quanto maior o metabolismo de um organismo, maior será a produção de calor. Esse calor pode ser medido em mais de uma unidade, não o entanto, quando se trata de organismo, é comum utilizar a unidade Calorias. Num indivíduo normal, quando este está em repouso, seu metabolismo pode ser tão baixo que produza apenas 60 a 70 cais/h ora. Num metabolismo alto, pode chegar a produzir 1000 ou 2000 Cal/hora.
Mecanismos de transferência de calor
Vaporização: esse método é subdividido em outros três: Ebulição, quando o líquido é aquecido a altas temperaturas e atinge sua temperatura de ebulição, passando d o estado líquido para o gasoso. Calefação, quando o líquido entra em contato com uma chapa quente e muda rapidamente para o estado gasoso, neste caso a temperatura é menor que a da ebulição. Evaporação, este é um processo mais lento e com temperaturas mais baixas. É o que ocorre em nosso organismo através da pele e nas vias respiratória. 
Radiação: estamos nos referindo às radiações eletromagnéticas, de forma bem específica: aos raios infravermelhos. Esta é a principal forma de dissipação de calor que utilizamos; cerca de 60%. Embora o calor produzido p elo nosso organismo seja centrado principalmente no fígado, músculos, cérebro, coração; a pele é o principal e mais competente veículo de troca d e calor. Como alguns exemplos de recursos eletroterápicos, temos o infravermelho; as micro-ondas e as ondas curtas. 
Convecção: caracterizada pela transferência de energia térmica através das partículas de determinado fluido. Há um deslocamento de partículas das regiões mais frias para as mais quentes e vice-versa. É o que ocorre numa sauna e no forno de Bier.
Condução: Esta forma de condução caracteriza-se pela presença de contato entre a fonte de calor e o corpo receptor. Os principais exemplos na eletroterapia são as compressas quentes e frias.
Efeitos Fisiológicos 
Tanto o calor quanto o frio, são bastante utilizados na Fisioterapia como recurso de tratamento. No entanto não é comum utilizar temperaturas abaixo de 0 cg, nem ac ima dos 4 5 cg, pois a utilização de temperaturas aos extremos pode ocasionar lesões irreversíveis. Temos como exemplo: as brotoejas, o edema, as cãibras, síncopes, exaustão, golpe térmico, queimaduras e outros. As três figuras abaixo mostram exemplos de algumas destas lesões.
Efeitos fisiológicos do calor e do frio em relação a:
Dor: O calor tem demonstrado ser bastante eficiente como recurso para alívio da dor, no entanto, nem todos o s tipos de dor podem ser diminuídas com o uso do calor. A dor produzida por um espasmo muscular geralmente é aliviada pelo calor provavelmente por que o calor age sobre as fibras musculares provocando relaxamento muscular, diminuindo o espasmo e assim melhorando a circulação sanguínea que vai retirar os catabólitos formados pelo espasmo, os quais são os responsáveis pela dor. Há pesquisas demonstrando também que o calor provoca analgesia devido ao aumento do limiar para a dor. Em relação ao frio, fala-se que este retarda a condução dos nervos periféricos e que também produz o aumento do limiar da dor.
Músculo: Devido ao fato do calor provocar aumento d a elasticidade do colágeno, diminuição da viscosidade dos fluidos e relaxamento da musculatura, este tem uma ação muscular que pode ser usado como redutor de espasmo muscular. No entanto, é mais comum a aplicação do frio como recurso para diminuir o espasmo muscular. O problema é que nem sempre o frio é antiespasmódico, geralmente só é eficiente quando o espasmo foi originado de pois dá dor (um espasmo devido uma má postura geralmente não funciona; no caso d e um espasmo a nível do trapézio devido um pinçamento de um nervo, é uma indicação). Como o frio é analgésico, vai há ver a quebra do círculo dor-espasmo, ou seja, a ação do frio é uma ação indireta sobre o espasmo, pois age provocando o alívio da dor para diminuir o espasmo. 
Força: De acordo com alguns estudos, o aumento da temperatura proporciona uma diminuição na força e na resistência muscular. Em relação ao frio, é descrito que este provoca um leve aumento da força e dos tônus musculares, no entanto se esta musculatura for trabalhada intensamente após o resfriamento, devido à diminuição da irrigação sanguínea, esta fica mais vulnerável a lesões.
