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Resumo micologia ufrj

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Micologia 
 
• Características celulares relevantes (PROVA) 
Eucariotos /sem clorofila (pigmento das plantas) /heterotróficos (diferente das plantas, que 
são autotróficas)/ parede celular com quitina e glucanas (diferente das plantas – celulose) 
/ergosterol de membrana (*alvo de antifúngicos - azóis*) / glicogênio como material de 
reserva /nutrição por absorção /mitocôndria com cristas lamelares/ reprodução sexuada 
(teleomorfica) ou assexuada (anamorfica)/ complexo de golgi com cisterna 
única/unicelulares ou multicelulares/células altamente resistentes 
• Morfologia 
-Leveduras -> unicelulares, reprodução assexuada por brotamento, *difícil diagnóstico* 
-Filamentosos -> pluricelulares (mofo) - hifas*, corpos de frutificação**, conídios*** 
 *diagnóstico mais fácil* 
*hifas – estruturas para colonizar um substrato; 
**corpos de frutificação - órgão sexual; 
***conídios ou esporos - células reprodutivas. 
-Dimorfismo--> possuem ambas as formas acima, trocam sua forma quando há 
mudança de temperatura no ambiente 
Podem estar em duas formas: 
1) saprofítica- 25o C a 28o C --> não causa danos - filamentosos 
2) parasitária- 37o C --> levedura 
• Importância 
-vantagens ->indústria - alimentar/farmacêutica 
 ->ambiente - interação planta-solo, decomposição 
 
-desvantagens ->doenças (micoses, alergias, micotoxicoses) 
 ->biodeterioração 
 -> bioterrorismo 
• De acordo com o modo que produzem doença: (PROVA) 
*como agentes infecciosos - micose 
*como sensibilizantes – alergias (ex: espirros) 
*como agentes de intoxicação - micetismo (comer fungos macroscópios ex: cogumelos = 
morte ou alucinógeno) 
-micotoxicose (associada a fungos microscópicos - toxinas, como hepatotoxinas - alto 
poder carcinogênico) 
 
Obs: Fungos são parasitas facultativos, não obrigatórios! 
Obs2: Micoses NÃO são diagnosticadas através de: neuroimagem e exame de sangue. 
 
Patógeno fúngico ----> virulência ----> fatores de virulência 
 Patógeno ----> hospedeiro ----> danos 
 
• Fatores de virulência 
-termotolerância (capacidade de crescer em 37o C) 
-condições extremas (resistem pressões) 
-dimorfismo 
-estruturas de superfície (esporulação/cápsula de açúcares)
 
 *patógeno verdadeiro ≠ patógeno oportunista 
 Ind. imunologicamente saudáveis Ind. imunologicamente comprometidos 
O patógeno verdadeiro é aquele que causa dano tanto em indivíduos saudáveis quanto 
em imunocomprometidos. Já patógeno oportunista é o fungo que causa dano 
exclusivamente em indivíduos imunocomprometidos (ex: Fusarium sp). 
• Tratamento 
-poucas drogas disponíveis 
-tendem a ser tóxicas para o hospedeiro também 
-nenhuma vacina eficiente contra fungos 
Obs: A Anfotericina B é altamente eficiente, pois ataca a parede celular fúngica. Porém não 
deve ser administrada a um paciente com HIV por possuir a mesma. via do antirretroviral 
impedindo, dessa forma, a ação do medicamento contra a AIDS, o que levaria esse paciente a 
óbito. 
• Diagnóstico Padrão Ouro 
-Exame microscópico 
1. Direto (raspado, secreções, escarro);*** 
2. Direto com coloração (Giemsa, nanquim, gram);*** 
3. Histopatologia (biópsia) - coloração: HE, PAS, GMS*** 
-Sorologia 
1. Testes intradérmicos; 
2. Pesquisa de anticorpos e antígenos circulantes 
-Isolamento fúngico -> cultura*** 
-Atividades bioquímicas - importante para leveduras 
-Biologia molecular 
*Micoses a serem estudadas: superficiais, cutâneas, oportunistas e subcutâneas. 
 
