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Teoria Geral do Estado

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Aulas
Teoria Geral do Estado I
Professora Lucimara Main
e-mail: lucimaramain@uni9.pro.br
https://goo.gl/ByCSeH
BEM VINDOS!!!
QUE TODOS TENHAM 
UM EXCELENTE SEMESTRE
BREVES CONCEITOS GERAIS SOBRE ESTADO E POLÍTICA
 
 
1 - ESTADO (escrita com letra inicial maiúscula)
 
a) Surgimento do Estado
 
I - Origem familial ou patriarcal.
 
“Estas teorias situam o núcleo social fundamental na família. Segundo essa explicação, 
defendida principalmente por ROBERT FILMER, cada família primitiva se ampliou e deu 
origem a um Estado” (DALLARI, 1998, p. 22).
II - Origem em atos de força, de violência ou de conquista .
 
“Com pequenas variantes, essas teorias sustentam, em síntese, que a superioridade de 
força de um grupo social permitiu-lhe submeter um grupo mais fraco, nascendo o 
Estado dessa conjunção de dominantes e dominados” (DALLARI, 1998, p. 22).
 
 III - Origem em causas econômicas ou patrimoniais.
 
“Há quem pretenda que essa tenha sido a origem indicada por PLATÃO, quando nos 
"Diálogos", no Livro II de "A República", assim se expressa: "Um Estado nasce das 
necessidades dos homens; ninguém basta a si mesmo, mas todos nós precisamos de 
muitas coisas" (DALLARI, 1998, p. 21).
a) Uso da Palavra “Estado”
 
“A denominação Estado (do latim status estar firme), significando situação permanente de 
convivência e ligada à sociedade política, aparece pela primeira vez em "O Príncipe" de 
MAQUIAVEL, escrito em 1513, passando a ser usada pelos italianos sempre ligada ao nome de 
uma cidade independente, como, por exemplo, stato di Firenze. Durante os séculos XVI e XVII 
a expressão foi sendo admitida em escritos franceses, ingleses e alemães. Na Espanha, até o 
século XVIII, aplicava-se também a denominação de estados a grandes propriedades rurais de 
domínio particular, cujos proprietários tinham poder jurisdicional” (DALLARI, 1998, p. 21).
2 - ELEMENTOS DO ESTADO
a) Povo: É constituído somente por aquelas pessoas efetivamente ligadas ao 
Estado. Os nacionais daquele lugar. Não se confunde com "população" que é 
qualquer um que esteja no território.
 
b) Território: O território é o limite para o exercício do poder de um Estado.
 
 
c) Governo: é a autoridade governante de uma nação ou unidade política, que 
tem como finalidade regrar e organizar a sociedade .
 
d) Soberania: o poder supremo, não se sujeitando a nenhum outro e que permita 
que o Estado seja independente de outros na esfera internacional.
 Observação: SURGIMENTO DO TERMO SOBERANIA “A primeira obra 
teórica a desenvolver o conceito de soberania foi "Les Six Livres de la 
République", de JEAN BODIN. 
 (...) Soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma República, palavra 
que se usa tanto em relação aos particulares quanto em relação aos que 
manipulam todos os negócios de estado de uma República. Como se vê, 
a expressão República equivale ao moderno significado de Estado. 
havendo inúmeras fontes que apontam o ano de 1576 como o do 
aparecimento dessa obra” (DALLARI, 1998, p. 32). 
Exemplos de soberania??????
3 – CARACTERÍSTICAS DA SOBERANIA 
I - Unicidade - Ela é apenas uma, não pode haver mais de um Poder 
Soberano dentro do Estado, senão, não será mais soberano. 
 
II - Indivisível - Não se pode permitir que haja conflitos ou fracionamentos 
criando interesses diversos daquele que é o real interesse do povo e 
rompendo a unicidade. 
III - Indelegabilidade (ou inalienável) - O povo não pode abrir mão de seu 
poder. Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do 
seu povo. 
IV - Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba com o 
tempo. 
4 – NAÇÃO A Nação é um conceito sociológico, refere-se a uma ideia de 
união em comunidade, um vínculo que o povo adquire por diversos 
fatores como etnia, religião, costumes etc. 
http://pt.slideshare.net/markoabreu/conceitos-de-geopoltica
Fonte: 
http://2.bp.blogspot.com/-t2ffj2oB2
SA/UYfV7jetjUI/AAAAAAAAV9I/1QyL
IF_uujk/s1600/601001_3825537318
63281_390041589_n%255B1%255D.
jpg
Fonte: http://geradormemes.com/media/created/ggug7i.jpg
Fonte: http://geradormemes.com/media/created/ggug7i.jpg
Fonte: http://m.memegen.com/hq6kb2.jpg
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
https://goo.gl/JSTTVY
Ciência Política I
AULA 02
https://goo.gl/ByCSeH
 1 - anulada
2 - Gabarito: Errado. Dentro de um Estado pode haver várias nações (vários 
grupos vinculados), ou mesmo, esta nação pode estar espalhada por vários 
Estados. 
3 - Gabarito: Letra E (O erro está na letra E), já que a soberania é indivisível e 
inalienável
4 - É um erro falar que a administração pública corresponde à atividade 
que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os 
negócios públicos, já que este seria o conceito de "governo". Gabarito: 
Errado. 
5 - GABARITO: Letra B. A letra A está errada. O correto seria a contenção 
do Estado e não dos cidadãos. A letra B é a correta. A letra C é incorreta 
já que os elementos tradicionais seriam: povo, território e governo 
(soberano). A letra D errou, pois a globalização e integração 
enfraqueceram a soberania. A letra E é incorreta, nação não pode ser 
considerada nem como povo nem como Estado. 
6 - Segundo a melhor doutrina, a soberania, em sua concepção 
contemporânea, constitui um atributo do Estado, manifestando-se, no 
campo interno, como o poder supremo de que dispõe o Estado para 
subordinar as demais vontades e excluir a competição de qualquer outro 
poder similar. Gabarito: Correto.
7 - No caso brasileiro, a titularidade da soberania, por expressa previsão 
constitucional, é do Estado brasileiro. Gabarito: Errado. Comentários: O 
titular da soberania é o Povo
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/
 O Pensamento Político Clássico e Medieval 
1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO 
a) ESTADO ANTIGO | ORIENTAL | TEOCRÁTICO 
I – Forte concepção teocrática de governo unipessoal (governante 
é considerado quase sempre como a própria divindade).
II – Unitário - sem fronteiras interiores 
“Com a designação de Estado Antigo, Oriental ou Teocrático, os 
autores se referem às formas de Estado mais recuadas no que 
apenas começavam a definir-se entre as antigas civilizações do 
Oriente propriamente dito ou do Mediterrâneo. (...) Em 
consequência, não se distingue o pensamento político da 
religião, da moral, da filosofia ou das doutrinas econômicas” 
(DALLARI, 1998, p. 25). 
 “Há, entretanto, duas marcas fundamentais, características do Estado desse 
período: a natureza unitária e a religiosidade. 
 Quanto à primeira, verifica-se que o Estado Antigo sempre aparece como uma 
unidade geral, não admitindo qualquer divisão interior, nem territorial, nem 
de funções. 
 A ideia da natureza unitária é permanente, persistindo durante toda a 
evolução política da Antiguidade. Quanto à presença do fator religioso, é tão 
marcante que muitos autores entendem que o Estado desse período pode ser 
qualificado como Estado Teocrático” (DALLARI, 1998, p. 25). 
b) ESTADO GREGO 
I – Estabelecido em cidade-Estado: unidade política, econômica 
e social geograficamente delimitada, que tinha como núcleo 
uma cidade e onde a soberania era exercida por cidadãos 
livres, os quais determinavam a forma de governo (aristocracia, 
oligarquia, democracia).
II – Sociedade política - “polis”: era o modelo das antigas 
cidades gregas, desde o período arcaico até o período clássico, 
vindo a perder importância a partir do domínio romano. As 
poleis, definindo um modo de vida urbano que seria a base da 
civilização ocidental, mostraram-se um elemento fundamental 
na constituição da cultura grega, a ponto de se dizer que o 
homem é um "animal politico".III – Pouca preocupação com a expansão do território: 
A vida na pólis dividia-se em duas esferas: a privada, que dizia respeito a seu 
patrimônio, ao casamento, à sua família e expressa pela sua casa e a esfera 
pública, expressa pelo espaço público urbano (ou político, pois era o espaço da 
polis) e suas instituições. 
De uma forma geral, ambas as esferas eram soberanas em si mesmas: assuntos 
privados não diziam respeito às discussões públicas, e vice-versa, com pouco 
interesse de avançar para territórios vizinhos.
2 . A POLÍTICA NA GRÉCIA ANTIGA
A organização política da Grécia era dada pelas condições geográficas e 
econômicas, pois ela era dividida em pequenas unidades econômicas, 
assim não foi capaz de criar grandes sistemas políticos. Para se proteger 
de ataques, constroem refúgios fortificados no topo das colinas, e o 
começo das cidades, que logo se tornam o centro da vida religiosa, social 
e política, morada dos reis e dos sacerdotes.
Aristocracia: Nessas cidades-estado, o poder político passa 
das mãos do rei do clã para as famílias importantes ligadas ao 
antigo rei.
Democracia: Em seguida o poder política passa das mãos 
das famílias importantes para os proprietários rurais e, 
finalmente para os cidadãos.
No início a cidade grega verá muito rapidamente a diminuição 
do poder dos reis e um controle reforçado dos nobres sobre o 
conjunto social e político.
Inicia o monopólio dos nobres sobre os assuntos coletivos, 
com o controle da justiça e da religião, a base do poder dos 
nobres era o controle da terra, em sua maior parte a produção 
nos campos assegurava o ajuste das massas rurais.
As lutas políticas se desenvolviam no interior destes grupos, 
cujo poder era garantido pela força da sua ideologia.
No entanto certas forças vão levar à mudança, a exigência de 
justiça serviu para que o povo ficasse mais consciente na luta 
por maiores direitos.
As lutas nas classes aristocráticas já não se resolviam no 
interior da sua camada, o clima tenso obrigou os aristocratas a 
aceitar legisladores que colocassem ordem nos assuntos 
coletivos e trouxessem a paz, através de medidas que quase 
sempre contrariavam seus interesses, como o perdão das 
dívidas.
Os gregos inventaram a política, o fato de a política ser central 
na vida do ser humano era algo tão claro para eles, que é isso 
o que os faz distinguir o homem dos deuses e dos animais. 
O homem é um animal político, está, portanto destinado a 
viver em sociedade (Aristóteles filósofo grego 384-348 a.C).
Na Grécia Antiga o que vai prevalecer é a divisão entre os 
que possuem o direito de participar e os que não possuem 
nenhum direito.
Somente os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores 
de 18 anos e nascidos na cidade eram considerados 
cidadãos. As mulheres, escravos e estrangeiros não 
desfrutavam de nenhum tipo de participação política. Dessa 
forma, a democracia ateniense era excludente na medida em 
que somente um décimo da população participava do mundo 
político ateniense.
O QUE É PODER POLÍTICO NA GRÉCIA???
 Uma elite ("cidadãos") dominava os assuntos políticos, excluindo a 
massa de indivíduos das decisões, ainda quando o governo fosse tido 
por democrático. 
 A característica fundamental é a cidade-Estado, ou seja, a pólis, como a 
sociedade política de maior expressão. O ideal visado era a 
auto-suficiência, dizendo ARISTÓTELES que a sociedade constituída 
por diversos pequenos burgos forma uma cidade completa, com todos 
os meios de se abastecer por si, tendo atingido, por assim dizer, o fim 
a que se propôs. 
 
