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sistema ABO e compatibilidade do sangue

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Julia Paris Malaco – UCT17 
SP1 – coombs e compatilibilidade do sangue 
 
Sistema ABO 
 
E ́ o mais importante sistema de grupos sangui ́neos 
em decorre ̂ncia dos antígenos ABO estarem 
presentes na maioria dos tecidos do organismo, 
devendo ser considerado um sistema de 
histocompatibilidade, em vez de simplesmente um 
sistema de grupos sangui ́neos. 
 
 Antígenos do Sistema ABO são glicoproteínas 
 Presença controlada por uma série de 3 alelos 
(IA;IB;i) 
 Localizados no par do cromossomo 9 
 Exemplo de Polialelia 
 Letra I vem de isoaglutinação = aglutinação 
do sangue entre indivíduos da mesma 
espécie. 
 
Seus genes A1, A2, B, O esta ̃o localizados no brac ̧o 
longo do cromossomo 9 (posic ̧a ̃o 9q34.1-q34.2) e 
sa ̃o responsa ́veis pela biossi ́ntese dos anti ́genos 
ABO e H dos eritro ́citos por meio de codificac ̧a ̃o e 
produc ̧a ̃o de enzimas denominadas 
glicosiltransferases, responsa ́veis por catalisar as 
reac ̧ões entre o substrato e o ac ̧úcar receptor 
(transglicolizac ̧a ̃o). 
 
O sistema ABO é considerado um sistema de 
histocompatibilidade, por estar presente maioria 
das células epiteliais, células endoteliais, linfócitos 
e plaquetas e se apresentar na forma solúvel em 
secreções como saliva e todos os fluidos corporais 
(exceto líquido cerebrospinal). 
 
As aglutinações que caracterizam as 
incompatibilidades sanguíneas do sistema 
acontecem quando uma pessoa possuidora de 
determinada aglutinina recebe sangue com o 
aglutinogênio correspondente. 
 
Indivíduos do grupo A não podem doar sangue 
para indivíduos do grupo B, porque as hemácias 
A, ao entrarem na corrente sanguínea do receptor 
B, são imediatamente aglutinadas pelo anti-A nele 
presente. A recíproca é verdadeira: indivíduos do 
grupo B não podem doar sangue para indivíduos 
do grupo A. Tampouco indivíduos A, B ou AB 
podem doar sangue para indivíduos O, uma vez 
que estes têm aglutininas anti-A e anti-B, que 
aglutinam as hemácias portadoras de 
aglutinogênios A e B ou de ambos. 
 
Assim, o aspecto realmente importante da 
transfusão é o tipo de aglutinogênio da hemácia 
 
do doador e o tipo de aglutinina do plasma do 
receptor. Indivíduos do tipo O podem doar 
sangue para qualquer pessoa, porque não 
possuem aglutinogênios A e B em suas hemácias. 
Indivíduos, AB, por outro lado, podem receber 
qualquer tipo de sangue, porque não possuem 
aglutininas no plasma. Por isso, indivíduos do grupo 
O sãochamadas de doadores universais, 
enquanto os do tipo AB são receptores universais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A produção de aglutinogênios A e B são 
determinadas, respectivamente, pelos genes IA e 
IB. 
Um terceiro gene, chamado i, condiciona a não 
produção de aglutinogênios. Trata-se, portanto de 
um caso de alelos múltiplos. 
Entre os genes IA e IB há codominância (IA = IB ), mas 
cada um deles domina o gene i (IA > i e IB > i). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Julia Paris Malaco – UCT17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os anticorpos ABO estão ausentes ao nascimento 
e são produzidos entre 3 e 6 meses de vida. 
 
 Indivíduo do grupo A produz anticorpos anti-B, 
 Indivíduo do grupo B produz anticorpos anti-A, 
 Indivíduo do grupo O produz anti-A e anti-B 
 Indivíduo do grupo AB não produz anticorpos 
ABO; 
 Anticorpos da classe IgM são predominantes 
em indivíduos dos grupos A e B 
 Em indivíduos do grupo O, predomina o isotipo 
IgG. 
 Indivíduos do grupo O também sintetizam um 
anticorpo anti-A,B, que reconhece um 
epítopo comum dos antígenos A e B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo sanguíneo A – antígeno A (aglutinogênio), 
anticorpo B (aglutinina) 
 
Tipo sanguíneo B – antígeno B (algutinogenio), 
anticorpo A (aglutinina) 
 
Testes pré transfusionais 
 
Estudo de antigens eritrocitários, importante para: 
incompatibilidades trasnfusionais, materno fetal e 
transplantes. 
 
