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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • É a interpretação conjunta de todos os parâmetros. • Auxilia no diagnóstico nutricional preciso. • Analisa o prognóstico do risco nutricional. • Avaliar o resultado da terapia nutricional. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL A Avaliação Nutricional é parte fundamental do estudo integral e da atenção de boa qualidade dispensada ao paciente hospitalizado. ESTADO NUTRICIONAL DESNUTRIÇÃO Instabilidade Clínica Perda de peso e massa muscular Imunocompe- tência Internação hospitalar e mortalidade Má cicatrização Identificar precocemente os pacientes em risco nutricional Triagem Nutricional Processo de identificação rápida de risco nutricional. INVESTIGAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL Não é de risco, mas deve ser reavaliado em intervalos regulares. É de risco e necessita de avaliação do nutricionista. Instrumentos de Triagem Nutricional • STRONGkids • STAMP • MST (Instrumento para Triagem Nutricional) • MUST (Instrumento Universal para Triagem Nutricional) • NRS-2002 (Triagem do Risco Nutricional), • Avaliação Subjetiva Global (ASG) • MNA (Mini Avaliação Nutricional) • MNA-SF (Mini Avaliação Nutricional – Forma Reduzida) Passado Presente Futuro Adaptação com métodos subjetivos Métodos de Avaliação do Estado Nutricional Subjetivos • Semiologia nutricional • Avaliação subjetiva global • Avaliação do consumo alimentar Objetivos • Antropométricos • Laboratoriais Métodos Subjetivos AEN Semiologia nutricional • Avaliação através da propedêutica: aplicação da anamnese e realização do exame físico (inclui os sinais físicos de desnutrição energético- protéica). • Importante na identificação da gravidade dos problemas nutricionais. • Evidencia-se por meio de alterações de tecidos orgânicos e de órgãos externos (pele, mucosas, unhas, olhos e cabelos). SEMIOLOGIA • Sintoma é toda a informação subjetiva descrita pelo paciente. • Sinal refere-se a toda alteração objetiva, que afeta algum dos sentidos do examinador EXAME FÍSICO NUTRICIONAL • Método Clínico utilizado para detectar sinais e sintomas associados a Má nutrição. • Dificuldade do método: ▫ Sinais e sintomas apenas se desenvolvem em estágios avançados da depleção nutricional; ▫ Algumas enfermidades apresentam sinais e sintomas diferentes. CABEÇA E PESCOÇO • Fácies, cabelo, pele, face, olhos, lábios, boca, língua. • Fácies agudo: exausto, cansado, não consegue manter olhos abertos por muito tempo. Músculos orbiculares palpebrais são os primeiros que se cansam; • Fácies crônico: paciente parece deprimido, triste, pouco diálogo. FACE CABEÇA E PESCOÇO Como está a “cara” do meu paciente? Avaliar o estado geral: BEG/REG Alteração nível de consciência (coma), doenças neurológicas, traumas, drogas sedativas. Avaliar o aspecto do cabelo Quebradiço Sem brilho CABELOS Fino Opaco CABEÇA E PESCOÇO Alopecia MÚSCULO TEMPORAL E MASSETER As alterações morfológicas desses músculos devem ser classificadas em Atrofia Leve, Moderada e Grave. CABEÇA E PESCOÇO •Atrofia temporal → tem que ocorrer bilateralmente Atrofia unilateral = causa neurológica ??? 1º = paciente atrofia a musculatura temporal 2º = consumo da BGB (fase mais tardia) Sinal “asa quebrada” OU “sinal da chave”= perda de BGB + musculatura temporal CABEÇA E PESCOÇO Exposição do arco zigomático (Visualização de um contorno ósseo envolvendo a órbita, o arco zigomático e o ramo ascendente da mandíbula, sugerindo o desenho de uma “chave”). CABEÇA E PESCOÇO CABEÇA E PESCOÇO DEPLEÇÃO DA BOLA DE BICHART CABEÇA E PESCOÇO OLHOS Examinar conjuntiva e esclerótica Escala do grau de palidez da mucosa Varia de uma (+) a quatro (++++). Mucosa hipocorada CABEÇA E PESCOÇO OLHOS CABEÇA E PESCOÇO Deficiência de Fe/Folato/B12 OLHOS Icterícia Impregnação de pigmentos biliares na pele e mucosas. CABEÇA E PESCOÇO Vitamina A CAVIDADE ORAL QUEILOSE CABEÇA E PESCOÇO xerostalmia Queilose “Boca seca” PELE (DESIDRATAÇÃO) • Causas: Ingestão inadequada, perda excessiva, vômitos, diarreia, fístula, sudorese e poliúria. • Investigação: ▫ Produção de saliva; ▫ Brilho dos olhos; ▫ Umidade das mucosas (gengival e conjuntival) ▫ Turgor da pele. Má cicatrização Estado nutricional inadequado Internações prolongadas LESÃO POR PRESSÃO PELE PELE PELE Icterícia Cianose PELE Acantose nigricans PELE MUSCULATURA SUPRA E INFRA CLAVICULAR TRONCO MUSCULATURA SUPRA E INFRA CLAVICULAR Supraclavicular Infraclavicular Fúrcula esternal TRONCO MUSCULATURA SUPRA E INFRA CLAVICULAR TRONCO MUSCULATURA INTERCOSTAL E PARAVERTEBRAL TRONCO SISTEMA DIGESTÓRIO • Disfagia: dificuldade para deglutir. • Odinofagia: deglutição dolorosa. • Pirose ou azia: sensação de queimação na região retroesternal. • Regurgitação: retorno do conteúdo esofágico ou gástrico. • Flatulência: marcada por eructação, distensão, plenitude abdominal. • Hematêmese: vômito com sangue vivo ou em “borra de café”. • Melena: eliminação de fezes negras, de consistência e odor característicos. • Hematoquezia: sangue vermelho nas fezes VIAS URINÁRIAS • Poliúria: aumento do volume urinário (> 3 litros). • Nictúria: aumento da frequência urinária noturna. • Disúria: micção dolorosa ou dificuldade para urinar. • Hematúria: presença de sangue na urina. • Incontinência urinária: eliminação involuntária de urina. ABDOME ABDOMEM ABDÔMEM Abdomem plano Abdome escavado Abdomem globoso ABDÔME Abdome em avental Abdomem ascítico MEMBROS SUPERIORES MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR E INTERÓSSEOS DAS MÃOS PANTURRILHA PANTURRILHA FLÁCIDA E DEPLETADA MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES • Os locais onde o edema deve ser procurado, seja pela inspeção ou pela palpação, são: região subpalpebral, membros inferiores e superiores e região sacra; • Comparar um pé e perna com o outro, observando as dimensões relativas e a protuberância das veias, tendões e ossos; • 5 segundos sinal de cacifo edema mole, intermediário ou duro; • Edema quente = inflamação/edema frio = comprometimento da irrigação sanguínea da área; EDEMA MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EDEMA MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EDEMA MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EDEMA Avaliação Global Subjetiva (AGS) • A AGS baseia-se na história clínica e no exame físico do paciente. Diferencia-se dos demais métodos, por incluir alterações funcionais do indivíduo. Métodos subjetivos AEN Avaliação do consumo alimentar Inquérito Vantagens Desvantagens R24h Baixo custo e rapidez; Não provoca alteração do consumo de alimentos; Pode ser usado com analfabetos; Facilita a recordação recente do consumo. Um registro de 24h não reflete o consumo do indivíduo; Pode subestimar o consumo de alimentos “não-saudáveis”; Pode superestimar o consumo de alimentos “saudáveis”. Depende da memória QFA Menor Custo; ConsumoHabitual; Uma única aplicação; Hábito; Fácil para entrevistado; Uso em estudos epidemiológicos; Observa modificações. Limitações de alimentos Perda de detalhes Memória Acurácia da quantificação Requer esforço e tempo Diário ou registro Alimentar Não depende da memória; Apresenta maior precisão; Vários registros podem estimar o consumo atual. Baixa cooperação em estudos de longa duração; Registro pode levar a modificação da dieta; Registro de quantidades não ingeridas (sobras); Custo elevado ao se utilizar a pesagem dos alimentos. Métodos objetivos AEN • Antropometria. • Dosagem dos parâmetros bioquímicos. ANTROPOMETRIA Parâmetros utilizados: • Peso; - IDOSOS – DIFICULDADE EM ANDAR ATÉ A A BALANÇA • Altura; • Pregas cutâneas; • Medidas de circunferências. Considerações sobre o Peso: Peso Atual (PA) Peso Habitual (PH) Peso Ideal (PI) IMC desejado x altura m2 % Perda de peso Particularidades – Paciente Hospitalizado PESO CORPORAL Peso atual: deve ser avaliado em balança antropométrica, em geral, pela manhã, depois do esvaziamento da bexiga. Limitações: edema, ascite, pacientes acamados Peso usual ou habitual: utilizado como referência nos casos de impossibilidade de medir o peso atual. PESO CORPORAL Peso ideal ou teórico: Pode ser calculado a partir do IMC médio Peso teórico = IMC médio X estatura2 PESO CORPORAL Peso ajustado: É o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de