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Cont Met e Prát de Ens de Creches e Educ Infantil

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Cont. Met. e Prát. de Ens. de Creches e Educ. Infantil
Aula 01: Infância: Conceito Social
Normalmente, associa-se a infância a imagens de crianças saudáveis e felizes, brincando descontraídas, sem preocupações, envolvidas em tarefas que pertençam somente a atividade lúdica em que estão concentradas no momento, geralmente, acompanhadas de um olhar atento de um adulto que as observa e procura suprir as suas necessidades.
Infelizmente nem sempre é assim...
O fato de ser criança nem sempre garantirá uma infância feliz.
Infelizmente, é possível afirmar que em diferentes momentos históricos e em realidades diversas, sempre existiram e existem ainda muitas crianças que possuem suas infâncias roubadas.
Atualmente, algumas ciências nos permitem obter conhecimentos específicos a respeito de ser criança e de ter infância.  
Uma criança é um ser humano no início de seu desenvolvimento. São chamadas recém-nascidas a partir do nascimento até um mês de idade; bebê, entre o segundo e o décimo oitavo mês, e criança quando têm entre dezoito meses até oito anos de idade.
A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo primeiro ano de vida de uma pessoa.
Aries (1975) em seu livro História Social da Infância e da Família desenvolveu um rico estudo a respeito da lenta transformação da criança e da família na Europa Ocidental.
“Na idade média, no inicio dos tempos modernos, e por muito tempo ainda nas classes populares, as crianças misturavam-se com os adultos assim que eram consideradas capazes de dispensar a ajuda das mães ou das amas, poucos anos depois de um desmame tardio – ou seja, aproximadamente, aos sete anos de idade...
Você sabia que durante muito tempo o lugar da criança esteve atrelado ao papel da mulher na sociedade?
ARROYO (1994) ressalta que com a entrada da mulher no mercado de trabalho, a configuração da família mudou recebendo novas formas de organização.
Este aspecto modificou a maneira de educar a criança que atualmente entra em um mundo social amplo bem mais cedo, em comparação com as crianças de outros períodos históricos.
O tratamento a criança na cultura indígena
Estudos descrevem que os pais das crianças indígenas na época do Brasil Colonial eram atenciosos, amorosos  e costumavam participar da vida de seus filhos desde o nascimento . Poderiam oferecer qualquer coisa àqueles que dessem atenção as suas crianças.
Os adultos tratavam as crianças com respeito. Não existiam castigos ou agressões físicas e todos os membros da tribo se sentiam  responsáveis pela criança.
Alguns estudos indicam que ainda hoje a criança indígena é bem tratada pelos membros de sua tribo, como é o caso da tribo dos Yanomami.
É possível perceber que a cultura indígena em geral respeita a criança e procura acompanhá-la, oferecendo as condições necessárias para que se constitua um ser humano capaz de assumir o seu lugar na sociedade, a partir de uma infância livre e amorosa.
As amas de leite – a influência dos negros
Ao chegarem ao Brasil, os negros não trouxeram crianças, pois o trabalho escravo era destinado aos adultos do sexo masculino.
As crianças negras na época do Brasil colonial nasceram em nosso país, e ao chegarem ao mundo já eram consideradas escravas, sem direito a liberdade e a poucos cuidados maternos, uma vez que suas mães amamentavam os filhos das mulheres brancas que não cuidavam de suas próprias crias.
Segundo Gilberto Freire, as “mães negras” inundaram a imaginação infantil com um folclore riquíssimo de assombrações e criaturas estranhas, como o boitatá e o “mão de cabelo”, que tiravam o sono dos meninos malcriados, perambulando pelas casas grandes e senzalas.
É possível afirmar que as crianças negras e escravas tiveram pouco tempo e espaço para ser criança durante a infância. Viveram em um período em que era permitida a exploração de seu corpo que nem mesmo lhe pertencia.
A infância em diferentes locais
Atualmente, ao ilustrar as diferentes infâncias, considerando as variadas culturas, podemos afirmar que viver na zona rural ou na zona urbana também é um fator que interfere ativamente na maneira como uma criança irá viver a infância.
O campo, apesar de oferecer mais espaço e liberdade para as crianças, muitas vezes as obriga a entrar no mundo do trabalho precocemente, uma vez que o filho pode acompanhar o pai na plantação ou na criação de animais. Este aspecto acaba diminuindo a infância, reduzindo-a a um período mais curto e de menor valor.
A vida na cidade grande muitas vezes deixa claro “o que é de criança e o que é de adulto”. Quer dizer, considerando a classe econômica a qual a criança pertença, quem trabalha é o adulto, enquanto a criança deve apenas estudar.
É preciso estar atento a esses aspectos, pois em uma sociedade em que adultos e crianças tem papeis que se confundem, o lugar da infância corre o risco de deixar de existir, cedendo à pressa do mundo do consumo e do trabalho.
É preciso ter claro que as crianças precisam de cuidados e de uma educação de qualidade que valorize o respeito às necessidades de sua infância.
VIDEO AULA 1
Infância – conceito social 
Ser criança é estar em um período da vida em que surgirão necessidades especificas desse momento, tais como: afeto, brincar, bagunçar, alimentação saudável, fazer barulho, andar descalço... 
Ter infância dependerá da forma como a sociedade olha para a criança e respeita as suas necessidades. 
O direito a uma infância saudável está relacionado a questões politicas, econômicas, afetivas, históricas e sociais.
“A infância adultizada” parece ser o sintoma de uma época em que as distâncias, logo, as diferenças entre as gerações, se tornaram menos nitidas em um cenário de crescente uniformidade... 
Assim, a “adultização da infância” definição impressionista de que adultos e crianças estão cada vez mais parecidos, denota o esvaziamento do sentido da longa trajetória que um dia as crianças tiveram que percorrer para alcançar o lugar de adulto. 
História do conceito de infância 
Nos trajes, utilizados pelas crianças na Idade Média, também não se distingue a roupa dos adultos, das vestes usadas pelas crianças dentro de um mesmo segmento social. O fator importante a se considerar era a condição social do indivíduo: servo, nobre ou religioso. 
Criança Europeia 
Na idade média, no inicio dos tempos modernos, e por muito tempo ainda nas classes populares, 
as crianças misturavam-se com os adultos assim que eram consideradas capazes de dispensar a 
ajuda das mães ou das amas, poucos anos depois de um desmame tardio – ou seja, aproximadamente, aos sete anos de idade. A partir desse momento ingressavam imediatamente na grande comunidade dos homens, participando com seus amigos jovens ou velhos dos trabalhos e dos jogos de todos os dias. ARIES (1975, P 275). 
As crianças de estamentos mais baixos 
Entre os portugueses ou outros povos da Europa, a alta taxa de mortalidade infantil verificada no decorrer de toda a Idade Média e mesmo em períodos posteriores, interferia na relação dos adultos com as crianças. 
A expectativa de vida das crianças portuguesas, entre os séculos XIV e XVIII, rondava os 14 anos, enquanto !metade dos nascidos vivos morria antes de completar sete anos”. Isto fazia com que, principalmente entre os estamentos mais baixos, as crianças fossem consideradas pouco mais que animais, cuja força de trabalho deveria ser aproveitada ao máximo enquanto durassem suas curtas vidas. 
Grumetes 
A coroa portuguesa recrutava mão de obra entre as famílias pobres das áreas urbanas (órfãos desabrigados e famílias de pedintes). Nesse meio, selecionavam-se meninos entre nove e 16 anos, e não raras vezes, com menor idade, para servir como grumetes nas embarcações lusitanas. Por serem as crianças camponesas necessárias na faina agricola, elas eram poupadas. 
Crianças Judias 
Outro método de recrutamento de grumetes para servirem a bordo das embarcações portuguesas era o rápido de crianças judias arrancadas à força de seu pais. Estas , ao contrário das recrutadas entre as criançascarentes portuguesas, eram jogadas nos navios a revelia de seus pais.
Pagens 
Diferentes dos Grumetes, embora na mesma faixa etária, ou talvez um pouco mais jovens, as crianças embarcadas como Pagens da nobreza tinham um cotidiano um pouco menos árduo, e muito mais chances de alcançar os melhores cargos da marinha, sobretudo servindo algum oficial da embarcação. 
As Órfãs “Del Rei” 
Dada a falta de mulheres brancas nas possessões portuguesas, a Coroa procurou reunir meninas pobres de “ 14 a 30 anos” nos orfanatos de Lisboa e Porto, a fim de enviá-lassobretudo à Índia – no Brasil a prática de amancebar-se com as nativas suavizava o problema da constituição de famílias. O baixo número de meninas embarcadas, fazia com que a presença das órfãs do rei a bordo, que ao contrário das passageiras, não tinham quem zelasse por elas, causava grande alvoroço na população masculina. Como o estupro de meninas pobres, maiores de 14 anos, dificilmente era punido, as meninas órfas poderiam ser violadas por grupos de marinheiros. 
