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* * Fundamentos de Enfermagem II Sinais Vitais * * INTRODUÇÃO CONCEITO São indicadores das condições de saúde do indivíduo revelando seu estado geral. São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio do corpo; São os indicadores de vida * * SINAIS VITAIS BÁSICOS Temperatura (T) - ºC Pulso ou Batimentos Cardíacos (P) - bpm Respiração (R) - rpm ou crm Pressão ou Tensão Arterial (PA ou TA) – mmHg Dor e Glicemia capilar* * * PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA AVALIAÇÃOS DOS SINAIS VITAIS Conhecer a variação normal dos SSVV, Conhecer a história clínica do paciente; Utilizar equipamentos devidamente certificados e calibrados Estabelecer a freqüência da avaliação conforme as necessidade do paciente; Em caso de alteração, repetir e até solicitar a outro colega que o faça, caso haja dúvidas Antes e depois da administração de medicamentos que afetam os sinais vitais. * * QUANDO AVALIAR OS SV Na admissão do paciente; Na consulta ambulatorial; Sistemática conforme rotina do serviço; Antes, durante e após procedimento cirúrgico; Sempre que o paciente manifestar alteração dos SV Antes e depois da administração de medicamentos que afetam as funções cardiovasculares, respiratória e de controle da temperatura. * * TEMPERATURA É o Grau de calor mantido pelo corpo É a medida do calor do corpo, sendo o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido OS Valores normais: 35,5°C a 37,4°C/ 96,6°F a 99,3°F * * TIPOS DE TERMÔMETRO: Mercúrio, Digital e Timpânico * * ESCALAS DE TEMPERATURA: Medida em centígrados: 0°C a 100°C Medida em fahrenheit: 32°F a 212°F PARTES DO TERMÔMETRO Bulbo e Haste * * FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA Esforço físico; Aumento do metabolismo causado pela atividade muscular, incluindo as contrações musculares produzidas pelo calafrio(sensação frio); Vasodilatação Idade: Rn e crianças são mais instáveis.; Exercícios: aumentam o metabolismo; Ingesta de líquidos; * * Hormônios: mulheres > variação que homens; menstruação, ovulação e climatério promovem variações; Estresse: aumentam o metabolismo; Ambiente; FEBRE - a temperatura corpórea acima do normal, causada por patologias, ferimentos e emoções; O local de verificação da temperatura tais como : axilar, bucal, oral, retal e inguinal. * * VALORES NORMAIS T. Axilar: 36º à 36,8º C; 2. T. Inguinal: 36º à 36,8º C; 3. T. oral: 36,2º à 37º C; 4. T. Retal: 36,4º à 37,2 Cº (termômetro mais resistente); Valores flexíveis com variações pequenas na literatura. * * VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS LOCAIS DE MEDIÇÃO Axilar: Vantagens: É acessível, segura e não-invasiva possuindo menor potencial de contaminação; Pode-se usar em neonatos e pacientes não-colaboradores; Desvantagens Tempo de medição longo; Contra-indicado: trauma ou queimadura na região torácica * * CONT. Oral: Vantagens Acessível; Confortável para o paciente; Desvantagens Afetada pela ingestão de líquidos ou alimentos; Não usar em pacientes que se submeteram a cirurgia oral; * * Vantagens e desvantagens dos locais de medição Retal: Vantagens: Considera-se mais confiável, mais preciso; Desvantagens Constrangedor, exige o reposicionamento do paciente, requer lubrificação; Contra-indicado: na presença de diarreia, intervenções cirúrgicas do reto, processos inflamatórios locais * * TIPOS DE FEBRE Sustentada: febre mantida, geralmente 38 graus; Intermitente: a temperatura volta ao nível normal pelo menos 1xdia (Ex. malária); Remitente: períodos de febre seguidos com períodos sem febre; Recidivante: a temperatura varia entre faixas normais e febris em intervalos maiores de 24h. * * TERMINOLOGIA DA TEMPERATURA Normotermia: temperatura corporal normal Febrícula: 37,2º C a 37,8 ºC Febre ou Hipertermia: a partir de 37,9 ºC Pirexia: maior que 39 a 40 °C Hiperpirexia: maior que 40°C Hipotermia: temperatura abaixo do normal Hipotermia leve: 32º a 35ºC Hipotermia moderada: 30 a 32ºC Hipotermia grave: menor 30ºC * * Técnica de avaliação da temperatura Material necessário: Termômetro de coluna de mercúrio (preferência) ou digital; Relógio de ponteiro; Algodão; Álcool 70%; Recipiente para lixo; Papel e caneta. * * Técnica 1. Lavar as mãos; 2. Explicar o procedimento e posicionar paciente de forma confortável; 3. Realizar desinfecção do termômetro com álcool 70%; 4. Promover descida da coluna de mercúrio até o bulbo; 5. Enxugar axila do paciente; 6. Colocar o bulbo do termômetro na prega axilar , boca ou anus, manter o termômetro por 5 minut. * * CONT. 8. Retirar termômetro pela haste; 9. Ler e anotar o valor; 10. Realizar nova desinfecção; 11. Guardar material; 12. Registrar o valor na folha de controles; 13. Tomar medidas cabíveis em situação de alteração, registrando as mesma * * PULSO/FREQUÊNCIA CARDÍACA * * É o batimento que se percebe numa artéria e que corresponde, em condições fisiológicas, às