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TCC - nota 100

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O PODER DE TRANSFORMAÇÃO QUE A EDUCAÇÃO INFANTIL TRAS PARA VIDA DAS CRIANÇAS
NASCIMENTO CUNHA, Larissa karolyne
RU: 1273347
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar a importância da educação infantil para a formação das pessoas, neste sentido mencionar o quão as atividades lúdicas contribui com o no desenvolvimento e aprendizagem da criança. Pretende-se compreender o significado do brincar, conceituar os termos mais relevantes para designar o ato de brincar. É fundamental também compreender o universo lúdico, onde a criança encontra-se com ela mesma e com o mundo, admite a existência do outro, institui relações sociais, elabora conhecimentos, desenvolvendo inteiramente. Será também analisado os benéficos que o brincar traz no ensino-aprendizagem. Este artigo apresenta algumas considerações sobre, brincadeiras, brinquedo e jogos e como influem na socialização das crianças. Destaca-se também o quanto é importante a valorização do trabalho do professor assim como a sua formação para que todos tenha uma educação de qualidade é necessário que o professor seja valorizado. O trabalho se fundamenta através de pesquisas bibliográficas 
Palavras-Chave: Criança. Escola. Aprendizagem 
INTRODUÇÃO
Os espaços em que se permite que as crianças se desenvolvam necessita ser valorizado, muitos oferecem situações de aprendizagem significativas, que ocorram efetivamente, apresenta-se hoje como um grande desafio. Diante desse desafio, pergunta-se: qual a real importância de o professor encorajar, promover, valorizar e participar ativamente do brincar na sala de aula?
No contexto atual, do discurso generalizado em torno da importância do lúdico como, tanto na mídia quanto nos programas, propostas e práticas educativas institucionais, cabem várias indagações: as práticas têm conseguido incorporar o brincar como dimensão cultural do processo de constituição do conhecimento e da formação humana? Ou têm privilegiado o ensino das habilidades e dos conteúdos básicos das ciências, desprezando a formação cultural e a função humanizadora da escola?
Considerando a necessidades de valorização do professor o trabalho ainda demostra a importância dele para a sociedade suas expectativas seus desempenho para com o desenvolvimento infantil. O trabalho segue a linha de abordar os seguinte pontos durante o desenvolvimento 1° o que é a educação infantil qual a sua importância, 2°metodos utilizados na educação infantil que contribuem com a aprendizagem e 3° A formação continuada dos educadores pode contribuir com uma educação de qualidade, seguido pelas considerações finais onde foi transmitido o que o trabalho dedicou-se afazer em si, tendo por último as referências as quais foram utilizadas durante o desenvolvimento do trabalho.
01 O QUE É A EDUCAÇÃO INFANTIL QUAL A SUA IMPORTANCIA 
A educação é um processo, portanto é a continuidade de um fenômeno no tempo, ou seja, é um fato histórico. No entanto, é histórico em duplo sentido: primeiro no sentido de que representa a própria história individual de cada cidadão; segundo, no sentido que está ligada à fase vivida pela comunidade em sua contínua evolução.
De acordo com Rodrigues (2002) a lei que rege a educação no Brasil, a LDB (Lei das Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9394/96) aprovada em 20/12/1996, no seu artigo 1º diz que a educação envolve os processos formativos que se desenvolvem na convivência humana, no meio familiar, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nas atividades sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
 Isto é, percebe-se que a educação não está restrita ao mundo da escola e, sim, pode-se afirmar que a escola deve ser o mundo todo, todas as situações vividas no decorrer da história de cada um e de cada grupo social. Contudo, a LDB busca disciplinar a educação escolar, os espaços do ensino, as instituições escolares, sem, com, isto, isolá-las do restante, principalmente garantindo o vínculo com as práticas Fsociais e o mundo do trabalho.
Saviani(2008) complementa:
[...] o homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir, para saber querer, agir ou avaliar é preciso aprender, o que implica o trabalho educativo. Assim, o saber que diretamente interessa a educação é aquele que emerge como resultado do processo de aprendizagem, como resultado do processo educativo [...] (SAVIANI, 2008, p. 7).