Educação dos Jesuítas no Brasil Escravista 
A ama de Leite 
O abandono das crianças na roda dos expostos 
Movimento dos higienistas – a mamadeira, a valorização da maternidade
Nos primeiros meses o leite da mãi será sempre a alimentação mais natural, e toda a mãi deve amamentar seu filho por si mesma, no caso de o poder fazer; fazendo-se substituir por uma ama de leite, ella não somente falta ao seu dever, mas também obriga a proceder da mesma forma aquela que abandona o seu próprio filho para amamentar o de outrem. 
A morte da criança pequena 
Ó como estou feliz! Ó como estou feliz, pois que morreu o último dos meus filhos. Que feliz estou. Quando eu morrer e chegar diante dos portões do céu, nada me impedirá de entrar, pois que ali estarão cinco criancinhas a me rodear e a puxar-me pela saia exclamando: 'Entra mamãe, entra! Ó que feliz que sou!, repetiu ainda rindo à grande. (LUCCOCK, 1975, P.80 apud CIVILETTI, 1991) 
Brincadeiras entre Crianças negras e brancas 
Crianças, brancas, negras e indigenas 
Diferenças entre a criança livre e a criança escrava 
Para a criança escrava a partir de seis a doze anos ela parece desempenhar pequenas atividades, mas dos doze anos em diante as meninas e meninos escravos eram vistos como adultos, no que se refere ao trabalho e a sexualidade. 
A partir dos seis anos o menino branco, era iniciado no aprendizado do latim, gramática e boas maneiras, nos colégios religiosos. A vara de marmelo, a palmatória se incumbiam de transformar o antigo anjinho numa miniatura de adulto precoce. 
Desafios para a Infância Atual 
Infância e Trabalho 
Infância e Consumo 
Infância e ausência de tempo livre 
Infância e ausência de espaço para brincar em grupo 
Infância e ausência de oportunidade de interação entre crianças fora do ambiente escolar 
Infância e Consumo 
Aspectos que precisamos valorizar e garantir: 
Infância e Direito 
Infância e Cultura 
Infância e Ludicidade 
Infância e Afeto 
Infância e Expressão 
Aula 02: Políticas Públicas Nacionais para Ed. Infantil
Aqui você conhecerá de forma resumida a história das políticas públicas voltadas à infância brasileira, desde o surgimento das primeiras creches até o parecer de 2009, que obriga toda criança a partir de quatro anos a frequentar espaços de educação infantil.
Apesar de ainda ser necessário estar fortemente implicado na luta sobre o direito da criança brasileira, é preciso reconhecer que nas últimas décadas do século XX houve um grande avanço na garantia dos direitos da criança.
Vale ressaltar, que as conquistas nessa área são reflexos em sua maioria da organização de setores da sociedade civil que lutaram pela garantia das crianças no Brasil para que fossem vistas como cidadãs de direitos.
Vamos conhecer um pouco sobre como as creches foram sendo instaladas em nosso país.
As primeiras creches no Brasil surgiram em meados de 1870, destinadas prioritariamente às famílias pobres. Eram designadas mulheres que precisavam trabalhar para ajudar no sustento da família.
Assim, as creches surgiram como um depósito normatizador do comportamento das crianças pobres, liberando a mão de obra feminina, como afirma Pardal.
Pardal (2005 – p. 64) ressalta que: “para as crianças bem nascidas valia a regra de ouro: serem amamentadas e cuidadas por sua própria mãe, a quem a sociedade fechava as possibilidades de estudo e trabalho. A imprescindibilidade da função materna era um dos argumentos usados para justificar o afastamento feminino do mundo do trabalho. A questão do conflito, portanto, fruto da possibilidade de opção, inexistia. As regras estavam socialmente bem definidas: às mulheres das classes abastadas, destinava-se a maternidade; às pobres, o trabalho.”
É possível imaginar a dor e a culpa que estavam associadas às mães pobres que precisavam trabalhar e se afastar de seus filhos.
Além desse aspecto, havia o estigma associado às crianças que frequentavam as creches, que eram vistas como coitadas e dependentes da assistência de pessoas caridosas, uma vez que a manutenção desses espaços não era ainda responsabilidade exclusiva do Estado.
Você já ouviu falar no Código de 1927?
Vamos saber mais sobre as bases da reformulação política do atendimento oferecido às crianças pobres de nosso país.
A constituição Federal de 1988 
A CF de 1988 destaca que a educação é direito de todos e coloca a educação infantil como um dever do Estado. Sendo assim, a ela passa pela primeira vez no Brasil a ser um direito da criança e uma opção da família.
Essa Constituição representou um grande avanço na luta pelos direitos do cidadão brasileiro e, consequentemente, na luta pelo direito da criança, possibilitando avanços posteriores que vieram em outras leis.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
O ECA é um grande divisor de águas na luta pelo direito da criança e do jovem brasileiro, pois, apesar da grande dificuldade que o conselheiro tutelar tem tido ao realizar o seu trabalho, o Estatuto representa um grande avanço, já que propõe medidas protetoras no lugar das tradicionais medidas de repressão.
Todas as instancias devem ser controladas pela sociedade civil, tanto quanto através do Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente quanto pelos Conselhos Tutelares.
Política Nacional de Educação Infantil
Como resultado da Constituição Federal e da elaboração do ECA, o Ministério da Educação e Desporto (MEC) propõem uma política Nacional de Educação Infantil, assumindo finalmente a importância de seu papel na garantia dos direitos das crianças a uma educação de qualidade.
O MEC institui na primeira metade da década de 1990, uma Comissão Nacional de Educação Infantil (CNEI), que participa da elaboração dessa política em todo o país.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Em 20 de dezembro de 1996 é aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), a LDB, apresentando três artigos que tratam da educação infantil. Apesar de não parecer muito, ainda assim é possível considerar o avanço que ela representa, principalmente por reafirmar que a educação para as crianças com menos de 6 anos é a primeira etapa da educação básica.
Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil
O RCNEI não tem valor legal, constitui-se apenas de um conjunto de sugestões para os professores de creches e pré-escolas. Este documento representou um retrocesso no processo que vinha se dando no Brasil de o governo com a participação da sociedade civil, construir uma política de educação para as crianças pequenas.
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil 
Em 17 de dezembro de 1998, a conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE – Câmara de Educação Básica), relata e aprova o parecer 022/98 sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
As referidas diretrizes constituem-se na doutrina sobre princípios, fundamentos e procedimentos da educação básica, definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação,que orientará as instituições de educação infantil dos Sistemas Brasileiros de Ensino, na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.
Parecer CNE/CEB n20/2009
Em 11 de novembro de 2009, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação aprova as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil. 
Duas mudanças significativas surgem em função das medidas estabelecidas nas diretrizes curriculares. A primeira é a ampliação do Ensino Fundamental com a integração do CA como primeiro ano, para nove anos e não oito como anteriormente. A segunda medida diz respeito a obrigatoriedade da família em matricular a criança de 4 anos na pré-escola.
Este breve histórico tentou apresentar uma realidade de conquistas e lutas de crianças oprimidas por uma sociedade adultizada.
As leis principais que favorecem às crianças e jovens brasileiros foram resultados da organização de setores civis da sociedade que lutaram por um olhar mais humano e pela efetivação das leis.
A informação e a mobilização parecem critérios fundamentais na construção de uma educação infantil de qualidade.
É impossível conceber uma educação infantil de qualidade sem relacioná-la a fatores políticos, históricos, econômicos e culturais. Todos temos que nos considerar representantes da construção desse processo.
VIDEO AULA 2
Políticas Públicas para a Infância no Brasil
A história da educação infantil em nosso país tem, de certa forma, acompanhado a história dessa área no mundo, havendo, é claro, características que lhe são próprias.
Até meados do século XIX, o atendimento de crianças pequenas longe da mãe em instituições como creches ou parques infantis praticamente não existia no Brasil.
No meio rural, onde residia a maior parte da população do país na época, famílias de fazendeiros assumiam o cuidado das inúmeras crianças órfãs ou abandonadas, geralmente frutos da exploração sexual da mulher negra e índia pelo senhor branco.
Na zona urbana bebês abandonados pelas mães, por vezes filhos ilegítimos de moças pertencentes a famílias com prestígio social, eram recolhidos nas “rodas de expostos” existentes em algumas cidades desde o inicio do século XVIII.
As primeiras Creches no Brasil
As primeiras creches no Brasil surgiram em meados de 1870, como prioridade as famílias pobres, eram designadas as mulheres que precisavam trabalhar para ajudar no sustento da família. Portanto, surgiu como um deposito normatizador do comportamento das crianças pobres, liberando a mão de obra feminina.
Para as crianças bem nascidas valia a regra de ouro:
“ Serem amamentadas e cuidadas por sua própria mãe, a quem a sociedade fechava as possibilidades de estudo e trabalho”.
A imprescindibilidade da função materna era um dos argumentos usados para justificar o afastamento feminino do mundo do trabalho.
A questão do conflito, portanto, fruto da possibilidade de opção, inexistia.
