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Neurociência, uma forma de entender o comportamento da mente

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14/11/2018 Neurociência, uma forma de entender o comportamento da mente
https://amenteemaravilhosa.com.br/neurociencia-comportamento-mente/ 1/7
Neurociência, uma forma de entender o
comportamento da mente
· julho 18, 2017
A síndrome de Koro, o forte medo de que os genitais se retraiam
Causas ocultas por trás da preguiça que você deve conhecer
Como podemos enfrentar o fim de um relacionamento?
139
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A neurociência tradicionalmente tem como objetivo entender o funcionamento do
sistema nervoso. Tanto em nível funcional como estrutural, essa disciplina tenta saber
como o cérebro se organiza. Nos últimos anos ela foi mais além, querendo não apenas
saber como funciona o cérebro, mas também a repercussão que esse funcionamento
tem sobre nossos comportamentos, nossos pensamentos e nossas emoções.
O objetivo de relacionar o cérebro com a mente é tarefa da neurociência cognitiva. É
uma mistura entre a neurociência e a psicologia cognitiva. Essa última preocupa-se
com o conhecimento de funções superiores como a memória, a linguagem ou a
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atenção. Assim, o objetivo principal da neurociência cognitiva é relacionar o
funcionamento do cérebro com as nossas capacidades cognitivas e nossos
comportamentos.
O desenvolvimento de novas técnicas tem sido de grande ajuda dentro desse campo
para tornar possível a realização de estudos experimentais. Os estudos de
neuroimagem têm facilitado a tarefa de relacionar estruturas concretas com diferentes
funções, utilizando uma ferramenta muito útil para esse propósito: a ressonância
magnética funcional. Além disso, também foram desenvolvidas ferramentas como a
estimulação magnética transcraniana não invasiva para o tratamento de diversas
patologias.
O início da neurociência
Não se pode falar sobre o início da neurociência sem citar Santiago Ramón y Cajal,
que formulou a doutrina do neurônio. Suas contribuições aos problemas de
desenvolvimento, à degeneração e à regeneração do sistema nervoso continuam
sendo atuais e continuam sendo ensinadas em universidades. Se tivéssemos que
determinar uma data de início para a neurociência, ela seria situada no século
XIX.
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Com o desenvolvimento do microscópio e de técnicas experimentais, como a fixação e
a coloração de tecidos ou a pesquisa sobre a estrutura do sistema nervoso e sua
funcionalidade, essa disciplina começou a se desenvolver. Mas a neurociência
recebeu contribuições de diversas áreas do conhecimento que têm ajudado a
compreender melhor o funcionamento do cérebro. É possível dizer que os sucessivos
descobrimentos em neurociência são multidisciplinares.
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Ela recebeu grandes contribuições ao longo da história da anatomia, que se encarrega
de localizar cada uma das partes do organismo. A fisiologia mais focada em entender
como nosso corpo funciona. A farmacologia com substâncias externas ao nosso
organismo, observando os efeitos no corpo, e a bioquímica, servindo-se de
substâncias liberadas pelo próprio organismo como neurotransmissores.
A psicologia também realizou importantes contribuições para a neurociência, por meio
de teorias sobre o comportamento e o pensamento. Ao longo dos anos, a visão foi
mudando a partir de uma perspectiva mais localizacionista, na qual se pensava que
cada área do cérebro tinha uma função concreta, até outra mais funcional na qual o
objetivo é conhecer o funcionamento global do cérebro.
A neurociência cognitiva
A neurociência abarca um espectro muito amplo dentro da ciência. Inclui desde a
pesquisa básica até a aplicada que trabalha com a repercussão dos mecanismos
subjacentes no comportamento. Dentro da neurociência, a neurociência cognitiva
tenta descobrir como funcionam as funções superiores como a linguagem,
a memória ou a tomada de decisões.
A neurociência cognitiva tem como objetivo principal estudar as representações
nervosas dos atos mentais. Ela se concentra nos substratos neuronais dos processos
mentais. Isto é, qual é a repercussão do que ocorre no nosso cérebro em nosso
comportamento e nossos pensamentos? Foram detectadas áreas específicas do
cérebro encarregadas de funções sensoriais ou motoras, mas somente representam
uma quarta parte do total do córtex.
