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Processo Civil

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PROCESSO CIVIL IV
PROCESSO CAUTELAR E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
EMENTA: Teoria Geral do Proc. Cautelar. Cautelares em espécie. Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa e voluntária. Ações constitucionais. Mandado de Segurança, Habeas Datas, Ação Popular, Ação Civil Pública e Mandado de Injunção. Mecanismos de proteção dos deficientes.
BIBLIOGRAFIA:
Antônio Carlos Marcado. Proced. Especiais
Humberto Theodoro Junior. Curso de Direito Processual Civil
Luiz Rodrigues Wamber. Curso avançado de Processo Civil
Alexandre Freitas Câmara. Lições de Direito Processual Civil
Daniel Amorim Assumpção Neves. Manual de Direito Processual Civil
Elpídio Donizetti. Curso didático de Direito Processual Civil
Marcus Vinicius Rios Gonçalvez. Direito Processual Civil Esquematizado
Hely Lopes
TEORIA GERAL DO PROCESSO CAUTELAR
Considerações
Conhecimento: tem como objetivo a satisfação da lide, acertamento;
Execução: cumprimento da obrigação, satisfação do direito;
Cautelar: não se discute o mérito apenas protege um bem que esteje sendo ameaçado, tem como função proteger ou salvaguardar o bem jurídico que está sendo ou vai se discutir no processo principal.
Cauteçar Tutela Antecipada X Liminar
-Cautelar (é satisfativa?): “Segundo o doutrinador Alexandre Freitas Câmara, à tutela provisória urgente destinada a assegurar o futuro resultado útil do processo, nos casos em que uma situação de perigo ponha em risco sua efetividade. Pense-se, por exemplo, no caso de um devedor que, antes de vencida sua dívida, tente desfazer-se de todos os bens penhoráveis. Não obstante a alienação desses bens não comprometa a existência do direito de crédito, certo é que o futuro processo de execução não será capaz de realizar na prática o direito substancial do credor se não houver no patrimônio do devedor bens suficientes para a realização do crédito. Verifica-se, aí, uma situação de perigo para a efetividade do processo, isto é, para a aptidão que o processo deve ter para realizar na prática o direito substancial que efetivamente exista (podendo-se falar, aí, em perigo de infrutuosidade). 
- Antecipada: “Segundo o doutrinador Alexandre Freitas Câmara, a tutela de urgência antecipada ou tutela de urgência satisfativa, se destina a permitir a imediata realização da prática do direito alegado pelo demandante, em casos que esteje presente uma situação de perigo iminente para o próprio direito substancial (perigo de morosidade). O objeto ou material é analisado antes do início do processo. Pense-se, por exemplo, no caso de alguém postular a fixação de uma prestação alimentícia, em caso no qual a demora do processo pode acarretar grave dano à própria subsistência do demandante. Para casos assim, impõe-se a existência de mecanismos capazes de viabilizar a concessão, em caráter provisório, da própria providência final postulada, a qual é concedida em caráter antecipado (daí falar-se em tutela antecipada de urgência), permitindo-se uma satisfação provisória da pretensão deduzida pelo demandante”.
- Liminar: Em algum momento do processo o juiz concede um pedido (grave) em caráter liminnar, ante da citação do réu; quando o réu é citado já existe uma decisão (decisão interlocutória).
CONCEITO: Instituto utilizado pelo autor, no qual é solicitado ao juiz a análise de um pedido antes de um único ato procedimental, isto é, antes da citação do réu (contestação). Solicita-se a análise para que seja apurado um direito urgente ou emergente. O pedido de urgência em caráter liminar, pode ser feito em qualquer natureza, inclusive em cautelar.
Quando dizem que: "O juiz deferiu a liminar ou A liminar foi concedida", há um equívoco, pois, em si, não foi a liminar que foi deferida ou concedida, e sim, o pedido de urgência solicitado pelo autor. O correto seria dizer: "Foi concedido o pedido X, em caráter liminar”. Caráter liminar significa dizer: “O momento processual em que aquele pedido foi analisado. A liminar, em si, não concede nada”.