Circulação: O calor tende a aumentar a circulação de determinada área devido a dois mecanismos: o primeiro é devido ao relaxamento da musculatura esquelética e dos vasos sanguíneos, isto faz com que a resistência diminua e o fluxo aumente. O outro mecanismo, segundo alguns autores, é devido ao fato do calor estimular a liberação de histamina e bradicininas, e de forma indireta, aumentar o fluxo sanguíneo. Esteresulta dos obtidos pelo calor é benéfico, no entanto, em alguns casos, como numa reação inflamatória aguda, haverá uma facilitação para a formação de edema. O frio na sua maioria tem um efeito inverso a o provocado pelo calor. É por esse motivo que o frio é usado como mecanismo para impedir a formação de edema, já que ele aumenta a viscosidade do sangue e provoca vasoconstricção. Além disso diminui o fluxo sanguíneo na área aplicada.
Reação Inflamatória: A ação do frio sobre a reação inflamatória é a de parar a reação. Sendo a reação inflamatória um mecanismo importante para o organismo, ele não deve ser par ado e sim controlado, já que uma reação inflamatória intensa irá destruir tecido numa quantidade além do que seria necessário. Esse é um d os motivos de haver pausas durante a aplicação da crioterapia, ou seja, para permitir que a reação inflamatória ocorra, mas de forma controlada. Outro motivo da pausa é par a evitar morte tecidual por hipóxia. Fica claro então que a ação do frio sobre a reação inflamatória é de controle. Isto ocorre devido a diminuição do metabolismo celular, e ao aumento da viscosidade d os tecidos, o que dificulta a diapedese. O calor, devido ao fato de promover aumento d o metabolismo, diminuição da viscosidade dos tecidos e vasodilatação, é u m recurso que aumenta a reação inflamatória. 
Reparo Tecidual: O calor promove um aumento na velocidade das reações químicas; desvia a curva d e saturação do oxigênio para a direita; o que aumenta a quantidade d e O2 disponível para o tecido, aumenta o metabolismo celular, e tudo isto aumenta a velocidade do reparo tecidual. É evidente que estes fenômenos só ocorrem se o sistema circulatório adjacente à lesão estiver íntegro. O frio não traz nenhum benefício a o reparo tecidual, pelo contrário, vai retardá-lo.
TERMOTERAPIA
O aquecimento de tecidos biológicos é utilizado desde os tempos remotos em situações patológicas. Pode ser utilizado inadequadamente trazendo prejuízos principalmente em fase aguda do processo inflamatório. Seus efeitos potencializam o gerado se pelo processo inflamatório, os riscos são: instalação de um edema exuberante, hemorragia e morte celular por hipóxia. Ainda tem os a temperatura com a desnaturadora de enzimas caso a temperatura seja muito elevada. Por isso logo após a lesão deve-se optar pela crioterapia e o aqueci mento nas fases subaguda e crônica ou quando não houver lesão teci dual significativa, com o em um espasmo muscular gerado por postura inadequada. A Temperatura da fonte é de extrema importância e varia com o recurso. O tecido não deve ser aquecido ac ima de 45o C pois isto geraria do r e início de lesão tecidual. O calor pode ser transferido por condução, radiação, convecção, evaporação ou um a conjugação destas. Os recursos termoterapêuticos em fisioterapia são vários e podem ser divididos em calor profundo (aquece diretamente tecidos profundos) e calor superficial (aquece diretamente apenas tecidos superficiais). 
Aquecimento profundo: Ondas Curtas, micro-ondas e ultrassom.
 Aquecimento superficial: Compressas quentes, banho de parafina, infravermelho, laser, turbilhão, hidroterapia.
Como se dá a transferência de calor
Termoterapia por condução 
- dois Objetos que estão em contato físico 
- De um objeto de maior temperatura para a de menor temperatura 
-Mais efetivo em objetos sólidos 
Exemplo: Banho de parafina, bolsa de água quente e compressas. São modalidades de aquecimento superficial, se limitam a região cutânea, alcançando a profundidade de 1 cm. 
Termoterapia por convecção 
- É o movimento de moléculas no meio fluídos (líquido ou gases) 
- se dá por diferença gravitacional as moléculas 
- São também consideradas formas de calor superficial 
Exemplo: Hidroterapia (turbilhão), Forno d e Bier, Fluidoterapia (sauna e banho de vapor).
Termoterapia por conversão 
- trata-se da conversão de energia elétrica ou sônica em calor (fótons) 
- tem como base o efeito Joule
 - utiliza a resistência dos tecidos, quando d a passagem da corrente elétrica para produção de calor. 
Exemplo: Ondas Curtas, Micro-ondas, Ultrassom (calor profundo) e Infravermelho (calor superficial).
Efeitos fisiológicos do aquecimento local: 
Vasodilatação
Aumento do metabolismo
Redução da dor
Aumento da extensibilidade dos tecidos
Redução da rigidez articular
Alívio de espasmos musculares
Contraindicações ou precauções: 
Tecido isquêmico ou pouco vascularizados
 Tumor
Processo inflamatório agudo
Hemorragia, infecção
Sensação térmica com prometida
Estado febril.
