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MBA Gerenciamento de Projetos Gerenciamento de Riscos Aula 2: O Gerenciamento de Risco 1. Conhecer os conceitos do Gerenciamento de Riscos em projetos e a importância da gerência conjunta de riscos; 2. Compreender o paradigma da gerência de riscos e a finalidade do Plano de Gerenciamento de Riscos Objetivos da Disciplina Conteúdo da Aula de Hoje 2.1 CONCEITO DE GERENCIAMENTO DE RISCO 2.2 PARA QUE SERVE O GERENCIAMENTO DE RISCOS? 2.3 OS PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS DO PROJETO 2.4 PLANEJAMENTO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS 2.5 O MAPA DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE RISCOS 2.6 O PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 2.7 O PARADIGMA DA GERÊNCIA DE RISCOS 2.8 GERÊNCIA CONJUNTA DOS RISCOS 2.9 CUSTO DO RISCO 2.10 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DE RISCOS 2.11 ATIVIDADE PROPOSTA O PMBOK define Risco de um Projeto como sendo: “um evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto” Exemplo: tempo, custo, escopo ou qualidade – o objetivo de tempo do projeto sendo a entrega de acordo com o cronograma acordado e o objetivo de custo do projeto sendo a entrega de acordo com o custo acordado etc. “ 1.3 Risco para o PMBOK Função do gerenciamento de riscos: “a identificação de possíveis incertezas e o seu controle, pois nunca dispomos de todas as informações necessárias para a tomada de decisões em projetos, o que caracteriza a incerteza.” 2.1 O conceito de Gerenciamento de Risco O Gerenciamento de Riscos é considerado uma das áreas de conhecimento da gestão de projetos mais críticas, pois está diretamente relacionado ao sucesso e ao fracasso de um projeto, uma vez que se relaciona diretamente com as demais áreas do gerenciamento de projetos. Cada uma das áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos tem propensão a riscos. Conhecer os principais riscos em cada uma dessas áreas ajuda, posteriormente, na identificação da lista de riscos Riscos referentes a cada uma das áreas de conhecimento Não existe acaso ou fatalidade. Existe um Risco identificado e/ou não gerenciado 2.1 O conceito de Gerenciamento de Risco RISCO Integração: integrar todas as áreas do Gerenciamento de Riscos não deixa de ser uma tarefa arriscada. Escopo: um dos grandes riscos que temos, quando gerenciamos o escopo, é atender as expectativas do cliente. Existem “áreas cinzas” na definição do escopo de um projeto que são potencias riscos em relação a essa expectativa. Aquisições: um dos riscos na área de aquisições é a qualidade dos serviços e dos materiais. Além desses, a performance dos fornecedores tem de ser acompanhada de perto. Qualidade: sempre existe o risco do não atendimento dos requerimentos e do padrão de qualidade estabelecido. Tempo: cumprir os objetivos de tempo de um projeto é sempre um risco a ser gerenciado. RISCO 2.1 O conceito de Gerenciamento de Risco Comunicações: como exemplos de riscos nessa área, podemos citar as ideias, diretrizes e acurácia referentes aos dados. Recursos humanos: dependemos da disponibilidade de recursos humanos, pessoas envolvidas, que foram premissas no início do projeto, e de sua produtividade para executar o projeto de acordo com as estimativas. Deve-se gerenciar o risco de não termos as pessoas disponíveis e da produtividade não ser a mesma da prevista. Custo: cumprir os objetivos de custo do projeto e as restrições orçamentárias é sempre um risco a ser gerenciado. Assim como os demais riscos, temos que gerenciar esse tipo de risco para se alcançar o objetivo. Partes interessadas: o sucesso dos projetos é medido pelo grau de satisfação das partes envolvidas no mesmo; portanto, há sempre o risco de não se alcançar determinado grau de satisfação, e expectativa, que cada uma das partes envolvidas tenha. RISCO 2.1 O conceito de Gerenciamento de Risco Segundo o PMBOK... “o gerenciamento dos riscos do projeto inclui os seguintes processos: planejamento, identificação, análise qualitativa e quantitativa, respostas, monitoramento e controle.” Por meio dos referidos processos, buscam-se maximizar a probabilidade e as consequências de eventos positivos e minimizar a probabilidade e consequências de eventos adversos aos objetivos do projeto. Uma boa gestão de risco possibilita que o Gerente do Projeto, patrocinador ou cliente/usuário não seja surpreendido e necessite de atuar “apagando incêndios” a todo momento. 