A liminar, na prática, se confundi muito com a cautelar, porque ambas envolvem a urgência no
pedido de "alguma coisa". Sendo a cautelar um procedimento próprio, não tendo como finalidade a análise do mérito, isto é, não tem como função analisar um pedido de urgência do direito material, e sim, proteger ou salvaguardar esse mérito que se encontra em risco. Sendo possível pedir a cautelar em caráter liminar.
Características da tutela: Arts. 294 a 299, 300 a 302, 365 a 310 
Acessoriedade: Art. 294 § único, 300, 305, 308, NCPC.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar se a em urgência ou evidência.
Parágrafo único: A tutela provisória de urgência cautelar ou antecipada pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Antecedente: Antes do ajuizamento da ação principal se tiver perigo, ameaça ou dano.
Incindental: No curso do ajuizamento da ação principal 
Todo procedimento cautelar existe em função de um procedimento principal.
 O acessório segue o principal, isto é, o procedimento cautelar é acessório de um procedimento principal, que se encontra em curso ou cuja ação vai ser proposta.
3.1.1.Calamandrei: Um processualista dizia que o procedimento cautelar é um "instrumento do instrumento processual = Instrumentalidade²". Isto é, o direito material é encaminhado para a análise jurisdicional pela via de um procedimento, uma ação, portanto um instrumento. Este instrumento, deve ter uma resposta do judiciário, como uma sentença ou decisão interlocutória, que seja efetiva. Se o juiz julga procedente o pedido, o autor deve levar o que pediu, se não, não há eficiência. Para garantir um provimento jurisdicional eficaz e que gere frutos materiais, tem-se um outro instrumento, que é a medida cautelar.
Direito Material  Procedimento Providência eficaz  Função Cautelar
Art. 300 A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade de direito e o perigo de dano ou risco do resultado util do processo.
Art. 305 A petição inicial da ação que visa a prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou risco do resultado util do processo.
Art. 308 Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos, em que deduzido o pedido da tutela cautela, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
Autonomia: art.305 e art.308, NCPC
A autonomia da cautelar em relação ao processo principal, deve ser de natureza especifica, pois, a cautelar é acessório do processo principal. Esta autonomia não é absoluta, e sim, relativa, porque só existe a cautelar devido ao mérito que está ou que será discutido no processo principal. Esta autonomia é processual, mas no campo material não terá autonomia, pelo fato da acessoriedade.
No campo de vista processual sempre haverá independência, desde que seja uma cautelar em caráter antecedente (antes do ajuizamento da ação principal).
Urgência: Art. 294, 300 e 305, NCPC
Para que uma medida cautelar seja concedida, é condição para demonstração desta necessidade que haja o PERICULUM IN MORA, se está sofrendo dano ameaça ou está sendo dilapidado. A urgência é condição indispensável para que o pedido de medida cautelar possa ser analisado.
Cognição (diversa): conhecimento, análise acerca de tudo que está sendo pleiteado pelo autor e contestado pelo réu.
 Cognição Sumária, é a análise do juiz acerca daquilo que está sendo solicitado de modo mais rápido.
Provisoriedade: Art. 296 e 298, NCPC  LER
A medida cautelar é provisória. Só produz seus efeitos quando deferida e enquanto se justificar a sua manutenção, a partir do momento que não se justificar mais essa manutenção da medida, não há razão para que ela seja mantida, podendo ser modificada ou revogada. Essa provisoriedade da cautelar possui tempo determinado para a sua validade, não se valendo para sempre.
A lei diz que o quanto o juiz pode ordená-las de ofício,quanto as partes envolvidas no litigio podem requerer a modificação ou a revogação.
Art. 296 A tutela provisória conserva sua eficácia na pendencia do processo, mas pode a qualquer tempo ser modificada ou revogada. 