Segundo Rodrigues (2002,) não se pode considerar que a educação sozinha consiga garantir a construção de uma sociedade democrática, solidária, justa. Porém, sem ela, esta tarefa seria muito mais difícil. Também é essencial analisar a sociedade e sentir que a educação não é igual para todos, pois, mesmo no universo da educação existem discriminações e, até mesmo, exclusões.
 Uns são educados para ser cidadãos, para decidirem rumos, para tomarem decisões, já outros são educados para ser cidadãos, para decidirem rumos, para tomarem decisões, já outros são educados para obedecer, para o trabalho, e ainda, existem aqueles que nem isto consegue, ou seja, serem educados – mas, mesmo estes, constroem um processo pedagógico de sobrevivência, de reprodução social, de resistência educativa.
No entanto Acre e Martins(20007) recorda que:
[...] compartilhamos os preceitos históricos culturais da escola de Vigotski e da Pedagogia Histórico crítica para os quais os fatores biológicos e culturais não são dissociados, exercendo continuamente influências mútuas. As características biológicas preparam o indivíduo para interagir com o mundo social e modificá-lo e essa relação termina por influenciar a construção de suas próprias características biológicas, psicológicas e sociais, num processo contínuo de complexificações crescentes. Arce e Martins (2007, p. 42)
 Brandão (2001) defende que o ensino tem como espaço institucionalizado a escola. A escola, muitas, vezes, é vista com um só objetivo, é vista com a tarefa de mostrar o caminho da aprendizagem, com a única missão de ensinar. Ensinar o quê? Ensinar quem? Ensinar para quê e para quem? Com toda certeza, estas questões inquietam todos aqueles que estão envolvidos com a educação, ou, pelo menos, deveriam inquietar. Por sua vez, nem sempre se consegue respondê-las com segurança, com transparência, pois, muitas vezes se está influenciado pela formação orientada, pelas referências localizadas.
A educação é presente em toda a sociedade e envolve todos os seus membros, contudo, neste trabalho acadêmico a preocupação maior é compreender a Educação Infantil através das brincadeiras. 
De acordo com Rodrigues (2002) a LDB diz em seu artigo 29 que a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por meta o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos psicológico, físico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade.
 Para Bressan (1998) pode-se identificar na legislação um espaço específico para a educação das crianças, assim como um papel importante não somente da família mas, também, do poder público, o que garantiu avanços no processo de integração social dos indivíduos, em especial, das crianças. Contudo, somente isto não é suficiente, necessita aprofundar-se: qual é a qualidade de ensino nestas instituições de educação infantil? A sociedade consegue construir uma educação ampla e crítica das crianças? O que ela entende por infância?
A educação infantil precisa ser entendida não somente como um local onde os pais, para trabalharem, depositam seus filhos para serem cuidados, mas para, além disso: deve ser compreendido como um espaço de brincadeira, de aprendizado, de desenvolvimento das diversas dimensões do conhecimento. A escola infantil é um espaço onde os degraus educativos são construídos, de maneira dinâmica, onde não deve existir aquele que somente comanda, deve ser um processo constante de troca mútua de sentimento, conhecimentos, experiências no qual a criançaé o ponto fundamental. A educação infantil, precisamente, ao abrir espaço de ensino-aprendizagem deve sempre estar preocupada em reproduzir momentos de prazer, de lazer, de construção do lúdico. Brincar é preciso, para melhor educar.
02 METODOS UTILIZADOS NA EDUCAÇÃO INDANTIL COMO AS BRINCADEIRAS E O LÚDICO CONTRIBUEM COM A APREENDIZAGEM
Na concepção de Goés (2008) de modo geral na educação e essencialmente na Educação Infantil o brincar é um potente mediador de aprendizagem, uma vez que admite, usando o lúdico, constatar a aprendizagem como um processo social. O desafio do lúdico é realizar uma alfabetização acentuada na prática educacional, é juntar o conhecimento do aluno com o conhecimento de mundo que o mesmo traz em sua bagagem. O lúdico faz acontecer um maior rendimento escolar além do conhecimento, sentido, pensamento e a oralidade. 