As regras estavam socialmente bem definidas: às mulheres das classes abastadas, destinava-se a maternidade; às pobres, o trabalho.
O reconhecimento social da infância no Brasil: da menoridade a cidadania
Código de menores de 1927 – Ao mesmo tempo em que tornou visível a infância como uma área de competência jurídica própria, o código também foi o marco na segregação e diferenciação da infância dos pobres, que logo passou a ser identificada como a infância dos delinqüentes e abandonados.
As práticas oscilavam entre: “abandonado vitima da família e da sociedade” e “do delinqüente como ameaça a ambas”.
Os menores delinqüentes recebiam uma prática para os que já haviam penetrado nos circuitos da criminalidade e da exclusão social
– tutelados pelo estado e submetidos à reclusão social.
Os menores abandonados aqueles que eram vistos como possibilidades de se integrarem à sociedade através do trabalho, ficavam sob responsabilidade das ações da área da assistência social e filantrópica.
Aqui o marco definidor é a reclusão, o confinamento, a criminalização e a disciplinarização para o trabalho em ofícios de menor requisição intelectual.O que caracteriza este conjunto de práticas é a exclusão total ou parcial, é a negação da cidadania, é a ampliação do termo menor como sinônimo de delinqüência.
Através de uma tendência centralizadora, passou a existir a política de bem estar do menor, executada pela FUNABEM (Fundação de bem estar do menor) em 1964.
Em 1976 é criada a (CPI) comissão parlamentar de inquérito, para um diagnóstico sobre a realidade do menor.
1978, há a criação da pastoral do menor (ampliando a entrada da igreja católica)
1979- Movimento em defesa do menor, concentra-se em denunciar maus tratos praticados nas unidades da Febem contra crianças que estavam sob a tutela do estado.
ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) - 1990
O ECA nasce numa perspectiva de reordenamento do atendimento à criança e ao adolescente assentada em uma ampla política de garantias de direitos, fundada numa articulação entre políticas setoriais da saúde, educação, moradia e trabalho.
Seus principais avanços estão no esforço da regulamentação da atividade jurídica, tanto em termos da aplicação das medidas judiciais quanto em termos de controle sobre as instituições que hoje prestam assistência e/ou atuam no âmbito da aplicação das medidas destinadas aos questão em conflito com a lei.
É importante destacar que o ECA é um grande divisor de águas na luta pelo direito da criança e do jovem brasileiro, pois apesar da grande dificuldade que o conselheiro tutelar tem tido ao realizar o seu trabalho, o Estatuto representa um grande avanço, pois propõem medidas protetivas no lugar das tradicionais medidas de repressão.
Outro aspecto é que as Leis do Estatuto são para toda e qualquer criança e jovem e não só aquele marcado pela pobreza de nosso país. Propõem que o confinamento e a punição sejam substituídos pela prestação de serviço a comunidade. Em ultimo caso deve haver internação em instituição educacional, a liberdade assistida e a semiliberdade são prioridades aqui.
Um aspecto importante para todos, pois compromete todos os cidadãos brasileiros é que todas as instancias devem também ser controladas pela sociedade civil, tanto quanto através do Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente quanto pelos Conselhos Tutelares.
… é preciso recursos sociais e políticas públicas estejam disponíveis para que as famílias possam cumprir tais medidas, e nelas aparece a inclusão em programas comunitários ou oficiais de auxilio a família, à criança e ao adolescente, entre os quais podemos destacar o atendimento em creches e pré-escolas.
É fundamental dar o destaque especial ao fato que pela primeira vez na história do Brasil as proposições desse documento não foram oferecidas exclusivamente por juristas e advogados, mas tiveram a participação importante de setores civis da sociedade.
Pais e profissionais especializados na área da educação e dos direitos humanos colaboraram e brigaram ativamente pela efetivação do Estatuto.
A constituição Federal de 1988 destaca que a educação é direito de todos (art.205) e coloca a educação infantil como um dever do Estado. O artigo 208, inciso IV, diz o seguinte:
Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de:
IV atendimento em creches e pré-escolas às crianças de 0 a 6 anos de idade.
A Constituição Federal de 1988
Essa constituição representou um grande avanço na luta pelos direitos do cidadão brasileiro e consequentemente, na luta pelo direito da criança, possibilitando avanços posteriores que vieram em outras leis como por exemplo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Sendo dever do Estado, a educação infantil passa pela primeira vez no Brasil, a ser um direito da criança e uma opção da família. No artigo 227, a constituição Federal coloca a criança e o adolescente como prioridade nacional.
Art.227 - É dever da família, da sociedade do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-losa salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Título VII, do Estatuto que se dedica aos crimes e infrações administrativas e que diz respeito mais especificamente aos educadores da infância de nosso país:
Submeter a criança sob sua autoridade a vexame ou constrangimentos (detenção de seis meses a dois anos); Submeter a criança a tortura (aqui são previstos os casos de lesãocorporal leve, grave ou gravíssima que podem levar à morte, com diferentes penalidades);
Deixar o educador ou o dirigente de ensino pré-escolar de comunicar à autoridade competente os casos que tenha conhecimento de suspeita ou confirmação de maus tratos (multa de 3 a 20 salários de referencia aplicando-se o dobro nos casos de reincidência).
Política Nacional de Educação Infantil
Como resultado da Constituição Federal e da elaboração do ECA, o Ministério da Educação e Desporto (MEC) propõem uma politica Nacional de Educação Infantil, assumindo finalmente a importância de seu papel na garantia dos direitos das crianças a uma educação de qualidade.
O MEC institui na primeira metade da década de 1990, uma Comissão Nacional de Educação Infantil (CNEI), que participa da elaboração dessa política em todo o país e que apresenta como diretrizes os seguintes princípios:
A educação infantil é a primeira etapa da educação básica;
As creches e pré-escolas dividem entre elas a clientela pelo critério exclusivo da faixa-etária (de 0 a 3 anos, na creche, e de 4 a 6 anos na pré-escola)
A educação infantil, em complementação à ação da família, visa proporcionar condições adequadas de desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social da criança, e promover a ampliação de suas experiências e conhecimentos, estimulando seu interesse pelo processo de transformação da natureza e pela convivência em sociedade;
As ações da educação infantil devem ser complementadas pelas saúde e assistência, de forma articulada;
O currículo da educação infantil deve levar em conta, na sua concepção e administração: o desenvolvimento da criança, a diversidade social e cultural das populações infantis e os conhecimentos que se pretende universalizar;
Os profissionais de educação infantil devem ser formados em cursos de nível médio ou superior, que contemple os conteúdos específicos relativos a essa etapa da educação;
As crianças com necessidades especiais, sempre que possível, devem ser atendidas na rede regular de creches e pré-escolas.
Além desses princípios o mesmo documento estabelece três objetivos:
expandir a oferta de vagas para a criança de 0 a 6 anos;
fortalecer, nas instâncias competentes, a concepção de
educação infantil definida neste documento; promover a melhoria da qualidade do atendimento em creches e pré-escolas.
É importante ressaltar que participaram da elaboração desse documento dirigentes e técnicos de instituições federais, estaduais e municipais que atuam no atendimento à infância, professores universitários e especialistas na área, representantes de instituições internacionais e de entidades não-governamentais. 
LDB - Lei de diretrizes e bases da educação nacional aprovada em 1996
Em 20 de dezembro de 1996 é aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), a LDB.
O que esta lei postula sobre educação infantil é resultado da mobilização da sociedade civil organizada que se articulou, desde o final dos anos de 1980, com o objetivo de assegurar para as crianças, na legislação brasileira, a partir de uma determinada concepção de criança e de educação infantil, uma educação de qualidade para a infância. As consequências deste movimento já haviam sido expressas tanto na constituição (1988) como no ECA (1990) e na Politica de Educação Infantil (1994).
A LDB apresenta três artigos que tratam da educação infantil, é possível considerar o avanço que ela representa principalmente por reafirmar que a educação para as crianças com menos de 6 anos é a primeira etapa da educação básica.
Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da sociedade.
Outro artigo fundamental é o que se refere a avaliação na educação infantil. O texto merece destaque, pois elimina a reprovação nesse período do ensino, pois uma vez que as crianças precisam ter confiança em si mesmas, indicar a impossibilidade de ir para o ensino fundamental, colabora para que a criança não acredite em suas capacidades.
Art. 31 Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
Outro artigo que vale a pena mencionar é o que trata da formação do educador, este aspecto também é importante, pois durante muito tempo acreditou-se que o trabalho em creches e pré-escolas estava atrelado ao serviço de maternagem e que não era necessária a formação desse profissional. No título VI estabelece condições mínimas para a atuação do professor de educação infantil.
Art.62 A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida com formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.
Em 1998, estranhamente sem articulação com os documentos que haviam sido produzidos pelo COEDI/MEC, nos últimos cinco anos, o MEC publica o Referencial Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Trata-se de três volumes que de certa forma, dão continuidade a uma política do governo brasileiro – traçar parâmetros curriculares nacionais para os diferentes níveis de ensino no
Brasil.
