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IMUNO-HEMATOLOGIA Sistema ABO Conceito: Antígenos eritrocitários de função desconhecida até o momento. Atualmente são reconhecidas mais de 100 antígenos diferentes. 810.000 a 1.170.000 sítios antigênicos na porção extra-membranosa dos eritrócitos. Sistema ABO Sistema ABO Importância: Quando exposto a antígenos diferentes dos seus, ocorre um estímulo para produção de anticorpos dirigidos para esses antígenos estranhos. Grupo “A” - N-acetilgalactosamina Grupo “B” - D-galactose A presença na vida intra-uterina induzem a formação de anticorpos. Transfusões sanguineas Sistema ABO São 4 os grupos básicos: Grupo O : Não possui antígenos ou aglutinogênios nem A nem B, mas possui anticorpos Anti-A e Anti-B (aglutininas alfa e beta). Grupo A : Possui antígeno A (aglutinogênio A) e anticorpos anti-B (aglutinina beta) Sistema ABO Grupo B : Possui antígeno B (aglutinogênio B) e anticorpo anti-A (aglutinina alfa) Grupo AB : possui ambos antígenos A e B e nenhum anticorpo. Prova reversa: Pesquisa de anticorpos (aglutininas) que correspondam aquelas pertencentes ao grupo sangüíneo da prova direta. Soro do Paciente Grupo reverso H- A - + - + H-B + - - + B A AB O Sistema ABO Sistema ABO Efeitos da interação Antígeno-anticorpo “in vivo” Anemia hemolítica. Sobrecarregando fígado, coração, baço e principalmente os rins. Interação antígeno-anticorpo eritrocitários“in vitro” Prova direta Prova reversa Sistema ABO Sistema ABO Classificação dos sub- grupos sanguíneos: Aglutinogênios A chamados: A1, A2, A3, Ao e como consequência A1B, A2B, A3B, e AoB. A2 resulta na produção de apenas 240.000 a 290.000 sítios antigênicos de A2. Os sub-grupos de A2 em diante reagem de forma menos intensa que A1. A1> A1B>A2>A2B O sub-grupo A2B o A2 é tão fraco que pode ser erroneamente classificado como sendo somente do grupo B. Sistema ABO Função do Gen H na expressão dos gens A e B Contribuem para a expressão dos gens A e B . Grupo “A” - N-acetilgalactosamina. Grupo “B” - D-galactose. O Grupo “O” não determina fixação de carbidratos. Sistema ABO Função do Gen H na expressão dos gens A e B N-acetil D-galactose Gen H Gen H Gen O Gen A Gen B Grupo O Grupo A Grupo B Sistema ABO Gen H: Dois tipos de anticorpos anti H: -Aglutininas Frias: reagem com O e A2. -Fenótipo Bombay: genótipo hh. Sistema ABO Antígeno I e i: -A grande maioria dos adultos tem antígenos I e não tem anti-I. -Os recém-nascidos não tem antígeno I mas tem antígeno i;a medida que o antígeno I aparece o antígeno “i” desaparece(18 meses). -São chamadas aglutininas frias. Discrepâncias na classificação ABO: Alteração do “grupo A” em leucêmicos: enfraquecimento do antígeno A até desaparecer, parecendo como fosse pertencente ao grupo “O”. Fenômeno do “B” adquirido: obstrução intestinal, câncer de cólon e reto. Os eritrócitos A absorvem polissacarídeo do grupo sangüíneo “B”. Pacientes com câncer: pacientes com câncer de estômagoe/ou pâncreas contém excesso de antígenos solúveis. Sistema ABO Sistema ABO Reações inesperadas: Eritrócitos modif. por enzimas bacterianas: semelhante ao que ocorre no “B adquirido.” Herança anormal. Eritrócitos do cordão umbilical. Recente transfusão não grupo específica. Alta concentração de polímeros: Gamaglobulonemia, dextran. Pacientes com eritrossedimentação (VHS) elevada. Auto-anticorpos: Auto-anticorpos frios ou aglutininas frias( ou crioaglutininas) Tipos Anti-H. Anti-I: normalmente um anticorpo da classe Ig M. Anti i: anticorpos da classe Ig M, associados com monunocleose infecciosa. Anti-P: hemoglobinúria paroxística noturna. Auto-anticorpos quentes ou aglutininas quentes: Primários e secundários. Sistema ABO Sistema Rh Generalidades: 30.000 sítios em cada glóbulo. Os antígenos do sistema Rh ou D têm localização intermembrânica. Sistema Rh Sistema Rh Teoria da hereditariedade de acordo com Fischer-Race: Três pares de gens intimamente ligados entre si são eles: D d C c E e Sistema Rh DCe/DcE Rh + dce/dCE Rh - DCe/dcE Rh + dcE/dCe Rh - dCe/DcE Rh + dCe/dce Rh - DCe/Dce Rh + dCE/dcE Rh - Dce/DCE Rh + dce/dCe Rh - Teoria da hereditariedade de acordo com Fischer-Race: Sempre que houver D(maiúsculo) o Rh será + (positivo). Exemplos: Sistema Rh Antígenos D fracos (variante Du): 1- Pode ocorrer a herança genética de Du. 2- Pode ocorrer o desaparecimento de um determinante de D, fazendo com que seja D negativo. 