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1. 1. Texto: O Caso dos Exploradores de CavernasAutor: Lon Luvois 
Fuller – 1902 -1978 – Professor de Filosofia do DireitoHarvard 
defende uma aproximação da norma com as questões éticas 
envolvidas na Lei.Contexto da ObraO livro trata-se de um ensaio 
com motivações didáticas, que cumpre fundamentalmenteo papel de 
expor várias concepções distintas sobre o direito.Discussão da 
ObraCasoFato:Cinco membros de uma Sociedade Amadora de 
Exploradores de Cavernas foramacometidos por um desabamento, 
durante uma expedição na caverna, que os deixouaprisionados.Após 
a sociedade ter tomado ciência do ocorrido, os resgates foram 
iniciados.Porém estas atividades não foram inicialmente bem 
sucedidas. Dez operários morreramem um deslizamento durante as 
tentativas de resgate. No período em que estavamaprisionados (20° 
dia após a avalanche) descobriram que os exploradores possuíam 
umrádio transmissor, e, a partir disto, a sociedade conseguiu realizar 
uma brevecomunicação com os aprisionados e passar-lhes algumas 
informações.Dentre elas, a mais importante, foi a informação de que 
diante dos perigos que o resgaterepresentava, seria necessário, ao 
menos, mais dez dias de prazo para a desobstrução dacaverna.O 
longo período de reclusão na caverna, juntamente com a ausência 
total demantimentos, colocava em risco de morte iminente os 
exploradores. Após o final doresgate, descobriu-se que um dos 
membros foi morto para servir de alimento aosdemais. Os quatro 
sobreviventes foram condenados, em primeira instância, de 
acordocom a Lei de Stowfield à forca. O livro se passa no momento 
do julgamento em 2°instância.Elementos do caso:Configuração, ou 
não, de um estado de necessidade. (risco de morte e ação em 
legítimadefesa).A possível celebração de um acordo (ou contrato). 
Qual a legitimidade para contratarnessa situação?Uma ação 
voluntária ou involuntária. Os exploradores tinham consciência do 
ato,tinham alternativas ao ato, agiram com o amparo da lei. 
Discussão relacionado aoconceito de intencionalidade.Lei penal de 
Commonwealth : “Quem quer que intencionalmente prive a outrem 
da vidaserá punido com a morte”. 
2. 2. Detalhe importante: a lei de Commonwealth não permite nenhuma 
exceção aplicável aeste dispositivo. Truepenny.Em primeira 
instância o julgamento foi realizado com uma composição entre o 
Júri e oJuiz. O júri pediu ao juiz para elaborar um veredicto especial, 
o qual, com base nele,deveria o juiz dar a palavra final. O júri 
apresentava a contradição de possuir um juristade profissão e foi 
dissolvido desta forma. O porta-voz do júri (o advogado de 
profissão)relatou um veredicto profundamente desfavorável aos 
sobreviventes, mas os demaismembros do júri dissolvido, ofereceram 
uma petição ao tribunal pedido a comutação dapena de morte para 
uma pena de prisão de 6 meses.Princípio da Prevenção. Idéia que 
informa que o papel do direito penal é dissuadir oshomens das 
práticas penais. Idéia utilitarista.Problema Jurídico:A obra oferece os 
cinco votos do tribunal de Newgarth que julga em 2° instância 
acondenação à forca dos exploradores que sobreviveram ao desastre. 