O RCNEI não tem valor legal, constitui-se apenas de um conjunto de sugestões para os professores de creches e pré-escolas. Este documento representou um retrocesso no processo que vinha se dando no Brasil de o governo com a participação da sociedade civil, construir uma politica de
educação para as crianças pequenas.
Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil
Em 17 de dezembro de 1998, a conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE – Câmara de Educação Básica), relata e aprova o parecer 022/98 sobre as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
As referidas diretrizes constituem-se na doutrina sobre princípios, fundamentos e procedimentos da educação básica, definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientará as instituições de educação infantil dos Sistemas Brasileiros de Ensino, na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil
Alguns pontos importantes contidos nesse documento:
as politicas de educação infantil ainda não estão totalmente definidas.
as crianças são consideradas sujeitos de direitos e alvo de preferencia de politicas publicas.
é indispensável que os educadores ao elaborarem suas propostas pedagógicas para a educação infantil, se norteiem por este documento.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Resolução CNE/CEB nº 5 - 17/12/2009
Em 11 de novembro de 2009, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação aprova as novas Diretrizes 
Curriculares Nacionais para Educação Infantil. Serão aqui mostrados e analisados dois artigos relacionados a idade das crianças. O primeiro muda o inicio da obrigatoriedade da criança
nas creches, enquanto que o segundo antecipa o termino da educação infantil de 6 para 5 anos.
Art.50 A educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizamcomo espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0
a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e
submetidos a controle social.
& 20 É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.
Duas mudanças significativas surgem em função dessas medidas:
A primeira é a ampliação do Ensino Fundamental com a integração do CA como primeiro ano, para nove anos e não oito como era anteriormente. Significa que a criançade 6 anos entra para o ensino fundamental, uma vez que a Educação Infantil vai até os 5 anos de idade.
Vale ressaltar, que a atividade principal da infância é brincar e que a criança de 4, 5, 6 anos precisa de tempo e liberdade para escolher fazer o que quiser, mesmo que seja não fazer nada. Pois, a infância não pode ser percebida como treino para o futuro. E por esse motivo ela precisará de uma proposta curricular que atenda a suas características, potencialidades e necessidades específicas.
Pré-escolas não dispõem de serviços básicos: 2.979 estabelecimentos não têm abastecimento de água e 6.039 não têm esgoto sanitário. Há ainda fatores como, por exemplo, a ausência ou insuficiência de transporte escolar, que afeta sobremaneira a frequência das crianças. Muitas vezes, mesmo havendo condução, o deslocamento pode significar longos percursos, em que crianças permanecem num veículo, acompanhadas apenas pelo motorista.
Pensando nas reais condições de estrutura das creches e pré-escolas públicas de todo o país, nos baixos salários oferecidos a esses profissionais, na falta de investimento na formação especializada e na formação permanente.
Por que o governo em primeiro lugar não tenta proporcionar a melhoria dessas condições citadas
acima?
Precisamos de um governo que conheça e respeite as diferentes realidades regionais de nosso país.
Finalmente, este breve histórico tentou apresentar uma realidade de conquistas e lutas de crianças oprimidas por uma sociedade adultizada. Aspecto fundamental é que as leis principais que favorecem as crianças e jovens brasileiros foram resultados da organização de setores civis da sociedade que lutaram por um olhar mais humano e pela efetivação das leis.
A informação e a mobilização parecem critérios fundamentais na construção de uma educação infantil de qualidade, é impossível concebe-la sem relacioná-la a fatores políticos, históricos, econômicos e culturais.
Todos nós, como cidadãos brasileiros, devemos que nos considerar representantes da construção desse processo.
Aula 03: O Cuidar e o Educar: Crianças de 0 a 5 Anos
Tradicionalmente o trabalho nas creches e pré-escolas se constituiu por meio de uma equivocada divisão que refletiu práticas fragmentadas e excludentes, marca da divisão social de classes: o cuidar e o educar.
Cuidar
Atividade ligada meramente ao corpo e destinada às crianças pobres. 
Educar
Como experiência de promoção intelectual reservada aos filhos dos grupos socialmente privilegiados.
Atualmente, pesquisadores e especialistas da área buscam em seus discursos e textos deixar explícitas as ações de educar e cuidar como fundamentais e indissociáveis, na construção cotidiana de uma proposta pedagógica de qualidade
O MEC, ao publicar os Referenciais para o exame nacional de ingresso na carreira docente, além de registrar a garantia de bons professores para a educação infantil, reconhece a importância do brincar e do cuidar para esse público.
Após esses pontos iniciais, vale ressaltar que no cotidiano das instituições de educação infantil serão promovidas as ações que irão consolidar a união do cuidar e do educar como práticas inseparáveis.
“Reconhecer as funções do cuidar e do brincar para o desenvolvimento das crianças da educação infantil.”
É no espaço do dia a dia, no ritmo e ao longo de cada jornada que acontecem saltos qualitativos no desenvolvimento da criança. Respeitando-se sua singularidade, movimento e necessidade, a criança fará descobertas vivendo experiências a partir de tudo que será oferecido a sua volta.
O professor ao fazer o planejamento do que irá acontecer durante a rotina diária, precisará valorizar alguns aspectos fundamentais.
Alguns aspectos são importantes na condução desse trabalho, tais como:
• reconhecer os cuidados com o corpo, envolvendo a higiene, o sono e a alimentação como parte fundamental do processo educativo das crianças;
• valorizar a educação das emoções e do afeto como parte tão importante quanto a construção de conhecimentos;
• identificar a organização da rotina e do ambiente como aspectos fundamentais para estimular e favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem, a autonomia e a criatividade das crianças;
• perceber a construção de um planejamento para que as brincadeiras ocorram de forma diversificada, como parte essencial de um trabalho de qualidade.
É preciso ressaltar a importância de um planejamento flexível que permita a participação ativa da criança, deve ser evitada uma rotina que favoreça a convivência mecânica, pois esta forma irá desmotivar a criança, atrapalhando seu processo de desenvolvimento.
É muito importante brincar e estudar, mas isso não é tudo!
Os cuidados com o corpo, envolvendo a higiene, o sono e a alimentação, como parte fundamental do processo educativo das crianças, são ações fundamentais que devem ser planejadas em detalhes na busca de conforto e orientação à criança. Algumas instituições, infelizmente, ainda insistem em uma prática que oferece essas ações de forma mecânica e sem importância.
A educação das emoções e do afeto.
Outro aspecto importante relacionado ao cuidar e ao educar é a valorização da educação das emoções e do afeto como parte que deve ser considerada tão importante quanto a construção de conhecimentos.
O educador deve estar atento às várias manifestações das crianças percebendo sua frequência e em que condições ela ocorre. É importante considerar as variações individuais, pois as crianças são diferentes entre si e apresentam formas de manifestar suas emoções que acentuam essas diferenças.
O educador deve prestar atenção nos comportamentos infantis; deve respeitar a individualidade de cada uma e buscar formas afetuosas de intervir durante momentos emotivos, pois a criança poderá viver situações difíceis que irão refletir em seus comportamentos, e o educador deverá amenizar essas situações respeitando os sentimentos das crianças.
Rotina e ambiente escolar
A organização da rotina e do ambiente são aspectos fundamentais para favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem, a autonomia e a criatividade das crianças.
A altura dos murais e das estantes, o tamanho dos móveis e a disposição deles nas salas, o oferecimento de ambientes externos e internos são alguns dos aspectos fundamentais para ajudar a organizar uma proposta pedagógica de qualidade.
A organização da rotina e do ambiente expressa a ideia de criança e da educação que será oferecida a ela dentro da instituição.
Brincadeira de criança: como é bom!
Perceber a construção de um planejamento para que as brincadeiras ocorram de forma diversificada também faz parte essencial de um trabalho de qualidade.
A brincadeira é uma das atividades essenciais para o desenvolvimento de uma infância saudável, e uma instituição de educação infantil, que é responsável pela formação integral da criança, deve planejar formas diferenciadas que permitam a expressão do lúdico de diferentes maneiras.
À medida que a criança adquire mais autonomia motora e linguística, com a aquisição do andar e do falar, as atividades lúdicas devem ser planejadas envolvendo outros aspectos, tais como: peso, tamanho, material que constituirão os brinquedos, bem como a disponibilidade em que serão oferecidos às crianças.
A partir dos 4 a 5 anos, é esperado que as crianças já tenham adquirido alguns hábitos de independência e autonomia.Portanto, expressam curiosidades e interesses por vários aspectos, como sexualidade e língua escrita, testando os limites estabelecidos, e possuem laços de amizades, entre outras conquistas alcançadas.
Vale destacar que cuidar e educar as crianças de forma integrada exige a cumplicidade de adultos e crianças, em todo momento.
Os adultos devem proporcionar espaços de ação e compartilhamento em que todos possam interagir trocando experiências significativas, em que “corpo” e “cabeça” não sejam percebidos separadamente, mas com o mesmo valor.
