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Influência da mídia na autoimagem e inclusão na Educação Física

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Ética e Estética da Educação
Influência da mídia no valor estético e imagem corporal
1 – Seria a mídia um dos elementos influenciadores na estética e autoimagem de jovens e adolescentes?
 O modelo de beleza vem mudando, com uma diminuição significativa do manequim considerado ideal (LE BRETON, 2007). Esse conflito entre o corpo real e ideal, imposto pela mídia, estimula a busca de soluções, pelos jovens, como dietas e medicamentos, muitas vezes prejudiciais à saúde física e mental. Como descreve Tavares (2003, p. 17). Conforme Tavares, a insatisfação com a imagem corporal tem relação com aspectos da atratividade física e ideais culturais do corpo, e comportamentos relacionados a essa insatisfação podem ter efeitos devastadores na saúde física e psicológica da pessoa.
 Entende-se como adolescentização o processo de valorização de características tipicamente adolescentes, como a apropriação e a construção de uma identidade corporal e a experimentação de novas referencias corporais, é a perca da infância influenciada por músicas, filmes, novelas, propagandas ou programas mais adultos que causam o crescimento precoce. A população adolescente está mais vulnerável a adotar comportamentos extremos que a população adulta. Isso por que, o processo de adolescência visa prioritariamente à conquista de si mesmo e de sua identidade. Para tal, torna-se necessária a integração entre experiências passadas e presentes, em especial aquelas de grande impacto emocional e/ou social. É momento de definir-se como uma presença no mundo, sendo o desafio alcançar autonomia, ser e pertencer socialmente (TELES, 2001).
 O adolescente se olha no espelho e se acha diferente. Por não serem mais criança, nem adulto reconhecido, seu espelho se torna frequentemente vazio, tentador e perigoso ao mesmo tempo, mostrando não mais sua imagem e sim a imagem que sempre deve muito ao olhar dos outros. Ou seja, ele passa a ver/perceber o que imagina que outros estão vendo. A insegurança passa assim, a andar lado a lado a adolescência.
 Percebe-se que o mundo social claramente discrimina os indivíduos não atraentes, numa série de situações cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes, assim, indivíduos tidos como não atraentes, estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não responsivo ao rejeitador e que desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de um autoconceito favorável.
2 – Como a professora poderia auxiliar na ressignificação da imagem corporal dos alunos?
 A educação física pode colaborar para a expressão corporal de uma pessoa através de atividades como a dança, ginastica ou qualquer outra atividade física que o individuo sinta o mínimo de interesse em praticar.
A corporeidade é um conceito importante na vida de qualquer pessoa, e é importante praticar para expressar imagens corporais e pensamentos, ideias e a própria cultura através do corpo, se relacionando com a sua própria imagem de si mesmo. 
A nós professores, cabe utilizarmos a mídia como instrumento pedagógico em nossas aulas, uma vez que esta possui uma linguagem atraente, que combinam os sons, as letras de diversas formas, cores, imagens e palavras, que despertam o interesse dos leitores (BETTI, 2001). Mas para, além disso, e visando a formação integral do cidadão, é relevante considerar que a mídia também precisa ser tratada por nós como objeto de pesquisa, como foco a ser investigada e questionada por nossos alunos, e na Educação Física, especificamente, há uma diversidade de mídia que se ocupam exclusivamente do esporte e da qualidade de vida.
Educação Especial e Inclusiva
Educação Física Inclusiva
1 – É possível a participação de alunos com deficiência nas aulas de educação Física em turma regular?
Sim ! A educação inclusiva esta sendo difundida nas escolas em todo o país, com isso há cada vez mais alunos com deficiência nas escolas de ensino regular. No entanto, a simples inserção desses alunos nas turmas não assegura que a inclusão esteja ocorrendo para sua consolidação. Faz- se necessário a superação de muitas barreiras atitudinais e a mobilização da comunidade escolar em geral.