O foco do problemadiscutido é a de se saber se eles são, ou não, 
culpados (em sentido amplo) pela morte deum dos membros 
(Whetmore).Debate1 - C. J. Truepenny (Presidente do 
Tribunal)Voto: extinção da execução penal.Argumentos: Não há 
elementos na lei que possam excluir a culpabilidade 
dosexploradores. Porém, dada a circunstância excepcional em que se 
encontraram esseshomens e o clamor público em torno do caso, o 
melhor é a clemência executiva, ou seja,o perdão da pena por parte 
do Poder Executivo.2 – J. FosterVoto: absolvição e não configuração 
de crime.Argumentos:A situação da caverna, o risco de morte em 
que se encontravam os exploradores, seconfigurou como um 
momento de exceção da vigência da Lei. Cessada a razão da 
lei,cessada a letra da lei.A lei é incapaz de prever toda a 
complexidade das relações humanas. Quando ela foraplicada de 
forma abstrata e rígida, ela pode gerar injustiças e decisões absurdas, 
asquais conflitam frontalmente com os propósitos mais elementares 
do direito.Desenvolve um argumento baseado na analogia. Por não 
existir em Newgarth exceçõesao dispositivo penal, ele invoca a 
tradição e o princípio da legítima defesa. 
3. 3. 3 – J. TattingVoto: omite-se da decisão por questões 
morais.Argumentos:Não é possível estabelecer o momento da 
ruptura com a normalidade legal. A admissãoda hipótese de um 
Estado de Natureza colocaria em cheque todo o 
ordenamentojurídico.Desmonta o argumento da legítima defesa: se 
houve uma ruptura do estado de direito,um elemento do direito não 
pode ser invocado como elemento para a defesa dos réus.4 – J. 
KeenVoto: condenação com base na Lei.Argumento:Dirige um 
ataque frontal ao argumento do Juiz Foster argumentando que não 
existelacuna na lei no caso analisado, o que por sua vez, excluiria a 
possibilidade de aplicar aanalogia (inclusão do princípio da legitima 
defesa).Reforça a idéia de que a motivação de Foster foi de ordem 
moral e pessoal e defende aidéia de que o papel do Direito é julgar 
conforme à lei.O Juiz Keen apresenta que o termo intencionalidade 
tem uma interpretação específicana lei de Newgarth. Na situações 
em que ela se aplica, é necessário uma reaçãoespontânea e 
impossível de ser evitada. De forma diferente, os exploradores 
tinhamconsciência do ato que estavam praticando.5 – J. HandyVoto: 
julga que os réus são inocentes.Argumento: Desenvolve o argumento 
de que o Direito deve se aproximar dos usos ecostumes dos povos, 
que deve existir uma correspondência nas expectativas morais 
eéticas dos povos com as decisões e o papel exercido pelo 
judiciário.Fundamenta seu voto fazendo apelo a figura do Júri, 
mostrando que a própria lei penalprevê a possibilidade do 
julgamento pelos seus próprios pares. De acordo com 
seusdesenvolvimentos, se o júri não tivesse sido dissolvido de forma 
especial e não contassecom um profissional da área do Direito, 
certamente ele (o júri) teria absolvido osexploradores.Conclusão do 
CasoCom o empate de votos, a decisão (1º instância) foi mantida e 
os exploradores foramexecutados. 
4. 4. PropostaTrabalho em Grupo (até 7 pessoas).Data para a entrega: 
06/06/08Valor: 0 - 2,0 (de zero a dois pontos)Formato: não necessita 
de capa – nome completo dos participantes na primeira página –pode 
ser manuscrito ou digital-impresso. (trabalhos impressos muito 
semelhantes serãoanulados).Tamanho máximo: duas 
laudas.AtividadeApós acompanhar o debate e o desfecho da história, 
você considera que se tratou deuma decisão justa ou injusta? Chegou 
o momento de vocês ocuparem o papel de Juizneste processo.Com 
base na discussão desenvolvida no Livro, elabore um Voto a respeito 
do caso,condenando ou absolvendo os exploradores e desenvolva a 
fundamentação para adecisão.Para fundamentar o voto, vocês podem 
explorar, dentre outros temas :a) a vinculação (ou não) do jurista à 
Lei, e o seu papel enquanto intérprete eaplicador (criador) do 
Direito;b) as dificuldades e os modos (jurídicos ou não) de 
interpretar a Lei e o Direito;c) os meios de aplicação do Direito e 
suas interfaces com outras áreas (cultura,sociedade, política, ética, 
moral e costumes);d) os elementos e as argumentações apresentadas 
pelos personagens, que podemser associados, ou não, aos debates 
sobre as Escolas Jurídico-Científicas. 
