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EDUCAÇÃO ESPECIAL 
A Educação Especial é o ramo da Educação que se ocupa do atendimento e da educação de pessoas com deficiência, preferencialmente em escolas regulares, ou em ambientes especializados tais como escolas para surdos, escolas para cegos ou escolas para atender pessoas com deficiência intelectual. Dependendo do país, a educação especial é feita fora do sistema regular de ensino. Nessa abordagem, as demais especiais que não se classificam como deficiência não estão incluídas. Não é o caso do Brasil, que tem uma Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e que inclui outros tipos de alunos, além dos que apresentam deficiências.
A educação especial é uma educação organizada para atender especifica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas dedicam-se apenas a um tipo de necessidade, enquanto outras se dedicam a vários. O ensino especial tem sido alvo de criticas por não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. Por outro lado, a escola direcionada para a educação especial conta com materiais, equipamentos e professores especializados. O sistema regular de ensino precisa ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva.
Dentre os profissionais que trabalham ou atuam em educação especial, estão: professor de educação especial, educador físico, pedagogo, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo, neuropsicopedagogo, dentre outros.
O Atendimento Educacional Especializado, ou AEE, é um serviço da Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, de caráter complementar ou suplementar à formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, considerando as suas necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades escolares no ensino regular. É realizado no turno inverso ao da sala de aula comum nas salas de recursos multifuncionais. O atendimento na sala de recursos multifuncionais não é um reforço escolar, devendo o aluno frequentá-la no contra turno, sendo assim, visa desenvolver as habilidades dos alunos nas suas especificidades, sendo importante a realização de um plano de desenvolvimento individual (PDI)
Um professor de uma sala de aula comum que possui um aluno com necessidades educacionais especiais tem o direito conforme a Lei nº 13.146 – Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (LBI), a um Atendimento Educacional Especializado, pois o AEE precisa prover condições de acesso, participação e aprendizagem desse aluno no ensino regular. O especialista do AEE faz a ponte entre o aluno e o professor da sala de aula comum, permitindo uma troca de experiência que contribua nesse processo educacional e em todo o contexto escolar, bem como a inserção na sociedade.
TIPOS DE DEFICIÊNCIAS 
SURDO
E a criança que não pode ouvir ou até mesmo falar, as aulas normalmente são por meios de um intérprete de libras, a língua brasileira de sinais, onde eles aprendem códigos de comunicação próprio.
Cego
E a criança com problemas visuais. Que necessita de um bastão pra se guiar no caminho onde percorre. Como não pode enxergar, eles devem aprender a ler em braile, uma escrita próprio que eles sentem com o toque. Em pequenas bolinhas formando as letras.
Autismo
Transtorno de desenvolvimento grave que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir.
O transtorno de autismo afeta o sistema nervoso
Lidar com o autismo na escola de forma verdadeiramente inclusiva e atenta às particularidades de cada criança pode ser uma tarefa complexa. Trabalhar quadros de rotina, recurso visuais pra chamar atenção,recursos sensoriais, e quadros de recompensa.
Defit de atenção 
Doença crônica que inclui dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Em geral, o TDAH começa na infância e pode persistir na vida adulta. Pode contribuir para baixa autoestima, relacionamentos problemáticos e dificuldade na escola ou no trabalho.
No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetidamente e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser um lembrete diário.
Neste, pode-se escrever assim, passo-a-passo:
fazer as tarefas de hoje;
selecionar dúvidas para levar ao professor;
verificar maiores dificuldades;
estudar para as provas mais próximas;
organizar o material para o dia seguinte; etc.
Assim, ao chegar em casa, este roteiro servirá de apoio para lembrar e criar uma forma de resolver sem se perder. Neste quesito, a família tem papel fundamental ao ajudar a concretizar este processo e sentar com a criança para fazer suas tarefas, tirando suas dúvidas e motivando a terminá-las.
Imperatividade
A criança com hiperatividade é muito mais agitada e inquieta do que as outras da mesma idade — e isso traz problemas de socialização e de aprendizado. Apesar de associada ao TDAH, uma criança pode serhiperativa sem ter o transtorno de déficit de atenção.
Existem três  subtipos de TDAH: 1) Predominantemente hiperativo-impulsivo; 2) Predominantemente desatento; 3) Combinado hiperativo-impulsivo e desatento. A maioria das crianças têm o tipo combinado de TDAH. Com o início das aulas, a Plenamente gostaria de dar algumas dicas para professores de como lidar com crianças portadoras de TDAH. Sabemos que apesar deste diagnóstico estar cada vez mais conhecido, os professores ainda precisam de ajuda com seus alunos na ESCOLA, local onde os problemas principais acontecem!
 