Segundo Santos(2008)
Para que a criança se torne um ser saudável e bem ajustado é necessário que seu corpo esteja constantemente ativo, sua mente alerta e curiosa, seu ambiente dotado de materiais atrativos e sua inter-relação com as outras pessoas se efetive de modo natural e afetivamente bem estruturado. Tudo isso pode ser conseguido se o brinquedo, os jogos e as brincadeiras forem as estratégias escolhidas para nortear o dia-a-dia das crianças. SANTOS (2008, p.68)
Dentro desse contexto, a atividade lúdica, o brinquedo, o jogo, a brincadeira, precisam ser explorados, encontrando um espaço maior para assim ser entendido como educação. Conforme os professores forem compreendendo toda sua chance de contribuir no crescimento infantil, poderão acontecer grandes transformações na educação e nos indivíduos nela inseridos.
Porém, compreender a importância do brincar facilita aos professores interferir de modo correto, não intervindo e desqualificando o prazer que o lúdico pode oferecer. Por isso, o brincar sendo usado como um meio pedagógico de aprendizagem não deve ser trabalhado separado da atividade lúdica que o constitui, pois isso acontecendo pode perder a característica que lhe é peculiar, afinal, a vida escolar direcionada por regras e tempos definidos, por si só já facilita este mesmo processo, transformando o brincar na escola em fator diferenciado das outras oportunidades. 
A reunião de brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica, permitem atividades novas, diferentes, que contribuem para várias novas aprendizagens e para o aumento de aprendizagens tanto para as crianças quanto para os jovens.
Leontiev(2006) contribui afirmando que:
O papel dominante do brinquedo na idade pré-escolar é reconhecido praticamente por todos, mas para dominar o processo do desenvolvimento psíquico da criança neste estágio, quando o brinquedo desempenha o papel dominante, não é certamente suficiente apenas reconhecer este papel da atividade lúdica. É necessário compreender claramente em que consiste o papel capital das brincadeiras, as regras do jogo e de seu desenvolvimento precisam ser apresentadas [...]Leontiev (2006, p. 122).
Na opinião de Vygotsky (1998), o professor poderá usar de histórias, jogos, brincadeiras e outros, para que dentro de algo divertido a criança seja provocada a usar o pensamento para decidir e encontrar soluções para certas situações problemáticas, para que tente imitar e inventar regras, coisa tão utilizada pelos adultos.
 O lúdico poderá ser usado como um método de exploração do ensino e da aprendizagem, assim a ação de brincar no contexto escolar estará ligado ao papel do professor que deverá estar apto em bases teóricas que o faça persuadir e o sensibilizar sobre a real importância da atividade da brincadeira como uma aprendizagem que levará ao desenvolvimento da criança.
Na visão de Oliveira (2000) a aprendizagem é o caminho pelo qual o educando ganha valores, habilidades, atitudes, entre outras atribuições, a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas. É algo diferente daquilo que é inato, como a digestão que já nasce com o individuo, e dos processos de maturidade do organismo, sem interferência da informação do ambiente como, por exemplo, a maturação sexual.
É, portanto, nítido compreender que o brincar ajuda, e muito, a criança no momento da aprendizagem. A brincadeira irá proporcionar cenas imaginárias em que acontecerá o crescimento cognitivo e facilitará a integração com pessoas, as quais ajudarão para um aumento de crescimento.
Saviani(2008) aborda que:
[...] nós, que sabemos ler e escrever tendemos considerar esses atos como naturais. Nós os praticamos com tamanha naturalidade que sequer conseguimos nos imaginar desprovidos dessas características. Temos dificuldade mesmo em nos recordar do período em que éramos analfabetos. As coisas acontecem como se tratasse de uma habilidade adquirida e, frisese, não de modo espontâneo. A essa habilidade só se pode chegar por um processo deliberado e sistemático. Por aí se pode perceber por que melhor escritor não será, apenas por esse fato, o maior alfabetizador. Um grande escritor atingiu tal domínio da língua que terá dificuldade em compreender os percalços de um alfabetizando diante de obstáculos que, para ele, inexistem ou, quando muito, não passam de brincadeira de criança. Para que ele se converta num bom alfabetizador, será necessário aliar ao domínio da língua o domínio do processo pedagógico indispensável para se passar da condição de analfabeto a condição de alfabetizado. Com efeito, sendo um processo deliberado e sistemático, ele deverá ser organizado. O currículo deverá traduzir essa organização dispondo o tempo, os agentes e os instrumentos necessários para que os esforços do alfabetizando sejam coroados de êxito, Saviani (2008, p. 20),
 
Associam-se a essas ideias as convicções sobre o brincar como uma possibilidade pedagógica, sendo uma ferramenta poderosíssima que auxiliará não só o desenvolvimento da criança, como também poderá atuar no desenvolvimento cultural. O professor deve sempre lembrar que brincar não é apenas deixar um momento reservado para liberar a criança e essa ficar à vontade em um espaço que pode ou não ter brinquedos, e sim um momento em que se pode ensinar a aprender muito com elas.
