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REDAÇÃO ETAPA 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito 89130-000 - INDAIAL/SC www.uniasselvi.com.br Curso sobre Serviço Social Centro Universitário Leonardo da Vinci Organização Elisabeth Penzlien Tafner Autora Iara de Oliveira Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância Prof.ª Francieli Stano Torres Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Diagramação e Capa Letícia Vitorino Jorge Revisão Jóice Gadotti Consatti UNIDADE 4: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS VERBAIS E NÃO VERBAIS Ao final deste capítulo, você será capaz de: • Ler adequadamente diversificados gêneros textuais. • Interpretar adequadamente os variados textos verbais. • Interpretar com adequação os diferentes textos não verbais. • Comparar textos estabelecendo relação com seus contextos de produção. O Capítulo 4 dedica-se ao estudo da leitura e interpretação dos mais variados gêneros discursivos, quer sejam verbais, quer sejam não verbais. Por isso, está organizado em três tópicos. Da mesma forma que nos capítulos anteriores, ao final, há exercícios que ajudam na fixação e reelaboração dos conhecimentos. Tópico 1: O ato de ler. Tópico 2: O texto verbal e o texto não verbal. Tópico 3: Competência leitora e habilidade leitora. 2 REDAÇÃO Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. INTRODUÇÃO Tão importante quanto produzir um texto é lê-lo de forma adequada. Afinal, o texto é produzido para ser lido, ele se concretiza no ato da leitura. Por isso, o Capítulo 4 é dedicado ao estudo da leitura e da interpretação de textos. Primeiro, veremos um pouco sobre a leitura, seu conceito e características. Na sequência, estudaremos as diferenças e particularidades dos textos verbais e não verbais. Em seguida, teremos uma visão sobre habilidade e competência leitora, bem como aprenderemos sobre observação, análise, identificação, inferência, dedução, conclusão, contextualização e interpretação, habilidades importantes para a efetivação de uma leitura adequada. Sigamos em frente! 4.1 O ATO DE LER Há quem diga que não gosta de ler. Essa é uma visão um pouco equivocada porque ler vai além da perspectiva de gostar ou não gostar, ler é essencial para se viver em sociedade, para a comunicação. Vimos que nos manifestamos sob a forma de textos os quais são “recebidos” por outrem. Da mesma forma, “recebemos” os textos que são produzidos pelas pessoas com as quais interagimos. Esse “receber” é efetuar uma “leitura”. Caso não a façamos não conseguiremos nos comunicar, entender o que nos rodeia. Desse modo, todo o tempo estamos efetuando leituras, assim como produzimos textos. Quando acordamos pela manhã e tentamos entender o sonho que tivemos, estamos efetuando um processo de leitura e análise; quando lemos o rótulo do doce que passamos no pão; quando lemos a expressão facial dos que moram conosco; quando lemos o letreiro do ônibus para saber se é a linha que temos que tomar; quando lemos os outdoors, as placas; quando conversamos; quando lemos o que nos mandam por e-mail, no WhatsApp etc. Estamos cercados por textos e, portanto, não há como interagirmos sem lê-los. Para que de fato entendamos os textos que nos cercam, precisamos ir além do mero ato de decodificar (decifrar os signos com os quais o texto foi construído). “Ler bem, ou ser um leitor competente, não é apenas compreender o que está dito, mas compreender também o não dito, as entrelinhas, o implícito no texto” (CEREJA; COCHAR; CLETO, 2009, p. 11). O ato de ler exige que tenhamos um olhar crítico, que analisemos não apenas o texto, mas todos os elementos que o circundam (contexto, enunciatário, gênero, intenção etc.), que assumamos uma postura ativa diante do que lemos/ouvimos, confrontando o que está ali com o que já construímos de conhecimento. Ler exige um esforço de comparação, enfrentamento, preenchimento de lugares vazios. Por isso, é um processo complexo, multidimensional, para o qual precisamos dedicar tempo, esforço, intelecto. 