As crianças devem ter acesso à saúde e higiene, tanto quanto aos conhecimentos do mundo e de sua cultura. Os profissionais de creches e instituições de educação infantil devem buscar planejar o cotidiano procurando respeitar as individualidades, bem como as necessidades especificas de cada faixa-etária.
Afetividade e compreensão devem ser requisitos básicos na constituição de qualquer profissional que tenha o desejo de trabalhar com crianças.
VIDEO AULA 3
O Cuidar e o Educar
A educação infantil caracterizou-se, historicamente, pelo assistencialismo, reduzindo-se a um espaço essencialmente de cuidados com a criança. O que estamos chamando de cuidados está relacionado especificamente ao corpo: dormir, comer, dar banho...
Com o passar dos tempos, e algumas mudanças ocorridas nas tendências educacionais, passou a ser considerada e entendida como um processo educativo. Educar como atividade relacionada
à atividades pedagógicas.
Vale destacar, que essa separação original dessas duas ações gerou dois modelos inadequados: cuidar – atividade ligada meramente ao corpo e destinada às crianças pobres, e o educar - como experiência de promoção intelectual reservada aos filhos dos grupos socialmente privilegiados.
Educar de modo indissociado do cuidar é dar condições para as crianças explorarem o ambiente de diferentes maneiras (manipulando materiais da natureza ou objetos, observando, nomeando objetos, pessoas ou situações, fazendo perguntas etc) e construírem sentidos pessoais e significados coletivos, à medida que vão se constituindo como sujeitos e se apropriando de um modo singular de formas culturais de agir, sentir e pensar.
Isso requer do professor ter sensibilidade e delicadeza no trato de cada criança, e assegurar atenção especial conforme as necessidades que identifica nas crianças. P.10 (MEC, 2009)
PARECER HOMOLOGADO em 9/12/2009:
Quando se tira da criança a possibilidade deste ou aquele espaço da realidade, na verdade se está alienando-a da sua capacidade de construir seus conhecimentos. Porque o ato de conhecer é tão vital quanto comer ou dormir; e eu não posso comer por alguém, (FREIRE, 1983, p. 36).
O cotidiano de Escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organização da mesma forma para crianças maiores e menores.
Há diversos tipos de atividades envolverão a formação diária das crianças e dos adultos: o horário da chegada, alimentação a higiene, o repouso, as brincadeiras- os jogos diversificados como o
faz de conta, os jogos imitativos e motores, de explicação de materiais, gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto e pelo outro.
A importância dos cuidados com o corpo, envolvendo: a higiene, o sono e a alimentação como parte fundamental do processo educativo das crianças
Banho: Temperatura da água e ventilação
Para crianças de até 2 anos banheiras, bancadas ou mesas de troca de roupa e fralda
Chuveiros adequados para a quantidade de criança
Entre os 2 e 3 anos as crianças já devem ter conquistado maior autonomia para se movimentar e iniciar o uso de sabonetes e esponjas sozinha.
Nessa fase ela ainda está aprendendo a controlar seu xixi e cocô e podem acontecer situações em que mesmo tentando ela não vai conseguir.
Banhos Coletivos ou Individuais?
A questão polêmica sobre separar meninos e meninas na hora do banho deve ser discutida com os educadores e famílias.
Em várias culturas o banho coletivo é um habito. A malicia é algo que a criança aprende com adulto, não sendo um comportamento próprio dela.
Ter a oportunidade de descobrir as diferenças físicas entre meninos e meninas pode ser um momento rico para a aprendizagem. 
O confronto entre os sexos e as perguntas que surgem podem fazer parte dos projetos psicopedagógicos dos educadores, na hora do banho.
Alimentar-se envolve tradições como: por a mesa, compartilhar, degustar, trocar ideias e admirar a qualidade dos alimentos que ali estão. Isso envolve tempo e disponibilidade para compartilhar esses momentos na companhia das crianças. Em uma relação de igualdade onde os alimentos sejam para todos, sem distinção de adultos e crianças.
O homem, ao contrário dos outros animais, não come somente para matar a fome. Come para estar com amigos. Para festejar, fechar negócios, despedir-se. O homem come para cultuar. A comida tem um significado social.
Nana Nenem
O momento do sono muitas vezes é percebido como um castigo para as crianças e para os educadores. Ele deve ser planejado e organizado a partir de muitos detalhes que promovam o conforto e bem estar das crianças.
Escovar os dentes antes de dormir
Estar vestido confortavelmente
Pegar suas chupetas, paninhos...
Colchões arrumados antecipadamente
Músicas clássicas
Cortinas fechadas
Muito afeto e carinhos
Acordar dentro de um ritmo tranquilo com respeito ao ritmo individual.
Valorizar a educação das emoções e do afeto como parte tão importante quanto a construção de conhecimentos 
Identificar a organização da rotina e do ambiente como aspectos fundamentais para estimular e favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem, a autonomia e a criatividade das crianças 
horários bem organizados para facilitar a rotina
altura adequada dos murais e das estantes
o tamanho dos móveis e a disposição deles nas salas
o oferecimento de ambientes externos e internos
contato com a natureza
BRINCADEIRA
A brincadeira é uma das atividades essenciais para o desenvolvimento
de uma infância saudável, e uma instituição de educação infantil que é responsável pela formação integral da criança deve planejar formas diferenciadas que permitam a expressão do lúdico de diferentes maneiras. Um dos aspectos fundamentais que deve nortear essa organização é a consideração das diferentes faixas etárias: 0 a 3 anos e 4 a 5 anos.
Perceber a construção de um planejamento para que as brincadeiras ocorram de formas diversificadas como parte essencial de um trabalho de qualidade
Pensar o espaço como gerador da experiência representa o sinal de uma atenção de escuta das necessidades das crianças que antecipa – e, no entanto, apoia – o cuidado da relação e da interação do adulto com as crianças dentro do contexto educacional. FORTUNATI (2009)
Brincar ao ar livre
a partir dos 4 a 5 anos, é esperado que as crianças já tenham adquirido alguns hábitos de independência e autonomia. Portanto, expressam curiosidades e interesses por vários aspectos: sexualidade, língua escrita, testam os limites estabelecidos, possuem laços de amizades, entre outras conquistas alcançadas. Nesse ponto o educador deve oferecer atividades que:
Incentivem a alfabetização e o letramento de formas lúdicas e significativas.
Atividades que ajudem as crianças a refletir sobre as consequências de suas ações.
Planejar atividades que esclareçam as curiosidades ligadas a descoberta do corpo e a diferença entre os gêneros.
Oferecer conhecimentos relacionados a matemática, ciências, artes e a leitura e escrita.
DIFERENTES IDADES
Cuidar e Educar as crianças de forma integrada exige a cumplicidade a todo momento de adultos e crianças. Os adultos devem proporcionar espaços de ação e compartilhamento em que todos possam interagir trocando experiências significativas em que “corpo” e “cabeça” não sejam percebidos separadamente, mas com o mesmo valor.
As crianças devem ter acesso a saúde e higiene, tanto quanto aos conhecimentos do mundo e de sua cultura.
Os profissionais de creches e instituições de educação infantildevem buscar planejar o cotidiano procurando respeitar as individualidades, bem como as necessidades especificas de cada faixa-etária.
Afetividade e compreensão devem ser requisitos básicos na constituição de qualquer profissional que tenha o desejo de trabalhar com crianças.
Aula 04: O Perfil dos Educadores que trabalham na Creche
Ao discutirmos o perfil desejável dos educadores que trabalham em creches é necessário ressaltar dois aspectos fundamentais que servirão como base para a discussão que será proposta nessa aula.
O primeiro aspecto é quanto ao perfil, pois, considerando que as pessoas possuem características individuais que refletem sua cultura, sua história de vida e as relações afetivas que tiveram ao longo da vida, não devemos pensar em um controle rígido que incentive um padrão, pois cada um terá uma forma diferente de desenvolver o trabalho com crianças a partir de suas características individuais. É preciso esclarecer que a intenção é traçar critérios que valorizem o papel desse profissional, baseando-se nas Diretrizes Nacionais da Educação Infantil.
O segundo aspecto é quanto a questão de gênero, pois tradicionalmente a profissão de professor de educação infantil tem sido ocupada exclusivamente pelo universo feminino, refletindo uma concepção de trabalho doméstico e maternagem. Cabe aqui fazer uma pergunta: é possível a inserção de educadores (gênero masculino) no desenvolvimento de trabalhos pedagógicos que envolvam o cuidar e o educar para crianças na faixa etária de 0 a 5 anos?
Perfil dos profissionais de educação infantil.
Contexto sociocultural
Ao traçar o perfil profissional  de professores de Educação Infantil devemos considerá-los em seu contexto sociocultural; o que significa incluir além das questões de gênero, questões de raça, idade e classe social. É importante considerar que este assunto é bastante complexo e existem poucos parâmetros para defini-lo de forma absoluta.
