Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Beatriz Machado SAÚDE MENTAL – AULA TEÓRICA 09 – TRANSTORNOS DO HUMOR (DEPRESSÃO E TAB) Falaremos nessa aula sobre transtorno depressivo e transtorno afetivo bipolar Incluímos estes dois transtornos nessa categoria porque o humor é a maior alteração neles No transtorno depressivo temos mais um humor depressivo, e no transtorno afetivo bipolar temos mais um humor expansivo. 1. IMPORTÂNCIA DESTES TRANSTORNOS Prevalência: Depressão 17,1% Transtorno bipolar 4,4% Inclui tanto tipo I quanto II Risco de suicídio ao longo da vida: 15 – 19% realmente conseguem cometer suicídio (não apenas tentam) Risco 30x maior que na população geral) O paciente com transtorno afetivo bipolar tem ainda mais risco de suicídio do que o paciente com transtorno depressivo. Transtorno depressivo: Idade de início: 22 – 26 anos Distribuição entre os sexos: Feminino 2:1 masculino Transtorno bipolar: Idade de início: 17 – 19 anos Distribuição entre os sexos: Masculino 1:1 feminino, sendo o tipo II mais prevalente nas mulheres. 90% dos pacientes apresentam recorrência Média de 9 episódios ao longo da vida. Estudo coorte populacional de mortalidade a partir do início da doença: N: 15 mil portadores de TAB 3,5 mil mortes no seguimento Os pacientes com TAB possuem risco aumentado de suicídio, acidentes, alterações cardiovasculares e infecções. Principais causas de incapacitação no Mundo projetadas para 2020: Depressão maior (1º) Anemias por insuficiência de ferro Quedas Abuso de álcool Doenças pulmonares obstrutivas crônicas Transtorno bipolar (6º) Anomalias congênitas Osteoartrites Esquizofrenia Transtorno obsessivo compulsivo Impacto econômico: No reino unido, o custo direto com a depressão é maior que o custo com DM e HAS juntos. Os custos indiretos são ainda maiores e correspondem à perda da produtividade no trabalho, absenteísmo e desemprego Maria Beatriz Machado 2. TRANSTORNO DEPRESSIVO 2.1. EPISÓDIO DEPRESSIVO Para caracterizar depressão, os sintomas devem causar prejuízo na vida do paciente (social, pessoal, no trabalho, nos estudos) e devem durar no mínimo 2 semanas. Humor depressivo: Tristeza acentuada e intensa, sensação de angústia, aperto no peito A tristeza não passa e se agrava Pode haver irritabilidade no humor depressivo, porém tristeza é o mais comum É ao principal sintoma da depressão Choros: ocorrem frequentemente e com muita facilidade (muitas vezes imotivados). O paciente pode queixa-se de angustia: Ele relata sentir um mal-estar no peito (aperto, buraco, peso..) Anedonia: Perda da capacidade de sentir prazer pelas coisas Não é que o paciente não quer, ele não consegue Possíveis falas do paciente: Não tenho mais entusiasmo com nada Não sinto mais prazer com as coisas que eu sentia antes OBS: Na depressão o paciente não necessariamente precisa apresentar o humor deprimido com choro fácil, ele pode apresentar somente anedonia. Avolia: Perda da vontade, do interesse pelas coisas Alteração do apetite e sono: Apetite: inapetência ou aumento do apetite Perda de peso acentuada ou ganho de peso acentuado (depressões ansiosas) Paciente pode criar repulsa pela comida Aumento pelo apetite – que leva a um ganho de peso. Ocorre principalmente nos quadros mais ansiosos. O indivíduo chega a ter fissura por carboidratos. Sono: Insônia ou hipersonia Insônia inicial: O paciente tem dificuldade para iniciar o sono Insônia intermediária: O paciente dorme, mas acorda de madrugada e demora para voltar a dormir. Insônia terminal: O paciente até consegue dorme rápido, mas acorda na madrugada e não dorme mais. Hipersonia: O paciente tem sono o tempo todo, dorme demais. Comprometimento da concentração e atenção Energia reduzida: O paciente sente muito desânimo e dificuldade em realizar atividades do dia-a-dia, podendo chegar, em casos mais graves, a não ter energia nem mesmo para cuidar de sua higiene pessoal (como tomar banho, por exemplo). Libido diminuída Psicomotricidade lentificada e apatia: O pensamento do paciente fica mais lento Pode ter até mesmo a motricidade lentificada, seja no andar ou nos movimentos corporais. Maria Beatriz Machado Sentimento de culpa, inutilidade, ruina, além da falta de sentimento: Muitos pacientes se sentem culpados e ficam pensando demais em coisas que já passaram, acham que vão entrar em ruína financeira, que as coisas ruins que aconteceram com outras pessoas são sua culpa.. Autoestima reduzida: Esses pacientes tendem a ter pensamentos negativos e de menos valia, sentindo-se