 Essa noção de auto-suficiência teve muita importância na preservação 
do caráter de cidade-Estado, fazendo com que, mesmo quando esses 
Estados efetuaram conquistas e dominaram outros povos, não se 
efetivasse expansão territorial e não se procurasse a integração de 
vencedores e vencidos numa ordem comum” (DALLARI, 1998, p. 26). 
ESTADO MODERNO (período da tomada de Constantinopla em 1.453 
até a Revolução Francesa em 1789): 
I - Difere do Estado medieval pela "unidade e soberania". 
 II - Houve a retomada da unidade territorial. 
III - Ocorreu também a retomada da unidade política, com a existência 
de um poder soberano sobre o território. 
 IV - A igreja perde força e deixa de ser uma das bases do Estado. 
V - A instabilidade intensa, política, econômica e social, foi o 
principal ponto que gerou o surgimento do Estado 
Moderno, pois havia a necessidade, principalmente da 
burguesia, de possuir um poder central forte, de forma a dar 
proteger seus interesses. 
VI - Os senhores feudais também estavam descontente com a 
carga tributária excessiva para custear os luxos das famílias 
reais e guerras. 
Atividade em grupo
Cada grupo deverá formular 3 
questões com as respostas sobre:
1)Democracia na Grécia
2)Aristocracia na Grécia
3)Poder Político na Grécia
Ciência Política I
AULA 03
https://goo.gl/ByCSeH
Regime de Governo conforme Aristóteles
I - Monarquia ou Realeza: o governo é exercido por um só, 
visando o bem comum.
a) – Conceito: “Monarquia - cuja definição pode ser dada como o 
sistema político em que o cargo de chefe do Poder Executivo é 
vitalício, hereditário e sem responsabilidade. A definição 
comumente utilizada coloca que monarquia é o sistema de 
governo em que o poder político está concentrado nas mãos de 
uma só pessoa, o qual é exercido por ela ou por delegação dela.”
Regime de Governo conforme Aristóteles
Desvirtuação da Monarquia: Tirania ou Despotia
“Se o governo é exercido por um só, mas no próprio interesse, 
oprimindo os governados, é a tirania ou despotia, que, como se 
observa, é a forma corrupta ou anônima da monarquia”.
 (Fernando Mendes Passaes, Ivani Ribeiro da Silva, José Juarez Tavares Lima, Maria Eliane da Costa 
Limer, Manoel Fernando Passaes, Mônica Machado Alonso. Poderes do estado, formas de Estado e 
formas de governo. In: Revista Científica Don. 5a ed., p. 8-9).
Regime de Governo conforme Aristóteles
II - Aristocracia
 Aristocracia ocorre quando o governo é exercido por uma minoria 
privilegiada, ou seja, pela nobreza, em beneficio de todos os 
governados.
Desvirtuação da Aristocracia: Oligarquia
“Se o governo for exercido por essa minoria mas em proveito 
próprio, temos a forma corrupta ou degenerada da aristocracia, 
denominada oligarquia”
Regime de Governo conforme Aristóteles
III - Democracia: Se o governo é ou pode ser exercido por todos os 
cidadãos, visando o bem comum, é a democracia. 
 Desvirtuação da Democracia: Demagogia 
“Se o governo é exercido pelas multidões revoltadas, ou se estas 
influenciam diretamente os governantes, oprimindo os 
governados, temos a forma impura da democracia, que é 
denominada demagogia.”
 (Fernando Mendes Passaes, Ivani Ribeiro da Silva, José Juarez Tavares Lima, Maria Eliane da Costa Limer, Manoel Fernando 
Passaes, Mônica Machado Alonso. Revista Científica Don. 5ª ed., p. 8). 
Regime de Governo introduzida por outros autores
Quarta forma de governo introduzida por alguns autores.
Regimes de Governos | Formas Representativas de Governo
I – Monarquia Parlamentar
A Inglaterra tem o exemplo mais contemporâneo deste tipo de 
governo, já que se divide em:
a) coroa (pois existe a família real)
b) Câmara alta aristocrata (composto por cidadãos da nobreza)
c) Câmara baixa (composta por cidadãos comuns)
Forma de Governo 
República
 República - forma de governo em que o Estado se constitui de modo a 
atender o interesse geral dos cidadãos.
 A República (do latim res publica, "coisa pública") é uma estrutura 
política de Estado ou forma de Governo em que, segundo Cícero, são 
necessárias três condições fundamentais para caracterizá-la: um 
número razoável de pessoas (multitude); uma comunidadede 
interesses e de fins (communio); e um consenso do direito (consensus 
iuris).
Sistemas de governo:
O sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e 
exercido no âmbito de um Estado.
O sistema de governo vai de acordo com o grau de separação dos 
poderes.
O sistema de governo adotado por um Estado não deve ser confundido 
com a sua forma de Estado (Estado unitário ou federal) ou com a sua 
sistema de governo (monarquia, aristocracia, democracia ).
Sistema de governo 
Sistema parlamentarista, sistema parlamentar ou simplesmente 
parlamentarismo é um regime de governo democrático. 
 Em um sistema parlamentarista, o chefe de Estado é normalmente uma 
pessoa diferente do chefe de governo.
a) Os países com sistemas parlamentares podem ser monarquias 
parlamentares, onde um monarca é o chefe de Estado, enquanto o chefe de 
governo é quase sempre um membro da legislatura (como no Reino 
Unido,Suécia e Japão), 
b) ou uma república parlamentarista, onde um, normalmente o presidente 
cerimonial, é o chefe de Estado, enquanto o chefe de governo é 
regularmente da legislatura (como na Irlanda, Alemanha,Índia e Itália). 
c) Em algumas repúblicas parlamentares, como Botsuana, África do Sul e 
Suriname, bem como em estados alemães, o chefe de governo também é o 
chefe de Estado, mas é eleito pelo parlamento
 