Segue uma lista de sugestões:
 
- Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela;
 
- Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina;
 
- Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outros estímulos;
 
- Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem;
 
- Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
 
- Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período;
 
- Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;
 
- Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;
 
- Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar o auto-controle;
 
- Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações;
 
- O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua auto-estima. Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;
 
- Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;
 
- Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
 
- Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude;
 
- Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;
 
- Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favoreça oportunidades sociais. Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos;
 
- Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não espere que se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula;- Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação frequente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante;
 
- Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude disciplinar equilibrada e proporcione avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado;
 
- Desenvolva um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos;
 
- Repare se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades: de coordenação ou audição, que exigem uma intervenção adicional.
 
- Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente precisará de tempo extra para completar sua tarefa.
 
- Não seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e modifique o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer, traz ressentimento e frustração.
 
- Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
 COMO TRABALHAR A LEITURA COM AUTISTAS 
Algumas crianças com TEA conseguem prestar atenção por um tempo limitado quando estão ouvindo alguém contar uma história ou estão aprendendo a ler sozinhas. Por outro lado, é possível que comecem a ler bem cedo, e que demonstrem grande interesse em determinados assuntos, querendo ler tudo o que puderem sobre o tema. Além disso, o autismo pode causar dificuldade em assimilar e memorizar sequências, como longas frases, números ou instruções em várias etapas. Isso pode ser um desafio para a compreensão de textos.
Além disso, o autismo pode causar dificuldade em assimilar e memorizar sequências, como longas frases, números ou instruções em várias etapas. Isso pode ser um desafio para a compreensão de textos.
Independente de quais características como essas a criança apresente, é possível utilizar diferentes técnicas para ajudar no aprendizado e na leitura. Estímulos multissensoriais simples, ensinamentos gradativos e o estabelecimento de conexões com o dia-a-dia da criança ajudam a envolvê-la ativamente no processo de aprendizagem e, assim, a desenvolver habilidades de leitura.
Dicas para ensinar crianças com autismo a ler
Aqui estão seis dicas para ajudar na alfabetização e no desenvolvimento de habilidades de leitura de crianças com autismo:   
1 – Conecte a leitura à rotina
Crianças com TEA normalmente precisam ter uma rotina que garanta previsibilidade ao seu dia-a-dia. Para elas, é importante saber o que vai acontecer, quais serão as atividades do dia, e principalmente se haverá algo de diferente. Essa antecipação dos acontecimentos ajuda a criança autista a se sentir segura, porque dessa forma ela compreende seus objetivos e consegue saber o que as outras pessoas esperam que ela faça em cada momento.
Ler sobre atividades habituais pode ajudar a criança a interpretar o texto e associá-lo ao seu cotidiano. Se seu filho ou filha gosta de rotina em seu dia, a leitura pode ajudar a compreender melhor cada momento e também a passar de uma tarefa para outra.
Por exemplo, ler um livro antes de dormir pode ajudar a criança a compreender que aquele momento é de descanso. Existem livros infantis com histórias que falam sobre momentos do dia-a-dia, como a hora de dormir, o momento do banho e a hora de se alimentar. Esse tipo de tema ajuda o pequeno a se conectar com a história já que a rotina é algo que ele reconhece.  Assim, também auxilia a criança a compreender a importância desses rituais cotidianos e a saber como ela deve se comportar em cada um deles.
2 – Apresente temas de interesse da criança
É comum que crianças autistas demonstrem o chamado interesse restrito, ou seja, gostam tanto de um determinado assunto que se fixam nele. Gostam de ler, saber e falar sobre ele, tornando-se praticamente especialistas. O interesse restrito pode ser por um assunto (como dinossauros), uma ação (como alinhar objetos), um objeto (seu brinquedo preferido) ou até um tema mais amplo (como matemática).