Parágrafo único: Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o periodo de suspensão do processo.
Art. 298 Na decisão de conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimeneto de modo claro e preciso
Inexistência de coisa julgada material (sendo apenas na medida cautelar a coisa julgada
formal)
 COISA JULGADA: instituto processual aplicado no procedimento civil. Uma decisão que
não é mais passível de recurso, no qual chega na fase de esgotamento, isto é, há uma decisão última e definitiva.
As espécies de coisa julgada são, formal e material. A formal refere-se à impossibilidade de modificar uma sentença no mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos. Já a material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Não há na cautelar coisa julgada material, por não se discutir o mérito. Na cautelar tem a possibilidade da extinção do processo em relação aos aspectos formais, pois o direito material não vai ser jamais apreciado por meio dela. Mérito que compete a ação principal.
Imutabilidade
Pode ser modificada, revogada ou alterada pois se não existir mais risco não existe mais medida cautelar, não possui caráter absoluto, só existe quando houver risco.
Fungibilidade: Art. 305 § único, NCPC
A aplicação do princípio da fungibilidade consiste principalmente em permitir que, um ato processual inadequado seja substituído por outro sem que cause prejuízo ao outro litigante , é a possibilidade do julgador receber ato processual equivocado como se fosse correto.
CONCEITO: Possibilidade ou ferramenta processual que a lei dispõe para que o magistrado, que representa o estado, consiga por meio desta ferramenta garantir eficiência na prestação jurisdicional.
Assim diz Paulo Afonso Garrido de Paula (2005, p.2313): “O dispositivo em apreço permite a substituição, a troca, o câmbio de uma medida por outra, desde que se afigure adequada ao desiderato da cautela”.
Também aduz Nelson Nery Júnior (1997, p.109: “como o próprio nome indica, fungibilidade significa troca, substituição”.
Inexistência de coisa julgada material (sendo apenas na medida cautelar a coisa julgada
formal) Não pode existir pois significa que já houve outro procedimento indentico analisado, o objeto já foi analisado e julgado não cabe mais recurso, e não pode pedir uma medida cautelar de algo qua já foi julgado, extingue se em cognição exauriente.
Cognição exauriente, Art. 310: Análise da pretenção de maneira ampla.
Art. 310 O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principa, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou prescrição.
 COISA JULGADA: Instituto processual aplicado no procedimento civil. Uma decisão que
não é mais passível de recurso, no qual chega na fase de esgotamento, isto é, há uma decisão última e definitiva.
As espécies de coisa julgada são, formal e material. A formal refere-se à impossibilidade de modificar uma sentença no mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos. Já a material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Não há na cautelar coisa julgada material, por não se discutir o mérito. Na cautelar tem a possibilidade da extinção do processo em relação aos aspectos formais, pois o direito material não vai ser jamais apreciado por meio dela. Mérito que compete a ação principal
Impossibilidade de reiteração, quando há cessação da eficácia de medida: Art. 309
Cessação da eficácia
É proibido a parte, quando cessar a eficácia da medida cautelar, solicitá-la novamente pelo mesmo fundamento. Estes efeitos cessam, segundo o Art.309 do NCPC.
Art. 309 Cessa a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter antecedente, se
O autor não deduzir o pedido principal no prazo legal. (Não fez o processo principal).
Não for efetivada dentro de 30 dias.
O juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Poder Geral de Cautela: Art. 297 NCPC.
Destinado ao juiz da causa pois vai direcionar o processo ( poder dever ) para garantir a eficiência da pretação jurisdicional (representante do Estado. O juiz a qualquer momento pode adotar as medidas necessárias quando houver dano ou ameaça.
O poder geral de cautela consiste na possibilidade do juiz, no caso especifico, conceder tutela cautelar de ofício.