 Sistema de governo:
 Presidencialismo: é um sistema de governo em que um chefe de 
governo também é o chefe de Estado e lidera o poder executivo O 
Presidente da República é escolhido por um prazo determinado. 
 “O Presidente é escolhido para governar por um prazo fixo e 
determinado; existem, porém, alguns países em que a escolha é feita 
por disposição constitucional: um colégio eleitoral que o faz”
(Fernando Mendes Passaes, Ivani Ribeiro da Silva, José Juarez Tavares Lima, Maria Eliane da Costa Limer, 
Manoel Fernando Passaes, Mônica Machado Alonso. Revista Científica Don. 5ª ed., p. 11)
 Sistema de governo presidencialista
O Presidente da República é escolhido pelo povo.
 Quem escolhe o Presidente da República, de forma direta é o povo, 
temos a eleição direta, em que o povo vota diretamente para a 
escolha do Presidente. 
 Ou de forma indireta, quando ocorre a eleição indireta, em que se 
atribui a um colégio eleitoral a competência para eleger o 
Presidente da Republica em nome do povo.
 (Fernando Mendes Passaes, Ivani Ribeiro da Silva, José Juarez Tavares Lima, Maria Eliane da Costa Limer, 
Manoel Fernando Passaes, Mônica Machado Alonso. Revista Científica Don. 5ª ed., p. 11).
 Sistema de governo presidencialista
 A chefia do Executivo é exercida de forma unipessoal. Quem fixa 
as diretrizes do Poder Executivo é o Presidente da República, 
que pode lançar mão de um corpo de auxiliares diretos, os 
Ministros, que não são responsabilizadas pelos atos de governo, 
sendo demissíveis a qualquer momento. 
 Mesmo o Vice-presidente não recebe qualquer atribuição, só 
tomando ciência dos atos de governo quando estes são públicos 
ou quando o Presidente da República permitir. 
(Fernando Mendes Passaes, Ivani Ribeiro da Silva, José Juarez Tavares Lima, Maria 
Eliane da Costa Limer, Manoel Fernando Passaes, Mônica Machado Alonso. 
Revista Científica Don. 5ª ed., p. 12)
 Sistema de governo presidencialista
O Presidente da República assume a chefia do Estado e do Governo. 
Exerce o papel de vínculo moral do Estado e de representação 
conjuntamente com as funções executivas, exercendo, inclusive, 
atribuições políticas de grande envergadura, caracterizando a chefia de 
governo. 
(Fernando Mendes Passaes, Ivani Ribeiro da Silva, José Juarez Tavares 
Lima, Maria Eliane da Costa Limer, Manoel Fernando Passaes, Mônica 
Machado Alonso. Revista Científica Don. 5ª ed., p. 12)
Forma de governo: REPÚBLICA
Forma de Estado: FEDERAÇÃO
Sistema de governo: PRESIDENCIALISMO
Regime de governo: DEMOCRÁTICO
CF/88 - Art. 1º A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em 
Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da 
pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa; V - o pluralismo político.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição.
CF/88 - Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo 
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros 
de Estado.
CF/88 - Art. 77. A eleição do Presidente e do 
Vice-Presidente da República realizar-se-á, 
simultaneamente, no primeiro domingo de 
outubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano 
anterior ao do término do mandato presidencial 
vigente.
Atividade de fixação
01) A República, Federação e Presidencialismo são, para a Constituição de 
1988, respectivamente:
a) Forma de Governo, Forma de Estado, Sistema de Governo.
b) Forma de Estado, Sistema de Governo, Regime de Governo.
c) Sistema de Governo, Regime de Governo, Forma de Estado.
d) Forma de Estado, Regime de Governo, Sistema de Governo.
e) Sistema de Governo, Forma de Estado, Sistema de Estado.
02) A República Federativa do Brasil tem como 
forma de Estado:
a) Estado Democrático de Direito;
b) Estado Federal;
c) Estado Unitário;
d) Estado Republicano.
3) São fundamentos da República Federativa do Brasil:
a) A soberania, a autodeterminação dos povos, a cidadania, a igualdade 
entre os Estados.
b) A cidadania, a dignidade da pessoa humana, a solução pacífica dos 
conflitos, a soberania.
c) A soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores 
sociais do trabalho e a livre iniciativa e o pluralismo político.
d) A soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores 
sociais do trabalho e a livre iniciativa e o pluripartidarismo.
e) Todas as respostas anteriores estão corretas.
 
Ciência Política I
AULA 04
https://goo.gl/ByCSeH
UNIDADE II - O Pensamento Político Moderno e Formação do 
Estado Moderno.
 
Autonomia da política e a teoria Política de Nicolau Maquiavel
O realismo na Política e o duelo entre a fortuna e a virtú. 
Manutenção do poder; os dilemas da política moderna 
• Constituição e manutenção da ordem pública;
• Contrato social; 
• Demarcação das esferas pública e privada;
• Separação de poderes;
Neste tópico, são estudados os autores considerados clássicos 
(para alguns, modernos) para a Ciência Política;
Serão analisadas a ideias principais de:
• Nicolau Maquiavel (1469-1527), 
• T. Hobbes (1588-1679), 
• John Locke (1632-1704), 
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778);
• Immanuel Kant (1724-1804) e,
• do Barão de Montesquieu (1689-1750). 
Maquiavel – Florença 1469 -1527 
 
Uma das condições fundamentais da política é a 
aparência de ser. A natureza dos homens faz com que 
eles se maravilhem com o que vêem, mesmo que 
estejam sendo enganados, e geralmente estão sendo, 
pois "os homens, em geral, julgam mais pelos olhos do 
que pelas mãos, pois todos podem ver, mas poucos 
são os que sabem sentir”.
 
 Maquiavel, ao descrever os fatos e interpretá-los, 
fugiu do "cinismo'".
 
Ele vai na direção oposta aos hábitos estabelecidos no 
mundo erudito de vangloriar e impor normas, partindo 
do princípio de que os homens são ingratos, volúveis, 
simuladores, covardes e ambiciosos de dinheiro
imagem da internet
Nicolau Maquiavel 
• Primeiro autor a utilizar a palavra Estado com o significado 
contemporâneo. 
Objetividade: 
• O foco principal é o Estado e a política como sãode fato (verità 
effetuale), sua preocupação é com o que é, e não com o dever ser; 
• Inovador: contra o direito divino = racionalização;
• A favor da separação: religião, moral e ética x política (arte de 
conquista e manter o poder, fins para os quais são legítimos todos os 
meios).
Função do Estado
•A preocupação é com o Estado capaz de impor a ordem, pois a 
desordem leva os homens à barbárie.
•Em meio a uma Itália perdida em constantes revoluções e 
reviravolta dos governos, qual seria o Estado capaz de instaurar a 
ordem de maneira estável?
•A natureza da política nunca permitirá, contudo, uma ordem 
definitiva, sempre dependerá da fortuna e, principalmente da virtú 
do príncipe. O objetivo de seu estudo é contribuir para a conquista e 
manutenção do poder pelo soberano.
Maquiavel 
Conceitos fundamentais
• Virtú: é a habilidade, a vontade e a energia do 
indivíduo voltada para fazer política.
• Fortuna: é a sorte do indivíduo (boa ou má) que 
dita as circunstância em que ele deve atuar. É 
um fator do acaso, sem controle. 
• O homem sem virtú de boa fortuna cai, mas o 
que tem virtú pode seduzir a fortuna.
Natureza Humana 
•Naturalmente má, os homens são: ingratos, volúveis, 
mentirosos, covardes e gananciosos. Por isso a sociedade 
tem uma tendência tão forte para a anarquia.
Importância da História 
•Para governar, é fundamental o estudo do passado, 
porque (1) a natureza humana é imutável (natureza má, 
ingrata);
• (2) esse estudo possibilita compreender o que sucedeu 
aos governantes do passado e quais os meios que foram 
utilizados para enfrentar as diversas situações, dessa 
maneira, será possível encontrar, por analogia, lições para 
o presente. 
Maquiavel: Algumas Máximas
• Melhor ser amado que odiado, não 
sendo possível, seja temido;
• Faça o mal de uma única vez e de modo 
irreparável. 
• O bem faça aos poucos.
Maquiavel 
• Os tipos de governo
1. República: são típicas de sociedades onde há equilíbrio de 
poder. a corrupção é controlada e os homens não têm 
liberdade de buscar inescrupulosamente seus interesses 
gananciosos. 
2. Principados: ...
QUANTOS SÃO OS TIPOS DE PRINCIPADOS E COMO CONQUISTÁ-LOS (p. 
05)
 Todos os governos e Estados que possuíram ou possuem autoridade 
sobre homens, foram repúblicas ou principados.
CAPÍTULO II: DOS PRINCIPADOS HEREDITÁRIOS (p. 06)
a) A preservação dos Estados hereditários possui menos dificuldades, pois 
já estão habituados a linguagem de um príncipe;
b) É necessário que se possua um príncipe dotado de extraordinária 
capacidade, pois mesmo que uma força o destitua este volta a 
conquistá-lo.
 DOS PRINCIPADOS MISTOS (p. 07-17)
a) Estados conquistados ou anexos a um Estado antigo, ou pertencem a 
mesma província, ou a mesma língua, ou não pertencem a ele.
b) Quando pertencem é fácil mantê-lo, quando não o pertencem surgem 
dificuldades e é preciso que haja boa sorte e habilidade para mantê-los. 
É necessário que se instale colônias em um ou em dois pontos.
 Regra geral que nunca ou raramente falha: “quem é causa do poderio 
de alguém arruina-se, porque este poder resulta ou da astúcia ou da 
força e ambas são suspeitas para aquele que se torna poderoso”.
POR QUE O REINO DE DARIO, OCUPADO POR ALEXANDRE, NÃO SE REBELOU 
CONTRA SEUS SUCESSORES APÓS A MORTE DESTE (p. 18-21)
 
 Os principados que se conservam memória eram governados de 
duas formas, ou por um príncipe ou por um príncipe e por barões. 
 