É possível aproveitar o interesse restrito da criança para incentivar a leitura, procurando livros que tratem do tema pelo qual ela é fissurada. Se o pequeno gosta muito de trens, que tal ler com ele um livro que fale tudo sobre isso? Podem começar com um livro infantil mais curto, com frases curtas e imagens relacionadas, mas há grandes chances de a criança não querer parar por aí e logo pedir um novo livro para aprender ainda mais.  
3 – Procure elementos que gerem identificação
Algumas crianças com TEA têm dificuldade de lidar com contextos novos e com o desconhecido. Por isso, é importante procurar histórias com as quais ela se sinta confortável e, melhor ainda, se identifique. É bom que os livros tenham personagens da sua idade, mostrem familiares, locais que ela já conheceu, ou atividades que ela pratica.
Livros personalizados têm um apelo especial para leitores com autismo. Quando a criança cria seu próprio personagem para ser o protagonista e se reconhece no livro, isso gera identificação e a aproxima das situações vividas na história. O resultado é que ela vai querer ler o livro repetidas vezes, dessa forma incentivando o hábito da leitura e potencializando seu aprendizado. No site Dentro da História é possível criar livros em que a criança participa de histórias junto com a Turma da Mônica e outros personagens famosos, incentivando a leitura através da identificação com o livro.
2 – Apresente temas de interesse da criança
É comum que crianças autistas demonstrem o chamado interesse restrito, ou seja, gostam tanto de um determinado assunto que se fixam nele. Gostam de ler, saber e falar sobre ele, tornando-se praticamente especialistas. O interesse restrito pode ser por um assunto (como dinossauros), uma ação (como alinhar objetos), um objeto (seu brinquedo preferido) ou até um tema mais amplo (como matemática).
É possível aproveitar o interesse restrito da criança para incentivar a leitura, procurando livros que tratem do tema pelo qual ela é fissurada. Se o pequeno gosta muito de trens, que tal ler com ele um livro que fale tudo sobre isso? Podem começar com um livro infantil mais curto, com frases curtas e imagens relacionadas, mas há grandes chances de a criança não querer parar por aí e logo pedir um novo livro para aprender ainda mais.  
3 – Procure elementos que gerem identificação
Algumas crianças com TEA têm dificuldade de lidar com contextos novos e com o desconhecido. Por isso, é importante procurar histórias com as quais ela se sinta confortável e, melhor ainda, se identifique. É bom que os livros tenham personagens da sua idade, mostrem familiares, locais que ela já conheceu, ou atividades que ela pratica.
Livros personalizados têm um apelo especial para leitores com autismo. Quando a criança cria seu próprio personagem para ser o protagonista e se reconhece no livro, isso gera identificação e a aproxima das situações vividas na história. O resultado é que ela vai querer ler o livro repetidas vezes, dessa forma incentivando o hábito da leitura e potencializando seu aprendizado. No site Dentro da História é possível criar livros em que a criança participa de histórias junto com a Turma da Mônica e outros personagens famosos, incentivando a leitura através da identificação com o livro.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
4 – Ensine um novo conceito por vez
Seja na escola ou em casa, a criança com TEA têm mais facilidade para aprender determinado conceito quando começa com passos básicos e vai aumentando a complexidade gradativamente, em uma ordem lógica.
Ao ensinar crianças com autismo a ler, comece com os fonemas, ou seja,o som produzido por cada letra. Ensine usando exemplos de palavras que a criança usa bastante, como P de “pai” por exemplo, relacionando sempre a objetos e elementos de seu dia-a-dia. Livros sobre o alfabeto podem ajudar nesse processo, com estímulos visuais que a criança assimila a cada letra. 
Depois ela começará a formar sílabas, e para essa fase existem diversos jogos educativos que podem auxiliar o aprendizado. Só mais tarde ela terá consciência sobre a formação das palavras e frases.
Em cada explicação, é importante manter instruções diretas e objetivas, lembrando que pessoas com autismo têm dificuldade com conceitos abstratos. É bom sempre seguir uma lógica: revisar o que a criança já sabe, apresentar um único conceito novo, e então praticá-lo.
O tempo de atividades ou de leitura também deve ser ajustado aos poucos. Tente ler por alguns minutos de cada vez no início. Em seguida, aumente gradativamente o tempo de leitura quando a criança melhorar sua capacidade de atenção.
5 – Estimule diferentes sentidos
Cada pessoa aprende melhor de uma forma, e o mesmo acontece com crianças com autismo. Por isso, é importante buscar estímulos multissensoriais, porque pode ser que o pequeno aprenda mais usando a visão, ou então o som, e até mesmo o toque.
