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Análise de Investimento - Resumo Capítulo 3

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ANÁLISE DE INVESTIMENTO
Aluno: Hállan Pereira Corrêa
RESUMO: CAPITULO 3
Administração financeira de curto prazo
A Administração Financeira, na prática, engloba processos e decisões com impacto no curto, médio e longo prazos. No entanto, em termos didáticos, torna-se necessário dividi-la em Administração Financeira de Curto Prazo e de Longo Prazo. A primeira parte dessa divisão está direcionada para o estudo da gestão do valor do capital de giro.
Capital circulante (de giro)
Pode ser representado pelo montante de ativos e passivos correntes necessários para viabilizar as atividades de uma empresa. Assim, a gestão do capital de giro representa um conjunto de regras que têm por objetivo preservar a saúde financeira do negócio. O objetivo principal dessa gestão é administrar os principais componentes do capital de giro, como estoques, contas a receber, disponibilidades, fornecedores, empréstimos bancários entre outros, visando o equilíbrio entre liquidez e rentabilidade.
São determinantes da importância e do volume de capital de giro:
Volume de vendas, que impactam o volume de estoques, valores a receber e disponível;
Sazonalidade;
Fatores cíclicos da economia como, por exemplo, recessão ou crescimento econômico;
Tecnologia, dada sua influência sobre os custos; tempo de produção e produtividade;
Fatores externos como posição e decisões dos concorrentes, aumento das exigências e necessidades dos consumidores, alteração do contrato com fornecedores, condições de crédito, de fornecimento e produção.
Capital circulante (de giro) líquido
Assim, por meio do capital de giro líquido (CGL) é possível verificar o “casamento” de prazos entre ativos e passivos circulantes de uma empresa. Em termos do excedente das aplicações a curto prazo em relação às captações de recursos de curto prazo, a fórmula utilizada para cálculo do CGL é:
CGL ou CCL = Ativo Circulante - Passivo Circulante
Em termos de excedente dos recursos permanentes alocados pela empresa em relação ao montante também aplicado a longo prazo, a fórmula utilizada para cálculo do CCL é:
CCL = (Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante) - (Ativo Não Circulante)
Interpretação:
Se CCL > 0 existe folga financeira
Se CCL = 0 não existe folga financeira/ equilíbrio
Se CCL < 0 existe desequilíbrio financeiro
Capital circulante líquido positivo quando o CCL é positivo a empresa apresenta maior liquidez, uma vez que ela tem prazo para transformar ativos em dinheiro e pagar as dívidas com terceiros. Ativos correntes já são ou serão transformados em dinheiro no curto prazo, enquanto uma parte das suas dívidas assumidas para financiar parte desses ativos de curto prazo só vencerá no longo prazo. No entanto, há uma tendência de que a rentabilidade também seja menor, uma vez que os ativos de curto prazo, de maneira geral, são menos rentáveis do que ativos de longo prazo, especialmente porque, ativos correntes como disponibilidades e contas a receber, perdem valor durante o tempo por conta da inflação.
Capital circulante líquido nulo o CCL nulo indica equilíbrio financeiro. Ativos correntes já são ou serão transformados em dinheiro no curto prazo para pagar todas as dívidas de curto prazo. Empresas com CCL nulo apresentam risco de liquidez e rentabilidade moderados, se comparadas com empresas com folga financeira ou em desequilíbrio entre ativos e passivos correntes. O risco de liquidez é maior para empresas com CCL nulo do que para empresas com CCL positivo porque qualquer imprevisto impacta a capacidade de pagamento de curto prazo, como por exemplo, inadimplência de clientes e obsolescência de estoques.
Capital circulante líquido negativo todo cenário com CCL negativo indica menor liquidez, uma vez que o prazo para transformar ativos em dinheiro e pagar as dívidas é maior do que o vencimento de parte dessas dívidas. Ativos não correntes serão transformados em dinheiro no longo prazo, enquanto uma parte das suas dívidas assumidas para financiar parte desses ativos de longo prazo vencerá no curto prazo.
Necessidade de investimento no giro e saldo disponível
A Necessidade de Capital de Giro (NCG), também denominada Necessidade de Investimento no Giro (NIG), é a chave para a administração financeira eficiente de uma empresa. Não se trata apenas de análise do ponto de vista financeiro, mas também de estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade.
O ativo circulante operacional é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/ venda/ produção/ estocagem, enquanto o passivo circulante operacional representa o financiamento que decorre dessas atividades. A diferença entre esses investimentos e financiamentos é o montante que a empresa necessita de capital para financiar o giro.
NIG = Ativo Circulante Op – Passivo Circulante Op
Interpretação:
Se ACop > PCop com necessidade de investimento no giro
Se ACop = PCop sem necessidade de investimento no giro
Se ACop < PCop sobra de recursos operacionais
A diferença entre o CCL e o NIG representa o saldo disponível ou saldo em tesouraria, ou seja, a margem de segurança financeira da empresa.
SD = CCL – NIG
Overtrading refere-se a uma forte expansão no volume de atividade de uma empresa sem o devido lastro de recursos disponíveis para financiar as necessidades adicionais de giro. Toda empresa possui um limite financeiro capaz de suportar determinado volume de negócios. Quando o volume de vendas exceder esse limite, ou quando a capacidade de financiar os negócios se reduzir, tem-se uma consequente redução na margem de segurança da empresa, verificando-se o overtrading.
Algumas decisões podem ser tomadas para se reverter tal situação:
Diminuição da necessidade de investimento no giro pela redução do investimento em estoques e contas a receber ou pelo aumento do financiamento por fornecedores e renegociação de prazos;
Busca por linhas de financiamento mais baratas;
Venda de ativos fixos para utilização de recursos no giro;
Aporte de capital social para financiamento do giro.
	