 Os barões possuíam Estados e súditos próprios que os 
reconheciam por senhores e dedicavam afeição. 
 Os principados que eram governados por um príncipe e servos, o 
tinham como maior autoridade, pois em toda sua província 
apenas ele era reconhecido como chefe e seus súditos caso 
dedicassem obediência a outro, era feito devido sua posição e não 
por amor.
DE QUE MODO DEVE-SE GOVERNAR AS CIDADES OU OS
PRINCIPADOS QUE, ANTERIORMENTE À SUA OCUPAÇÃO, VIVIAM NO RESPEITO
ÀS PRÓPRIAS LEIS (p. 22-23)
Os Estados conquistados já se encontram habituados a viver com suas próprias leis e sem 
liberdade, então há três formas de conservá-los. 
• Primeiramente pode-se arruina-los, 
• segundo ir habitá-los, 
• terceiro deixá-los viver com suas leis, arrecadando tributos e criando um governos de 
poucos para que se tornem amigos. 
 Preservar uma cidade acostumada a viver livre só é possível conservá-la por intermédio de 
seus cidadãos. Na verdade não existe meio seguro de conservar uma conquista que não seja 
com destruição. Caso quem conquiste uma cidade e não a destrua estará esperando para ser 
destruído por ela. Quando as cidades encontram-se a costumadas a viver sob a dinastia de 
um príncipe e esta é extinta, torna-se difícil um acordo para a escolha de um novo príncipe 
pois os cidadãos não sabem viver em liberdade, sendo assim, facilmente poderá um príncipe 
apoderar-se delas.
DOS NOVOS PRINCIPADOS CONQUISTADOS MERCÊ DAS
PRÓPRIAS ARMAS OU DA VIRTUDE (p. 24-28)
 Em um principado completamente novo encontra-se maior ou menor 
dificuldade para mantê-lo, pelo fato de ser mais ou menos virtuoso quem 
o conquiste. 
 Para tornar-se príncipe é preciso de vírtu e fortuna. 
 Quanto menos apoiar-se na sorte mais seguramente se manterá no 
poder.
 Se o príncipe não possuir outros Estados, mais facilmente se manterá no 
poder.
 Aqueles que tornam-se príncipes por possuir virtu conquistam 
com dificuldades o principado, porém facilmente o conservam. 
 Os obstáculos que poderão se apresentar ao conquistar um 
principado decorrem das novas disposições e sistemas de governo 
que são introduzidos para formar o Estado e estabelecer sua 
segurança. 
 Não existe coisa mais difícil de cuidar, nem mais duvidosa de 
conseguir, nem mais perigosa de manejar que tornar-se chefe e 
introduzir ordens novas.
 Portanto é preciso estar preparado para que 
quando não mais acreditem se possa fazer 
com que creiam pela força, do contrário 
encontrarão grandes dificuldades em 
conduzir os perigos que surgirão em seu 
caminho, sendo que aqueles que os superam 
com valor pessoal, quando começam a ser 
venerados ficam poderosos, seguros, 
honrados e felizes.
DOS NOVOS PRINCIPADOS CONQUISTADOS PELAS ARMAS DE
OUTREM E PELA FORTUNA (p. 29-38)
 
Aqueles que se tornam príncipes somente por fortuna, apenas com muito 
esforço se mantêm.
“...não encontram nenhuma dificuldade pelo caminho porque atingem o 
posto a vôo; mas toda sorte de dificuldades nasce depois que aí estão”. 
 
 Eles estão submetidos à vontade e à fortuna dos que lhe concederam o 
Estado. 
 
 Os príncipes que possuírem virtu e que saibam desde logo preparar-se para 
conservar seu principado, formarão posteriormente as bases que os outros 
estabeleceram antes de se tornarem príncipes.
 Há quem julgue necessário, em um novo principado, assegurar-se contra os 
inimigos, adquirir novos amigos, eliminar aqueles que podem ou tem razões 
para ofender (os homens ofendem por medo ou por ódio), vencer ou pela 
fraude ou pela força, fazer-se amar e temer pelo povo, ordenar por novos 
modos as antigas instituições, manter a amizade dos reis e dos príncipes de 
modo a beneficiar de boa vontade ou ofender com temor.
DOS QUE SE FIZERAM PRÍNCIPES MERCÊ DAS SUAS
ATROCIDADES (p. 39-44)
 O conquistador de um Estado deve exercer todas aquelas ofensas 
que forem necessárias, visando ofender menos, fazendo-as todas de 
um só vez para que não seja necessário renová-las e assim dar 
segurança, os homens e conquistá-los com benefícios, estes devem 
ser feitos aos poucos para que sejam melhor apreciados. 
 Um príncipe deve viver com seus súditos de forma que nenhum 
acidente, bom ou mal, aconteça, pois surgindo a necessidade, não 
terás tempo de fazer o mal, eo bem que fizeres não será útil.
DO PRINCIPADO CIVIL (p. 45-49)
 O principado é constituído pelo povo ou pelos grandes, quando os 
grandes não podem resistir ao povo começam a passar prestígio a um 
deles e o tornam príncipe para que possam a sua sombra governar. O 
povo quando não pode resistir aos poderosos volta a estima a um 
cidadão e o torna príncipe para estar sendo defendido pela autoridade 
dele.
 O pior que pode acontecer a um príncipe é ser abandonado pelo povo 
ou que este se volte contra ele. Alguém que se torne príncipe com o 
favor do povo, conservá-lo amigo torna-se fácil, visto que esse só não 
deseja ser oprimido. 
 Por outro lado alguém que se torne príncipe em favor dos grandes e 
consequentemente contra o povo, deverá antes de tudo procurar 
ganhá-lo, o que se torna fácil se este lhes der proteção.
DE QUE MODO DEVEMOS MEDIR AS FORÇAS DE TODOS OS
PRINCIPADOS (p. 50-52)
Ou um príncipe possui um Estado tão forte e grande que possa manter-se 
por si mesmo, por possuírem uma abundância de homens, de dinheiro e 
por possuírem um exército a altura do perigo, ou sempre haverá a 
necessidade da defesa de outros. 
 Um príncipe que possui uma cidade forte e não se faz odiado pelo povo, 
não pode ser atacado, e se alguém o fizer, se retirará com vergonha.
DOS PRINCIPADOS ECLESIÁSTICOS (p. 53-56)
 
 Principados eclesiásticos são aqueles onde todas as dificuldades 
existem. 
 Sem uma e outra se conservam, pois são sustentados por ordens 
estabelecida pela religião, que tornam-se tão fortes que mantêm os 
seus príncipes no poder.
 
DOS VÁRIOS TIPOS DE EXÉRCITOS E DOS SOLDADOS
MERCENÁRIOS (p. 57-63)
 
 As tropas mercenárias e as auxiliares são inúteis e perigosas, e se 
alguém apoia seu Estados nelas, jamais estará firme e seguro, pois 
elas são desunidas, ambiciosas, infiéis, indisciplinadas. 
 Defendem o Estado que melhor pagar pelos seus serviços.
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRÍNCIPE EM MATÉRIA MILITAR (p. 69-72)
72).
 
 Um príncipe não deve ter outro objetivo que não seja a guerra e sua 
organização e disciplina, sendo esta a única arte que compete a quem 
comanda. 
 Os príncipes perdem seus Estados quando pensam mais nas delicadezas do 
que nas armas. A primeira causa que o leva a perder o Estado é a 
negligência dessa arte.
 Entre um príncipe armado e um desarmado, não existe proporção alguma, 
uma vez que não há como quem esteja armado obedecer a alguém 
desprovido de armas.
DAS COISAS PELAS QUAIS OS HOMENS E SOBRETUDO OS
PRÍNCIPES SÃO LOUVADOS OU INJURIADOS (p. 73-74)
 É essencial a um príncipe que queira se manter no poder, aprender a não 
ser bom e usar ou não da bondade, segundo suas necessidades. 
 O príncipe precisa ser prudente para saber fugir da infâmia daqueles vícios 
que o fariam perder o poder, cuidando evitar até aqueles que não 
chegariam a pôr em risco seu posto. 
 Não podendo evitar é preciso que os tolere, sem que mantenha o devido 
respeito. Não deve evitar de incorrer daqueles vícios, pois sem eles, é difícil 
que volte a salvar o Estado.
DA CRUELDADE E DA PIEDADE; SE É MELHOR SER AMADO QUE
TEMIDO, OU CONTRÁRIO (p. 79-82).
 É melhor ser amado que temido, mas como é difícil reuni-las é mais seguro 
ser temido do que amado.
 Os homens tem menos escrúpulos em ofender a alguém que se faça amar do 
que a quem se faz temer, pois uma amizade é mantida por um vínculo de 
obrigação, o qual é quebrado a cada oportunidade que lhes convenha e isso 
se deve ao fato de os homens serem maus.
 Quando ele está a frente de seus exércitos é imprescindível não se importar 
com a fama de cruel, sem ela jamais conservará o exército unido e disposto a 
alguma empresa.
COMO DEVEM OS PRÍNCIPES HONRAR A SUA PALAVRA (p. 84-87)
 Pode-se combater de duas formas, uma com as leis (próprio do homem) 
e outra com a força (próprio dos animais). 
 Pelo fato do primeiro caso as vezes não ser suficiente, convém recorrer 
ao segundo, pois uma sem a outra não é durável.. 
 Jamais faltará a um príncipe razões para justificar a quebra da palavra. 
“...aquele que engana sempre encontrará quem se deixe enganar”. 
 Para manter o Estado, um príncipe é obrigado a agir contra a fé, a 
caridade, a humanidade, contra a religião, mas é preciso não apartar-se 
do bem porém sabendo entrar no mal quando necessário. “Todos vêem 
o que tu aparentas, poucos sentem aquilo que tu és”.
SUBTRAINDO-SE AO DESPREZO E AO ÓDIO (p. 88- 100)
O príncipe deve manter-se forte para que ninguém possa pensar 
em enganá-lo ou traí-lo. 
O príncipe que é assaz, reputado e, contra quem é reputado, só 
com muita dificuldade se conspira, dificilmente é atacado.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 
http://goo.gl/K3fnLB
Ciência Política I
AULA 04
https://goo.gl/ByCSeH
Estado absolutista
Jean-Jacques Rosseau 
O contrato social
imagem da internet
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
• Estado de natureza é bom (mito do ‘bom selvagem’) um estado amoral (não 
há bem nem mal) – figura do Jardim Éden;
•
• A posse da propriedade privada degenera o estado de natureza para 
sociedade civil corrupta (é como o homem se encontra “hoje");
• Propriedade = desigualdade.
• E o primeiro contrato social, é feito entre desiguais, para a exploração de um 
grupo por outro;
A sociedade civil não é um acordo entre iguais, mas 
um golpe dos ricos e poderosos para lhes garantir:
● Proteção;
● Legitimidade;
● Ordem.
Assim, o Estado aparece como obra dos ricos para 
preservar a desigualdade. O Estado é símbolo então 
da desigualdade social e política.
Torna-se necessário um novo contrato social.
Rousseau: um novo contrato social
• Um novo contrato social seria oportunidade de construir 
um Estado justo e igualitário;
• O fonte do poder reside no povo (= Locke) que renuncia 
à sua liberdade em favor de um estado que seja guiado 
pela vontade geral;
• Vontade geral = suprema direção da sociedade. ≠ do ∑ 
das vontades individuais;
Perde a liberdade natural e ganha a liberdade civil, 
calcada na limitação;
O Estado, por representar a Vontade Geral, trata todos 
como iguais.
O ideal é cada homem representar a si mesmo, não 
representação, mas não aprofunda o argumento.
Rousseau: não tão democrático
• Nem todos os cidadãos são iguais, não existem 
classes sociais, mas existem classes de cidadãos 
(classes abstratas nas quais os homens se colocam 
por mérito);
• Na sociedade civil, a propriedade privada é sagrada, 
mas o Estado deve evitar os extremos de pobreza e 
riqueza;
• Estado=interventor
Classes econômicas são conflituosas, o Estado 
deve evitar o conflito.
Alto valor à educação;
Deveriam ser criados mecanismo anticorrupção;
Não funcionando a educação e a vontade 
racional geral, a tirania ocorre.
Ciência Política I
AULA 05
https://goo.gl/ByCSeH
Principal obra política: O Leviatã (publicado em 1651)
Racionalização do direito absoluto (absolutismo)
Individualista (≠ concepção orgânica de indivíduo e 
sociedade = idade média);
Comportamento individual que pode levar a morte
Thomas Hobbes 1588-1679 - Inglaterra
Matemático, Teórico Político e Filósofo
imagem da internet
Estado de natureza = caótico, anti-social, irracional e 
não-político. (O homem é lobo do homem)
O indivíduo se vê diante de duas opções:
A.Liberdade = medo e morte
B.Renúncia de poder em favor de um soberano 
(leviatã = ente fictício que pode ser 1 ou + 
indivíduos) e tem segurança (preocupação central);
 B é a escolha racional, feita pelo Contrato, que é celebrado 
um única vez.
A RENÚNCIA É COMPLETA, O SOBERANO TORNA-SE O 
TITULAR DOS DIREITOS E DO PODER POLÍTICO.
O Leviatã
Da sensação
 A obra tem como ponto de partida uma análise da SENSAÇÃO. 
Segundo Thomas Hobbes, a sensação éa origem de todas as 
aparências e o resto deriva desta origem. A sensação é a aparência 
ou ilusão do que vemos e ouvimos, é o que nos causam os corpos 
exteriores. Segundo a definição do autor:
“...a sensação nada mais é do que a ilusão originária causada pela 
pressão, isto é, pelo movimento das coisas exteriores nos nossos 
olhos, ouvidos e outros órgãos para tal destinados”
 