incapazes, menos inteligentes que as outras pessoas.. Esses pensamentos de auto-desvalorização contínua dominam a mente do paciente, até que eles realmente começam a acreditar nisso. Ausência de esperança e tendência pessimista diante das coisas OBS: Não é necessário que haja uma grande perda ou um grande evento para que o paciente tenha depressão. Muitas vezes o paciente se sente triste e nem sabe dizer o motivo. Outros sintomas da depressão: Desejo de sumir, morrer, de se matar Irritabilidade e tédio Ressentimento crônico Uso abusivo de álcool Ansiedade associada Comportamento hipocondríaco Acentuação do quadro pela manhã Sintomas somáticos associados: Palpitações, arritmias, taquicardias, dor no peito, cólicas, constipação, diarreia, parestesia, anestesias, formigamento, cefaleia, vertigens, tonturas, zumbidos, bolo na garganta, sensação de desmaio. 2.2. SUBTIPOS DE DEPRESSÃO Melancólica Somática Bipolar Atípica: O paciente não tem aquela apresentação mais “clássica” da depressão. Ele tem hipersonia, aumento de apetite, reatividade do humor (se tem algo bom acontecendo, o paciente fica bem, e quando isso acaba ele volta a ficar mal). Psicótica: Tem alucinações e delírios Geralmente nas alucinações auditivas o paciente ouve vozes dizendo para se matar, que ele realmente não vale nada, etc. Pós-parto: Acomete cerca de 10% das mulheres Sazonal Crônica (distimia) Leve, moderada e grave: Leve: o paciente ainda consegue trabalhar, se relacionar com as pessoas, mas internamente está triste, anedônico.. Os sintomas são mais internos Moderada: Afeta uma parte da vida do paciente intensamente, mas outra parte nem tanto EX: Paciente está com depressão, mas precisa ir para a faculdade estudar, então faz um esforço enorme e vai, porém quando volta para casa não quer fazer mais nada. Grave: O paciente tem ideação suicida ou uma incapacitação tão grande que não consegue fazer nada. Maria Beatriz Machado 2.3. DEPRESSÃO X TRISTEZA A tristeza passa por um processo de luto, independentemente de haver morte ou não, e demora um certo tempo até que o paciente consiga reagir, porém ele reage e acaba saindo dela depois de um período. DEPRESSÃO TRISTEZA Duração Maior duração Menor duração Intensidade Maior Menor Prejuízo funcional Maior Menor Melhora com o passar do tempo Não tende a ir melhorando Melhora Fator precipitante Sem fator precipitante determinado (não é necessário) Apresenta necessariamente um fator precipitante determinado É compreensível Menos compreensível Mais compreensível 2.4. TRATAMENTO DA DEPRESSÃO – Teremos uma aula somente sobre o tratamento dos transtornos de humor O objetivo é a remissão total dos sintomas, porque se deixarmos sintomas depressivos residuais, o paciente tem muito mais chance de voltar a depressão O que mais utilizamoscomo tratamento são os medicamentos antidepressivos Devemos considerar os seguintes itens para escolher um medicamento: Eficácia Tolerabilidade Toxicidade Farmacocinética Uso e resposta prévia Idade Outros tipos de tratamentos: ECT, fototerapia, privação de sono 2.4.1. ANTIDEPRESSIVOS 2.4.1.1. CLASSES Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS): Fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram, escitalopram e fluvoxamina São os antidepressivos mais utilizados Inibidores da recaptura de serotonina e noradrenalina (duais): Venlafaxina, desvenlafaxina, duloxetina Geralmente utilizamos para os pacientes que não melhoram com os ISRS. São melhores para os pacientes muito apáticos, que não possuem energia para fazer atividades. Bupropiona: Aumenta a dopamina e noradrenalina Piora o paciente com ansiedade. Usamos mais nas depressões mais apáticas Mirtazapina: Tetracíclico que aumenta serotonina e noradrenalina Possui uma ação completamente diferente dos demais citados antes, mas aumenta muito o apetite e o sono (utilizamos nos pacientes com inapetência e insônia). Trazodona: Antagonista de 5HT2A Dificilmente utilizamos como primeira escolha para a depressão Tricíclicos: Clomipramina, imipramina, amitriptilina e nortriptilina Só utilizamos quando os outros medicamentos não tiveram o efeito esperado no paciente. Inibidores da MAO: Tranilcipromina Maria Beatriz Machado 2.4.1.2. FASES DO TRATAMENTO Continuação: É o tratamento feito quando o paciente chega na remissão, ou seja, é o tratamento feito mesmo quando o paciente já está bem. Deixamos o medicamento por mais algum tempo (isso depende da gravidade da doença, estresses que a pessoa vive no dia, comorbidades, etc) 2.4.1.3. EFICÁCIA