Crianças mais visuais gostam de ver aquilo que estão lendo ou aprendendo, por isso é essencial que as imagens do livro correspondam ao que está escrito nele. Dessa forma são criadas associações entre o texto e os recursos visuais, favorecendo o desenvolvimento da linguagem.
Crianças mais auditivas preferem ouvir instruções orais e depois discutir o que aprenderam para solidificar o material. Na leitura, uma boa ideia é adquirir um audiolivro para a criança ouvir enquanto acompanha o texto escrito, para assim ir decodificando as palavras.
Já as crianças “mão na massa” aprendem melhor fazendo, e absorvem melhor o conhecimento quando podem tocar e manipular objetos. Procure livros que sejam acompanhados de outros elementos, ou então seja criativo e crie você mesmo objetos para personificar a leitura! Se a história se passa em uma caverna, que tal criar uma caverna em casa com um cobertor? Construa objetos que aparecem na história, eles vão deixar a leitura mais divertida e fazer com que aprender se torne uma verdadeira brincadeira. Veja nesse outro artigo algumas dicas para ensinar o alfabeto de forma lúdica!
Lembrando que o acompanhamento profissional é importante para o melhor desenvolvimento de crianças com autismo. A fonoaudiologia infantil, terapia ocupacional e psicologia são áreas que trabalham juntas para garantir que a criança alcance o seu maior potencial!
6 – Protagonismo de crianças com autismo na leitura
 Se a leitura já proporciona o desenvolvimento de qualquer criança, nós da Dentro da História acreditamos que os livros personalizados têm um potencial ainda maior para as crianças com TEA.  Neste outro artigo, falamos com especialistas sobre o potencial da personalização para pequenos com autismo.
COMO TRABALHAR MÚSICA COM AUTISTA
O autismo é um universo desconhecido por muitas pessoas. É um transtorno que desafia a ciência, por ser complexo, ter causa desconhecida, diferentes graus que apresentam tanto crianças que não conseguem falar, quanto outras que apresentam habilidades extraordinárias. Geralmente, quando os pais descobrem que tem um filho autista, se sentem bem confusos e temerosos, principalmente em relação ao grau do transtorno.
Os estudos mostram que a rede de neurônios que coordenam no cérebro a comunicação e os contatos sociais, são organizados de uma forma diferente em autistas. O transtorno afeta quase todos os aspectos do comportamento humano: a fala, o interesse por amizades e vida social, os movimentos do corpo, as emoções e interações.
O autismo deve ser diagnosticado precocemente, por meio de testes de comportamentos e questionários respondidos pelos pais. Sabemos que a plasticidade cerebral (estrutura cerebral que é capaz de se modificar de acordo com os estímulos recebidos) é muito intensa dos 0 à 6 anos. Nesta fase inicial, o tratamento apresenta melhores resultados. Depois disso, as deficiências são agravadas, portanto, é essencial buscar ajuda caso a família perceba índicos de autismo no seu filho, que são eles:
   •  Atrasos na fala;
   •  Olhar distante. Muitas vezes não responde quando é chamado pelo nome;
   •  Não interage a estímulos afetivos como um olhar, um abraço ou um sorriso.
   •  Atitude ausente;
   •  Quando bebezinho, não estica os braços para ser tirado do berço. Muitas vezes para chamar atenção prefere fazer movimentos repetitivos;
   •  Brinca de forma sistemática, não lúdica. Ex: Em vez de interagir com o boneco (mundo da imaginação), prefere alinha-lo a outros brinquedos, enfileirando-os;
   •  Na presença de outras crianças se isola, por falta de interesse.
Ao perceber estes indícios, os pais devem procurar ajuda de um especialista, pois só ele poderá dar o diagnóstico. O tratamento do autismo é multidisciplinar (envolvendo psicólogas, psicopedagogos, terapeutas comportamentais, etc) e deve ser iniciado o mais rápido possível, pois o autismo traz uma série de fatores aliados. É importante a união e colaboração de todos que tem contato com a criança autista, principalmente da família, além de muita paciência e amor pela criança durante o processo, que muitas vezes, dependendo do grau do transtorno, é lento. Respeitar o tempo e o limite da criança é muito importante, mas sem deixar de trabalhar as dificuldades. É importante ensinar a criança autista, que para um relacionamento funcionar, são necessários pequenos gestos de gentileza (contato visual, cumprimentar as pessoas, conversar,etc.). Indivíduos autistas não possuem estas habilidades, mas é algo que pode ser aprendido, apesar de para eles, não ser algo natural e prazeroso.
Apesar de ser um transtorno incurável, as pesquisas mostram que existem muitos autistas que por terem boa assistência durante a infância, cresceram, se desenvolveram muito bem e muitos inclusive apresentaram inteligência superior em certas áreas, se destacando no mercado de trabalho.