1. Micoses superficiais 
Se nutrem da queratina de células mortas de pele, cabelo. Superficiais da camada córnea 
da pele e haste de pelo. Causam problemas estéticos. As micoses superficiais representam o 
limite entre saprofitismo e parasitismo. São comuns em regiões tropicais e subtropicais. 
As principais micoses superficiais são: 
*Pedras (“piedras”): -Pedra branca – Trichosporon sp 
 -Pedra negra – Piedraia hortae 
*Ptiríase versicolor: -Malassezia sp 
 
1.1. Pedras (“piedras”) 
• Incrustações nodulares 
-Pedra branca (endêmica em todo o Brasil): Trichosporon beigellii 
-Pedra negra (endêmica na Floresta Amazônica): Piedraia hortae 
• Isolado de fontes ambientais: solo, água e vegetais 
• NÃO associado a higiene 
• Liberação de artroconídios 
• Confunde-se, comumente, com Pediculus humanus – diagnóstico diferencial -
visualizar no microscópio 
 
• Tratamento e controle 
-cortar o cabelo; 
-tratamento oral ou tópico - pedra branca e oral para pedra negra; (caro $$) 
-não compartilhar bonés, pentes ou escovas. 
 
1.2. Ptiríase versicolor (Pano branco) 
• Agente causador: Malassezia furfur 
• Fungo lipofílico (precisa de gordura/oleosidade para crescer – suor) e associado à 
microbiota cutânea humana (há um controle na quantidade desse fungo, porém 
numa situação de quebra da homeostase – ex: calor intenso, alta sudorese - há 
aumento significativo, revelando a doença). 
• Considerada uma “micose de praia” - O bronzeado, causado pela exposição ao sol, 
evidencia a coloração devido ao ácido liberado pelo fungo. A ideia de que se contrai 
por contato com a areia contaminada, ou pela água é um mito. (PROVA) 
• Indivíduos saudáveis: habita a pele em forma saprofítica; 
• Fatores predisponentes [saprofítico -> parasitário] (aumento da sudorese e 
oleosidade)> exposição solar, síndrome de Cushing, corticoterapia, gravidez, sudorese 
relacionada à menopausa, por exemplo, predisposição genética. 
• O fungo causar 2 tipos de lesões: 
-Hiperpigmentação: aumento de melanossomas da pele; 
-Hipocromia: lipídeos da pele levam à produção, pela levedura, de ácidos que 
degradam a melanina. 
• Diagnóstico: 
-dermatológico; 
-raspagem com a unha: descamação 
-sinal de Zileri: escamação 
• Tratamento e controle: 
-agentes ceratolíticos / antifúngicos: cetoconazol, itraconazol 
-evitar exposição ao sol; 
-evitar a sudorese. 
 