2.1 O conceito de Gerenciamento de Risco O Gerenciamento de Riscos visa aumentar a possibilidade de sucesso e diminuir a possibilidade de fracasso de um projeto. Em outras palavras, maximizar os riscos positivos e minimizar os riscos negativos. Observa-se então que o Gerenciamento de Riscos é um processo proativo, já que o objetivo é estar preparado para os acontecimentos que não estão no plano do projeto. 2.2 Para que Serve o Gerenciamento de Risco O que são riscos positivos e riscos negativos? Riscos positivos são eventos que podem impactar positivamente um projeto (gerar ganhos), enquanto os riscos negativos, como o termo já diz, podem impactar negativamente um projeto (gerar perdas). Dessa forma, os riscos positivos são tratados como oportunidades e os riscos negativos são tratados como ameaças. Quando tratamos dos riscos negativos, estamos minimizando as possibilidades de não cumprir os objetivos do projeto. De forma análoga, quando tratamos os riscos positivos, estamos maximizando as possibilidades de atingir os objetivos do projeto ou aumentando a possibilidade de crescimento e sucesso. 2.2 Para que Serve o Gerenciamento de Risco O PMI por meio do PMBOK, um guia/conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos, apresenta dez áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos: 1. integração do projeto, 2. escopo do projeto, 3. tempo do projeto, 4. custos do projeto, 5. qualidade do projeto, 6. recursos humanos do projeto, 7. comunicação do projeto, 8. riscos do projeto, 9. aquisições do projeto e 10. partes interessadas (stakeholders). Para tanto, desenvolve, em cada fase do projeto, grupos de processos, compostos de iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento, cujo inter-relacionamento é mostrado na figura a seguir. 2.2 Para que Serve o Gerenciamento de Risco 2.2 Para que Serve o Gerenciamento de Risco 2.3 Os Processos de Gerenciamento de Riscos As etapas do processo – Perguntas a responder: • O que queremos alcançar? (planejamento); • Que incertezas poderiam nos afetar, para melhor ou para pior? (identificação); • Quais as incertezas mais importantes para darmos encaminhamento? (análise); • O que podemos fazer para tratar tais incertezas e o que faremos? (planejamento das respostas aos riscos); • Como as coisas mudam em consequência das respostas adotadas? (monitoramento e controle). PMI estruturou em seis processos o Gerenciamento de Riscos: 2.3 Os Processos de Gerenciamento de Riscos 2.4 O Planejamento do Gerenciamento de Riscos Planejar o Gerenciamento de Riscos é o processo de definição sobre como conduzir as atividades de Gerenciamento de Riscos de um projeto. A principal vantagem desse processo é garantir que o grau, o tipo e a visibilidade do Gerenciamento de Riscos sejam compatíveis com os riscos e com a importância do projeto para a organização. O resultado desse processo é o Plano de Gerenciamento dos Riscos, preparado com a assistência do Gerente de Projetos, líderes das equipes do projeto e outros interessados importantes, conforme a necessidade. O Mapa do Processo de Planejamento de Riscos DECLARAÇÃO DO ESCOPO DO PROJETO: a declaração do escopo contém informações sobre o projeto que ajudam a identificarse é um projeto com maior ou menor tendência aos riscos. PLANO DE GERENCIAMENTO DOS CUSTOS: o Plano de Gerenciamento dos Custos irá fornecer informações importantes para o Gerenciamento de Riscos, como, por exemplo, as restrições de custos que podem influenciar as reservas para o Gerenciamento de Riscos. PLANO DE GERENCIAMENTO DO CRONOGRAMA: nesse plano serão obtidas informações sobre as restrições de tempo e como as contingências do cronograma podem ser utilizadas. PLANO DE GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES: o Plano de Gerenciamento das Comunicações estabelece como devem ser feitos a comunicação e o escalonamento dos riscos, identificando as pessoas a serem levando-se em consideração em que momento e em função aos tipos de informação e criticidade. 