O fato de pensar de uma forma muito lógica, faz com que muitos autistas tenham muita facilidade em matemática e em música. Aliás, cada vez mais estudos apontam a música como ferramenta poderosa para desenvolver habilidades, inclusive em crianças autistas. Somos estimulados através dos sons (matéria-prima da música), desde o quinto mês de vida intra-uterina, quando nosso sistema auditivo está apto para receber informações. A música é interessante para a criança desde sempre e isso é maravilhoso, porque a motivação (vontade e interesse em querer aprender o conteúdo) é essencial para a construção da aprendizagem. Os pais dos autistas geralmente recebem orientações, para que estejam atentos aos interesses do seu filho, porque ao descobri-los, poderão utiliza-los como links para desenvolver diversas habilidades. A música é sem dúvida uma destas pontes, que atraem a atenção da criança autista e que é uma facilitadora de aprendizagens. Estudos de ressonância magnética funcional, apontam que a música causa um efeito único em pessoas autistas, principalmente como intervenção terapêutica. A música, quando utilizada de forma adequada, é capaz de relaxar, trazer sensação de bem-estar, o que pode auxiliar de forma natural, no tratamento em conjunto com outras terapias. Outro fato importante, é que pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), apesar de terem grande dificuldade em perceber sentimentos nas expressões faciais, são capazes de perceber sentimentos de alegria e tristeza em uma peça musical, ou seja, os sentimentos de uma peça musical torna-se mais claro para um sujeito com TEA do que a visualização de expressões faciais. A música tem o poder de ser uma facilitadora de comunicação, mas para que o autista seja realmente beneficiado, com resultados à longo prazo, é necessário que a música seja utilizada de acordo com os interesses da criança, com um professor querealmente conheça as especificidades do transtorno e que saiba utilizar técnicas de musicoterapia (terapia alternativa que utiliza a música como ferramenta para desenvolver habilidades e objetivos pré-estabelecidos no indivíduo). Nas aulas, são utilizadas atividades que promovem um vínculo de respeito e confiança entre o aluno e o professor, que planeja as interações de acordo com a maturação biológica do aluno. O espaço onde as aulas acontecem deve ser seguro, livre de distrações e o material oferecido não deve oferecer qualquer perigo.
Nas aulas de música para autistas, as atividades são diversificadas, com metas bem definidas. Os exercícios são lúdicos, com diversos objetivos, como socializar a criança (através de brincadeiras de roda, brincadeiras em dupla onde o contato visual é estimulado e valorizado), desenvolver sua psicomotricidade (através de jogos psicomotores, pedagógicos, canções utilizando sons do corpo, manuseando instrumentos musicais), a linguagem (através de jogos cênicos, contação e organização de histórias cantadas com figuras associadas, jogos de tabuleiro), dentre outros. Brincando, a criança associa gestos e movimentos a conceitos musicais mais abstratos, aprende regras sociais, aumenta sua expressividade e descobre o mundo de forma agradável. Além disso, descobrimos através das brincadeiras, os interesses e necessidades individuais da criança, o que é de suma importância, pois através destas descobertas, as pessoas que interagem com o autista poderão utilizar estes interesses como temas para desenvolver conteúdos específicos. Exemplo: muitos autistas demonstram interesse por animais, dinossauros, outros preferem carrinhos, trens, etc. O professor geralmente percebe estes interesses e utiliza nas aulas, pois a motivação é essencial para a construção da aprendizagem de diversos conteúdos.
A música é uma arte extremamente acessível a todas as classes sociais. As famílias também podem estimular seus filhos em casa através da música. Existem músicas sobre qualquer tema, para trabalhar diversos conteúdos. É necessário, porém, muita pesquisa, dedicação e muita observação por parte da família em relação à criança, no sentido de descobrir os interesses dela, para fazer com que ela se interesse em interagir com as propostas. Se a criança gosta de pular, procure músicas que estimulem os movimentos corporais. Se a criança demonstra interesse por instrumentos musicais, compre tamborzinhos, clavas, chocalhos e toque com ele, acompanhando diversos estilos musicais. Se ele gosta de brincar com a bola, ligue o som com uma música que ele gosta e brinque de bola com ele olhando nos olhos e toda vez que ele olhar nos seus olhos, comemore com muita animação. Sabemos o quanto é difícil para o autista o contato visual, portanto, devemos criar atividades que estimulem o desenvolvimento desta habilidade.
Brincar com a música, é muito mais do que diversão. É uma linguagem essencial, onde a criança aprende a se expressar melhor e descobrir o mundo. Ela pode ser a ferramenta que fará grande diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança autista.

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