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Meio Ambiente: Fatores de Risco em Eventos

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Aula 2: MEIO AMBIENTE: FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM 
UMA ANÁLISE DE CENÁRIO 
 
Vídeo do Greenpeace - música "My Way“ - Frank Sinatra 
 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1- Definir o que é meio ambiente; 
2- Identificar os fatores ambientais que 
devem ser considerados como “perigo” 
durante o planejamento de um evento; 
3- Reconhecer os impactos ambientais no 
meio urbano. 
 
 
Introdução 
Dando continuidade ao conteúdo estudado na primeira aula, onde 
abordamos os riscos, aqui serão expostos os fatores ambientais que 
podem influenciar, de maneira positiva ou negativa, no planejamento de 
um evento. 
A definição de risco elaborada por Houaiss (2001) traz termos com grande 
significância como probabilidade, incerteza e perigo. 
Os fatores mencionados manifestam-se em um cenário e, em detrimento 
aos conceitos emanados do planejamento estratégico, o nosso cenário 
macro é o planeta Terra que é um sistema aberto, pois recebe energia 
externa do Sol para ter seu pleno funcionamento e, sendo assim, não 
possui características herméticas e plenamente previsíveis devido à sua 
dinâmica. 
EVENTOS 
Voltando-se para a realidade do nosso trabalho, podemos ter eventos com 
abrangência nacional, regional, estadual, municipal e, mais 
especificamente, influência local, tendo como parâmetro o conceito de 
lugar, o conhecido e vivido. 
Dos grandes eventos programados para o nosso país, nos próximos anos, 
temos a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 
2013, a Copa do Mundo, em 2014 e as Olimpíadas e as Paralimpíadas, em 
2016; todos realizados nos principais centros urbanos do Brasil, ou seja, 
não mais em ambientes naturais e sim em locais transformados pela ação 
antrópica (do homem). 
INCERTEZA, PROBALIDADE E RISCO 
Cabe ressaltar que ao falar de meio ambiente não podemos separar o 
homem da natureza, pois, segundo Dashefsky (2003), o meio ambiente é 
composto por “todos os componentes vivos ou não, assim como a todos 
os fatores, tais como o clima, que existem no local em que um organismo 
vive”. 
Ao mencionarmos o planejamento vislumbramos, primordialmente, a 
paisagem. Entretanto, temos que ir além. Segundo Santos (1997, p. 
83): “Paisagem e espaço não são sinônimos. A paisagem é o conjunto de 
formas que, em um dado momento, exprimem as heranças que 
representam as sucessivas relações localizadas entre o homem e a 
natureza. O espaço são essas formas mais a vida que as anima.” 
Ao falar de espaço abordamos o local do risco, exposto na aula anterior e 
de mais 3 fatores que vamos definir: 
INCERTEZA: Uma expressão do grau em que um valor (por exemplo, o 
estado futuro do sistema climático) é desconhecido. A incerteza pode ser 
resultado de falta de informação ou de desacordo sobre o que é ou o que 
pode ou não ser reconhecido. 
PROBALIDADE: Deriva do latim probare (provar ou testar). Informalmente, 
“provável” é um dos muitos vocábulos utilizados para eventos incertos ou 
conhecidos, sendo também substituído por algumas palavras como 
“sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”, “duvidoso”, dependendo do contexto. 
PERIGO: Segundo Sanders e McCormick (1993), “é uma condição ou um 
conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir 
para uma lesão ou morte”. 
O perigo diz respeito a um acontecimento natural que causa ameaça às 
pessoas e aos bens materiais, como por exemplo, avalanches, cheias, 
deslizamentos ou terremotos. 
ATENÇÃO: 
Os problemas ambientais não são uma manifestação contemporânea, pois 
estão relacionados à existência da espécie humana e, na atualidade, veem 
à tona devido à quebra da capacidade de suporte dos recursos naturais 
para atender às necessidades de um modelo de desenvolvimento e de 
uma sociedade global. 
Saiba mais : Manifestação contemporânea O planeta conta com mais de 7 
bilhões de habitantes distribuídos, de forma não muito igualitária, 
apresentando uma tendência de crescimento e perspectiva de que em 
2050 a população atinja a marca superior a 9 bilhões de habitantes, em 
