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Direito como Ciência Epistemologia Jurídica . Ciência: refere-se ao “conhecimento” sistemático, com enunciado e método próprio. O conhecimento científico é, portanto, aquele que procura dar às suas constatações um caráter estritamente descritivo, genérico, comprovado e sistematizado. Que sempre está em busca da verdade comprovada. Ou seja, a ciência como direito é o conjunto sistematizado de conhecimentos relativos ao que é reto (directum), objeto ideal. A expressão ciência do direito é usada em sentido amplo, indicando qualquer estudo metódico, sistemático e fundamentado dirigido ao direito. O Direito como Ciência: MÉTODO O método indicará o caminho a ser percorrido pelo cientista para se chegar a um determinado fim (uma verdade). Ex: o método proposto por Descartes: chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição dos problemas em pequenas partes. Já a técnica será a forma utilizada para percorrer este caminho. Ex: procedimento invasivo. O método indica “o que fazer” e a técnica indica “como fazer”. Técnica Jurídica: a técnica da ciência do direito é o conjunto de procedimentos (como fazer) destinados a tornar mais perfeita e eficaz a criação e aplicação do direito, bem como a tornar mais completo o seu conhecimento. Compete à técnica dar forma ao direito. A técnica jurídica divide-se em três partes: 1. Técnica da Formulação Legislativa do Direito: a criação de normas; 2. Técnica da Ciência do Direito: se destina a concentrar, sistematizar e unificar a matéria jurídica, simplificando e organizando o direito para sua melhor compreensão e aplicação; 3. Técnica de Aplicação do Direito: engloba as técnicas de interpretação do direito (determina o sentido da norma) e de integração do direito (busca resolver o problema das lacunas do direito. Direito é a ciência da organização social que regra a conduta humana, formulando leis, fundado no ideal de justiça e segurança. Juspositivismo: O direito decorre de atos de vontade, de formulação humana, por isso, é sempre positivo. Entende-se que o direito deve ser formulado pelo Estado. Exige neutralidade do cientista, o qual não emite juízo de valor. Teoria Pura do Direito (HANS KELSEN): -Decorre do Juspositivismo -Exige pureza metódica (estudo do direito a partir de métodos jurídicos, e não a partir de uma metodologia sociológica, filosófica, antropologia, teológica, etc. -Ausência de Juízo de Valor -Estabelece apenas duas categorias originárias do conhecimento: o ser (fato) e o dever-se (norma). SER fato (fonte jurídica material) baseia-se na causalidade (toda causa tem um efeito) previsibilidade DEVER-SE norma (fonte jurídica formal) baseia-se na imputação (determinação externa) imprevisibilidade Norma Jurídica Ao trazer a noção de sanção como a que define o conceito de norma jurídica, Kelsen relaciona o direito à força, conferindo importância acentuada às chamadas normas sancionadoras. Essa doutrina é criticada tomando como base a análise da estrutura lógica da norma jurídica. A norma jurídica, deste modo, adjetiva os fatos do mundo, atribuindo valor, o que os tornam diferentes dos demais fatos, passam a ser fato jurídico. Norma e Ordenamento Jurídico: Normas Explícitas: -Incompletas: normas que necessitam de complementação por parte de outra norma, por não ter um suporte fático bem definido. -Integrativas: são normas que apresentam conceitos para integrar outras normas, não apresentam um efeito próprio. -Remissivas: são normas que fazem com que outras normas façam parte de seu conteúdo, de seu suporte fático. Normas Implícitas: São normas reveladas a partir da necessidade de responder às lacunas jurídicas, utilizando, para tanto, a aplicação da analogia, dos costumes, dos princípios e da equidade. A Norma Fundamental de Hans Kelsen: Kelsen é o principal representante da Escola Positivista do Direito. E uma norma hipotética, não posta mas pressuposta, que funciona como fundamento de validade de todo o sistema. Para Kelsen não interessa se uma norma é verdadeira ou falsa, boa ou má, mas tão somente, se ela é válida ou inválida.
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