 Ressalta-se, então, que a vida da criança gira em torno da brincadeira. É por essa razão que pedagogo tem lançado mão da brincadeira na educação, por ser uma peça fundamental na formação da personalidade, transformando-se em uma forma bastante prática de construção de conhecimento.
Na percepção de Gomes (1995), porém, a criança ao ingressar em uma instituição de ensino, mesmo que nas séries iniciais, ou seja, na educação infantil, tendo o público dominante na idade entre 2 a 5 anos, o que se observa são as horas compridas em que essas crianças ficam dentro da sala, concluindo tarefas sem sentido trazidas nas páginas dos livros didáticos, estes já presentes desde as séries mais frágeis. 
O educador deve estar atento de que esse momento escolar deve estar direcionado para receber essas pequenas criaturas, devendo deixar a criança ser criança. Fazendo parte do mundo infantil e realizado de maneira prazerosa, o brincar é algo normal entre as crianças e a escola precisa se transformar em um local especial para que essas brincadeiras ocorram. 
A brincadeira facilitará no processo social de tornar essas crianças cidadãs. Também fará sentido na aprendizagem, a escola deve, então, estimular a brincadeira, ao invés de tentar separar as atividades lúdicas das atividades escolares. O educador tem o hábito de ver nessas atividades algo que incomoda e que a escola a qualquer custo tenta silenciar.
 No entanto, para que o brincar seja reconhecido em sua amplitude, como ação essencial na direção do processo pedagógico, é preciso que este não seja ministrado de forma livre e sem objetivo. Cabe ao professor desenvolver essa atividade de acordo com as características próprias de cada fase infantil, considerando os pontos positivos que o lúdico traz na interação educativa.
 Freire (1996) propõe que o saber não éaquele ensinamento que transfere conhecimento, mas que cria as possibilidades para a sua própria construção. As brincadeiras das crianças é a maneira correta da criança aprender e dar sentido ao seu mundo. Do mesmo jeito que resolver problemas cotidianos é algo sério demais, o brincar é bastante sério para o mundo infantil. Se a consideração pelas brincadeiras e jogos, no interior escolar, for levada em conta, cada vez que a criança estiver em contato com esse espaço, será um encontro de criatividade e assim o brincar, o lúdico estará a serviço da educação e a escola transformará num espaço mais atraente para as crianças.
O ensino e aprendizagem no contexto escolar devem ser elaborados, então, tendo como ponto de partida a medida real de desenvolvimento da criança, num dado momento e com seu relacionamento com certo conteúdo a ser desenvolvido, tendo como ponto de chegada os objetivos previstos pela escola, supostamente adequados à idade e ao grau de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças.
Vigotsky(2006) define também que:
[...] a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal para que se desenvolvam nas crianças as características humanas não naturais, mas que são formadas historicamente. Assim acredita-se que todo o processo de aprendizagem é uma fonte de desenvolvimento que ativa numerosos processos, que não poderiam desenvolver-se por si mesmos sem a aprendizagem. Vigotski (2006, p. 115).
Portanto, o ideal é estar ao lado do educando, acompanhando seu desenvolvimento, para sugerir problemas que o leve a pensar e formular hipóteses, utilizando brinquedos de acordo com a sua idade, sempre objetivando proporcionar o desenvolvimento infantil e a aquisição de conhecimentos em todos os aspectos.
Mello(2005) aponta dentro deste contexto que:
Por isso, o tempo dedicado ao desenho e ao faz-de-conta, na escola da infância, precisa ser revisto no intuito de receber uma atenção especial do professor. Ao tratar dessas atividades, não tratamos de atividades de segunda categoria, mas de atividades essenciais na formação das bases necessárias ao desenvolvimento das formas superiores de comunicação humana. Ou seja, se quisermos que as crianças se apropriem efetivamente da escrita, não de forma mecânica, mas como uma linguagem de expressão e de conhecimento do mundo, precisamos garantir que elas se utilizem profundamente do faz-de-conta e do desenho livre, vividos ambos como forma de expressão e de atribuição pessoal de significado àquilo que a criança vai conhecendo no mundo da cultura e da natureza (MELLO, 2005, p. 28-29).