 Hobbes argumenta que o conhecimento que o homem tem do 
mundo é proveniente de “entidades externas” que causam pressões 
em nosso aparelho sensorial.
Da imaginação
 Quando um determinado objeto nos causa uma sensação, mesmo após o 
desaparecimento deste conservamos ainda a imagem dele. Isso é o que 
conhecemos como imaginação.
 Ao afastarmos algo que nos causou uma sensação dos nossos olhos, ainda 
que a impressão causada permaneça, novas impressões de coisas 
presentes de forma mais imediata agem sobre nós e a imaginação do 
passado fica obscurecida e enfraquecida, e quanto mais tempo decorre 
mais fraca fica. Isso é uma sensação em declínio que Hobbes denomina 
imaginação e quando queremos exprimir o declínio e mostrar que a 
imagem é antiga e passada, denomina-se memória.
 A memória de muitas coisas, ou muita memória, chama-se experiência, e a 
sensação.
Da linguagem
 A linguagem serve para o homem versar os seus pensamentos, é a criação 
mais nobre dele. 
 Ela pode ser utilizada de diversas formas. A primeira delas é para se fazer um 
registro de todos os pensamentos; a segunda, procura mostrar aos outros o 
conhecimento que se tem desse conjunto de pensamentos com uma 
diversidade de intenções; estas podem ser agradar, ajudar, persuadir e 
compartilhar. 
 O verdadeiro e o falso encontram-se nas palavras e não nas coisas, 
portanto onde não há a linguagem não existe a distinção de certo ou 
errado. 
 As significações atribuídas às palavras chamam-se definições. Os erros dessas 
definições levam o homem a cometer absurdos.
 Da razão e da ciência
O raciocínio da pessoa é a “conta matemática” de seus pensamentos e 
idéias (soma subtração, etc.). Por ser considerada como um cálculo a 
razão permite enganar e inferir falsas conclusões do homem. Quando 
alguém realiza o “cálculo” sem a devida atenção à organização das 
idéias, isso pode induzir ao erro.
 O filósofo coloca as crianças como seres não possuidores de razão, mas 
os considera seres racionais pelo fato de terem o atributo de, um dia, 
com o aprendizado da linguagem, adquirir razão e, conseqüentemente, 
ter conhecimento das ciências.
 A palavra fora do “cálculo” leva à disputa, à sedição e à desobediência, 
por isso deve-se confiar na razão calculada, pensada, formulada. O 
homem necessita da ciência como guia, caso contrário, encontrar-se-á 
em estado de loucura.
 Dos fins ou resoluções do discurso
 Thomas Hobbes escreve que todo discurso sempre 
tem um fim, seja ele a favor de conseguir ou evitar 
alguma coisa. 
 Este último pode ser mental, ou ser exprimido através 
da linguagem, tendo como atributos o conhecimento 
das palavras, a ciência, e a junção destes aspectos 
inserida na conclusão. 
 Quando o discurso é iniciado por uma contemplação 
de si próprio e não por uma cadeia de definições, ele 
é considerado uma opinião.
Das virtudes intelectuais e dos defeitos
 Neste capítulo dedica-se às virtudes vulgarmente 
chamadas intelectuais e aos defeitos contrários a elas. 
Para o autor, virtudes intelectuais são as capacidades 
do espírito que os homens valorizam, elogiam e 
desejam possuir. Elas podem ser de dois tipos: o 
primeiro é chamado de natural, o segundo de 
adquirida. No primeiro caso, o homem não nasce com 
a virtude e, sim, adquire por meio de experiência e 
prática, sem interferência alguma da cultura ou de 
algum método.
Dos diferentes objetos do conhecimento
 O autor disserta sobre os diferentes objetos do conhecimento. Diz 
existir dois tipos de conhecimento: o primeiro é o conhecimento 
dos fatos, que está limitado aos sentidos e à memória, e o 
segundo é o conhecimento das conseqüências de uma afirmação 
para a outra, que é uma ciência, é o conhecimento necessário 
para um filósofo, para alguém que pretende raciocinar. 
 Esses conhecimentos precisam ser “arquivados” de alguma forma, 
e esse arquivo chama-se história, e igualmente ao conhecimento, 
possui duas espécies: a história natural, que independe da 
vontade do homem, e a história civil, que é uma ação voluntária 
dele.
Do poder e merecimento
 O autor, no capítulo décimo, versa sobre o poder, o valor, a dignidade, 
a honra e o merecimento. O poder é considerado o meio pelo qual se 
dispõe à obtenção de bens futuros; ele pode ser instrumental ou, 
original. 
 O instrumental é adquirido, como exemplo, amigos, reputação, etc, 
enquanto o outro é uma faculdade do corpo. O maior poder dos 
homens é a união de todos os poderes, o que se reflete no Estado.
 O valor de um homem é o seu preço, e depende da necessidade e 
julgamento de outrem. A manifestação desse valor é chamada de 
honra.
Religião e Estado
 Nesse aspecto Hobbes afirma que grande parte dos dogmas dizia respeito 
não à entrada no reino dos céus, mas a disputas pela “soberania humana”, 
ao “ganho e ao lucro” e à “glória de espíritos engenhosos”. 
 O cidadão não precisava acreditar internamente em todos os dogmas da 
Igreja, mas, se o quisesse, poderia afirmar aceitá-los publicamente, sem 
necessariamente neles crer.
 Hobbes afirma ainda que “a discussão sobre a propriedade da Igreja é uma 
discussão sobre o direito de soberania”.
 