COMPRESSAS QUENTES
São pacotes de bolsas de tecido tipo lona ou plástico com minério (bentonita), Gel sílica ou areia. Também chamado de “termo gel”
Ficam imersos em gabinetes com água na temperatura constante de 70° a 76°C
Mantém-se aquecidas por 30 a 45 minutos
Adequadas para áreas que não podem ser tratadas por imersão
O calor úmido eleva a temperatura superficial da pele mais rápido
Aquece 0,5 cm d e profundidade de 6 a 8 minutos (2 cm em 20 a 30 minutos
Os principais efeitos terapêuticos destes agentes são sedantes, relaxantes e anti-inflamatórios
INDICAÇÕES
Mialgia
Entorses
Torcicolos
Câimbras
Espondilalgia
CONTRA-INDICAÇÕES
Edema
Feridas abertas
Distúrbios de sensibilidade
Dermatites
Processos hemorrágicos
Contraindicações: aparelho ou metal dentro do campo terapêutico (marca-passo, próteses...), sensação térmica comprometida, gestação, áreas hemorrágicas, tecido isquêmico, tumores malignos, infecção, trombose venosa recente, pirexia do paciente, áreas afetadas anteriormente por aplicações de raios-X. 
O OPERADOR DEVE: excluir qualquer contraindicação, retirar todos os objetos metálicos e aparelhos da área a ser tratada, rem over bandagens, assegurar-se que a pele está seca e que a maca não é de metal nem hajam metais próximos, manter distância de 1 a 3 m durante a aplicação e não permitir movimentação excessiva do paciente nem que o paciente te oque no aparelho após este ter sido ligado.
EFEITO TERAPEUTICO
Ajuda na resolução da inflamação (pela produção de glob. Brancos e aumento do exsudato)
Regenerador, cicatrizante (aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo, o metabolismo, a produção das células mitose, a cicatrização)
Analgésico, sedante (alivia a s dores pois aumenta o limiar de excitabilidade, age no SNP) espasmo lítico / diminui a rigidez articular (relaxa a musculatura dando mais suprimento)
6. BANHOS DE PARAFINA
O tanque é constituído de caixa de aço inox com água aquecida por um resisto (banho Maria ou de forma direta).
Mantém uma solução de parafina e óleo mineral (7:1) em infusão, inicialmente na temperatura de 70 a 80°C (para diluição) e depois abaixa para 51 a 54°C para aplicação
O ponto ide al é aquele onde se forma uma nata ao ser assoprada. A região deve ser muito bem limpo (lavada e escovada), para diminuir a concentração de pele morta, fungos e outros microrganismos na solução. 
Deve ser evitada a aplicação em infecções cutâneas, pois favorece o crescimento de bactérias.
INDICAÇÕES
Artrose
Artralgia
Artrite (fase crônica)
Anquilose
Paresia
Bursite (fase crônica)
Mialgia
Entorse (fase crônica)
Prevenção de aderências
Fibrose
Pós-imobilização
CONTRAINDICAÇÕES
Quadro agudo
Doenças vasculares periféricas
Distúrbios da sensibilidade
Processos hemorrágicos
Feridas abertas
TURBILHÃO
É uma forma de hidroterapia em que usamos a água de forma turbilhonada, a uma pressão e temperatura pré-estabelecida com finalidade terapêutica A agitação, ou o turbilhonamento, da água é em geral conseguido às custas de uma impulsão conseguida à base de pás ou hélices mecânicas, que giram por força de um motor, ou por injeção sob pressão de ar comprimido dentro do tanque, ou da banheira. Os benefícios efeitos produzidos pelos banhos de turbilhão resultam da ação combinada do calor e da suave massagem da água.
TEMPERATURA
32°C tonifica os músculos 
37a 38°C relaxamento muscular
38 a 40°C vasodilatação; aumento da circulação sanguínea; diminuição da pressão arterial; aumento do metabolismo; é mais sedante e analgésico.
Abaixo de 25°C pode ser usado no tratamento de regiões edemaciadas. A pressão do jato de turbilhonamento pode ser regulado para mais ou para menos, e deve ser utilizados por massageamento da região, dessensibilização de coto, diminuição de aderências e fibroses, e alívio de contratura muscular.
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
Limpar a área com água e sabão neutro ou solicitar ao paciente que faça uma ducha antes do tratamento
Direcionar o jato em toda a extensão do segmento, mudando sua posição por algumas vezes durante o tratamento, ou realizar movimentos durante todo o período de tratamento. 
Deve-se fornece r meios ao paciente para que possa enxugar a região após tratamento.
É recomendável que se junte à água uma substância anti -séptica. Na falta de uma droga m ais adequada, p ode ser usa dá uma solução de permanganato de potássio, bem diluída.