DO TRATAMENTO 50% possuem remissão total dos sintomas utilizando o primeiro antidepressivo 30% possuem resposta parcial – sintomas residuais importantes 20% possuem melhora mínima ou até piora 2.4.1.4. RISCO DE RECORRÊNCIA DOS EPISÓDIOS DEPRESSIVOS Se teve o 1º episódio: Tem 50% de chance de ter o 2º episódio Se teve o 2º episódio: Tem 70% de chance de ter o 3º episódio Se teve o 3º episódio: Tem 85% de chance de ter o 4º episódio Portanto, quanto maior o número de episódios depressivos que o paciente tiver, maior a chance dele apresentar novos episódios 3. TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB) TAB Tipo I: O paciente apresenta NECESSARIAMENTE pelo menos UM episódio de mania durante a vida, e pode apresentar ou não episódio(s) depressivo(s) Ele pode ter mais de um episódio de mania durante a vida também. TAB Tipo II: O paciente NECESSARIAMENTE apresenta episódio(s) de hipomania e episódio(s) depressivo(s) O curso dos transtornos bipolares é variável Não podemos dizer que os episódios maníacos e depressivos se intercalam de uma maneira padronizada Podemos ter um paciente com TAB tipo I que apresenta somente 4 episódios de depressão durante a vida, porém apresenta 10 episódios de mania, enquanto podemos ter um paciente que apresenta somente um episódio de mania durante toda a vida sem nunca ter tido um episódio depressivo. Maria Beatriz Machado 3.1. EPISÓDIO DE MANIA Para caracterizar episódio de mania a pessoa deve ter, por pelo menos 1 semana, os sintomas listados abaixo. E esses sintomas devem causar um prejuízo na escolha, trabalho, família: Humor elevado ou irritável: O paciente fica com um humor eufórico e excessivamente animado/alegre que chama a atenção (muitas vezes ocorre em situações onde o paciente não deveria estar assim). O paciente pode também estar irritado, ou mudar rapidamente da euforia para irritabilidade (com muita intensidade) Aumento da autoestima ou grandiosidade: O paciente fica se sentindo “o máximo”, querendo chamar atenção.. Isso varia de acordo com a gravidade do quadro. Aumento de energia e atividade: O paciente tem muita disposição, e fica o tempo todo fazendo alguma coisa (muitas vezes sem terminar nenhuma tarefa), ficando em um estado de energia diferente do normal. Aceleração do discurso (fuga de ideias): O pensamento do paciente fica muito acelerado, e acompanhado disso pode haver maior produção de palavras (logorreia) Muitas vezes a família chega reclamando que o paciente está falando demais. Diminuição do sono sem fadiga: O paciente dorme poucas horas por noite ou pode ficar dias sem dormir, mas não se sente cansado. Diminuição da concentração Desinibição e gastos excessivos: O paciente assume riscos porque acredita que tudo vai dar certo, gasta mais do que pode.. Aumento da libido Delírios e alucinações: Sempre com características de grandeza, riqueza.. OBS: Qual a diferença entre mania e hipomania? Na hipomania o paciente também terá um estado eufórico, porém ele é mais leve do que na mania, e muitas vezes passa despercebido. Na hipomania o paciente não tem sintomas psicóticos (alucinações, delírios, ilusões), porque caso ele comece a apresentar, se torna mania. A hipomania tem uma duração de tempo menor que a mania. 3.2. COMORBIDADES 65% dos pacientes com TAB têm alguma comorbidade psiquiátrica Transtornos de ansiedade são os mais prevalentes. Abuso e dependência de álcool/drogas Comorbidades clínicas também são mais frequentes: HAS, cardiopatia, AVC, DM, tireoideopatias e enxaqueca OBS: 19% dos pacientes com TAB apresentam enxaqueca Então se tivermos uma paciente deprimida, que começou a ter depressão muito cedo, teve depressão pós-parto e tem enxaqueca, devemos investigar bem porque a chance dela ter tipo um episódio de mania/hipomania anteriormente é muito grande. 3.3. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL Tristeza normal Transtornos orgânicos do humor (secundários): O paciente pode ter um tumor no SNC e desenvolver um quadro de depressão ou mania Transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas TDAH Psicoses Transtorno esquizoafetivo Depressão maior unipolar Maria Beatriz Machado 3.4. ETIOLOGIA/FISIOPATOLOGIA Não sabemos completamente qual a etiologia/fisiopatologia dos transtornos de humor, porém hoje podemos falar claramente que são doenças cerebrais. Neuroimagem A maioria dos pacientes que fazem tomografia ou ressonância não possuem alterações Os exames de imagem geralmente estão alterados no paciente crônico/grave, que teve muitos