 É perigoso que o homem não obedeça o Estado, mas obedeça a igreja, pois 
este fará o que o soberano da igreja disser. E, se isso for contra o Estado, o 
homem retorna ao estado natural.
 Pensamento central
 O Estado surge simplesmente para garantir a 
segurança.
 Bem diferente do estado de natureza, pois neste 
todos são livres e podem fazer qualquer coisa para 
defender seus interesses.
 Então o Estado pode deter a soberania e daria 
segurança para todos. 
 O cidadão não tem mais direito a fazer nada sem 
autorização do Estado. 
 Para ele a soberania do Estado tem que ser 
absoluta, defende o Estado Absolutista.
 Se um homem tiver algum poder, vai concorrer 
com o Estado, e este poderia voltar ao estado de 
natureza.
Para T. Hobbes é dever do Estado absolutista, 
garantir:
1) Segurança (esta é a principal)
2) Liberdade
3) Igualdade
4) Educação pública
5) Propriedade material
Se o Estado não garantir a segurança volta ao estado 
de natureza.
Homem racional o Estado pode controlar
Homem passional tem que temer o Estado (Leviatã)
imagem da internet
Imagem do Leviatã
1. A Coroa representa o sistema político defendido por Thomas 
Hobbes em sua obra, a Monarquia. Neste caso, a coroa é usada 
também para fazer alusão ao líder político deste sistema, o Rei ou 
Monarca;
2. A Espada, à mão direita do rei, simboliza uma das mais fortes 
justificativas para a formação do Absolutismo, a segurança (o 
exército nacional). Em O Leviatã, Hobbes diz que “O Povo renuncia 
tudo em troca do grande dom da segurança”;
3. O Cetro, à mão esquerda, simboliza o poder soberano do 
monarca. Diante desta observação, é válido lembrar que o monarca 
absolutista acumulava os poderes políticos (executivo, legislativo e 
judiciário) e econômico (através das medidas mercantilistas) e 
através destes, somado ao apoio concedido pela Igreja, exercia um 
forte controle social;
4. Ao observarmos com um pouco mais de atenção o corpo do 
rei, perceberemos que o mesmo é formado por pessoas. Neste 
caso, a imagem é uma perfeita ilustração da origem do poder 
real, pois segundo Hobbes: “O governo absoluto havia sido 
estabelecido pelo próprio povo”;
5. A proporção (tamanho) destinada à figura do rei,deve ser 
atribuída ao poder real. Na figura acima, fica a sensação de que a 
autoridade monárquica alcança facilmente todo o território 
nacional, ou seja, nos é passado a ideia de um controle 
estabelecido que podemos chamar de governo.
http://historiaporimagem.blogspot.com.br/2011/01/o-monarca-de-o-leviata.html
Atividade sobre Thomas Hobbes
https://goo.gl/zqH5XU
CONTRATUALISMO DE JOHN LOCKE
A liberdade individual no liberalismo burguês
Absolutismo monárquico X Liberalismo político
 
 Na obra o Segundo Tratado sobre o Governo Locke 
justificou a revolução gloriosa. 
Na época era o mais completo trabalho sobre o Estado 
Liberal.
O Estado tem limites do poder de governar.
No estado de natureza o homem vive em 
relativa paz.
Neste estado de natureza o homem tem: 
vida, liberdade, propriedade e felicidade.
O homem é dono de sua própria pessoa e 
de seu trabalho (aquisição da 
propriedade)
 
No contrato social:
 
Para que criar o Estado?
Resolver os conflitos imparcialmente
Preservar os direitos naturais
Proteger a sociedade (interna e externamente)
Maquiavel = Estado absolutista
Hobbes = Estado absolutista
Locke = Estado liberal
Rosseau = Estado democrático (liberal)
Maquiavel = O homem é mau, egoísta. O Príncipe tem que se 
preocupar com a manutenção no poder.
 