2. Micoses cutâneas 
 Se nutrem da queratina de células vivas. Espessura completa da camada córnea da pele, 
parte intrafolicular do pelo, lâmina ungueal. 
• Os principais gêneros são: 
-Microsporum sp - tropismo por pele e pelo; 
-Trichophyton sp – tropismo por pele, pelo e unha; 
-Epidermophyton sp – tropismo por pele e unha 
• Dermatofitoses ou Tinhas 
• Fungos dermatófitos: parasitam a pele e os fâneros (unhas e pelos), nutrem-se de 
queratina, são cosmopolitas (pode-se haver contágio em qualquer lugar). São os mais 
comuns agentes infecciosos do corpo humano. 
• Fatores predisponentes: 
-trauma, maceração dos tecidos, idade 
-insuficiência venosa, umidade, diabetes 
-genética 
-desnutrição, sazonalidade e predisposição 
• Habitat natural: geofílicos - solo (POUCOS), antroofílico - humanos (MUITOS) , 
zoofílico - animais (MUITOS). 
• Tratamento das dermatofitoses: via tópica ou oral – ex.fluconazol. Obs: em geral, 
longo tempo de tratamento, remédios caros. 
2.1. Tinha dos pés (=frieira, pé de atleta) 
• Agente causador: Trichophyton sp (rubrum e mentagrophytes) e raramente 
Epidermophyton sp (floccosum) 
• Nos espaços interdigitais dos pés, fissuras, prurido, pele macerada, predisposição à 
infecção piogênica. 
2.2. Tinha da região inguinocrural (=tinha cruris ou eczema de hebra) 
• Agente causador: Trichophyton sp (rubrum e mentagrophytes) e raramente 
Epidermophyton sp (floccosum) 
• Lesões descamativas, eritema, prurido, sensação de queimação. 
• Mais frequente em homens, no verão. Uso de sungas apertadas de material sintético. 
2.3. Tinha da pele glabra (=tinha corporis ou herpes cincinada) 
• Agentecausador: Trichophyton sp (rubrum, mentagrophytes) ou Microsporum sp 
(canis ou gypseum) ou Epidermophyton sp (floccosum) 
• Lesões anulares com cura central e bordas eritematocrostosas. 
• Geralmente é zoofílica. 
2.4. Tinha das unhas (=onicomicose) 
• Agente causador: Trichophyton sp (rubrum) 
• Ocorre proliferação, escurecendo, espessando e descolando as unhas e também 
putrefação da queratina e liberação de toxinas que exalam odor forte característico. 
• Pode haver: descolamento da borda livre, leuconíquea (manchas brancas), destruiçao 
e deformidades, espessamento (“unhas em telha”). 
2.5. Tinha do couro cabeludo (=tinha capitis ou tonsurante) 
• Agente causador: Microsporum sp (canis) e Trichophyton sp (tonsurans) 
• Lesão de pelo e pele. 
• Pêlo cortado pelo fungo - áreas de tonsura. 
• Pele - lesões secas e escamosas não eritematosas 
• Lesões inflamatórias com exsudato purulento 
• Mais frequentes em crianças do sexo masculino, em creches e orfanatos. 
 
3. Micoses oportunistas 
*Em pacientes com imunossupressão - não importa o quão virulento o fungo seja neste caso, 
e sim a capacidade imunológica do paciente. 
*Baixo poder patogênico 
*Predominantemente saprófitos 
*Espécies principais: 
-Candida albicans 
-Cryptococcus neoformans 
-Aspergillus ssp. 
 