sua maioria concentrados nas grandes cidades. As discussões 
contemporâneas sobre os problemas ambientais têm como seu marco 
inicial, formal, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
Humano, realizada em Estocolmo, em 1972, onde foram aprovados vários 
conceitos relacionados com o meio ambiente, destacando-se o combate e 
o controle da poluição e a formalização dos princípios do que viria a ser, 
posteriormente, o conceito de Desenvolvimento Sustentável. Fonte: 
http://www.comercialhortolandia.com/noticias/populacao-mundialchega-
aos-7-bilhoes-de-habitantes 2 Em 1987, foi lançado mais um relatório 
voltado para questão ambiental encomendado pela ONU, o Relatório 
Brundtland, também conhecido como nosso futuro em comum, onde o 
conceito de desenvolvimento sustentável “aquele que atende às 
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as 
gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades” (CMMAD, 
1988), foi consolidado e difundido, refletindo claramente no enunciado do 
artigo 225, da Constituição Federal, de 1988: “Todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações.” O desdobramento das discussões ambientais, iniciadas 
em Estocolmo 72, voltou à cena no Rio de Janeiro - com a Segunda 
Conferência da ONU para o Meio Ambiente - então chamada Eco 92, onde 
as novas perspectivas sobre o meio ambiente no século XXI foram 
consolidadas na Agenda 21, um documento com 40 capítulos que apontou 
os principais problemas ambientais a serem encarados. Discussões sobre 
problemas globais como a destruição da camada de ozônio e a diminuição 
da emissão de poluentes para atmosfera permanecem em pauta até a 
atualidade. Como o desdobramento das discussões das questões 
ambientais entrando em cena, novamente, em 2012 - com a realização da 
RIO+20 -, onde novos acordos políticos demonstraram a fragilidade da 
questão, pois, em âmbito geral, nos últimos 40 anos, poucos avanços 
práticos foram feitos. 
Localização 
A localização deve ser considerada ao planejar um 
evento? 
Um aspecto fundamental que deve ser considerado ao 
planejar um evento é a sua localização. 
Onde será? 
Qual continente? 
Qual país? 
Qual região? 
Qual estado? 
Qual cidade? 
E como este local interage com seu entorno? 
A Geografia nos diz que não há características homogêneas 
em todo nosso planeta, então, devemos considerar os fatores 
ambientais de forma mais ampla, segundo a localização no 
globo. 
A recepção da radiação solar pelo planeta é diferenciada e, 
por isso, temos consolidação de Zonas Climáticas 
diferenciadas, bem como a consolidação de estações do ano de 
forma inversa nos hemisférios Norte e Sul. É inverno no Sul, 
verão no Norte. 
Quanto mais próximo à linha do Equador, maiores serão as 
temperaturas, exceto em locais que possuam grandes 
altitudes, pois a cada 150m a mais de altitude, a tendência é 
que a temperatura tenha um decréscimo de 1 grau. 
Efeito estufa 
Como fora mencionado anteriormente, o nosso planeta é um 
sistema aberto que recebe energia do Sol absorvendo uma parte e 
refletindo outra de volta para a atmosfera. Inserido neste contexto 
temos um processo, chamado de efeito estufa, que proporciona a 
reabsorção de radiação solar e o rebatimento pela atmosfera para 
a superfície promovendo a regulação térmica do planeta. 
A radiação solarrefletida pela superfície terrestre é também 
corresponsável pelo aquecimento e circulação atmosférica que 
aciona o mecanismo de ventos. Fenômeno que pode ser benéfico 
ou não, pois pode dispersar os poluentes atmosféricos, mas em 
casos extremos pode comprometer o bom andamento de um 
evento. 
Esse processo natural é benéfico, entretanto, tem sido 
potencializado pela grande emissão de poluentes, principalmente 
CO2 na atmosfera. Os efeitos do processo são sentidos 
especialmente nos centros urbanos, devido à concentração do 
fluxo de veículos automotores que têm na queima de 
combustíveis fósseis sua fonte de energia. 
A maior parte dos centros urbanos não possui um sistema de 
transporte coletivo eficiente e, por tal fato, medidas para restrição 
do uso de automóveis particulares podem, em muito, ajudar na 
diminuição dos problemas de transito. 
Inversão térmica e Ilhas de calor 
Inversão térmica 
 