Hobbes = O homem é lobo do homem. Precisa do Estado (o 
leviatã) para cuidar de todos, caso contrário, os homens serão 
levados a barbárie. O Estado fica com a liberdade o homem, que 
passa todos os seus direitos de liberdade natural, ficando com a 
segurança do Estado.
Locke= O homem é uma tábua rasa. É a experiência da vida 
que vai formar seu caráter. No estado de natureza, o homem 
vive bem, tem propriedade, trabalha, respeita os outros 
indivíduos. Ele só precisa do Estado para intervir de forma 
mínima e, gerir alguns conflitos.
Sistema político misto
Monarquia (rei)
Câmara dos Lordes (burguesia)
Câmara dos comuns (democracia, povo)
O Estado garante:
Liberdade de pensamento
Liberdade de expressão
Liberdade de culto religioso
Livre atividade econômica
John Locke (1632-1704)
• Principal obra política: Segundo Tratado sobre o Governo Civil;
• Pressupostos fundamentais: 
• (1)os homens sequer se possuem, são obra e propriedade de Deus sequer, daí 
todos serem livres e iguais, acima somente Deus. (2) A liberdade, porém, não é 
absoluta, pois “onde não há leis, não há liberdade”. A lei natural (de)limita a 
liberdade natural. Essa lei é uma expressão da vontade de Deus, que é conhecida 
pelos homens por meio da razão =“voz de deus no homem”. Logo, A razão 
promulga a lei de natureza e, também, faz-nos livres. Ao mesmo tempo em que 
razão = lei natural, a qual tem soberania sobre as ações humanas.
• Locke valoriza bastante a razão = é a qualidade do ser humano.
• A razão é o modo de cooperação entre os homens, que nos permite viver junto em 
sociedade e solidariedade.
• O indivíduo que age irracionalmente é um animal e, como tal, deve ser tratado. 
Agir irracionalmente inclui dizer que está acima de alguém sem ser Deus (neste 
caso o animal é selvagem e nocivo).
Locke e o Estado de Natureza
Estado de natureza: 
• Sendo todos iguais, livres e racionais, é inicialmente bom.
• É a condição na qual o poder executivo da lei natural (da razão) ainda está 
exclusivamente nas mãos dos indivíduos, não se fez comunal. Se alguém transgredi-la, 
qualquer pessoa pode puni-lo.
• O direito de governar é um direito natural e individual, além disso, é “judicial” porque 
é a execução da lei natural. Porém, não há nada quem diga que a aplicação da lei é feita 
adequadamente e proporcionalmente correta. Tudo está nas mentes dos indivíduos, os 
quais são, +ou-, legisladores. Assim, torna-se difícil convencer uma pessoa errada de 
que fere a lei natural. O erro pode vir das paixões ou de interesses pessoais que geram 
incidentes indesejáveis, daí a o governo comunal.
• O estado de natureza já é social e político. Mas os homens sempre evoluem para o 
estado civil. Essa afirmação é sustentada pela inovação conceitual de propriedade 
(logo, quem não tem propriedade está fora! Pressupõe uma sociedade sem classes, 
justa e igualitária). 
OBRA: ENSAIO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO (1690)
Empirismo: tudo que temos acesso é porque já vivenciamos. 
Não acredita que nossas impressões são inatas (critica 
Descartes), ou seja, já nascemos com elas.
SEMPRE recebemos percepções. é primordial, diferencial da 
experiência sensível, dividir os objetos em qualidade primárias 
(forma, extensão e volume), secundárias (cor, odor, textura). 
Nesse segundo as percepções podem mudar. Porque as pessoas 
interpretam diferente? (azul, azul escuro e azul verde).
Locke e o Conceito de Propriedade
• O direito aos produtos da natureza é concessão divina . Porém, cada homem tem uma 
propriedade em sua própria pessoa, de modo que, o trabalho de seu corpo e a obra de 
suas mãos são seus (surge a propriedade privada). Que deve servir ao consumo de 
família, sem desperdícios, e não pode ser usada para subordinar a outrem.
• Evolução:
• A propriedade individual não se originou do consenso, o que levou a comportamentos 
não cooperativos e irracionais. Por isso, os homens abandonaram o estado de natureza 
em busca de uma organização social e política fonte de poder capaz de regulamentar e 
preservar a propriedade.
• Apesar de Locke partir da concepção segundo a qual a propriedade privada é originária 
do trabalho, para explicar a finalidade da união dos homens em comunidade, ele amplia 
o conceito de propriedade para abarcar “as vidas, as liberdades e as posses”.
Locke e a Constituição do Governo Civil
• A constituição do corpo político é feita pela união consensual dos homens (não é por direito divino ≠ Filmer, não 
é pela sua maioria, não pode ser por conquista ≠ Hobbes). Legitimidade. 
• Assim a monarquia absoluta não pode ser legítima, pois não faz sentido homens iguais e livres se colocarem em 
situação pior que aquela do estado de natureza. 
• Para instituir o governo civil, os homens precisam abrir mãos de dois poder: o de legislar e o de executar a lei. 
• O supremo poder é o legislativo, o que torna o parlamento soberano. Contudo, o legislador não pode prever 
nem prover todas as situações, logo, é necessário deixar algumas resoluções para a discrição de quem tem o 
poder executivo, i.e., a prerrogativa real. Alem disso, o legislativo não precisa está sempre reunido.
• Todavia, tanto o poder do legislativo quanto o executivo não podem ultrapassar os limites do bem público e os 
estabelecidos pela lei natural – vigor mesmo após a instituição do governo civil.
• Os detentores do pode são depositários da confiança do povo, caso não cumpram seus mandatos 
adequadamente, cabe ao povo julgá-los. Contra a força “sem autoridade” o povo pode empregar a força (= 
direito de insurreição ).
• O direito à insurreição não pode gerar perpétua anarquia. Mover-se apenas quando a situação se tornar 
insuportável. 
• LOCKE = INDIVIDUALISTA = LIBERALISMO POLÍTICO. O POVO JAMAIS PERDE SEUS DIREITOS E PODERES, APENAS 
DELEGA-OS A OUTROS.
1.1. GUERRA CIVIL NA INGLATERRA: Absolutismo e Liberalismo 
a) Disputa pelo poder: Coroa e Parlamento
O século XVII foi marcado pelo antagonismo entre a Coroa e o 
Parlamento, controlados, respectivamente, pela dinastia 
Stuart, defensora do absolutismo, e a burguesia ascendente, 
partidária do liberalismo. 
b) Disputa religiosa: 
Esse conflito assumiu também conotações religiosas e se 
mesclou com as lutas sectárias entre católicos, anglicanos, 
puritanos e presbiterianos. Finalmente, a crise 
político-religiosa foi agravada pela rivalidade econômica entre 
os beneficiários dos privilégios e monopólios mercantilistas 
concedidos pelo Estadoe os setores que advogavam a 
liberdade de comércio e de produção. 
I - Pré-reforma na Alemanha – Lutero
Lutero não queria ser um líder político, ele dizia que Igreja e 
Estado tinham papéis diferentes, a Igreja era o “Reino da Mão 
Direita” e o Estado era o “Reino da mão Esquerda” e por isso 
os que cuidavam dos assuntos religiosos não deveriam se 
aplicar a gerenciar as decisões dos que cuidavam dos 
assuntos do Estado.
Assim, quanto a Liberdade Cristã do crente que deveria ser 
livre das imposições de doutrinas e costumes dos homens, 
agindo para o bem em liberdade, não por medo ou coação. 
Principais contratualista quadro I
Hobbes Locke Rousseau
Estado de natureza Caos e violência Bom → caos Bom
Sociedade civil/política Boa Boa Ruim → boa 
soberano 1 ou + permanentes 1 ou + Estado
Estado Forte Juiz do direito natural Vontade geral
Fonte do poder Povo Povo Povo 
Titularidade do poder na 
Sociedade civil
soberano Povo Povo 
Charles-Louis de Secondat, barão 
de La Brède e de Montesquieu, 
conhecido como Montesquieu 
(castelo de La Brède, próximo a 
Bordéus, 18 de Janeiro de 1689 
— Paris, 10 de Fevereiro de 
1755), foi um político, filósofo e 
escritor francês
Montesquieu
Montesquieu
• Iluminista Francês 
• Principal trabalho: “O Espírito das Leis”, no qual trata da teoria da 
separação dos poderes, da formas de governo e influência do clima no 
comportamento humano.
• Tenta construir um esquema rigoroso de interpretação do mundo 
histórico, social e político.
• A busca fundamental de Montesquieu tem caráter de natureza liberal. 
Para ele, todo governo deve ser baseado em leis. 
• A lei deve ser vista como a encarnação da razão. Racionalista, mas, 
diferentemente de Maquiavel, não adota um método elaborado no 
empirismo. 
• Apesar de entender a necessidade de leis, é que o Barão se mostrava 
bastante cético com as leis em função da imperfeição dos legisladores 
que as construíam. Portanto, não se deve extrapolar a justiça das leis, 
pois nem sempre refletem a realidade que os cidadãos julgariam a mais 
justa para eles.
• Mas e as leis, o que são? Montesquieu assume certo determinismo para tratar dessa 
questão: para ele, as coisas têm natureza própria e as leis devem ser relações 
necessárias que derivam dessa natureza intrínseca das coisas, mas não bastam para 
explicar um país. As leis formam um sistema de relações onde o ‘espírito das leis’ 
consiste nas varias relações que as leis podem ter com outras variáveis (clima, 
constituição, costumes).
• Assim as leis de uma sociedade são resultado de sua realidade complexas e sua 
essência deve ser buscada na natureza das coisas que cercam essa sociedade e que 
influenciam seus fatos sociais. 
• Todavia, Montesquieu faz uma advertência, para ele, as instituições políticas sempre 
devem estar em harmonia com condições físicas e sociais das nações a que servem. Do 
contrário, sofrerão de irremediável fragilidade.
• Para Montesquieu as leis não devem promover a igualdade absoluta, pois isso não passa 
de uma utopia. Além disso, o poder não pode cair nas mãos do baixo povo, inapto para 
exercer o poder político.
DOUTRINA DA SEPARAÇÃO DOS PODERES
• Fundamento = idéia dos pesos e contrapesos, a qual consiste na proposição de que o 
poder, em um sistema político-social, deve ser dividido entre as instituições e que 
estas devem controlar umas às outras. 
• A divisão na apresentação original:
• Poder legislativo: responsável pela elaboração e correção das leis;
• Poder executivo das coisas que dependem do direito das gentes: faz paz ou guerra, 
envia e recebe embaixadas, estabelece a ordem, prevê invasões, etc. (seria o nosso 
Executivo);
• Poder executivo das coisas que dependem do direito civil: pune crimes e julga 
dissídios dos particulares – poder de julgar e de dizer o direito (seria o nosso 
judiciário).
Sistema Político e Solução de
Conflitos em Montesquieu
• Noção de moderação: preocupação com a solução dos conflitos e a manutenção da 
estabilidade = elemento essencial para o funcionamento estável dos governos. 
• A teoria dos poderes sociais elaborada por ele pressupõe que a equipotência entre os 
diferentes poderes (forças sociais) seria uma condição de estabilidade porque 
asseguraria a existência de um equilíbrio entre os poderes através da possibilidade de 
contraposição mútua entre eles. 
• Essa divisão dos poderes sociais não pressupõe uma divisão de funções.
• As instituições e as leis deveriam evitar que uma força prevalecesse entre as demais e 
que os conflitos de interesses minassem a estabilidade do governo. A 
despersonalização da estrutura de poder através da criação de instituições garantiria 
que o governo fosse menos vulnerável à ação de um indivíduo ou grupo.
Sistema Político e Solução de 
Conflitos em Montesquieu
• Seu modelo baseia-se na monarquia constitucional inglesa e busca através 
de um regime misto equilibrar as posições da monarquia, da aristocracia e 
do povo através da representação balanceada dos interesses desses grupos. 
• O povo deveria ser o detentor do poder legislativo. (mas deveria ser 
composto por representantes eleitos) 
• Como representantes do corpo do povo, os deputados devem prestar 
contas aos representados, elaborar leis e observar se essas leis estão sendo 
implementadas. 
• A participação popular é restrita à escolha dos representantes através do 
voto. Todos teriam direito a dar seu voto para escolher os representantes, 
no entanto, Montesquieu exclui o caso em que os cidadãos “sejam de 
condição tão baixa que se considera que não possuem vontade própria”. 
• Outra distinção feita por Montesquieu diz respeito à separação do 
Legislativo em duas casas (representantes do povo e da nobreza) como 
forma complementar de controle sobre os representantes do povo. 
REVOLUÇÃO FRANCESA
fonte:http://pt.slideshare.net/edna2/revolfrancesa
• Foi o conjunto de eventos que, de 1789 a 1799, alterou o 
quadro político, econômico e social da França.
• Antes da revolução, a França era caracterizada pelo Antigo 
Regime, ou seja, o absolutismo monárquico, o mercantilismo 
e a sociedade estamental.
• A revolução rompeu com o antigo regime, que dominava a 
Europa desde o século XV. Tornou-se, assim, um importante 
marco histórico, iniciando a Idade Contemporânea.
• A Revolução Francesa inspirou reformas em outros países, 
além de ter influenciado na independência das colônias 
espanholas e na proclamação da independência do Brasil. 
Introdução 
• Embora seja uma revolução burguesa, houve 
forte participação popular; 
• Representa o momento em que a burguesia, já 
detentora do poder econômico, atinge o PODER 
POLÍTICO. 
Causas
• Dentre as principais causas da Revolução Francesa, 
podemos destacar o custo da monarquia, pois o rei Luís 
XVI e a sua corte gastavam enormes quantias para 
sustentar seus privilégios.
• As ideias iluministas também influenciaram o desejo por 
reformas políticas e econômicas. Os ideais de liberdade, 
igualdade e fraternidade acabaram estampados nas 
cores da bandeira e também no hino da França.
• O gasto com guerras pesou na economia do país. A 
França participou da Guerra da Independência dos 
Estados Unidos e perdeu a Guerra dos Sete Anos, contra 
a Inglaterra.
Causas
• Além disso, o quadro econômico na França era 
péssimo e a fome ameaçava a população. Secas 
prejudicavam a agricultura e acentuavam a miséria. 
Havia escassez de alimentos, o que aumentava ainda 
mais a revolta da população.
• A divisão da sociedade francesa também pode ser 
considerada causa da revolução, pois não havia 
mobilidade e a posição social dependia do nascimento. 
Causas
• No século XVIII, a burguesia se sentia 
prejudicada pela intervenção do Estado na 
economia (Mercantilismo)• Politicamente, o reinado de Luís XVI 
caracterizava uma monarquia absolutista (poder 
ilimitado e de origem divina). 
Divisão da sociedade
• A sociedade francesa era estamental, dividida em três estados ou ordens. sem 
mobilidade social, que mantinha os privilégios de nascimento da nobreza.
• Primeiro estado: CLERO
• Segundo estado: NOBREZA
 