3.1. Criptococose 
• Agente causador: Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii 
• Micose sistêmica - fungo se dissemina por vários órgãos 
• Levedura 
• Cosmopolita (qualquer lugar do mundo com ambiente favorável) 
• Imunodepressão celular 
• Ligada a fezes de aves urbanas (pombos normalmente) 
-a ave não desenvolve a doença por causa de sua alta temperatura 
-nas fezes das aves o fungo pode viver por anos 
**criptococose primária não precisa de imunossupressão 
• Mais letal em HIV positivos 
• Hospedeiro humano entra em contato com ambiente favorável 
-inalar esporos/leveduras 
-vai pro pulmão (alvéolos pulmonares) 
-macrófagos englobam os fungos --> em sistema imunológico normal e os digerem --- 
formação de granuloma pulmonar 
Em imunocomprometidos: 
-pulmão: macrófagos quase inexistentes 
-segue pela corrente sanguínea para outros órgãos 
-tropismo pelo Sistema Nervoso Central 
-meningite criptocócica -- quadro crônico! > punção lombar (diagnóstico) 
• Sintomatologia 
-febre, tosse, inflamação pulmonar 
• Fatores de virulência 
-Cápsula polissacarídea (faz com que seu tamanho aumente até 20x) 
 *faz com que não possa ser fagocitado pelo macrófago pelo tamanho 
 **ausência de resposta a anticorpos 
*** no ambiente: dessecação e proteção contra predadores 
****facilita na travessia da barreira alveolar --> corrente sanguínea 
Obs: exame de sangue não é bom para o diagnóstico, pois temos 6 litros, e não existe fungo 
em toda essa quantidade. 
 **** vai para o cérebro (barreira hematocefálica) ”cavalo de troia”-->fungo 
se deixa ser fagocitado para passar, se divide dentro do macrófago e sai do outro 
lado--> não mata o macrófago --- faz “VOMOCITOSE” = regurgitação 
No cérebro: granuloma cerebral 
-Melanina (antioxidante) 
 *reduz fagocitose - fungo não vai para o fagolisossomo 
 **reduz efeitos de antifúngicos 
***no ambiente: proteção contra predadores, temperatura, radiação UV e metais 
pesados. 
-Produção de enzimas extracelulares 
 *fosfolipases-invasão tecidual 
 **urease-barreira hematocefálica --- produção de amônia -> tampona ph -> 
permite sua difusão por vários órgãos. 
 ***proteases-lesão tecidual 
• Diagnóstico da Criptococose: 
-Amostra: nesse caso pode ser: escarro, aspirado brônquio-alveolar, líquor (LCR) - 
obs: se o líquor der negativo não há encefalite. 
-A amostra segue para: visualização direta (vê-se a levedura - ATENÇÃO! 
Cryptococcus é o ÚNICO fungo que produz cápsula - corando com nanquim dá pra ver 
na lâmina) e padrão ouro: cultivo --- cultura (+/- 7 dias) 
 
3.2. Candidíase 
• Fungo causador: Candida albicans 
• Já fazem parte das mucosas oral e genital 
• Fatores de risco (alterações no pH/sudorese/morte de bactérias) 
-intrínsecos- prematuridade, gravidez, velhice, obesidade, AIDS... 
-extrínsecos- uso de antibacterianos, corticóides, uso de antineoplásicos 
• Saprófito-quando coloniza a pele e as mucosas ->levedura 
• Parasita-quando invade os tecidos, assumem a forma de pseudo-hifas e hifas 
• Manifestações clínicas 
-cutâneas (cuidado: apesar de ser cutânea, Candida não é dermatófito, pois não se 
nutre de queratina). ->lesões intertriginosas, úmidas, eritematosas e com prurido 
 ->pode apresentar fissuras e pústulas 
-unhas->paroníquia, “unheiro” ou “mão de lavandeira” 
-candidíase mucosa-oral->”sapinho” 
 ->placas esbranquiçadas na boca, língua ou garganta 
 ->ardência na boca 
 ->dor ou dificuldade para engolir 
**bebê com candidíase na boca->lactante->golfa->acidificação da boca 
-candidíase uro-genital->coceira e irritação na vagina/pênis 
 ->secreção branca, espessa, livre de cheiro 
 ->sensação de queimação ao urinar 
 ->sistêmica (candidemia, endocardite, meningite, lesões focais 
no fígado, baço, rins...) 
 *teoricamente não é uma IST, porém não se sabe como está a imunidade 
do parceiro, se existem feridas na região genital - entrada na corrente sanguínea, 
por isso, ambos tem que se medicar 
Obs: ATENÇÃO A: cateteres, marcapassos, sondas. 
• Polimorfismo da candidíase (é NUTRICIONAL, diferente de dimorfismo, 
que está relacionado a temperadura): 
-SAPRÓFITO - quando coloniza a pele e as mucosas – levedura; 
-PARASITA – quando invadem os tecidos assumem a forma filamentosa – 
pseudo-hifas e hifas. 
 