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São as áreas de associação, que não possuem uma função específica, as
encarregadas de interpretar, integrar e coordenar as funções sensoriais e motoras.
Seriam as responsáveis pelas funções mentais superiores. Áreas cerebrais que
governam as funções como a memória, o pensamento, as emoções, a consciência e a
personalidade são muito mais difíceis de localizar.
A memória está vinculada ao hipocampo, situado no centro do encéfalo. Em relação às
emoções, sabe-se que o sistema límbico controla a sede e a fome (hipotálamo), a
agressão (amígdala) e as emoções em geral. No córtex, onde se integram as
capacidades cognitivas, é o lugar em que se encontra nossa capacidade de ser
conscientes, de estabelecer relações e de realizar raciocínios complexos.
Cérebro e emoções
As emoções são uma das características essenciais da experiência humana normal,
todos as experimentamos. Todas as emoções são expressadas por meio de mudanças
motoras viscerais e respostas motoras e somáticas estereotipadas, sobretudo o
movimento dos músculos faciais. Tradicionalmente, as emoções eram atribuídas ao
sistema límbico, o que continua se mantendo, mas sabe-se que há mais regiões
encefálicas envolvidas.
As outras áreas às quais se estende o processamento das emoções são a amígdala e
a face orbitária e medial do lóbulo frontal. A ação conjunta e complementar de tais
regiões constitui um sistema motor emocional. As mesmas estruturas que processam
os sinais emocionais participam de outras tarefas, como a tomada racional de decisões
e, inclusive, os julgamentos morais.
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Os núcleos viscerais e motores somáticos coordenam a expressão do comportamento
emocional. A emoção e a ativação do sistema nervoso autônomo estão
intimamente ligadas. Sentir qualquer tipo de emoção, como medo ou surpresa, seria
impossível sem experimentar um aumento na frequência cardíaca, transpiração,
tremor… Faz parte da riqueza das emoções.
Atribuir a expressão emocional a estruturas cerebrais confere sua natureza
inata. As emoções são uma ferramenta adaptativa que informa às outras pessoas
sobre o nosso estado emocional. Foi demonstrada a homogeneidade na expressão de
alegria, tristeza, ira… em diferentes culturas. É uma das maneiras que temos de nos
comunicar e criar empatia com as pessoas.
Memória, o depósito do nosso cérebro
A memória é um processo psicológico básico que remete à codificação, ao
armazenamento e à recuperação da informação aprendida. A importância da
memória em nossa vida cotidiana motivou muitas pesquisas sobre esse tema. O
esquecimento também é o tema central de muitos estudos, já que muitas patologias
provocam amnésia, o que interfere gravemente no dia a dia.
O motivo pelo qual a memória configura um tema tão importante é que nela reside boa
parte da nossa identidade.Por outro lado, apesar do esquecimento no sentido
patológico nos preocupar, a verdade é que nosso cérebro precisa descartar
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informações inúteis para dar lugar a novos aprendizados e acontecimentos
significativos. Neste sentido, o cérebro é um especialista em reciclar seus recursos.
As conexões neuronais mudam com o uso ou o desuso destas. Quando retemos
informações que não são utilizadas, as conexões neuronais vão se enfraquecendo até
desaparecer. Da mesma forma, quando aprendemos algo novo criamos novas
conexões. Todos aqueles aprendizados que podemos associar a outros conhecimentos
ou acontecimentos vitais serão mais facilmente lembrados.
O conhecimento sobre a memória aumentou a causa do estudo de casos de pessoas
com um tipo de amnésia muito específico. Em particular, ajudou a conhecer melhor a
memória de curto prazo e a consolidação da memória declarativa. O famoso caso H.M.
reforçou a importância do hipocampo para estabelecer novas lembranças. Em
contrapartida, a lembrança das habilidades motoras é controlada pelo cérebro, pelo
córtex motor primário e pelos gânglios de base.
Linguagem e fala
A linguagem é uma das habilidades que nos diferencia do resto dos animais. A
capacidade de nos comunicar com tanta precisão e a grande quantidade de nuances
para expressar pensamentos e sentimentos faz da linguagem nossa ferramenta de
comunicação mais rica e útil. Essa característica de exclusividade da nossa espécie
estimulou muitas pesquisas a se concentrarem no seu estudo.