• Terceiro estado: POVO
ALTO - Bispos, abades (origem nobre)
BAIXO - Padres (origem popular)
DE SANGUE (herdeiros da nobreza feudal)
DE TOGA (Burgueses que compravam ou 
ganhavam títulos de nobreza)
BURGUESIA: Alta, Média e Pequena. 
POBRES – Camponeses, trabalhadores 
urbanos e desempregados. 
Divisão da sociedade
• Obs.: O primeiro e o segundo estados tinham isenção de impostos, logo o 
Estado francês era sustentado pelo terceiro estado (burguesia). 
No início da década de 1780, a França se encontrava 
em uma grave crise econômico-financeira . Suas 
principais causas foram:
• Guerra dos Sete Anos (1756-63), contra a Inglaterra: 
muitas despesas militares e perda de regiões coloniais;
• Guerra de Independência dos EUA: empobreceu os cofres 
públicos em mais de dois bilhões de libras;
• Tratado comercial de 1786, assinado com a Inglaterra 
(vinhos franceses em troca de tecidos ingleses) levou à 
falência de indústrias francesas e aumentou o 
descontentamento burguês. 
• Fenômenos climáticos prejudicaram as colheitas e 
aumentaram o preço do trigo e do pão, causando fome e 
aumentando a insatisfação popular;
• Os gastos da nobreza parasitária e o luxo das festas da 
corte francesa no Palácio de Versalhes eram bancados pelos 
impostos pagos pela burguesia. 
• A INSATISFAÇÃO 
da maioria 
esmagadora da 
população contra 
a monarquia fazia 
da França um 
terreno fértil para 
os ideais 
iluministas de “ 
Liberdade, 
Igualdade e 
Fraternidade”. A Liberdade guiando o povo,
 de Eugène Delacroix 
Etapas da Revolução. Assembleia dos Estados Gerais (1789): 
• Para resolver a questão dos impostos, o rei convoca a 
Assembleia dos Estados Gerais, com representantes 
dos três estados;
• Cada estado tinha direito a um voto, mas a burguesia 
queria uma votação por indivíduo, o que levou a 
violentas discussões; 
• Diante da impossibilidade de resolver a questão, o 
terceiro estado se separou dos demais, declarando-se 
ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE.
1ª fase: Assembleia Nacional Constituinte (1789-91) 
• A Constituição representaria o fim do absolutismo 
monárquico na França;
• Em Paris, o povo invadiu a antiga prisão da Bastilha, 
num momento que representou, simbolicamente, o 
fim do Antigo Regime;
• Na zona rural, os camponeses invadiram castelos, 
incendiaram plantações e massacraram membros da 
nobreza e do clero (o Grande Medo ). 
• A Tomada da Bastilha, 14 de julho de 1789. 
Decisões da Assembleia Nacional Constituinte:
• Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (todos 
têm direito à liberdade e à defesa da propriedade 
privada);
• Extinção dos privilégios feudais da nobreza;
• Aprovação da Constituição Civil do Clero : confisco das 
terras da Igreja e subordinação de seus membros ao 
Estado francês;
• Promulgação da Constituição de 1791 , que estabelecia o 
voto censitário e a tripartição dos poderes . 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Monarquia constitucional (1791-92)
• Luís XVI aceitou a Constituição, mas foi pego ao tentar fugir com sua 
família para a Áustria e preso no Palácio das Tulherias;
• As monarquias absolutistas da Europa começaram a organizar uma 
ofensiva contra a França e, diante da invasão prussiana, a Assembleia 
convocou todos os cidadãos à guerra; 
Às armas cidadãos! Formai 
vossos batalhões! 
Marchemos, marchemos! 
Nossa terra do sangue 
impuro se saciará! 
• A multidão, enfurecida, invadiu o local onde o rei estava 
preso, considerando-o um traidor. Os revolucionários 
aboliram a monarquia e proclamaram a República . 
Invasão ao Palácio das Tulherias, 10 de agosto de 1792. 
2ª FASE: A Convenção (1792-93)
• Girondinos – sentavam-se à direita na Assembleia e 
representavam a alta burguesia;
• Jacobinos – sentavam-se à esquerda, na parte mais alta da 
Assembleia e defendiam os interesses da pequena burguesia 
e dos sans-culottes;
• Planície ou Pântano – sem posição política definida, 
sentava-se ao centro da Assembleia, na parte mais baixa. 
❖ Seus membros foram escolhidos por sufrágio universal
Masculino e pertenciam aos seguintes partidos políticos: 
2ª fase: A Convenção (1792-93)
• A Convenção decidiu, por votação, mandar o rei deposto (Cidadão 
Luís XVI ) à guilhotina; (21.01.1793)
• A execução do rei levou as nações absolutistas – Áustria, Prússia, 
Espanha, reinos italianos, Países Baixos – e a Inglaterra a formar a 
Primeira Coligação, contra a França;
• Dentro da França, houve levantes antirrevolucionários de 
camponeses, instigados por padres reacionários e pela pequena 
nobreza (Vendeia).
Sans-culotte parisiense. 
• Em junho de 1793, tem início a REPÚBLICA 
JACOBINA (“o Terror”), quando os sans-culotes e os 
jacobinos, invadiram a Convenção e prenderam os 
líderes girondinos. 
República Jacobina (junho de 1793 – julho de 1794) 
• Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava 
os opositores da Revolução e condenava-os à 
morte na guilhotina;
• Houve a criação do ensino público e gratuito, 
abolição da escravidão nas colônias, 
tabelamento dos preços dos alimentos e a 
instituição do sufrágio universal masculino;
• Os jacobinos perderam popularidade graças à 
carnificina das execuções, o que levou à volta 
dos girondinos ao poder no Golpe do 9 Termidor 
. 
Reação termidoriana (1794-95) 
• Execução de Robespierre na guilhotina e anulação das 
medidas populares tomadas pelos jacobinos;
• Restabelecimento da liberdade de preços e promulgação de 
uma nova Constituição, que estabelecia que o Poder 
Executivo seria exercido pelo Diretório, além do retorno do 
voto censitário . 
3ª fase: O Diretório (1795-99) 
• Após a queda de Robespierre, a alta burguesia voltou ao poder disposta a 
consolidar suas conquistas.
• Em agosto de 1795, foi criado o Diretório, no qual cinco membros – chamados 
de diretores – exerciam o Poder Executivo. Esta fase encerrou em 799.
• A crise econômica agravava-se a cada dia, a corrupção aumentava e faltavam 
alimentos. Com o passar do tempo, o governo do Diretório foi ficando cada 
vez mais enfraquecido.
• Com a França imersa no caos, e sob a ameaça de ataques internos e externos, 
a burguesia articulou entregar o poder a alguém influente e poderoso.
• Esse alguém foi o jovem general Napoleão Bonaparte, que, a partir de 1799, 
começou a governar a França. 
O Diretório (1795-99) 
• Teve maioria girondina e sofria 
oposição dos jacobinos e dos 
monarquistas;
• Enfrentou tentativas de golpes dos 
dois grupos, como a Conspiração dos 
Iguais , cujo líder jacobino foi preso 
e guilhotinado pelos girondinos. “Graco” Babeuf.
• Externamente, a França ainda 
enfrentava, com sucesso, os 
países absolutistas e começou a 
se destacar o gênio militar de 
Napoleão Bonaparte;
• Para consolidar sua República 
burguesa, os girondinos apoiaram 
o Golpe do 18 Brumário 
(Bonaparte derrubou o Diretório 
e instituiu o Consulado.
Napoleão Bonaparte
Fontes: História Digital, google imagens, http://pt.slideshare.net/edna2/revolfrancesa
 Não precisou esperar quase nada: rapidamente, depois de ter 
conquistado a confiança do povo, Napoleão instalou um novo regime 
político chamado Consulado — uma ditadura disfarçada, com a qual 
rapidamente instaurou um novo conjunto de leis: o Código 
Napoleônico, extremamente benéfico para o desenvolvimento da alta 
burguesia francesa.
 Para o povo, fazia propaganda de seu governodizendo que iria dar 
continuidade à Revolução Francesa. 
 Estava clara a estratégia de Napoleão Bonaparte, em sua aliança com a 
alta burguesia francesa: na verdade, ele iria dominar outros países não 
tanto para “difundir a Revolução Francesa”, como anunciava para o 
povo e sim para conquistar novos mercados de consumo para o alto 
empresariado francês!
A Inglaterra costumava distribuir seus produtos por mar. Um 
grande navio de carga levava os produtos até Portugal, que 
era uma nação aliada, e de lá, os produtos saíam para todos 
os portos da Europa reembarcados em várias pequenas 
caravelas.
Para tirar do caminho das exportações francesas 
concorrência dos produtos ingleses, que se espalhavam por 
toda a Europa a preço baixo, Napoleão começou a dominar 
todos os países que tinham portos, e assim que os 
dominava, proibia o desembarque de novos produtos 
ingleses. Chamava essa estratégia de “Bloqueio 
Continental”.
No governo bonapartista não havia eleições — ele 
estava no poder para ficar. Havia uma 
Constituição para assegurar certos direitos — mas 
promulgada por ele próprio. 
Na prática, tratava-se de um retorno à monarquia, 
e do ponto de vista estritamente político 
(deixando de lado o perfil econômico mais 
avançado desse governo e sua base social 
burguesa), seus únicos traços mais progressistas 
eram a presença de uma Constituição e sua 
postura laica.
Napoleão foi derrubado, ironicamente, pelo contraste entre sua 
própria eficiência militar e o desenvolvimento menor da burguesia 
empresarial francesa, que não conseguiu dar conta de produzir o 
suficiente para alimentar com seus produtos todo aquele imenso 
mercado de consumo que Napoleão havia tomado para ela dos 
ingleses.
A falta de produtos franceses nas regiões mais distantes do império 
napoleônico, combinada com o impedimento de importar produtos 
ingleses e com os entraves a uma produção local independente que 
pudesse concorrer com a francesa, gerou uma crise de produtos de 
necessidade básica nessas regiões. E isso foi o estopim de rebeliões 
que Napoleão não pôde conter.
A Rússia Ocidental era a mais distante dessas regiões, sem produtos, 
rebelou-se. Napoleão, em represália, invadiu a região com seus 
exércitos, mas não conhecia o terrível inverno russo.
A França, então, politicamente voltou quase à estaca zero. A monarquia com base 
social na nobreza foi restaurada, e o código napoleônico foi abandonado. Havia 
uma nova Constituição, mas imposta pelos restauradores da monarquia, e sem os 
elementos necessários para atender às necessidades do Terceiro Estado. O rei Luís 
XVIII estava agora no poder.
Era o ano de 1814.

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