3.3. Aspergiloses 
• Fungo causador: Aspergillus sp. 
• Cosmopolita 
• Saprófitos 
• Dentro de domicílios, ventilação e vegetais 
-Agente sensibilizante: alergênio: Aspergilose alérgica 
-Agente colonizador: Aspergilose intracavitária ou invasiva 
• Aspergilose broncopulmonar alérgica 
-hipersensibilidade ao fungo 
-não invade o tecido 
-Infiltrados pulmonares transitórios, eosinofilia sanguínea, escarro com muco 
castanho escuro e sinais radiológicos específicos 
• Aspergilose de cavidades 
-bastante comum 
-cavidades aeradas 
-”bolas fúngicas” ou aspergilomas 
-tratamento=intervenção cirúrgica 
• Aspergilose invasiva 
-infecção nosocomial (hospitalar) mais importante 
-interior de vasos sanguíneos: hemorragias e infartos: necrose e cavitação 
• Diagnóstico: amostra + visualização + cultivo 
 
4. Micoses subcutâneas 
• Afetam a hipoderme (veias, artérias, vasos linfáticos e tecido). Dependem de um 
TRAUMA. 
• Definição e características gerais: 
-fungos envolvidos são saprófitos (dependem de matéria orgânica em decomposição 
para viver) habituais do solo e vegetais em decomposição 
-inoculação do fungo por traumatismo 
-tumefação (aumento de volume em algum tecido do corpo) ou lesão supurada da 
pele ou do tecido subcutâneo 
-Lesão localizada ou dispersa pelos tecidos adjacentes, por via linfática ou 
hematogênica 
-não existe comprometimento imunológico subjacente - porém em 
imunodeprimidos a gravidade é maior. 
 
4.1. Esporotricose 
• Fungo causador: Sporothrix spp. 
• Acomete o homem e uma variedade de animais 
• Cosmopolita 
• Encontrado em folhas, cascas de árvores, madeiras, roseiras, espinhos de plantas, algas, 
insetos, poeira, animais marinhos e até na atmosfera 
• Fungo termodimórfico: 
-micelial (saprófita) -- formade “tirso” - florzinha - pêndulo onde as hifas possuem 
conídios em forma de flor. 
-leveduriforme (tecidos infectados) 
• Fatores de virulência: 
-dimorfismo 
-termotolerância 
-melanina 
• Existem diferentes espécies, mas iremos generalizar e estudar o Sporothrix schenkii 
• Afeta mais regiões tropicais e subtropicais 
• Micose subcutânea mais comum na América Latina 
• No Rio de Janeiro a notificação é obrigatória 
-esporotricose urbana 
-é mais uma zoonose (saproonose pouco frequente), facilitando a transmissão pela 
grande quantidade de animais (principalmente gatos) de rua ->levedura 
No Centro e no Nordeste do Brasil é mais comum como saproonose (ambiente). 
• Quando a transmissão se dá por gatos, ex, a transferência do fungo já ocorre na forma 
de levedura (patogênica), então não precisa ocorrer a transformação (de saprofítico 
para parasitário) ---> + virulento! Diferente de se infectar no ambiente. 
• Desenvolvimento da esporotricose 
-tamanho do inóculo 
-status imunológico do hospedeiro 
-virulência do fungo 
-profundidade da inoculação traumática 
-termotolerância do fungo 
-espécie de Sporothrix] 
• Potencial zoonótico 
-transmissão: arranhadura, mordedura, secreções cutâneas e respiratórias 
 
 
• Complicações clínicas 
-homem: sequelas 
-gatos: abandono/ óbito: deve-se cremar, a fim de não contaminar o solo. 
• Diagnóstico 
-paciente---->anamnese 
 ->dados clínicos 
 ->dados epidemiológicos 
 
-amostra clínica ---->exame micológico-> exame direto 
 -> cultivo 
 -> histopatologia 
 
 ---->provas imunes-> humoral 
 -> celular 
• Recomendações da Fiocruz 
-permitir o sangramento e, posteriormente lavar a área lesionada com água e sabão 
-transporte adequado dos gatos em caixas de plástico 
-contenção adequada 
-dejetos do animal em saco brancos com identificação de risco biológico 
-desinfecção da caixa de transporte com água sanitária 1 pra 3 por 10 min. Secar no sol 
 