Art. 297 O juiz poderá determinar as medidas que considerar necessária para a efetivação da tutela
CONDIÇÕES DA AÇÃO E MÉRITO NO PROCEDIMENTO CAUTELAR
Considerações
Os requisitos abaixo explicados são do procedimento cautelar antecedente, pois proced. cautelar incidental é no curso do processo.
Legitimidade das partes (polo ativo AUTOR e polo passivo RÉU): toda ação tem que ter polo passivo e ativo, devidamente legitimados. No procedimento cautelar essa legitimação não é diversa, mas não se fala em legitimados sendo autor, titular de uma pretensão, e réu, aquele que resiste a ela. Não é desta forma porque na cautelar se fala em direito material e nem pretensão que seria resistida.
Com isto, o autor, no procedimento cautelar, é aquele que pretensamente em um procedimento principal, tem o direito material que pretensamente argui ser seu sendo colocado em risco. No que diz respeito ao réu, também é diverso, aqui é aquele que supostamente estaria resistindo a pretensão do direito material que vai ou está sendo discutido na ação principal.
Possibilidade de Pedido: no antigo código era tido como uma condição da ação, mas com a reforma do CPC, este foi excluído. Um pedido que não poderia ter vedação jurídica.
Interesse de agir: uma condição da ação que se desdobra em um binômio, necessidade e adequação. A necessidade é teórica, pois a procura do Judiciário se dá apenas quando os outros meios de resolução de conflitos, não são suficientes para dirimir a demanda (temos como exemplo, uma pessoa que necessita de remédios de alto custo, e ao invés de procurar a parte administrativa, procura o Judiciário, sem ao menos ter uma negativa da administração), e adequação, impõe aquele que procura a tutela jurisdicional a obrigação de se valer do procedimento correto.
Condições da ação: quando o autor distribui uma ação sem a legitimidade de partes ou sem demonstrar o interesse jurídico no pedido, ou sem a legitimidade de partes, acarretará neste caso na extinção do processo sem resolução do mérito, pois questões procedimentais não foram observadas. Quando a petição inicial não preenche os requisitos da condição da ação, em termos técnicos diz que está encontra-se em CARÊNCIA DA AÇÃO.
"Fumus boni juris”, impõe ao requerente da cautelar a demonstração de que, enquanto suposto titular do direito material que vai ser discutido, tem para o que pleiteia, a proteção do ordenamento jurídico, e "Periculum in mora”, impõe ao requerente da cautelar que demonstre que o suposto direito material que vai discutir na ação principal, pertence-o, e que este suposto direito material está sendo colocado em risco.
Para alguns doutrinadores as condições da ação cautelar são, legitimidade de partes e o interesse de agir, sendo o "fumus boni juris" e "periculum in mora", condição do mérito. A jurisprudência dominante concorda com a posição dada pelos doutrinadores.  MAJORITÁRIA
Já para outros, as condições da ação cautelar são, legitimidade de partes, interesse de agir e o preenchimento do "fumus boni juris" e "periculum in mora".  MINORITÁRIA
Situação objetiva: o risco deve ser objetivo, ou seja, o risco deve ser de forma real.
Ação ou omissão: ações praticadas que geram risco para o bem jurídico.
PROCEDIMENTO GERALDO PROCEDIMENTO CAUTELAR
Considerações: SENDO A CAUTELAR EM CARÁTER ANTECEDENTE
Relação processual autônoma: uma distribuição de uma petição inicial, independente, da ação principal, a qual não existe ainda.
Regras específicas e gerais: As vezes as regras espec são omissas ou inexistentes e aplica – se as regras geris
Art. 305 CPC/15
Forma:
-Apensamento: O procedimento era amarrado ao principal
-Agora Art. 308: O Proced Caut em caráter antecedente é proposto nos próprios autos da ação principal.
5- Prazo para ajuizamento do procedimento principal: 30 dias
6- Competência Art. 299 CPC (instituto próprio) A tutela provisória será requerida ao juiz da causa, e quando antecedente ao juizo competente para conhecer o pedido.