Partindo da leitura de todos os autores citados, pode-se verificar que os jogos, as brincadeiras e os brinquedos são caminhos mediadores que o mundo infantil usa para se relacionar com o meio físico e social de onde vive, aguçando sua curiosidade e aumentando seus conhecimentos e suas habilidades, nos itens cognitivo, físico, cultural, social, afetivo e emocional, e assim, se tem os fundamentos teóricos para se deduzir o tamanho da importância que é preciso dar à experiência da educação infantil.
3. A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES PODE CONTRIBUIR COM UMA EDUCAÇÃIO DE QUALIDADE
	É muito mais fácil educar um adulto do que uma criança, o professor precisa criar um cenário propicio ao aprendizado, e principalmente, saber agradar as crianças, a relação entre ambos deve ser muito mais afetiva do que nas séries posteriores, onde o professor se preocupa apenas em saber se o aluno aprendeu ou não. (BUBER, 2003).
	A formação dos professores nas séries iniciais deveria ter um enfoque maior, principalmente mais tempo, acima de tudo para que os futuros professores conheçam um bom número de metodologias de ensino que favoreçam o seu trabalho e se encaixe em todos os estilos de aprendizado dos alunos.
Savani(2006) complementa:
A natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens, Saviani (2008, p. 7).
	Por mais que sejam crianças, não quer dizer que a metodologia de aprendizado deve ser única, assim como os alunos não gostam de terem que ficar lendo e ouvindo o tempo todo, não quer dizer que o professor deva se limitar a transmitir conteúdo de forma que agrade as crianças o tempo todo. (KISHIMOTO, 2001).
	Da mesma forma que os futuros professores não devem ficar o tempo todo dentro da sala de aula. A prática docente deveria ser mais favorecida, e isso se inicia com um número maior de aulas de estágio, com um contato maior com as crianças, aumentando a experiência que os futuros professores, e quando estes assumissem a sua sala de aula, não ficarão estudando os alunos por tanto tempo até conhecê-los bem. (KISHIMOTO, 2001).
Neste sentido Kishimoto (2001) ressalta sobre:
As divergências em torno do jogo educativo estão relacionadas à presença concomitante de duas funções: 1.função lúdica: o jogo propicia a diversão, o prazer e até o desprazer quando escolhido voluntariamente, e 2.função educativa: o jogo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo (CAMPAGNE, p.112 in KISHIMOTO, 2001). O equilíbrio entre as duas funções é o jogo educativo. Entretanto, o desequilíbrio provoca duas situações: não há mais ensino, há apenas jogo, quando a função lúdica predomina ou, ao contrário, quando a função educativa elimina todo hedonismo, resta apenas o ensino. (KISHIMOTO, 2001, p.19).
	As escolas municipais também deveriam facilitar o trabalho de estágio dos alunos que serão futuros professores, infelizmente, alguns diretores não aceitam com tanta agradabilidade a presença dos alunos, principalmente por que estes alunos, geralmente, vão com um olhar clínico para estas escolas ou creches. (ESPADA, 2005).
	O medo de demonstrar os erros destas instituições de educação infantil são tão grandes que os novos profissionais acabam não tendo a oportunidade e nem o tempo necessário para fazer uma análise completa destas instituições, o que é lamentável, já que seria uma ótima forma para os futuros professores já acumularem uma experiência importante e saber o que fazer para melhorar a qualidade educacional das crianças nas escolas onde forem atuar. (ESPADA, 2005).
 
Barbosa; Horn(2008) defende que:
Trabalhar com projetos não significa apenas ter uma sala dinâmica e ativa, pois muitas vezes essas atividades são apenas formas de hiperestimulação, (...). Os resultados são vários e vistosos, porém os processos são pobres, parciais, fragmentados e duram apenas o tempo da realização. Com frequência essas atividades são repetitivas e o processo parece um carrossel, em que se faz muito, um trabalho atrás do outro, sem sentido definido. (BARBOSA; HORN, 2008, p.35).
