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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA…CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA/CE.
BEYONCE SILVA, brasileira, Solteira, secretária, inscrito sob o CPF nº…, portador do RG nº…, endereço eletrônico…, domiciliado e residente em FORTALEZA/CE, vem respeitosamente, por seu bastante procurador (procuração anexa - doc. 01), propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTE DE RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO
com fundamento especialmente nos artigos 318 e 319 do código de processo civil; artigo 927, § único do Código Civil e artigo 12, § 1º do Código de Defesa do Consumidor, em face de Eletrolux, sociedade inscrita no CNPJ nº..., com sede em..., com endereço eletrônico..., pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
I - DOS FATOS
A Autora reside na cidade de FORTALEZA/CE, onde em 23 de maio de 2019, adquiriu na loja NEYMÁ SOUZA ELETRODOMÉSTICOS um FOGÃO da marca Electrolux, com 4 bocas, modelo cooktop, no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), segundo a nota fiscal de compra anexa (doc. 02).
O produto ao ser ligado à tomada pela primeira vez ocasionou séria explosão na parte do forno, causando diversos danos, demonstrados à fotos que seguem anexas (doc. 03), chegando inclusive a produzir queimaduras na Autora, queimaduras estas em 40% do corpo e consideradas de 2° grau, conforme laudo médico anexo (doc.04), causando-lhe dano estético durante toda a vida, e ainda os outros eletrodomésticos que ocupavam o mesmo cômodo ( geladeira, mesa, e móveis projetados).
Procurada a revendedora, demonstrou desinteresse frente à situação, assim, como última alternativa restou ao Autor, ingressar com a presente ação, tendo por base os fundamentos jurídicos que agora expõe.
II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
	A primeira observação recai, sobre o fato da autora ter comprado um fogão para sua cozinha, no qual este fogão, por algum mau funcionamento ocasionou uma explosão, gerando danos de ordem material, moral e estéticos.
Comecemos por estabelecer uma relação de consumo onde, nos termos do art. 2°, CDC., a Autora figura como CONSUMIDORA Standart ou destinatária final, que adquiriu de um FORNECEDOR, Neymar Souza Eletrodoméstico ME., segundo art. 3°, CDC., um produto, fogão de 4 bocas da marca Eletrolux, conforme o art. 3°, § 1°, CDC. Sendo aplicado ao presente caso portanto as normas de proteção e defesa ao consumidor previstas à lei nº 8.078/90 (CDC).
	Nessa vereda é importante salientar que o código de proteção e defesa do consumidor, estabelece normas para as relações de consumo, e que este respeitável código, encontra amparo constitucional no seu art. 5°, XXXII, bem como no seu art. 170, V da CF., estabelecendo que o Estado promoverá na forma da lei, a defesa do consumidor, e que, impõe à defesa do consumidor como um princípio da ordem econômica. Portanto, trata-se de uma norma de ordem pública, e de interesse social, conforme assegura o art. 1°, do CDC.
	Neste diapasão o Estado, por meio da Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, à proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, conforme art. 4°, do CDC., e tem para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo os instrumentos elencados no art. 5°, do CDC., em especial as varas para solução de litígios de consumo, no inciso V do supracitado artigo.
De toda sorte são direitos básicos do consumidor, à proteção a vida, saúde e segurança, contra riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos, à educação, à informação, à proteção contra publicidade enganosa e abusiva, à modificação de cláusulas contratuais, à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais, morais, individuais, coletivos e difusos, o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, facilitação da defesa de seus direitos, a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral, direitos estes indicados no art. 6°, I a X, do CDC. 
	Consequentemente devido ao fato do produto, a autora sofreu prejuízos matérias, morais e estéticos, restando violado o seu direito à proteção, saúde e segurança, conforme art. 6°, I, CDD., por conta da explosão, por igual razão é devido o direito de reparação nos termos do art. 6°, VI, do CDC., já que se não fosse o produto que a autora adquiriu, os danos não teriam ocorridos.
	Ademais por si tratar de um fato do produto, o código de defesa do consumidor atribui a responsabilidade ao fabricante, no caso em tela, a Eletrolux, conforme dispõe no art. 12, CDC., além desse fator o referido dispositivo confere a responsabilidade objetiva que é aquela independentemente de culpa.
	E também a ignorância do fornecedor sobre vícios de qualidade por inadequação dos produtos não exime de responsabilidade, segundo art. 23, do CDC.
Por tais razões a autora requer a reparação dos danos suportados de ordem material, moral e estéticos, nos termos do art. 927. Parágrafo único, do CC., tendo em vista que o fato causador do dano foi o produto colocado pelo fabricante no mercado de consumo.
	A totalidade dos danos materiais e lucros cessantes contudo compreendem ainda os seguintes gastos: o valor gasto com medicamentos e tratamento médico, conforme notas anexas, que correspondem a R$...; o valor gasto com outros eletrodomésticos que estavam próximos ao fogão, notas anexas, que correspondem a R$...; os lucros cessantes, correspondentes ao tempo em que se viu o consumidor impossibilitado exercer suas atividades laborativas que correspondem a R$... Nos termos do art. 949 do CC.
Por fim, deve-se considerar o descaso da empresa, que após causar dano considerável ao CONSUMIDOR, permanece inerte, obrigando-o a ingressar com a presente ação judicial buscando ver respeitar direito expresso, ato que por si só enseja a indenização a título de danos morais, em valor a ser definido por este douto juízo.

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