2.5 O Mapa do Processo de Gerenciamento de Riscos 2.5 O Mapa do Processo de Gerenciamento de Riscos O Mapa do Processo de Planejamento de Riscos FATORES AMBIENTAIS DA EMPRESA: as atitudes e tolerâncias a riscos podem ser expressas em declarações de políticas da organização ou mostradas por meio de ações dos indivíduos da organização. ATIVOS DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS: nos documentos dos processos da organização, podemos encontrar algumas abordagens que já estão predefinidas para uso dos projetos. Algumas delas podem se referir à forma como gerenciamos os riscos. REUNIÕES E ANÁLISES DE PLANEJAMENTO: todas as informações apuradas de acordo com as “entradas” desse processo devem ser analisadas de acordo com a sua relevância e a sua influência no Gerenciamento de Riscos. Nas reuniões, são discutidas como serão executadas as tarefas de Gerenciamento de Riscos. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS: descreve como o Gerenciamento de Riscos será estruturado e executado no projeto. 2.6 O Plano de Gerenciamento de Riscos O único resultado desse processo é o Plano de Gerenciamento de Riscos, o documento que descreve como os processos do Gerenciamento de Riscos serão implementados, monitorados e controlados no decorrer do projeto. Especifica como serão gerenciados os riscos sem definir a resposta a cada um deles, essas são discutidas no Plano de Respostas aos Riscos, documento resultado de outro processo. Conforme o PMBOK, o Plano de Gerenciamento de Riscos pode conter uma descrição da metodologia a ser usada em seu gerenciamento. Também devem constar no documento as funções e responsabilidades, bem como nele se descreve a equipe responsável por gerenciar os riscos identificados e suas respectivas respostas. No Plano de Gerenciamento de Riscos devem estar documentados os seguintes dados: • Título do projeto; • Nome do elaborador; • Nome do responsável pelo plano; • Descritivo dos processos de Gerenciamento de Riscos (regras gerais); • Risk Breakdown Structure (RBS) para identificação dos riscos; • Riscos identificados; • Qualificação e quantificação dos riscos; • Planos e reservas de contingência; • Metodologia de Gerenciamento de Riscos; • Funções e responsabilidades dos membros da equipe; • Orçamento dos riscos; • Programação das atividades de Gerenciamento de Riscos; • Critérios de limites dos riscos; • Procedimentos de documentação dos riscos; • Programação de auditoria de riscos; • Registro de alterações no documento; • Aprovações. . 2.6 O Plano de Gerenciamento de Riscos A comunicação é percebida como o grande paradigma da gerência de riscos, uma vez que tanto por meio dela fluam as informações como é ela o principal obstáculo. O paradigma da gerência de riscos é um processo contínuo com dois componentes: • avaliar (identificar e analisar) • controlar (planejar, monitorar e resolver). 2.7 O Paradigma da Gerencia de Riscos 2.8 Gerência Conjunta de Riscos Gerência Conjunta dos Riscos é um ambiente com um conjunto de processos, métodos e ferramentas que possibilita que contratante e contratado trabalhem juntos e de forma cooperativa, para continuamente gerenciar os riscos durante o ciclo de vida do projeto. Na gerência conjunta o contratante solicita que o contratado participe da gerência de riscos, como uma equipe única. Vantagens: ❑ A melhoria na comunicação; ❑ Os riscos são analisados segundo múltiplas perspectivas; ❑ Existe uma base mais extensa de experiências; ❑ Há uma maior aceitação dos resultados e uma consolidação dos riscos identificados nas duas partes. 2.9 O Custo dos Riscos Caso os riscos não sejam bem tratados, o Gerenciamento de Riscos se tornará um custo extra, de consequências incalculáveis, ao projeto, não uma vantagem, portanto – dependendo da amplitude e da complexidade da rede de atividades de projeto. 2.10 Benefícios do Gerenciamento de Riscos Os principais benefícios do gerenciamento dos riscos são: Minimização do gerenciamento de crises; Minimização da ocorrência de surpresas e problemas; Alavancagem de vantagens competitivas efetivas; Redução de perdas nos projetos, potencializando os resultados; Aumento substancial da chance de sucesso do projeto. 2.11 Atividade Proposta Atividade proposta 1) Para a aula: Elabore um Plano de Gerenciamento de Riscos para um projeto de sua escolha (1 ponto) 2) Para casa: Elabore um Plano de Gerenciamento de Riscos para o projeto “Atividade Riscos”, disponibilizado na Biblioteca Virtual da nossa disciplina. (1 ponto) Fazer em grupos de três alunos (máximo)
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