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CASO CONCRETO 5

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CURSO: DIREITO - 8º PERÍODO - TURNO: NOITE-TURMA: 8AA 
DISCIPLINA: EMPRESARIAL II 
PROFESSOR: DAISE BEZERRA DE PONTES 
ALUNO: LEANDRO MOTA SARAIVA 
MATRÍCULA: 201603034102 
Caso Concreto 5 
Descrição 
Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. Para 
efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque 
no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim, o 
dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por falta de 
fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, Alberto promoveu 
execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária do tratamento dentário. 
Analisando caso concreto, responda as seguintes questões: 
a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face 
de Maria? 
R: Não. Segundo entendimento pacificado no Superior Tribunal de Justiça, apenas o 
assinante da cártula ainda que pertencente a conta Conjunta, deve responder pela falta de 
fundos no pagamento do cheque e havendo assim uma ilegitimidade passiva da 
esposa no caso em tela. 
Nesse sentido: 
TJ-RS - Apelação Cível AC 70061224341 RS (TJ -RS) 
 
Data de publicação: 17/09/ 2014 
 
Ementa: EMBARGOS À EXECUÇÃO CHEQUE. CONTA CONJUNTA. 
ILEGITIMIDADE PASSIVA DO CO TITULAR QUE NÃO FIRMOU A 
CÁRTULA PARA O PROCESSO DE EXECUÇÃO . 
Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), adotado, inclusive, 
por esta corte, na hipótese da cártula em que se baseia execução ter emitida por apenas 
um dos co titulares, ainda que o cheque seja de conta corrente conjunta, apenas aquele 
que efetivamente assinou o título é possui legitimidade passiva. Por tais razões, deve 
ser integralmente mantida a sentença que reconheceu a ilegitimidade passiva do 
embargante e tornou efeito a penhora sobre os bens imóveis da parte. Apelo 
desprovido. 
Unânime. 
(Apelação Cível Nº 70 061224 341,Vigésima Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Julgado em 10/09/2014) 
 
 
b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque? 
R: O art.1º da Lei nº 7.357/85, expõe os requisitos essenciais que o cheque deve conter, 
a saber: 
I) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em que 
este é redigido (literalidade); 
II) a ordem incondicional de pagar quantia determinada (autonomia); 
III) o nome do banco (sacado) ou da instituição financeira que deve pagar 
(cartularidade); 
IV) a indicação do lugar do pagamento; 
V) a indicação da data e do lugar de emissão; 
VI) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário como poderes especiais 
(cartularidade). 
 
Sendo o cheque um título formal, está revestido de requisitos que a lei lhe impõe, e 
faltando qualquer um desses requisitos, descaracteriza-se o documento como cheque, 
salvo as ressalvas legais, deixando de ser um título cambiário, e, portanto 
insuscetível de ser transmitido por endosso, p assando a ser um simples papel 
destituído da feição de cheque, uma simples prova de confissão de dívida, 
sujeitando-se à disciplina do direito comum.

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