É recomendável que se troque a água ao iniciar um novo dia de trabalho e pelo menos mais uma vez ao dia durante as sessões de tratamento.
Pode ser usado o turbilhão com água com gelo, onde há associação da crioterapia e da massagem de turbilhão.
CUIDADOS E PREUCAÇÕES
Observar o estado geral d o paciente durante o tratamento, principalmente nos turbilhões de meio decúbito.
Evitar deixar o paciente sozinho
Não ligar a resistência com o aparelho sem água 
Evitar que o paciente toque na resistência
Evitar antissépticos espumantes
Evitar pacientes com doenças contagiosas
O piso da área deve ser antiderrapante.
INDICAÇÕES
Artralgia
Artrite
Anquilose
Contusão
Contratura 
Distensão
Espasticidade
Hipertonia
Fibrose
CONTRAINDICAÇÕES
Estado febril
Processo inflamatório agudo
Edema
Doenças dermatológicas
Feridas abertas e etc.
FORNO DE BIER
Os fornos comercializados são equipamentos com um termostato, que mantém a temperatura constante dentro do forno, promovendo maior segurança à terapêutica. Nos fornos de Bier desprovidos de termostato, a temperatura interna, após 20 ou 30 minutos de uso, pode ultrapassar com a finalidade a casa dos 150°C; mais que suficientes para provocar sérias queimaduras no paciente. 
Para contornar esse problema algumas clínicas promovem o tratamento termoterápico de 15 min. Evitam a queimadura do paciente, mas o efeito terapêutico é pequeno. A utilização do Forno de Bier deve ser sempre com a região a tratar desnuda, entretanto quando o Forno não dispuser de controle eletrônico d e temperatura (termostato) ou p arte d o corpo do paciente ficarem próximas às placas de ardósia, aconselha-se a envolver a região tratada com uma toalha felpuda úmida, e ligar o Forno durante 30 minutos; pois além d e promover segurança contra possíveis queimaduras pela alta temperatura interna do forno ou ainda as placas de ardósia que tendem a aquecer, a toalha úmida hidrata o segmento tratado em virtude da intensa sudorese caudada pelo calor do forno.
EFEITOS
Relaxante
Analgésico
Calor superficial
Descontraturante
Aumento da circulação
Favorece a regeneração
Aumento do metabolismo
Vasodilatação
INDICAÇÕES
Artralgia
Artrose
Artrite (f. crôn)
Anquilose
Braquialgia
Contratura
Contusão
Ciatalgia
Distensão (f. crôn)
Entorse (f. crôn)
Espondilite
Fibrose
Fibromialgia
CONTRAINDICAÇÕES
Edema
Flebite
Isquemias
Estados febris
Gestante (r. lombar)
Áreas anestesiadas
Perda de sensibilidade
Período menstrual (r. lombar)
Processo inflamatório agudo
Deficiência circulatória grave
Infecção renal e urinária (r. lombar)
CUIDADOS
Com a temperatura
Com a resistência
Com a sensibilidade
Em peles sensíveis (usar toalha seca)
Em peles ressecadas (usar toalhas úmidas a 38°C)
Com a frequência cardíaca, respiratória e PA
Com crianças e idosos
Observar sempre a largura e altura do Forno de Bier
EXERCÍCIO
O forno de bier é um dos recursos mais antigos da fisioterapia. Nos fornos que trabalham sem controle de termostatos, a temperatura pode ultrapassar 150 graus internamente em 20 minutos de aplicação. A terapêutica deve respeitar seus parâmetros de tempo e temperatura, para evitarmos efeitos indesejáveis. Com isso, a terapêutica deve se dar entre: 
40°C e 90°C / 20' a 25' 
30°C e 60°C / 20' a 30' 
80°C e 90°C / 20' a 25' 
10°C e 40°C / 20' a 30'
20°C e 60°C / 20' a 40' 
Após avaliação fisioterapêutica, o objetivo do tratamento é aliviar a dor com calor profundo na região lombar. O método adequado ser ia:
Compressas úmidas.
Lâmpadas infravermelhas. 
Parafina. 
Turbilhão. 
Diatermia por ondas curtas.
A Temólise representa a capacidade do organismo em dissipar o calor recebido. Ocorre por quatro diferentes mecanismos, dentre eles a CONDUÇÃO, onde a vibração molecular é aumentada por uma fonte hipertermia. Podemos observar que a condução está presente nos seguintes recursos:
Micro-ondas e Ondas curtas 
Ultra -som e Laser 
Turbilhão e Forno de Bier 
Bolsas de Água Quente e Banho de Parafina 
Ultravioleta e Infravermelho
GABARITO
1- B	2-E	3-D

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