Não podemos deixar de mencionar que durante o inverno, 
principalmente no período da manhã, pode ocorrer um fenômeno 
denominado inversão térmica, quando uma camada de ar frio, por 
ser mais pesado, acaba descendo e ficando próximo à superfície 
terrestre, retendo os poluentes. O ar quente, mais leve, fica em 
uma camada superior, impedindo a dispersão dos poluentes. 
Ilhas de calor 
 
Outro processo que ocorre no meio urbano é a formação de ilhas 
de calor que consiste no aquecimento maior das áreas urbanas em 
relação às suburbanas e rurais vizinhas, principalmente devido à 
densidade de edificações existentes nas áreas e a capacidade de 
absorção ou reflexão da radiação solar dos materiais utilizados 
nas construções, a cobertura vegetal e a presença de corpos 
d’agua. 
O contraste da temperatura média entre um centro urbano e áreas 
vizinhas é, em média, de 4 a 6°C, e pode gerar um grande 
desconforto na população durante o verão e, consequentemente, o 
aumento do consumo de energia elétrica relacionado ao uso de 
sistemas de refrigeração de ambientes domésticos, comerciais e 
industriais. 
Aquecimento diferencial do planeta 
O aquecimento diferencial do planeta proporciona o deslocamento 
de massas de ar das regiões mais frias para as mais aquecidas, ou 
seja, dos polos para os trópicos em direção à linha do Equador. 
Em muitos casos, os ventos mais intensos acompanham a chegada 
de frentes frias e, consequentemente chuvas. 
As áreas litorâneas são mais vulneráveis às ações desses fatores 
ambientais, entretanto, podemos trabalhar com sequências 
históricas meteorológicas para fazer inferências quanto à 
possibilidade de ocorrer eventos climáticos intensos, podendo 
gerar grandes transtornos ou mesmo o cancelamento de eventos. 
Intensas precipitações em locais com relevo acentuado podem, 
também, promover o deslizamento de encosta. Nos grandes 
centros urbanos, muitas áreas que deveriam ser preservadas são 
ocupadas comprometendo ainda mais a resistência do solo, 
principalmente em encostas com declives acentuados onde é 
pouco espesso e, ao absorver as águas das chuvas, passa por um 
processo de saturação que promove seu desagregamento e 
deslizamento pela a ação da força gravitacional. 
 
Como exemplos, podemos citar as enchentes que ocorreram em 
Santa Catarina, em 2008, onde as fortes chuvas contribuíram para 
promoção de vultosos deslizamentos de encostas e as enchentes 
em Alagoas, em 2010 e 2012. 
Poderíamos falar sobre eventos extremos como vulcanismo, 
terremotos, tsunamis, furacões dentre outros, contudo não 
pretendemos aqui esgotar esta discussão. O mais importante foi 
oferecer elementos para uma reflexão ampla que fundamente a 
sinalização dos fatores de risco em um cenário e, certamente, 
durante o andamento da disciplina, novos fatores poderão ser 
citados e inseridos no contexto. 
Aula 2: Meio Ambiente: Fatores que Devem ser Considerados em uma 
Análise de Risco 
 
Nesta aula, você: 
• Compreendeu o que é meio ambiente; 
• Identificou os fatores ambientais que devem ser considerados como “perigo” durante o 
planejamento de um evento; 
• Conheceu os impactos ambientais no meio urbano. 
 
 
Na próxima aula, você estudará sobre: o que é cenário, o que é ameaça e vulnerabilidade e o que é 
percepção do risco bem como a antecipação e prevenção dentro de um cenário pré-estabelecido

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