Para que a inclusão ocorra é importante que os professores que trabalham diretamente com as turmas com deficientes promovam a inclusão dos alunos, em especial o professor de Educação Física que auxilie no desenvolvimento das capacidades motoras, muitas vezes desconhecidas pelos pais e pelo próprio aluno. A Educação Física é caracterizada como uma área onde, fazendo-se pequenas adaptações, a participação de todos é possível e, independentemente das limitações apresentadas pelo aluno com deficiência, proporciona a interação entre os alunos. 
2 – Os professores de educação Física estão preparados para trabalhar em suas salas, com alunos portadores de deficiência?
Entre vários aspectos importantes na construção de uma educação inclusiva, exige-se discutir a gestão escolar, o desenvolvimento profissional do professor e o currículo como fatores de mudança para atender à diversidade de alunos na tentativa de gerar respostas aos desafios de uma escola de qualidade para todos. 
A Educação Física como disciplina curricular não pode ficar indiferente ou neutra neste movimento de Educação Especial ou Educação Inclusiva que vivemos hoje, porém como parte integrante do currículo oferecido pelas escolas a disciplina de Educação Física pode constituir se como um ponto fundamental, podendo ser considerada tanto como um obstáculo adicional ou ponto de relevância extremamente positivo, para que o ambiente de trabalho do profissional de Educação Física se torne cada vez mais inclusivo. E percebemos que está surgindo uma demanda por profissionais para atuarem na área da Educação Física inclusiva cada vez maior com conhecimentos significativos sobre a população deficiente.
Pois a princípio, todos os professores deveriam ter conhecimento da educação de alunos deficientes, e o professor é a principal figura na sociedade inclusiva e isso é muito claro, e não adianta contemporizarmos, enquanto os cursos e as universidades que formam professores não tiverem como ponto de honra conscientizá-los de que alunos com deficiência é responsabilidade de todos os educadores, e não apenas do profissional que se interessa por educação especial, caminharemos feito tartarugas. 
Para Rodrigues (2003) existem várias razões pelas quais a Educação Física tem possibilidades de ser um fator essencial para a construção da educação inclusiva, e podemos citá-las em três exemplos: 
 - Em primeiro lugar, em Educação Física os conteúdos ministrados apresentam um grau de determinação e rigidez menor do que em outras disciplinas, e o professor de Educação Física dispõe de uma maior liberdade para organizar os conteúdos que pretende sejam vivenciados ou aprendidos pelos alunos nas suas aulas.
- Em segundo lugar, nos professores de Educação Física, somos vistos como profissionais que desenvolvem mais atitudes positivas perante os alunos que os restantes dos professores em geral, talvez devido aos aspectos fortemente expressivos no âmbito cognitivo, motor e afetivo da disciplina, somos professores conotados como profissionais que apresentam atitudes mais favoráveis à inclusão e, consequentemente, levantamos menos problemas e com maior facilidade de encontrarmos soluções para casos difíceis, por isso esta imagem sempre positiva e dinâmica dos professores de Educação Física é um elemento importante, da nossa identidade profissional, sendo assim somos frequentemente solicitados a participar em projetos de inovação e principalmente de inclusão nas escolas.
- Em terceiro lugar, a Educação Física é julgada uma área importante de inclusão, dado esse que nos permite uma ampla participação, mesmo de alunos que evidenciem dificuldades, pois este fato pode ser ilustrado com a onipresença da Educação Física em planos curricularesparciais elaborados para alunos deficientes, mesmo tendo-se consciência das diferentes aptidões específicas de cada deficiência, entende-se que a Educação Física é capaz de suscitar uma participação e um grau de satisfação elevada dos alunos com níveis de desempenho muito diferentes entre si.
A sala de aula é um espaço complexo, em que professores e alunos interagem constantemente na busca de articulação de conhecimento, gestão de organização do tempo, confrontação de valores e construção de normas e regras. Dentro desse processo, a individualidade de cada um, dialoga com a necessidade de respeito à diversidade. A escola inclusiva necessita de professores qualificados e capazes de planejar e tomar decisões, refletir sobre a sua prática e trabalhar em parceria para oferecer repostas adequadas a todos os sujeitos que convivem numa escola.

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