6.1 Se divide em: 
RELATIVA: pode ser derrogada, admitindo as partes convencionar foro diverso daquele fixado pela norma. 
 Absolutamente incapaz: esse não deve tomar nenhuma atitude, pois, de acordo com a lei, sendo relativamente incompetente compete ao interessado arguir a exceção de incompetência. Se o interessado não se pronunciar a respeito, terá como consequência a prorrogação de competência.
 Relativamente incapaz: Cautelar em caráter antecedente sendo de competência relativa, se o réu ainda não for citado, o juiz pode decidir.
ABSOLUTA, é aquela definida pela CF, em razão da matéria discutida no litígio, ou em razão da hierarquia, função das partes envolvidas no litigio, não admite provocação de competência. Considerada inderrogável.
 Absolutamente incapaz: Ação é proposta em um órgão jurisdicional absolutamente incompetente, a CF traz que, esta deve ser demandada na J. Do Trabalho, e a parte encaminha a J. Federal. Se o Juiz receber e tomar decisões, estas são consideradas nulas. O Juiz ao receber a ação deve de ofício declinar para um órgão competente.
Se uma cautelar em caráter antecedente, é remetida para um juízo absolutamente incompetente, em um primeiro momento é necessário saber qual o órgão jurisdicional competente pela ação principal. 
OBS.: Se a cautelar é proposta em fase de recurso, e possui natureza incidental (art. 299, parágrafo único), será remetido para o juízo responsável pelo recurso.  REGRA
7- Petição Inicial
Requisitos: qualquer que seja o procedimento, a petição inicial terá os requisitos gerais afetos a qualquer petição e os requisitos específicos, se existirem, em razão do procedimento ser
próprio. O procedimento cautelar, possui requisitos específicos.
2- Art. 319 + 305 NCPC
3- Art 305
Lide princiipal? Ação principal
Há vinculação: Não necessariamente as partes (autor / réu) indicadas na ação cautelar necessariamente vão ser da ação principal
Pretenção da causa de pedir: 
“Fumus” e “Periculum”: Periculo e demora tem que demonstrar o que quer, demonstrar urgência.
Poder Geral de Cautela: Alterar o pedido em caso de engano.
Provas sumariedade: Demonstrar um risco iminente, bastam indícios levam ao convencimento do juiz a respeito de um bem jurídico que está sendo dilapidado ou correndo risco.
Valor da causa: Não necessariamente coincidir com o valor da ação principal. O valor da causa é atribuído apenas em caráter antecedente.
Provas: Estando a parte em juízo, alegando esta, possuir um direito, a lei diz que, compete ao autor provar o que está sendo alegado
Intervenção de terceiros? Assistência (não tem como finalidade a discursão do mérito, e sim, auxiliar juridicamente uma das partes do procedimento, desde que demonstre interesse jurídico. Nomeação ao autoria: modalidade de intervenção de terceiros do antigo CPC/73, sendo esta extinta com a reforma processual civil. 
Denunciação da Lide Chamamento ao Processo: não cabe nestas duas mencionadas, porque têm-se a discursão efetiva do mérito. O chamamento ao processo  natureza solidária
Citação: Art. 306 O réu será citado em 5 dias, contestar o pedido e indicar provas que pretende produzir. 
Resposta do réu: Meios de defesa. 
- Princípio da concentração da defesa: em toda contestação, seja do procedimento ordinário ou cautelar, se aplica este princípio.
- Se não contestar ocorre revelia.
Art. 307 Não sendo constestado o pedido, e os fatos narrados pelo autor, presumir – se - ão aceitos pelo réu o ocorrido, sendo decidido pelo juiz dentre de 5 dias.
- Preliminares: Fato ou de direito, primeiro analisar as materiais depois as de fato.
Reconvenção: O réu vai pedir focos disdintos via ação própria dada a urgência da cautelar.