contrações sistólicas cardíacas; É uma sensação ondular que pode ser palpada em uma das artérias periféricas; Frequência de pulsação é o número de pulsações periféricas palpadas a cada minuto PULSO/FREQUÊNCIA CARDÍACA * * FATORES QUE AFETAM AS FREQUÊNCIAS CARDÍACAS IDADE RITMO CIRCADIANO Manhã (diminui), final do dia (aumenta) GÊNERO: Mulheres 7 a 8 batimentos a mais por minutos ATIVIDADE FÍSICA FEBRE, CALOR, DOR DROGAS: * * CLASSIFICACAO * * FREQUÊNCIA DO PULSO FREQUÊNCIA : quantas vezes baterá por minuto; ADULTOS : 60 a 100 bpm o CRIANÇAS: 80 a 120 bpm o BEBÊS: 100 a 160 bpm * * RITMO DO PULSO RITMO: REGULAR- normal OU sucessivos IRREGULAR - anormal OU arritmia ou disritmia * * INTENSIDADE/VOLUME INTENSIDADE/VOLUME: forte ou cheio, fraco ou fino; * * * * * * PROCEDIMENTOVERIFICAÇÃO DO PULSO Higienize as mãos; Explique o procedimento ao paciente e posicione confortavelmente; Colocar o dedo médio e o indicador sobre a artéria, comprimindo-a levemente; Verificar frequência, ritmo e amplitude; Contar durante 1 (um) minuto inteiro (30 seg*); Repita o procedimento, se necessário; Higienize as mãos; Anotar no prontuário * * Ter as mãos aquecidas; Nunca fazer pressão muito forte sobre a artéria; Certificar-se primeiro do ritmo, depois contá-lo; Evite verificação do pulso durante situações de estresse para o paciente; Os locais para a verificação depende do estado do paciente; Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode confundir a sua pulsação com a do paciente; Evitar verificar o pulso em membros afetados; As artérias femoral e carótida são locais de fácil palpação. * * MATERIAL PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO Relógio; Papel para anotação e Caneta. * * TERMINOLOGIA DO PULSO Normocardia: frequência normal: 60-100 bpm Bradicardia: frequência abaixo do normal: < 60 bpm Taquicardia: frequência acima do normal: > 100 bpm Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico * * RESPIRAÇÃO Processo através do qual ocorre troca gasosa entre a atmosfera e as células do organismo: Hematose Mecânica da Respiração: Inspiração Expiração * * FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPIRAÇÃO DOENÇA ou INDISPOSIÇÃO ESTRESSE: ansiedade causa hiperventilação; IDADE: freqüência e capacidade pulmonar; POSIÇÃO CORPÓREA: posição curvada ou abaixada reduz a amplitude respiratória; DROGAS: : narcóticos deprimem a habilidade de respiração, outras podem aumentar ou diminuir ou afetar o ritmo; EXERCÍCIOS: O exercício aumenta a frequência e a amplitude respiratóri * * CLASSIFICACAO * * FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Frequência respiratória : pode variar com a idade; ADULTOS: 12 a 20rpm CRIANÇAS : 20 a 30rpm BEBÊS: 30 a 60rpmDeve-se observar uma inspiração e expiração plena, quando contar a frequência da respiratória * * PROFUNDIDADE VENTILATÓRIA Respiração Profunda: envolve a expansão plena dos pulmões, com expiração completa; Respiração Superficiais: quando apenas pequena quantidade de ar atravessa os pulmões, e o movimento ventilatório é difícil de observar. * * RITMO VENTILATÓRIO observando o tórax ou do abdome do paciente: Homens saudáveis e crianças geralmente apresentam respiração diafragmática . As mulheres tendem a usar os músculos torácicos * * TERMINOLOGIA DA RESPIRAÇÃO DISPNEIA: dificuldade de respirar EUPNEIA: presente em indivíduo que respira normalmente TAQUIPNEIA: aumento da frequência respiratória BRADIPNEIA: redução da frequência respiratória APNEIA: ausência de movimentos respiratórios ORTOPNEIA: dispneia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco CHEYNE STOKES: caracterizado por períodos alternados de apneia e respiração rápida e profunda. O período de apneia pode durar 3 a 30 segundos KUSSMAUL: respiração rápida, profunda e trabalhosa, sem pausa * * MATERIAL PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO TÉCNICA PARA VERIFICAÇÃO * * PRESSÃO ARTERIAL * * PRESSÃO ARTERIAL É a força exercida pelo sangue no interior das artérias; PA Sistólica (máxima) PA Diastólica (mínima); Unidade padrão milímetros de mercúrio (mmHg) * * * * FATORES QUE INFLUENCIAM A PRESSÃO ARTERIAL IDADE DROGAS: Podem aumentar ou diminuir a pressão sanguínea; COTIDIANO: mais baixa pela manhã, aumentando durante GÊNERO: As mulheres tendem a ter pressão mais baixa; EXERCÍCIO: aumenta a pressão sanguínea; EMOÇÕES E DOR: ela se eleva devido à estimulação do sistema nervoso simpático * * Classificação da pressão arterial Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe* 130–139 /85–89 Hipertensão estágio 1 140–159 /90–99 Hipertensão estágio 2 160–179 /100–109 Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90 * * TERMINOLOGIAS DA PRESSÃO ARTERIAL Hipertensão: PA acima da média; Hipotensão: PA inferior à média; Convergente: quando a sistólica e a diastólica se aproximam (Ex: 120/100 mmHg); Divergente: quando a sistólica e a diastólica se afastam (Ex: 120/40 mmHg).