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A construção histórica dos direitos humanos 
 
O Bill of Rights de 1689, ou Declaração de Direitos, assinado por Guilherme III, que 
determina, entre outras coisas, a liberdade, a vida e a propriedade privada, 
assegurando o poder da burguesia na Inglaterra, é um documento importante para a 
garantia dos direitos dos não nobres. 
Além disso, temos que lembrar o processo de independência das Treze Colônias (Estados 
Unidos) em 1776 – que inaugurou o constitucionalismo, como também a Revolução 
Francesa e Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789 – proclamando 
a liberdades e os direitos fundamentais do homem. 
No entanto, é de admitir-se que sobre a construção histórica dos direitos humanos o 
evento mais importante, situa-se no século XX; compreende o período 1945-1948, 
quando os aliados abrem os portões dos campos de concentração nazistas e tomam 
consciência dos crimes e dos horrores praticados contra milhões de seres humanos 
(judeus, comunistas, ciganos e homossexuais) durante a Segunda Guerra Mundial, sob a 
égide e o rigor do Estado de Direito alemão. A experiência nazifascista não poderia se 
repetir. 
A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) tinha como um norte o 
estabelecimento e a manutenção da paz mundial e tendo a tutela dos direitos humanos 
como proposta, a consagração dos direitos fundamentais do Homem, considerados como 
irrenunciáveis e inalienáveis. É aí que, pela primeira vez, os direitos humanos foram 
posicionados acima dos Estados, exigindo a submissão destes. A Carta das Nações 
Unidas, assinada a 20 de junho de 1945, revela o comprometimento dos povos “em 
preservar as gerações futuras do flagelo da guerra; proclamar a fé nos direitos 
fundamentais do Homem, na dignidade e valor da pessoa humana, na igualdade de 
direitos entre homens e mulheres, assim como das nações, grande e pequenas; em 
promover o progresso social e instaurar melhores condições de vida numa maior 
liberdade”. 
 
Notas 
Direitos inalienáveis - Do latim inalienabĭlis, inalienável é aquilo que não se pode 
 
 
 
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alienar (ou seja, cujo domínio não pode ser passado ou transmitido a alguém). 
Portanto, à luz da lei, o que é inalienável não pode ser vendido nem cedido. 
Os direitos inalienáveis são todos os direitos fundamentais que não podem ser 
legitimamente negados a uma pessoa. (Leia mais: Conceito de inalienável - O que 
é, Definição e Significado http://conceito.de/inalienavel#ixzz3ps95hY2x)

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