Humor e disposição
Para esse profissional que estamos delineando a partir das considerações das diretrizes postuladas pelo governo e considerando as diferenças dos aspectos socioculturais, alguns pontos são importantes.  Entre eles o fato de procurar estar com bom humor e bem disposto, pois as crianças são ativas e rápidas, por isso necessitam de educadores com essas características.
Emoções infantis
Outro ponto importante é procurar atuar como mediador entre a criança, as suas emoções e o seu ambiente, isso significa ser capaz de interpretar e compreender o que uma criança está sentindo, por isso envolve o conhecimento de muitas emoções.
Compreender as próprias emoções é essencial para saber lidar com os sentimentos das crianças.
Em primeiro lugar, é necessário que os adultos compreendam e aceitem suas próprias emoções, principalmente, quando essas não são consideradas socialmente positivas, como: raiva, inveja, ciúme entre outras.
Geralmente, ao ouvir “Não”, as crianças manifestam irritabilidades ou choros, por isso, saber lidar bem com essas situações é muito importante. Facilita bastante o fato de um adulto saber lidar de forma equilibrada com seus próprios sentimentos.
Ter equilíbrio emocional facilitará o oferecimento de uma sólida base de afeto – sorrir e falar carinhosamente com as crianças é importante para que elas não se sintam ameaçadas ou pressionadas a fazer coisas que impeçam seu desenvolvimento.
Veja outros pontos muito importantes no trabalho com a Educação Infantil!
É importante saber organizar o espaço e o tempo de modo a favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. Com relação a esse aspecto é essencial organizar detalhes do ambiente, procurando criar uma atmosfera de segurança, como exemplo: sala bem ventilada, limpa, bonita, com objetos, imagens e cores que estimulem a imaginação.
Importante também é distribuir o tempo de modo adequado entre as diferentes atividades do dia, para não cansar as crianças e nem deixá-las sem atividades.
Desde pequenas as crianças já demonstram uma grande capacidade de ajuda mútua. É importante que o professor possa organizar possibilidades em que as crianças ajam umas com as outras, de maneira que vivam a multiplicidade de experiências e superem desafios.
Construindo regras coletivas...
A criança também tem o direito de falar!
É importante levar as crianças a participarem do processo de tomada de decisão, ou seja, levá-las a fazer uso frequente da palavra e articular ideias de maneira lógica e clara. Isso irá ajudá-las a descentrar e coordenar diferentes pontos de vista, permitindo que possam ser mais autônomas.
Tradicionalmente, as regras eram oferecidas para a criança de forma autoritária, em uma relação em que só o adulto poderia afirmar impositivamente como as coisas seriam organizadas, e muitas vezes nem mesmo procurando ser justo com  a criança.
Atualmente, pesquisas demonstram que é fundamental possibilitar às crianças o direito de escolher e de argumentar no sentido de negociar e renegociar as normas, avaliando se são justas e, caso não sejam, que possam rediscuti-las de forma continuada e contando com a participação ativa de todos, adultos  e crianças.
Um aspecto facilitador é o fato de poder dialogar com a família procurando saber o que acontece em casa, fazendo relações com o que acontece nos espaços educativos.
Estar sempre procurando investir em sua formação, buscando aprender cada vez mais sobre o seu trabalho é um aspecto que dará vida e sentido à construção da proposta pedagógica cotidiana.
Um professor que está sempre em contato com novos conhecimentos de sua área será capaz de fazer reflexões que possibilitarão o aprimoramento constante, permitindo o aumento de sua motivação.
Os educadores de crianças, além de uma formação inicial, devem procurar ter curso universitário ou pelo menos o curso de formação de professores, e estar sempre interessados em ampliar os seus conhecimentos na área.
Reconhecer as especificidades de cada contexto educacional é ponto chave, pois as condições de trabalho desse profissional não podem ser analisadas separadamente de seu perfil. O lugar disponível para a realização do trabalho pedagógico deverá ser o grande aliado desse profissional.
Para favorecer a realização de um trabalho de qualidade é necessário pensar na quantidade de crianças para cada educador. Recomenda-se que quanto menor a faixa etária, menos deverá ser a quantidade de criança por adulto.
Outros aspectos também importantes estão relacionados à distribuição do tempo e do espaço. É necessário garantir que as crianças possam escolher o que e com quem devem trabalhar, podendo expressar seus reais talentos e interesses.
Podemos resumir que entre algumas características fundamentais para os educadores de crianças estão:
respeitar e fortalecer a identidade das crianças e suas famílias;
educar e cuidar da criança, como ser total, completo e indivisível;
articular e integrar conhecimentos, de forma prazerosa;
avaliar a evolução das crianças e registrar seus progressos.
Para finalizar é importante destacar uma característica que não deverá faltar em nenhuma hipótese à capacidade do adulto de “entrar no jogo da criança”, ou seja, despir-se de suas características de adulto e tentar entrar no mundo do faz de conta que a criança está inserida.
O educador para conseguir tal êxito deverá entrar em contato com sua criatividade artística e com o seu humor. O que permitirá elevar-se a sentidos sem aparentes significados imediatos ou fins previamente estabelecidos
VIDEO AULA 4
O perfil do educador e da educadora de educação infantil
Não traçar um perfil limitado e rígido.
A questão de gênero não é um dado resolvido pelas características biológicas de cada um, mas
construído por meio de práticas sociais masculinizantes ou feminilizantes, de acordo com as diferentes concepções presentes em cada sociedade.
Os Referencias para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente (2009) inserem como tema geral alguns itens necessários para um professor de educação infantil:
Conhecer as diferentes concepçõesrelativas à educação infantil;
Reconhecer as funções do “cuidar” e do “brincar” para o desenvolvimento das crianças e da educação infantil;
Reconhecer o papel do lúdico no desenvolvimento infantil;
Identificar estratégias, abordagens e atividades adequadas para o estágio de desenvolvimento dos alunos da educação infantil;
Identificar estratégias, abordagens e atividades adequadas para alcançar determinados objetivos de aprendizagem na educação infantil;
Identificar rotinas pedagógicas adequadas ao estágio de desenvolvimento dos alunos da educação infantil;
Identificar formas adequadas de organização do espaço pedagógico de acordo com os objetivos de aprendizagem de alunos da educação infantil;
Identificar formas adequadas de utilização de recursos didáticos diversos, de acordo com os objetivos de aprendizagem de alunos da educação infantil.
Características Pessoais
O bom humor e a boa disposição - pois as crianças são ativas e rápidas, necessitam de educadores/as com essas características.
Paciência e afetividade - atuar como mediador/a entre a criança, as suas emoções e o seu ambiente, isso significa ser capaz de interpretar e compreender o que uma criança está
sentindo, envolve o conhecimento de muitas emoções. E de suas próprias emoções.
Organização e planejamento - é saber organizar o espaço e o tempo de modo a favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças.
Ser autoridade sem ser autoritário - é a respeito da construção dos limites considerando as diferentes faixas etárias e a construção de regras coletivas. É importante levar as crianças a participar do processo de tomada de decisão, significa leva-las a fazer uso frequente da palavra e articular ideias de maneira lógica e clara.
Pesquisador de seus alunos - Um aspecto facilitador é o fato de poder dialogar com a família procurando saber o que acontece em casa, fazendo relações com o que acontece nos espaços
educativos.
Observador de crianças – acompanhar, fazendo registros dos comportamentos infantis, principalmente, nos momentos da brincadeira livre e da relação criança-criança.
Formação Continuada - Um professor que está sempre em contato com novos conhecimentos de sua área, será capaz de fazer reflexões que possibilitarão o aprimoramento constante. Permitindo o aumento de sua motivação.
Valorizar a brincadeira – Perceber as atividades lúdicas como fonte de aprendizagem e desenvolvimento, articulando e integrando conhecimentos, de forma prazerosa.
Critérios Importantes:
Na organização das atividades dos meninos e meninas que frequentam a escola infantil deve-se considerar as condições especificas dos diversos ambientes.
A divisão da jornada de trabalho, ou seja, o tempo das atividades
Materiais e recursos que dispõem cada escola
A distribuição e o agrupamento das crianças
O Ministério da Educação recomenda:
Idade / Crianças por professor
4 meses a 1 ano e 2 meses – 5 a 6
1 ano e 3 meses a 1 ano e 8 meses – 6 a 8
1 ano e 9 meses a 2 anos e 6 meses - 8 a 11
2 anos e 7 meses a 3 anos e 6 meses – 12 a 15
3 anos e 7 meses a 6 anos e 11 meses – 16 a 25
FONTE: Ministério da Educação e desporto. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília, COEDI/MEC, 1995
12 PROPOSIÇÕES PARA UMA E.I. CIDADÃ
Observar as atividades das crianças com o intuito de melhor conhecer quem são elas, como fazem e por que fazem desta ou daquela maneira. È preciso que os professores aprendam com as crianças quem são elas e como elas são.
Deem vez e voz às crianças no dia-a-dia das creches e pré-escolas. “”cala boca ainda não morreu” . Os professores devem aprender a escutar o que as crianças têm a dizer e a fazer.