4.2. Paracoccidioidomicose (PCM, Pbmicose ou Paracoco) 
• Fungo causador: Paracoccidioides brasiliensis 
• Micose sistêmica crônica 
• Foco primário pulmonar 
• Dissemina: mucosa oral, nasal e vísceras: forma de diagnóstico 
• Habitat 
-vegetais 
-geralmente a porta de entrada é a via aerógena 
• Dimorfismo 
-transição filamentosa-levedura: 18 h 
***PROVA PRÁTICA: A levedura dá pra identificar: comportamento multipolar - 
“roda de leme” 
-inibido por hormônios femininos --> estrogênio se liga ao conídio impedindo a 
transformação para levedura – logo: é uma doença fundamentalmente masculina. 
Quando uma mulher desenvolve, geralmente é na menopausa. 
• Micose mais importante da América Latina 
• Endêmica no Brasil 
• Adultos entre 30 e 50 anos 
• Doença geralmente associada a agricultores, corte de mato, árvores sem proteção. 
• Sexo masculino (geralmente), fumantes e etilistas crônicos, condições de higiene, 
nutricionais e socioeconômicas precárias 
• Clínica --> forma regressiva 
-doença benigna 
-manifestações clínicas discretas pulmonares 
-regressão espontânea 
• Clínica-->forma progressiva 
-comprometimento de um ou mais órgãos 
-óbito 
-é dividida nas formas aguda e crônica, de acordo com a idade, duração e 
manifestações clínicas: 
 1) Aguda, subaguda, tipo infanto-juvenil, juvenil--> menor que 10% (50% 
desmatamento), linfonodos superficiais, fígado, baço, pele, ossos, articulações e sem 
predileção por sexo 
 2) Crônica, adulta-->90%, trabalhador rural masculino, snais e sintomas respiratórios, 
tosse produtiva com expectoração mucopurulenta, leões mucocutâneas, disfagia, 
rouquidão, emagrecimento importante, síndrome de Addison(insuficiência adrenocortical 
crônica), fibrose cicatricial, acometimento das supra-renais, do SNC 
• Endêmica no Brasil-negligenciada 
• Micose sistêmica com maior taxa de mortalidade 
• Sequelas físicas e emocionais graves 
• Tratamento e acompanhamento prolongados 
• Diagnóstico: clínico, amostra (escarro, aspirado, punção de líquido no linfonodo, 
raspagem), exame direto e cultura, histopatológico. 
 
4.3. Histoplasmose 
• Fungo causador: Histoplasma capsulatum 
• Micose sistêmica 
• Comprometimento principalmente pulmonar 
• Afinidade pelo sistema retículo endotelial - compromete fígado e baço 
• Disseminação via hematogênica 
• Endêmico nas Américas 
• PROVA PRÁTICA - Forma saprofítica: macroconídeos com projeções ou rugosidades 
• Reservatórios 
-galinheiros, cavernas, sótãos e outras construções velhas e abandonadas 
• Pode ser isolado do solo 
• Manifestações clínicas 
-hospedeiro normal->primoinfecção assintomática, infecção pulmonar aguda, 
histoplasmose pulmonar crônica cavitária (idêntica a tuberculose) 
-hospedeiro imunocomprometido 
▪ Histoplasmose disseminada aguda->imunidade celular (especialmente leucose), 
febre elevada, perda ponderal, astenia, diarreia, vômitos, hepatoesplenomegalia, 
lesões cutâneas, óbito de 2 a 6 meses 
▪ Histoplasmose disseminada subaguda 
▪ Histoplasmose disseminada crônica->deficiências imunes leves, lesões 
mucosas 
• Diagnóstico: amostra (escarro, lavado bronco-alveolar, sangue, medula óssea, tecido) 
+ cultivo 
 
 
 
BOA PROVA!

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