Sentença: Julgamento do Juíz
Caução: art. 300 NCPC  (artigo muito criticado)
CONCEITO: O juíz pode se valer da parte e pedir garantia. Protegendo e garantindo meios para proteger a parte contrária. O juiz pode exigir da parte que preste caução real ou fidejussória.
§1º Para a concessão de tutela de urgência, o juiz pode exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos q a parte possa vir a sofreer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hiposuficiente não poder oferecer.
8- Espécies de Medida Cautelar:
8.1 Arresto
8.2 Sequestro
8.3 Busca e Apreensão
8.4 Exibição
8.5 Produção Antecipada de Provas
8.6 Alimeentos Provisórios
8.7 Atentado
ARRESTO
Considerações: Uma espécie de medida cautelar mediante uma situação pecuniária, ou uma obrigação que se converta em dinheiro, (execução de pagamento em quantia certa), para garantir que o patrimônio seja suficiente para execução, bloqueando os bens.
Medida cautelar	≠	Arresto executivo
 ↓	↓
(Converte-se em penhora; bens penhoráveis)	(Penhora depende da prévia citação)
A medida cautelar por meio do arresto, é diferente do arresto executivo. Pois o arresto executivo não é medida cautelar, e sim, incidente decorrente do procedimento de execução.
Bens arrestáveis: podem ser arrestados todo e qualquer bem que possa ser convertido em dinheiro.
SEQUESTRO
Considerações
ConceitoVisa proteger um bem jurídico específico.
Especificidade: Garantir que o bem específico mantenha com as características e a integridade intactas para a entrega da coisa certa.
Não cabe penhora: Pois o bem já está determinado.
 Bens sequestráveis: Qualquer bem, tanto sobre bens móveis quanto imóveis.
Arresto	≠	Sequestro
↓	↓
(Depositário  expropriação e conversão R$)	(Depositário  entrega futura)
BUSCA E APREENSÃO
1) Considerações: Quando pessoas incapazaes estiverem sofrendo danos ou ameaças e coisas de modo subsidiário para satisfazer uma medida cautelar em arresto.
EXIBIÇÃO
Considerações: garantia que a parte tenha acesso a meios de prova que vão comprovar ou preencher o requisito que se tem para a ação principal, que é o ônus probatório.
Coisa ou documento 
Inexistência de constrição do objeto: Quando se é pleiteado essa medida não gera nenhuma forma de constrição para a parte contrária.
Objeto: Só são exibidos coisas, documentos ou escrituração comercial, inclusive que se encontre em poder de terceiro, desde que que este inviabilize o acesso.
Se imóvel? Como são apenas coisas ou documentos, se a parte precisar ter acesso a verificação de um bem que seja imóvel, não se tem exibição, e sim, vistoria.
PRODUÇÃO ANTECEDENTE DE PROVAS
Considerações: Um momento processual especifico para produção de provas. Provais ORAIS e PERÍCIAIS
Coerção para parte contrária Causas  Temor que se perca: Se for comprovado o risco de perecimento do objeto ou que em razão do risco de perecimento não conseguiria a parte propor a ação principal.
Documental: Exibição e Produção antecedente de provas
A diferença é que na exibição só vale para fins de documentos ou coisas que não sejam imóveis. Na produção antecipada de provas se aplica sob qualquer bem, exceto documento, pois para este tem-se a exibição. Se aplica, inclusive para coisas. Desde que se comprove o risco ou a necessidade para execução, em razão do risco, da ação principal. 
ALIMENTOS PROVISIONAIS
Considerações: é um instituto, também da possibilidade da obrigação de alimentar, decorrente de natureza cautelar.