Admitir que as crianças são capazes. Os professores precisam partir do que suas crianças sabem, conhecem e fazem, acreditando nelas e possibilitando a ampliação dos seus conhecimentos.
Permitir que as crianças escolham suas atividades e brincadeiras. Para que haja escolha é preciso que o espaço e os materiais e sua arrumação na instituição sejam preparados dando opção de escolha. Escolha significa optar por uma e rejeitar outras. O planejamento deve prever situações de livre escolha.
Favorecer o relacionamento das crianças de idades variadas, sem a interferência dos adultos. Professor de educação infantil não é um interventor, mas um orientador. Usa mais a negociação – troca de ponto de vista – do que a imposição.
Reconhecer a brincadeira como direito. O brincar é o caminho da aprendizagem na infância.
Liberar os sentimentos, sem nunca proibi-los. É preciso que professores e crianças aprendam juntos a perceber e a respeitar os sentimentos dos outros.
Favorecer o contato das crianças com a natureza e outros espaços da comunidade. A sala de aula não é sempre o melhor, nem o espaço mais adequado para o desenvolvimento das atividades ou projetos de turma.
Respeitar o tempo das crianças em cada atividade. Considerar o interesse e a necessidade de planejar cada ação, ou sugestão dada pelas crianças, ou aquelas que surgem inesperadamente.
Valorizar as produções das crianças. Desenhos, pinturas, maquetes, esculturas, registros escritos, fotografias devem constituir os adereços e os adornos do espaço físico, expressando o trabalho que está sendo desenvolvido.
Achar a medida certa. Esta é tarefa importante para os professores de educação infantil. Nem adultizar, nem infantilizar as crianças. Entende-las com características próprias diferentes entre si.
As propostas de educação infantil devem ser concebidas de maneira que deem às crianças acesso à cultura, nas suas diferentes manifestações, e que compreendam que as crianças também são produtoras de cultura.
O educador para conseguir tal êxito deverá entrar em contato com sua criatividade artística e com o seu humor.
O que permitirá que eleve-se a sentidos sem aparentes significados imediatos ou fins previamente estabelecidos.
Aula 05: O Brincar na Educação Infantil
O brincar na Educação Infantil.
O brincar tem sido apontado por vários autores como um dos comportamentos principais da infância. As crianças quando brincam desenvolvem habilidades motoras, cognitivas, sociais e afetivas. Por isso, na educação infantil a brincadeira precisa estar presente como uma atividade importante em si mesma.
A brincadeira permite à criança transitar entre mundos opostos que delimitam a realidade e a fantasia. O real e o imaginário se misturam abrindo a possibilidade de criação que instiga a viver com mais energia e alegria, encarando as dificuldades com mais leveza.
A partir dos estudos de Vygostsky podemos afirmar que a brincadeira contém todas as tendências do desenvolvimento de forma condensada, sendo uma grande fonte de desenvolvimento.
É possível pressupor que a criança da educação infantil brinca em um mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados.
Portanto, é necessário garantir espaço e tempo para as crianças brincarem sem que necessariamente tenham que atingir algum objetivo antes, durante ou depois da atividade.
O brincar é garantido à criança brasileira. Fique esperto!
Atualmente existem no Brasil leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - 1990) que garantem a legalidade do brincar à criança brasileira.
Desde a Constituição de 1988 a criança brasileira passou a ser cidadã de direito e como tal, um de seus direitos é o brincar. Portanto, um educador de creches e pré-escolas não pode utilizar o brincar como prêmio ou punição e, em hipótese alguma, escolher um grupo de crianças para uma atividade lúdica e deixar o restante impossibilitado de participar.
Proibido proibir a brincadeira!
Várias pesquisas na área da psicologia do desenvolvimento têm apontado sobre a necessidade de brincar na infância.
A brincadeira deve ser favorecida de diversas formas e os espaços de educação infantil devem ser planejados considerando o tempo para a brincadeira livre e dirigida.
Alguns autores, como Piaget e Vygotsky, consideram o brincar como fundamental nesse período. Apesarde esses estudiosos apresentarem divergências, é fundamental compreender a contribuição que ambos trouxeram para a análise do brincar na infância.
Piaget - Jogo de Exercício, Brincadeiras de Faz de Conta e Jogos com Regras
Jogo de exercício 
• Caracteriza a fase do desenvolvimento pré-verbal.
• Tem como finalidade o próprio prazer do funcionamento; por exemplo, quando a criança empurra uma bola, vai atrás dela, volta e recomeça, ela o faz por mero divertimento.  
Jogo simbólico 
• Caracteriza a fase que surge com o aparecimento da linguagem.
• O símbolo implica a representação de um objeto ausente (comparação entre um elemento dado e outro imaginado).
Jogo de regras 
• A regra substitui o símbolo e enquadra o exercício quando certas regras sociais se constituem.
• As regras podem ser transmitidas ou espontâneas.
Vygotsky – o papel do brinquedo no desenvolvimento
O brinquedo não pode ser definido simplesmente como atividade que dá prazer, mas é preciso tomar cuidado para não ignorar a importância dele no preenchimento das necessidades infantis.
As atividades lúdicas vão se transformando com o tempo e a criança adquire novas formas de expressá-la. Portanto, é necessário considerar as diferenças entre as atividades lúdicas das crianças para diferentes faixas etárias.
Para crianças de 0 a 3 anos as atividades devem concentrar-se em brincadeiras corporais – tocar e ouvir – engatinhar e andar, atirar, botar, balançar e empurrar objetos, fazer percursos, contornar obstáculos.
Enquanto que para crianças de 4 a 5 anos  as brincadeiras corporais podem ser de correr, pular, subir, jogar.
O educador deve planejar atividades variadas que favoreçam ao lúdico de diferentes formas, oferecendo contação de histórias (dramatização), música (bandinha musical, construção de instrumentos), arte (pintura, desenho, modelagem, colagem).
As brincadeiras na Educação Infantil!
É necessário criar condições para a brincadeira no planejamento da rotina da creche. Isso envolve o planejamento do espaço, como possuir um parquinho, ter brinquedos variados e acessíveis na sala de aula e apresentar um lugar com uma brinquedoteca para a brincadeira livre e dirigida.
Finalmente, é importante valorizar o papel do professor como um mediador brincante: um adulto que brinca e constrói vínculos seguros e estáveis com a criança, alguém que reconhece a necessidade de observá-la e aprender com ela. Alguém que acredita na essência lúdica da humanidade, mas sabe que é na cultura e através de espaços e profissionais de qualidade que o brincar se constrói.
VIDEO AULA 5
O Brincar na Educação Infantil
O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana. (HUIZINGA , 1999. P.33)
A brincadeira permite ao ser humano transitar entre mundos opostos, no limite entre a realidade e a fantasia. O real e o imaginário se misturam abrindo a possibilidade de criação que instiga o ser humano a viver com mais energia e alegria, encarando suas dificuldades com mais leveza.
O bebê desde seus primeiros meses de vida, é capaz de reagir com um sorriso após uma interação lúdica,, tal como uma voz que expresse alegria em um tom mais suave, a reação dele demonstra a capacidade humana de responder a esse tipo de estímulo desde os primeiros meses de vida.
Pontos Importantes:
o brincar tem sido apontado por vários autores como um dos comportamentos principais da infância. As crianças quando brincam desenvolvem habilidades motoras, cognitivas, sociais e afetivas. Contudo, na educação infantil a brincadeira precisa estar presente como uma atividade importante em si mesma.
é necessário garantir espaço e tempo para as crianças brincarem sem que necessariamente tenham que atingir algum objetivo antes, durante ou depois da atividade.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
ECA – Brincar é Direito!
reconhecer o brincar como atividade essencial na infância; identificar as diferenças das atividades lúdicas para crianças de 0 a 3 anos e 4 a 5 anos;
articular e integrar conhecimentos, através de atividades lúdicas;
reconhecer as diferenças entre as brincadeiras de faz de conta e o jogo com regras;
criar condições no planejamento da rotina da creche para que o brincar ocorra;
valorizar a brinquedoteca como espaço essencial nas creches e escolas de educação infantil.
Aspectos fundamentais que devem ser garantidos:
Jogo de Exercício - Caracterizam a fase que vai desde o nascimento até o aparecimento da linguagem.
Os Jogos de exercício têm como finalidade o próprio prazer do funcionamento: por exemplo, quando a criança empurra uma bola, vai atrás dela, volta e recomeça, ela o faz por mero divertimento. Caracterizam a fase do desenvolvimento pré-verbal.
Jogo Simbólico - Caracterizam a fase que surge com o aparecimento da linguagem
O símbolo implica a representação de um objeto ausente (comparação entre um elemento dado e outro imaginado).
Piaget - Jogo de Exercício, Brincadeiras de Faz de Conta e Jogos com Regras
Jogo de Regras
A regra substitui o símbolo e enquadra o exercício quando certas regras sociais se
constituem.