Reações hemolíticas transfusionais (RHT): definida 
como diminuição da sobrevida da hemácia após 
transfusão de sangue devido a incompatibilidade 
imunológica entre doador e receptor. 
 Ocorrem quando o paciente foi previamente 
sensibilizado por algum antígeno, não 
possuindo anticorpos detectáveis no seu 
plasma no momento da realização das provas 
pré transfusionais. 
 Maior incidência em pacientes 
politransfundidos 
 
As reações hemolíticas transfusionais podem ser 
 Imediatas: ocorrem durante ou algumas horas 
depois a transfusão 
 Tardia: ocorrem dias ou semanas após a 
transfusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podem ser classificadas em 
 Intravascular: mediadas por anticorpos que 
ativam o sistema complemento com 
formação do MAC (complexo de ataque a 
membrana); Presença de hemoglobinemia e 
hemoglobinúria 
 Extravascular: mediados por aanticorpos que 
não ativam completamente o sistema 
complemento; fixação C3b na membrana; 
reconhecimento da porção Fc dos anticorpos 
e do fragmento C3b do sistema complemento 
pelos macrófagos do SMF; aumento da 
bilirrubina 
 
Reação hemolítica imediata por ABO: 
 Grave com alto índice de mortalidade; 
 anticorpos presentes no plasma do receptor 
hemolisam as hemácias do doador; 
 possibilidade de desenvolvimento de CIVD 
pela liberação de estroma celular com 
ativação do fator 12 
 sintomas de dor no tórax no local de infusão, 
abdome e flancos, hipotensão grave, febre, 
hemoglobinúria 
 o quadro pode evoluir para insuficiência renal 
aguda por vasoconstrição, por liberação de 
catecolaminas, hipotensão sistêmica e 
formação de trombos vasculares 
 
 
 
 
Julia Paris Malaco – UCT17 
Reação hemolítica tardia por ABO: 
 Ocorre devido a produção de anticorpos 
antieritrocitarios (exceto ABO) após transfusão 
ou gestações previas 
 Sintomas de febre, icterícia, diminuição da 
hemoglobina ou aproveitamento transfusional 
inadequado 
 
Provas de compatibilidade transfusionais 
 Tipagem ABO – doador e receptor 
o direta 
o reversa 
 Tipagem Rh: pesquisa de D fraco 
 Pesquisa de anticorpos irregulares 
o Teste de coombs direto – TAD 
o Teste de coombs indireto – TAI (painel de 
hemácias 
 Prova cruzada maior e menor 
 
Teste de coombs 
 
A técnica de antiglobulina pode ser utilizada na 
detecção de hemácias sensibilizadas por 
aloanticorpos, autoanticorpos e/ou componentes 
do complemento. 
 
 Anticorpo anti-imunoglobulina humana 
monoespecifico – anti-gama 
 Dirigidos contra fração Fc das imunoglobulinas 
humanas 
 Preparado a partir do soro de coelhos e cabras 
imunizadas a fração IgG (gamaglobulina do 
soro humano 
 
 
 
 
 
Identificação de anticorpos irregulares 
Coombs direto (TAD): pesquisa de anticorpos fixos 
a membrana eritrocitária 
 Um resultado de TAD positivo não significa 
necessariamente hemólise, mas que o 
eritrócito está sensibilizado por anticorpos e/ou 
C3d. 
 Me ́todo de pesquisa de hema ́cias 
sensibilizadas in vivo por IgG e/ou frac ̧ões de 
complemento; 
 Importante no auxi ́lio ao diagno ́stico de 
anemia hemoli ́tica autoimune, DHRN, 
hemólise induzida por drogas e reações 
hemolíticas pós-transfusionais; 
 Monoespecifico (anti-IgG), poliespecifico 
(anti-IgG + anti-C3D) 
 Resultado negativo: ausência de aglutinação 
– hemácias não estão sensibilizadas 
 Resultado positivo: presença de aglutinação – 
hemácias sensibilizadas por anticorpos (para 
identificar o anticorpo, realizar eluiçao) 
 
Coombs indireto (TAI): detecta presença de 
anticorpos livres no soro 
 pesquisa anticorpos irregulares e/ou proteínas 
do sistema complemento no soro ou plasma. 
São pesquisados ananticorpos IgG que não 
aglutinam eritrócitos em suspensão salina 
(incompletos). 
 O TAI deve detectar a maioria dos anticorpos 
irregulares clinicamente significantes, que são 
anticorpos associados com reação hemolítica 
pós-transfusionalou DHFN. 
 O TAI deve ser realizado com hemácias 
reagentes do grupo O RhD positivo, 
fenotipados para os principais antígenos de 
importância clínica. 
 Usado para pesquisa de anti-D, pre natal (mae 
Rh negativo), transfusão (doador Rh negativo 
e receptor Rh positivo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prova cruzada 
 
A prova cruzada (Cross Match) é o exame 
realizado para detectar a presença de anticorpos 
pré-formados específicos contra antígenos do 
doador. 
A prova cruzada positiva representa uma possível 
contra indicação à realização do transplante, pois 
indica que o receptor tem condições para atacar 
as células do doador e, consequentemente, o 
órgão ou tecido a ser transplantado. 
 Usada para transfusões sanguíneas ou 
transplante de órgãos 
 Prova cruzada maior: finalidade de testar os 
glóbulos vermelhos do doador contra o soro 
do receptor 
Julia Paris Malaco – UCT17 
 Prova cruzada menor: finalidade de testar os 
glóbulos vermelhos do receptor contra o soro 
do doador (em desuso)

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