Sustento e gastos processuais: para garantir que a parte que venhapleitear alimentos definitivos, que aquele suposto filho que pretende receber pensão alimentícia, consiga receber no curso do procedimento, que garanta também a parte a possibilidade de arcar com as custas processuais e gastos da demanda processual
Oriundos do Direito de Família  da relação de parentesco, casamento e união estável. E tem como coerção a prisão
Não cabimento  Contrato  Ato ilícito
Alexandre Freitas Câmara diz que os alimentos Provisionais são alimentos definitivos que se antecipam.  medida sumária satisfativa
Provisionais	 ≠	 Provisórios
 ↓ 	↓
(indícios probatórios, e não provas)	(prova pré cautelar liminar)
Se há apenas indícios, e não provas condudentes, deve se pleitear alimentos provisionais. Havendo provas condudentes deverá ser os alimentos provisórios, sendo que estes não possuem caráter cautelar.
ATENTADO
Considerações: Uma das partes está praticando alguma conduta que vise alterar a condição material do objeto discutido em juízo. Sendo sempre em caráter incidental.
Coibir: Impedir qualquer ato praticado contra o objeto da discução.
Restaurar “status quo ante”: Pleitear a restauração do “status quo ante”. manter com as características.
Perdas e danos: Poderá a parte pleitear a condenação em perdas e danos em razão da conduta positiva que alterou a coisa deduzida em juízo.
Inovação + Ilegalidade: Contrário da lei sem autorização judicial
Alteração da res deducta: coisa deduzida em juízo
Conduta: Cabe atentado, mais tem que agir.
Omissa não gera ato novo: pois não modifica as características da coisa.
Incindental: Atentado só ocorre na fase incidental
Tentativa não se pune.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Previsão: Arts. 539 a 549 CPC, Lei 8. 245/91, art. 67, Art. 334 CC / 02
CONCEITO: Direito do devedor de se livrar de dívida existente, através de depósito em juízo, desde que por motivo justo que enseje o cabimento.
Consignação (não há a transferência da coisa ou dinheiro) ≠ Pagamento (transferência da obrigação de uma coisa ou dinheiro)
Objetivo: Liberar e salvar o devedor do juros e da correção monetária, e a coisa em seu poder não correr riscos, depositando o dinheiro ou a coisa em juízo em favor do devedo.
Legitimidade: 
ATIVO
 Devedor: primeiro a requerer a consignação;
 3º: terceiro juridicamente interessado, o avalista;
 3º não interessado com legitimidade extraordinária. Art. 18 CPC Ninguem poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Art. 304 CC / 02 Qualquer interessado na extinção da dívida pode paga la, usando, se o credor se opuser dos meios conduncentes a exonerar o devedor
PASSIVO: Credor; sendo alguem conhecido, não conhecido, desconhecido, local inserto ou nao sabido, aaquele que se afirmar credor ou pluralidade de crredor.
5- Formas exigidas para consignar: art. 336 CC/02 Para que a consignação tenha força de pagamento será mister concorram em relação as pessoas, objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não serão validos o pagamento
Credor: Quando o devedor for pagar tem que entregar a alguem que entenda ser o credor.
Objeto: Coisa ou dinheiro
Modo: Quando e como pagar 
 Tempo: Até o vencimento para o juros correr.
→ art. 344 CC  dívida litigiosa? Odevedo em obrigação litigiosa, exonerar se a mediante consignção, mas se pagar a qualquer um dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litigio, assumirá todos os riscos do pagamento,
6- Bens consignáveis: Somente bens móveis, imóveis, semovente, fungíveis e infungíveis. A obrigação de fazer e não fazer não comporta depósito judicial.
Hipóteses legais para consignação: art. 336 C.C 
Art. 335 CC A consignação tem lugar:
Se o devedor não puder, ou sem justa causa, recusar a receber o pagamento, ou da quitação na devida forma. Portable D-C
Se o credor não for ou nao mandar receber a coisa no lugar, tempo e condições devida. Quesible C-D
Se o credor for incapaz de receber, desconhecido, declarado ausente, residir em lugar incerto, ou com acesso perigoso ou dificil. Incapaz não sabido
Se ocorrer dúvida sobre quem deva receber legitimamente o objeto do pagamento. Pluralidade de credores
Se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Coisa litigiosa
Competência:
Art. 540 CPC Requerer se á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor a data do depósito, os juros e o risco, salvo se a demanda for julgada improedente.