As regras podem ser transmitidas (repassadas de geração a geração) ou espontâneas (de natureza
contratual e momentânea).
O jogo é essencialmente desejo satisfeito originado dos desejos insatisfeitos da criança que
se tornam afetos generalizados.
Quando pequena o brincar da criança é imaginação em ação, nos adolescentes é o
brinquedo sem ação - imaginação.
Não existe atividade lúdica sem regras:
O Jogo de faz de conta possui imaginário explicito e regras implícitas na cultura.
O Jogo de regras possui regras explicitas e o imaginário implícito.
Vygotsky – o papel do brinquedo no desenvolvimento
O Jogo é crucial para o desenvolvimento cognitivo, pois na brincadeira a criança pode brincar com o sentido que ela dá ao objeto e não com o significado do objeto em si.
Ela se descola de um pensamento concreto, ligado objetivamente ao significado do objeto, e dá
um salto qualitativo em sua forma de pensar aumentando a sua imaginação dando ao objeto novos significados relacionados a sua cultura passando ao pensamento abstrato.
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) – O brincar cria zona de desenvolvimento proximal,
pois no brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade,
além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade.
Anomia – Fase dos primeiros anos de vida em que a criança não compreende o valor
das regras, ou seja, não e capaz de compreender as regras nem para o seu bem estar e proteção.
Heteronomia – nesta fase ela compreende as regras, mas só as obedece porque teme
desagradar quem as construiu.
Autonomia – uma fase em que o sujeito e capaz de construir e respeitar as regras
porque compreende a sua importância para o bem estar da comunidade. Nesta fase o sujeito aprende a conviver com consensos e divergências, aceita opiniões diferentes das suas e respeita os valores mutuo, da dignidade, do dialogo e da solidariedade.
REVISÃO 1
História social do conceito de infância.
A mulher, a criança e o surgimento da creche no Brasil.Idade Média
Poucas condições de higiene e saúde 
Mortalidade infantil alta 
Pouca importância da infância 
Infâncias
Criança integrante da família (herdeira) 
Criança como mão de obra em linhas de produção/condições precárias 
Educação de crianças pequenas
pobres e órfãos 
Escola maternal 
pobres e órfãos 
Jardim de infância 
classe dominante 
A educação infantil assume o papel de preparar mão de obra especializada para atuar em uma
cadeia produtiva mais complexa!
Principais fatores que influenciaram a história da Educação Infantil:
As histórias (e suas transformações) da família e da mulher;
O processo de urbanização e industrialização do país;
A nossa organização econômica e social, estratificada com grandes diferenças entre as
classes sociais mais e menos favorecidas. 
ASSISTENCIALISMO
Creche como um favor ou uma caridade (não um direito da mulher ou da criança).
Visando suprir e compensar falhas de higiene e nutrição, devido às (más) condições de vida
da família.
Uma proposta para famílias pobres tidas como incapazes de educar seus filhos e estruturar uma
vida familiar saudável.
Clara Diferenciação
Atendimento às crianças pobres > Creches
Atendimento às crianças ricas > Jardins de Infância
Primeiras instituições de atendimento à infância no Brasil:
	São Paulo
	Creche da Vila Operária Maria Zélia (1918) 
	Creche da Indústria Votorantim (1925, em Sorocaba) 
	
	Rio de Janeiro
	Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro (1899) 
	Creche da Companhia de Fiação e Tecidos Corcovado (1899) 
	Creche da Companhia de Tecidos Aliança 
Instituições ligadas às empresas e indústrias e ao trabalho da mulher fora de casa.
	São Paulo 
	Jardim de infância ligado à Escola Americana (1877) 
	Jardim de infância ligado à Escola Normal do Colégio Caetano de Campos (1896) 
	Rio de Janeiro 
	Jardim de infância do Colégio Menezes Vieira (1875) 
 Vínculo com escolas e colégios e um viés educacional na proposta de atendimento.
Legislação: a conquista do direito à educação infantil 
Creches passam a ser:
...defendidas e valorizadas por seu aspecto educativo, um espaço organizado para favorecer o desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional da criança.
A educação de 0 a 6 anos é um dever social que cabe à mulher, ao homem, à família e ao Estado.
Direito da família trabalhadora.
Acima de tudo, é um DIREITO DA CRIANÇA.
Legislação
Constituição Federal
1988 
Estatuto da Criança e do Adolescente
1990 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
1996 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
Primeira etapa da educação básica.
Espaços institucionais não domésticos.
Estabelecimentos educacionais públicos ou privados.
Educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos.
No período diurno, em jornada integral ou parcial.
Regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino.
É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem
requisito de seleção.
Novas metas na Educação Infantil: Plano Nacional de Educação (PNE)
Documentos e publicações importantes
“Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças” (1995)
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1996)
Os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (2006)
Indicadores de Qualidade na Educação Infantil (2009)
Planejamento institucional
Multiplicidade de experiências e Linguagens
Interações
Promoção da Saúde
Espaços, materiais e mobiliários
Formação e condições de trabalho das professoras e demais profissionais
Cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social
Indicadores de Qualidade na Educação Infantil (2009)
Situação atual: avanços a expansão das matrículas nas creches públicas;
a organização e o funcionamento de muitas secretarias de educação que assumiram a especificidade da educação e da educação infantil;
a formação de equipes pedagógicas de acompanhamento da educação infantil;
e investimento crescente na qualificação dos profissionais por meio de formação continuada.
Situação atual Etapa da educação básica que mais cresce.
Reproduz as desigualdades sociais: pequena porcentagem de pobres e negros sendo atendidos; maior porcentagem de brancos e ricos sendo atendidos.
Aula 06: A Proposta Pedagógica e as Múltiplas Linguagens
Os caminhos para a elaboração de uma proposta pedagógica e as múltiplas linguagens
Aqui, serão ressaltadas a expressão corporal, as línguas oral e escrita, a linguagem plástica e musical, como formas de expressão que devem ser respeitadas e valorizadas como aspectos fundamentais para o desenvolvimento.
OS PROJETOS PEDAGÓGICOS
Uma das mais recentes maneiras de oferecer à criança a oportunidade de expressar múltiplas linguagens tem sido o trabalho com projetos pedagógicos.
Os projetos são planejados para serem desenvolvidos por meio de atividades com significado, que permitam a construção diária de novos conhecimentos, bem como a aquisição de novas habilidades.
A pedagogia de projetos está presente em muitas realidades de educação infantil e apresenta propostas bastante diferentes das escolas do ensino fundamental. Entre elas está oferecer um conhecimento de mundo que tenha significado e que permita a participação ativa da criança.
O corpo como forma de expressão
Geralmente, as crianças ficam pouco tempo concentradas em uma mesma atividade em que fiquem paradas, sem sair do lugar. Elas necessitam correr, pular, subir e etc., expressando suas emoções pelo movimento.
Geralmente, as crianças ficam pouco tempo concentradas em uma mesma atividade em que fiquem paradas, sem sair do lugar. Elas necessitam correr, pular, subir e etc., expressando suas emoções pelo movimento.
É importante considerar o uso da língua oral e escrita!
Com relação à linguagem escrita é necessário ressaltar a necessidade de respeitar o período adequado para iniciar a criança ao uso da linguagem escrita, pois, geralmente, os adultos preocupados e ansiosos tentam oferecer atividades que não apresentam nenhum significado para a criança.
A escrita apresentada antes do momento correto não poderá ser considerada como uma ferramenta útil para a criança se expressar.
Vários autores destacam a língua como um instrumento importante que nos ajuda a tomar decisões, antecipar ações e organizar as ideias, facilitando o planejamento. 
A linguagem oral produzirá saltos importantes na estrutura cognitiva da criança, por esse motivo o contexto social é fundamental. Ao trabalhar com projetos o educador deve oferecer oportunidade para as crianças expressarem suas hipóteses.
Outra linguagem que deve ter seu espaço garantindo na educação infantil é a linguagem plástica.
As crianças desde pequenas adoram mexer com tintas, lápis de cor, massinhas e outros materiais pedagógicos que lhes possibilitam expressar livremente sua ideias e maneiras de ver o mundo.
Com relação a essa linguagem, vale lembrar as creches de Reggio Emília; essa experiência é desenvolvida em um município da Itália e tem sido reconhecida pelo mundo inteiro pelo seu sucesso.
O cotidiano da educação infantil, geralmente, é repleto de atividades musicais.
Os educadores costumam apresentar músicas para entrar na sala, ir lanchar, hora de escovar os dentes, hora de sair e muitos outros momentos.
A linguagem musical é ao mesmo tempo rítmica e corporal, por esse motivo é importante manter um tempo, sentir a cadência rítmica, o caráter dos diferentes acentos musicais, realizar os valores de duração, a associação entre os gestos e os sons e a respiração das frases, entre outros aspectos. 
É importante considerar o manuseio de objetos sonoros que devem estar disponíveis para as crianças. Elas precisam ter experiências concretas com objetos que emitem sons, instrumentos musicais e formar um vocabulário específico para se referir a eventos sonoros.
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