episódios durante a vida Possíveis alterações: Aumento de ventrículos e diminuição dos sulcos corticais Pode haver diminuição do lobo frontal, hipocampo, parte do lobo temporal e giro do cíngulo Basicamente, nas doenças psiquiátricas as áreas frontais e partes do sistema límbico sofrem alterações. Presença de hiperintensidade subcortical (alteração tecidual na substância branca) Ficam aparecendo pontinhos na substância branca quando é feita uma tomografia ou ressonância. Devemos lembrar que não existe nenhuma alteração patognomônica OBS: Geralmente nas doenças psiquiátricas temos: Hiperatividade da área límbica, amígdalas cerebrais, giro do cíngulo e gânglios da base Hipoatividade do lobo frontal Era para ele servir de “freio” para as áreas límbicas Neuroquímica: Efeito agudo dos antidepressivos e antipsicóticos Na depressão temos pouca serotonina e noradrenalina: A maior parte dos antidepressivos causa aumento desses neurotransmissores (alguns também aumentam dopamina) Aumentando estes neurotransmissores, melhoramos os sintomas depressivos (teremos aula somente disso) Na mania utilizamos medicamentos que diminuem a dopamina, ou seja, utilizamos os antipsicóticos (teremosaula somente disso) Não explica a latência de resposta e a evolução episódica da doença. Medidas de metabólitos não mostram padrão consistente. Lítio e o valproato, não tem ação direta sobre os neutrotramissores monoaminérgicos Mecanismo de ação do lítio e outros estabilizadores do humor: Segundo mensageiro como a glicogênio-sintase- quinase (GSK-3) e a via Wnt participam da neuroplasticidade, sinaptogênese, resiliência e apoptose. Genética: Estudos mostram que fatores genéticos constituem de 60-90% do risco para o desenvolvimento do TAB Não temos um gene específico para os transtornos, a herança é poligenética (existem alterações pequenas em diversos genes) Isso foi descoberto porque os fenótipos das doenças psiquiátricas são muito diferentes (cada paciente bipolar é de um jeito, apesar de todos terem características gerais compartilhadas). Estudos iniciais em famílias: Prevalência de TAB ao longo da vida aproximadamente 8 – 19x maior que entre os familiares de pacientes com TAB do que entre os familiares de controle Se temos familiares com depressão ou TAB, temos muito mais chances de desenvolver essas doenças, porém outros fatores interferem. Herdabilidade: Temos estudos com gêmeos monozigóticos que mostram que a chance de ambos desenvolverem TAB é de 50%, ou seja, não é somente a genética que tem peso no desenvolvimento da doença, os fatores ambientais também interferem no curso de desenvolvimento. Maria Beatriz Machado Componentes Ambientais: O modo como o paciente viveu desde seu nascimento até seu neurodesenvolvimento, os estresses sofridos e outros fatores interferem mudando o cérebro de forma que ele fica mais propenso a desenvolver doença psiquiátrica. Alterações da neuroplasticidade: As células parecem que estão num estado que pode levar a apoptose mais facilmente 3.5. TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR – Teremos uma aula somente sobre o tratamento dos transtornos de humor Tratamento da fase aguda: Mania Depressão bipolar Estado misto Tratamento profilático 3.5.1. TRATAMENTO DA MANIA AGUDA Carbonato de lítio: Podemos utilizar em monoterapia Antipsicóticos atípicos: risperidona, olanzapina, aripiprazol, quetiapina e ziprasidona Anticonvulsivantes: ácido valproico, carbamazepina, oxcarbazepina Eletroconvuloterapia OBS: O que mais utilizamos é o CARBONATO DE LÍTIO + ANTIPSICÓTICO ATÍPICO ou ÁCIDO VALPRÓICO + ANTIPSICÓTICO ATÍPICO OBS: Podemos utilizar carbonato de lítio + ácido valpróico? Sim, porém esse seria um 3º passo. Primeiramente tentamos utilizar o lítio + antipsicótico atípico, se não funcionar tentamos trocar o antipsicótico, e depois se não funcionar pensamos em associar o ácido valpróico. 3.5.2. TRATAMENTO DA DEPRESSÃO BIPOLAR Não podemos dar antidepressivos para esse paciente, porque temos risco de fazer uma virada maníaca nele, ou de piorar seus sintomas. Tentamos outros medicamentos antes: Carbonato de lítio Lamotrigina (anticonvulsivante) Quetiapina, aripiprazol, lurasidona (antipsicóticos) 3.5.3. TRATAMENTO NO ESTADO MISTO Anticonvulsivantes: Ácido valpróico Antipsicóticos atípicos Lítio: Papel controverso Evitar antidepressivos 3.5.4. TRATAMENTO PROFILÁTICO Depende de cada caso, mas possíveis opções são: Estabilizadores de humor: Carbonato de lítio Antipsicóticos atípicos Ácido valpróico Lamotrigina
Compartilhar