3- Pode ocorrer uma interação de gens. Neste caso um gen interage com outro produzindo um efeito novo. O gen C em posição trans ao D, suprime este D, fazendo o indivíduo parecer Du. Sistema Rh Variantes de C: Cw: 2% da população dos EUA e Inglaterra. CX: è o mesmo tipo de variação, porém muito mais rara. Incompatibilidade materno-fetal Princípio: Mecanismo de imunização. DHRN Mãe respondedora e não respondedora: Depende da dose de eritrócitos D(Rh+) do feto que passam para a mãe, como também na capacidade materna de responder aos antígenos D(Rh +). Cerca de 1/3 das mães Rh- não respondem aos antígenos D +. Incompatibilidade com antígenos do pai. Incompatibilidade materno-fetal Incompatibilidade materno-fetal Imunização prévia: Na 1ª gravidez, raramente o RN será afetado. Na 2ª gravidez em diante, a mãe já estará imunizada e a resposta imune será muito maior. Incompatibilidade materno-fetal Tratamento Imunização anti-D ou RhoGan é administrado até 72 horas após o 1º parto ou a partir da 28 semana de gestação (pode positivar o COOMBS) A imunoglobulina anti-D destruirá os eritrócitos D + do feto que passaram para a mãe. Incompatibilidade materno-fetal Conseqüências Casos brandos: O feto sobrevive à termo pelo parto natural. Casos moderados: indução precoce do trabalho de parto (32 semanas). Casos graves: insuficiência cardíaca associada com anemia, asfixia,edema, volume devido baixa concentração de proteínas. Geralmente ocorre a morte intra uterina. Nestes casos, as transfusões de sangue intra-uterina podem ser de grande utilidade. Incompatibilidade materno-fetal Diagnóstico Classificação ABO e Rh da mãe e do pai no início da gravidez. Pesquisa de anticorpos anti-D nas mães Rh neg ( prova de Coombs indireto). Caso o Coombs indireto de resultado negativo, ele deve ser repetido um mês antes da provável data do parto. Nos casos de teste de Coombs positivos, deve-se realizar uma identificação apropriada do anticorpo, para isto emprega-se um painel de eritrócitos reagentes. Incompatibilidade materno-fetal Doença Hemolítica do RN por incompat. ABO: Filhos grupos “A” ou “B” de mães grupo “O”. Recém-nascidos com icterícia branda. Incidência: 1 em cada 150 nascimentos. Raramente é grave a ponto de exigir tratamento. Incompatibilidade por Rh = Reticulocitose Incompatibilidade por ABO = Esferocitose Incompatibilidade materno-fetal Tratamento Exsangüíneo-transfusão: indicações Bilirrubinas: > 5 mg/dl no cordão. 11 mg/dl em 12 horas pós-nascimento. 16 mg/dl em 24 horas pós-nascimento. Hemoglobina: < 14 g/dl. Fototerapia: Pode reduzir a bilirrubina no soro pela aceleração do catabolismo da Bilirrubina pela pele. É útil nos casos brandos. Fenobarbital: Acelera a formação de glicuronidase, pelo fígado. Incompatibilidade materno-fetal Incompatibilidade materno-fetalIncompatibilidade materno-fetal Anticorpos irregulares Anticorpos irregulares Formação Origem: Múltiplas transfusões, gestação ou parto. Importância Capacidade de destruir eritrócitos in vivo, Pela capacidade de atravessar a placenta Tipos: Anticorpos reagem a 37 oC e ABO, Rh, Kell, Kidd, Duffy e SsU. Anticorpos reagem abaixo de 25 oC, não causam destruição celular in vivo e os mais freqüentes são contra os antígenos MN, P, Lewis, Lutheran e Wright. Anticorpos irregulares Anticorpos irregulares Detecção Painel de hemácias Prova cruzada Utilização: Discrepâncias ABO; Provas cruzadas incompatíveis; Estudo de incompatibilidade feto-materna; Investigação de reações transfusionadas hemolíticas. Anticorpos irregulares Noções sobre banco de sangue BANCO DE SANGUE BANCO DE SANGUE Indicação de transfusão - Perda de 25% da volemia - Anemias (Ht 24%) - Queimados - Disturbios de coagulação BANCO DE SANGUE Doadores: Sem histórico anterior de HIV; sífilis, doença de Chagas, brucelose, hepatite, 18 a 65 anos Coração com 60 a 110 bpm Temperatura nunca acima de 37ºC Pressão arterial: Diastólica entre 60 e 100 mmHg Sistólica Entre 90 e 180 mmHg BANCO DE SANGUE Condições hematológicas Hemoglobina Hematócrito Ultima doação Homem12,0 g/dl 39% 60 dias Mulher 11,0 g/dl Volume de sangria (8ml/Kg) 36% 90 dias PESO DO DOADOR (Kg) SANGRIA MÁXIMA ( ml ) 50 a 54 350 55 a 59 400 60 a 64 450 acima de 65 500 Processamento Classificação de grupos sangüíneos ABO e Rh. Provas sorológicas para HIV; sífilis, doença de Chagas, brucelose e pesquisa do antígeno Austrália, hepatite e HTLV. VDRL + e TGO autotransfusão. Resultados positivos nas provas sorológicas deverão avisar aos doadores. BANCO DE SANGUE BANCO DE SANGUE BANCO DE SANGUE HEMOCOMPONENTE TEMPERATURA VALIDADE (°C) (DIAS) Sangue Total 1 a 6 35 - 21 Conc. de Hemáceas 1 a 6 42 - 35 Conc. de Plaquetas 20 a 24 3 a 5 Plasma Simples < 18 negativos 1820
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