3 REDAÇÃO Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. É preciso considerar, também, que há diferentes formas de produzir textos. Sabemos que este nome tem origem na palavra tecido e lhe cabe bastante bem porque, de fato, o texto é uma trama de elementos que constituem em um “tecido” de informações. Normalmente, como estamos acostumados a pensar no texto como algo escrito, associamos os elementos que constituem esse tecido às palavras. No entanto, veremos que um texto não se faz apenas com elas. 4.2 O TEXTO VERBAL E O TEXTO NÃO VERBAL Vamos fazer um exercício que já fizemos anteriormente, observe o que segue: FIGURA 16 – CARTÃO VERMELHO FONTE: Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/cartao%20vermelho.jpg>. Acesso em: 24 abr. 2016. FIGURA 17 – GARFIELD FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_pZZMKzoqazU/TSpn0hKwXoI/ AAAAAAAAAuA/UU8zV7mcsQw/s1600/Garfield_003.png>. Acesso em: 24 abr. 2016. 4 REDAÇÃO Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FIGURA 18 – MAFALDA FONTE: Disponível em: <http://www.jlcarneiro.com/mafalda-e-o-costume-da-televisao/>. Acesso em 24 abr. 2016. FIGURA 19 – TERRA DE GIGANTES Terra de Gigantes Hey mãe! Eu tenho uma guitarra elétrica Durante muito tempo isso foi tudo Que eu queria ter Mas, hey mãe! Alguma coisa ficou pra trás Antigamente eu sabia exatamente o que fazer Hey mãe! Tem uns amigos tocando comigo Eles são legais, além do mais, Não querem nem saber Mas agora, lá fora Todo mundo é uma ilha A milhas e milhas e milhas 5 REDAÇÃO Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. De qualquer lugar Nessa terra de gigantes Eu sei, já ouvimos tudo isso antes A juventude é uma banda Numa propaganda de refrigerantes As revistas, as revoltas, as conquistas Da juventude são heranças São motivos pras mudanças de atitude Os discos, as danças, os riscos Da juventude A cara limpa, a roupa suja Esperando que o tempo mude Nessa terra de gigantes Tudo isso já foi dito antes A juventude é uma banda Numa propaganda de refrigerantes Hey mãe! Já não esquento a cabeça Durante muito tempo Isso foi só o que eu podia fazer Mas, hey hey mãe! Por mais que a gente cresça Há sempre coisas que a gente Não pode entender Por isso, mãe Só me acorda quando o sol tiver se posto Eu não quero ver meu rosto Antes de anoitecer Pois agora lá fora, O mundo todo é uma ilha A milhas e milhas e milhas... Nessa terra de gigantes Que trocam vidas por diamantes 6 REDAÇÃO Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. A juventude é uma banda Numa propaganda de refrigerantes (2x) Hey mãe (2x) FONTE: Engenheiros do Hawaii. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/engenheiros-do- hawaii/terra-de-gigantes.html>. Acesso em: 24 abr. 2016. No capítulo 1, quando fizemos esse desafio, queríamos saber se todas as imagens eram textos e a resposta foi sim. Agora sabemos que as imagens aqui apresentadas são textos, mas observe que são diferentes. Na primeira temos uma imagem (cartão vermelho), na segunda uma sequência de imagens, na terceira há imagens e palavras e na última apenas palavras. Quando vemos o cartão vermelho automaticamente lemos: “você cometeu uma infração, está fora!”, na sequência da tirinha do Garfield o sentido vai sendo construído à medida que vamos lendo cada imagem: “Garfield quer que lhe coce as costas”; na tirinha da Mafalda são as palavras, associadas às imagens que permitem sua significação: Mafalda se dá conta que a televisão está desligada somente depois de ter reclamado sobre o programa que estava passando; na última as palavras vão mostrando as inquietações de um jovem diante