Efeito tesoura quando o crescimento expressivo das vendas não vem acompanhado de adequado suporte de recursos para cobrir a maior necessidade de capital de giro, a empresa passa a se utilizar de créditos onerosos de curto prazo para financiar a NIG, tornando seus negócios dependentes da manutenção entre passivos e aumentando seu risco financeiro e seu custo de financiamento.
Ciclo operacional e ciclo financeiro (ou de caixa) representa o período que ela leva para completar toda sua operação.
Ciclo financeiro (CF) ou ciclo de caixa representa o prazo em que a empresa dependerá do seu próprio capital de giro ou de recursos de terceiros para financiar sua atividade, uma vez que ele começa assim que ocorre o pagamento do fornecedor.
Administração financeira de longo prazo
Engloba a gestão da criação de valor com sustentabilidade financeira. O estudo das ferramentas e controles de longo prazo.
Indicadores de endividamento mostram os resultados de decisões financeiras, em termos de aplicação e captação de recursos. Os quatro principais são:
Composição do endividamento; (CE) = Passivo Circulante/Capital de Terceiros
Participação do capital de terceiros; (PCTe) = Capital de Terceiros/PL
Imobilização do patrimônio líquido; (ImobPL) = Ativo Não-Circulante-RLP/PL
Imobilização dos recursos não correntes; (ImobRNC) = Ativo Não-Circulante-RLP/PL+Passivo Não-Circulante.
Quanto maior esse indicador, maior deve ser a liquidez dos ativos, para que a entidade tenha condições de pagar as dívidas assumidas.
Participação do Capital de Terceiros revela o nível de endividamento (dependência) da empresa em relação a seu financiamento por meio de recursos próprios.
A Imobilização do Patrimônio Líquido representa quanto dos recursos investidos pelos sócios na empresa foram direcionados para investimentos em ativos de longo prazo.
A Imobilização dos Recursos não Correntes representa quanto do passivo de longo prazo somado aos recursos investidospelos sócios na empresa foram direcionados para ativos de longo prazo.

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