A consignação possui como competência a relativa. Essa competência relativa possui como regra que, a ação deve ser proposta no domicilio do réu. Ocorre que o CPC e o CC, em relação a competência da consignação, trazem uma regra diferenciada.
Art. 337 CC O depósito requerer se á no lugar do pagamento cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscom, salvo quando julgado improcedente.
Art. 328 CC Entrega de bem imóvel: Se o pagamento consistir em tradição de um imóvel, ou prestações relativas a imóvel, far se a no lugar onde onde estiver situado o bem.
Art. 329 Local inacessível ou perigoso: Ocorrendo motivo grave para que não se efetue o pagamento poderá o devedor fazer em outro sem prejuizo ao credor.
Art. 58 II Lei 8.245/91 E competente para conhecer e julgar tais ações o foro do lugar onde situado o imóvel, salvo se outro houver sido eleito no contrato.
Consignação Extrajudicial: art. 539 CPC Só é admitida consignação em dinheiro.
Art. 539 CPC Nos casos previstos em lei poderá o devedor ou terceiro requer como pagamento a consignação da quantia certa ou da coisa devida.
§1º Tratando de obrigação em dinheiro poderá o valor ser depositado em estabelecimento oficial onde houver situado no local do pagamento, cientificando se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 dias para a manifestação da recusa.
§2º Decorrido o prazo de 10 dias a contar do aviso de recebimento, sem a manifestação da recusa, considerar se a o devedor liberado da obrigação, ficando a disposição do credor a quantia depositada.
§3º Ocorrendo a recusa manifesta por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta dentro de 1 mês a ação de consignação, instruindo se a inicial com a prova do depósito e a recusa. 
Consignação judicial: art. 319 + 320 + 542 CPC
Petição inicial Art. 542 Na petição inicial o autor requererá.
O depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efeitvada no prazo de 5 dias a contar da data do deferimento.
A citação do réu para levantar depósito ou oferecer contestação.
Parágrafo único: Não realizado o depósito será extinto sem resolução de mérito.
Apresentada a inicial:
Indedferi la Art. 330 CPC A petição inicial será indeferida quando:
For inépta.
A parte for manifestamente ilegítima
O autor carecer de interesse processual
Não atendidas as prescrições.
Emenda Art. 321 Se o juiz verificar que a petição inicial não apresente os requisitos ou apresente defeitos capazes de dificultar o julgamento do mérito, determinará que o autor no prazo de 15 dias emende ou complete, indicando com precisão o que deve ser corrifdo ou completado.
Parágrafo único: Se o autor não cumprir com a diligencia juiz indeferirá a petição inicial.
Art 542 CPC Depois da contestação só e lícito deduzir novas alegações quando:
Relativas ao direito ou fato superveniente.
Competir ao juiz conhecer delas de ofício.
Resposta 544 + 337CPC
Art. 544 CPC Na contestação o réu pode alegar que;
Não houve a recusa ou mora d e receber a quantia ou a coisa devida.
Foi justa recusa.
O depósito não se efetuou no prazo ou no lugar devido.
O depósitonão é integral. ( Sendo admitido se o réu indicar o montante que entende devido.
Insuficiencia de depósito: Art. 545 Alegada a insuficiência do depósito é lícito o autor completar em 10 dias, salvo se corresponder a preastação cujo inadimplemtento acarreste a recisão do contrato.
§2º A sentença que concluir a insuficiencia do depósito determinará,sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover lhe o cumprimento nos mesmos autos, após a liquidação se necessária.
Art. 546 CPC Julgado procedente o pedido o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu o pagamento das custas e honorários advocatícios.
e) Sentença: 
Natureza: Uma sentença declaratória vai declarar se o depósito da coisa ou dinheiro é válido ou não.

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