nutrientes Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual ESTIMATIVA PESO CORPORAL Utilizado em circunstâncias onde há a dificuldade de aferir peso atual do paciente. Pode utilizar no paciente idoso Homens = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 X PCSE) – 81,69] Mulheres = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 X PCSE) – 81,69] Equações de Chumlea (1985) % PERDA DE PESO (PP) TEMPO PERDA SIGNIFICATIVA PERDA GRAVE 1 semana 1-2% >2% 1 mês 5% >5% 3 meses 7,5% >7,5% 6 meses 10% >10% Blackburn GL.; Bistrian BR; 1997 % Perda de peso: PPR= (PU – PA)/PU x 100 PESO IDEAL - AMPUTADOS Estimativa de peso com edema: Avaliação Nutricional 1. Antropométrica e da composição corporal - Estatura Aferida: Realizada com um estadiômetro e com o idoso em pé, descalço, com os calcanhares juntos, costas eretas e braços estendidos ao lado do corpo Estimada (hígidos, acamados, cadeirantes) incluindo a população idosa: • ALTURA DO JOELHO (CHUMLEA e cols., 1985): Para homens Altura (cm)= 64,19 – (0,04 x idade em anos) + (2,02 x altura do joelho em cm) Para mulheres Altura (cm)= 84,88 – (0,24 x idade em anos) + (1,83 x altura do joelho em cm) PREGAS CUTÂNEAS • Avalia massa corpórea de gordura. • Tecido adiposo = Reserva calórica. • Fornece energia durante jejum ou baixa ingestão de nutrientes. • Mostra duração e severidade da desnutrição. CIRCUNFERÊNCIAS • Circunferência do braço: reflete a composição corporal total. • Circunferência muscular do braço: utilizada para estimar massa corporal magra. • Circunferência da panturrilha: utilizada em idosos e pacientes hospitalizados. Circunferência da Panturrilha • Método recomendado para avaliar massa corporal magra em idosos. • Na MAN simplificada substitui o IMC para idosos que não podem ser pesados. • Sugerida preferencialmente em idosos acamados. INDICADORES BIOQUÍMICOS • Identificam vários estágios de um distúrbio nutricional. • Possibilitam diagnóstico precoce. ESTADO NUTRICIONAL PROTÉICO Proteína de Massa Visceral Restrição alimentar prolongada e jejum Comprometimento da integridade visceral. • A maioria dos órgãos tem redução de sua massa em resposta a diminuição da massa corpórea total. • A dosagem de proteínas sintetizadas por estes tecidos, em associação com outros parâmetros, são úteis na avaliação do comprometimento visceral e no diagnóstico nutricional. ESTADO NUTRICIONAL PROTÉICO • Proteínas Plasmáticas [ ] sérica das proteínas de prevalente síntese hepática pode ser bom índice de desnutrição energético proteica. ▫ Vários fatores, além da limitação do fornecimento de nutrientes, podem modificar a [ ] das proteínas séricas: Variações no estado de hidratação Hepatopatias ↑ do catabolismo Inflamação INDICADORES BIOQUÍMICOS ESTADO NUTRICIONAL PROTÉICO Hemoglobina e Hematócrito • Hemoglobina: proteína intracelular e tem sensibilidade menor a um processo de desnutrição quando comparada a outras proteínas. • Valores inferiores aos normais são sugestivos de desnutrição protéica. • Em situações em que há alteração do volume plasmático (desidratação, choque, sangramento intenso) esse parâmetro não é confiável. ESTADO NUTRICIONAL PROTÉICO Normal Reduzido Muito Reduzido Homens Hb (g/100 ml) Ht% >14,0 >44 13,9 – 12,0 43 – 37 < 12,0 < 37,0 Mulheres Hb (g/100 ml) Ht% >12 >38 11,9 – 10,0 37 - 31 < 10,0 < 31,0 Valores da hemoglobina e do hematócrito GLICEMIA • Avalia o metabolismo de carboidratos. • Glicemia de jejum (12 -14h): avalia os níveis glicêmicos 24 horas anteriores. • Glicemia TOTG/pós-prandial: avalia os níveis glicêmicos após sobrecarga. GLICEMIA HIPERGLICEMIA GLICEMIA GLICEMIA PERFIL LIPÍDICO • Triglicérides. • Colesterol total. • HDL. • LDL. • VLDL. natifidelis@hotmail.com Referências Bibliográficas • CUPPARI, Lílian. Nutrição clínica no adulto. São Paulo: Manole, 2014. • Mahan, L. Kathleen; Escott-Stump, Sylvia. Krause - Alimentos, nutrição e dietoterapia. 12 ed.Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. • Waitzberg, Dan L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica ? 2 volumes Rio de Janeiro: Atheneu, 2009 NATIFIDELIS@HOTMAIL.COM
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