	 É inegável, porém, que a educação infantil teve uma crescida, melhorou muito, principalmente se comparado com o início dos anos 90, isso ocorreu desde que o governo passou a avaliar a qualidade educacional das aulas e como os educandos tem aprendido o conteúdo, graças às novas metodologias, como a brinquedoteca e outras que facilitaram a criação de um ambiente mais agradável e fraternal para o aprendizado das crianças. (RIBEIRO, 1994).
	Como a educação infantil é de responsabilidade das prefeituras, muitas vezes faltam investimentos na qualificação dos professores, na maioria das vezes a preocupação do município é de oferecer apenas palestras para os professores, o que não é o suficiente, um professor de educação infantil necessita de maiores experiências. (RIBEIRO, 1994).
	Para que isso aconteça, o professor não pode ficar apenas limitado ao trabalho da escola, é necessário que haja simpósios, cursos de especialização frequentes, como a modalidade de pós-graduação e o incentivo das prefeituras, inclusive financeiro para que o professor continue estudando. (FERNANDEZ, 1990).
	Claro queo professor nunca deve deixar de se qualificar, o problema é que as diferenças na educação quando ela é de responsabilidade do município em relação às outras esferas é holística, são raros os municípios que apresentem condições de melhoria salarial, como é o caso dos planos de carreira, algo que no estado é absolutamente comum. (FERNANDEZ, 1990).
	É uma hipocrisia falar que apenas o fato de educar é motivação suficiente para os professores lecionarem feliz a vida toda, é vital que haja um reconhecimento, os professores precisam se sentir valorizados, o que fará com que seu desempenho e sua produtividade sejam maiores. (FAGALI, 2000).
	É necessário também que os futuros profissionais da educação infantil também trabalhem perto dos seus locais de residência, muitas sabem o quanto é fundamental que haja uma interação entre a comunidade e a escola, e a presença dos professores de origem da comunidade faz com que o canal seja aberto com muito mais facilidade. (FAGALI, 2000).
	O governo até incentiva esta prática, todavia, apenas na modalidade de educação do campo, que por sinal possui problemas ainda maiores do que a educação infantil, mas, as crianças necessitam de uma atenção especial, de um laço mais fraternal, e uma ou mais pessoas da comunidade trabalhando na escola pode fazer com que isso aconteça com muita mais facilidade. (MINEO, 2003).
	Os professores que se formam, também já devem saber um pouco sobre estas novas formas de metodologia educacional, como a brinquedoteca que já foi dita anteriormente, os professores necessitam saber que por detrás das atividades recreativas ou até as educativas, existe um viés pedagógico, que muitos acabam desconhecendo pelo fato das faculdades não oferecerem esta informação. (MINEO, 2003).
	Obviamente, a necessidade da formação de novos profissionais é muito acentuada, contudo, não significa dizer que deve ser realizada às pressas, o futuro professor não pode chegar como uma página em branco na sala de aula, ele deve ter algo a oferecer as crianças além do simples conteúdo. (REILY, 1986).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O trabalho demostrou a importância entre o brincar e ensinar e aprender pode-se constatar que quando a criança brinca a mesma mergulha em um mundo imaginário onde tudo ela pode e tudo se realiza do jeito que ela deseja, ficando muito mais fácil transportar este imaginário para o mundo da educação. A brincadeira permite que a criança demonstre seus sentimentos mais escondidos sem que ela tenha conhecimento disso, na maioria das vezes suas brincadeiras refletem a realidade do que vivenciam, neste sentido pode-se compreender que a escola é um local idealizado para ensinar, porem precisa adaptar as brincadeiras no seu currículo.
Desta forma pode-se compreender que o lúdico dirigido às crianças possibilita a aprendizagem e o desenvolvimento em várias facetas como: física, social, cultural, afetiva e cognitiva. Portanto, a brincadeira desenvolve a criança como um todo, por isso, a educação infantil deve ressaltar o lúdico como parceiro e usá-lo amplamente para exercer no desenvolvimento e na aprendizagem de sua clientela.
Assim sendo o trabalho ainda demostrou o quanto o papel do professor é importante imprescindível para a escola os alunos e a sociedade de uma forma geral que o professor, a importância que o mesmo seja mais valorizado, que sua formação possa se tronar continuada para que o mesmo esteja sempre se renovando e assim oferecendo o melhor aos alunos. 
 
 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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