 
 
Caso dos Exploradores de Caverna 
1. 1. O Caso dos Exploradores de Caverna Lon L. Fuller Grupo: Bruna 
Hatje Carolina Goulart Guilherme Ruschel Rosemeri Munhoz de 
Andrade 
2. 2. Resumo Cinco integrantes de uma organização amadorística de 
exploradoresde cavernas, ficam presos ao fazerem uma escavação 
em que ocorre um desmoronamento. No momento que tentaram ser 
resgatados, acontece outro desabamento e dez operários, contratados 
para resgatá-los, morrem soterrados Quando ficaram sem 
mantimentos fizeram um acordo entre si: quem perdesse na sorte, 
entre os cinco, teria sua vida tirada para servir de alimento para os 
demais, para que não morressem de inanição, acordo sugerido por 
Roger Whetmore. Ao serem resgatados, descobriu-se que Roger 
Whetmore fora morto e servira de alimento aos outros exploradores. 
Os sobreviventes são processados e condenados a morte pela forca, 
pelo assassinato de Roger. Os acusados recorrem da decisão. Foram 
julgados então por mais quatro juízes, que expuseram seus 
argumentos, deram dois votos a favor da absolvição (Foster e 
Handy), um os condenou (Keen) e outro se recusou a participar da 
decisão do caso(Tatting), contando com o voto do presidente do 
Tribunal de Primeira Instância(Truepenny), dá-se o empate e a 
sentença condenatória foi confirmada. 
3. 3. O ministro Foster, seguindo a corrente jusnaturalista, defendeu os 
reús, utilizando dois argumentos: 1 ° Argumento Premissa segundo a 
qual os homens deviam conviver em sociedade encontrava-se na 
base do princípio territorial. - Os acusados estavam fora de uma 
abrangência territorial por estarem presos na caverna, e 
encontravam-se não em um “estado de sociedade civil”, mas em um 
“estado natural” e que a lei que deve ser-lhes aplicada não era a civil, 
mas a lei natural. - Acordo celebrado entre os exploradores, 
semelhante em espécie ao contratos que vigoraram nas comunidades 
remotas. -“Caso os dramáticos acontecimentos constantes do 
processo houvessem ocorrido a um quilômetro e meio além de suas 
fronteiras territoriais, ninguém postularia a aplicação da lei local em 
relação aos réus”. “Até que ponto seria válido o sacrifício das dez 
vidas de trabalhadores, que morreram ao tentar resgatar os cinco 
indivíduos presos na caverna?” Assim ele encerra o primeiro 
fundamento de seu voto 
4. 4. O juiz Foster concede para fins de argumentação que esteja errado, 
supõe que a legislação consolidada tenha o poder de penetrar 500 pés 
de rocha e impor aos condenados. 2° Argumento A lei não pode ser 
levada ao pé da letra quando se diz que “qualquer um que, de própria 
vontade, retira a vida de outrem, deverá ser punido com a morte”. 
Ressalta: um dos mais antigos princípios gerais do Direito 
estabelecia que um homem podia violar a letra da lei sem infringir o 
seu espírito. Como exemplo a exceção da legítima defesa, que não 
estava na lei, mas podia ser aceita mediante a utilização da razão e 
do bom senso, instrumentos que também poderiam ser aplicados no 
caso dos réus que tiveram uma terrível experiência naquela caverna e 
que de certa forma agiram na legítima defesa de suas próprias. 
Conclui que os réus eram inocentes em relação ao crime de 
homicídio. 
5. 5. Opinião do grupo 
6. 6. VOTO PELA CONDENAÇÃO A vida é um bem indisponível. 
Matar alguém ainda que seja para sobrevivência própria é homicídio. 
Nenhuma vida é mais valiosa do que a outra. Os réus praticaram de 
forma livre e consciente, sem pudor o delito de homicídio 
qualificado, no 23° dia. Ficaram em silêncio por nove dias (o dia do 
resgate), tendo como desculpa o término da bateria do aparelho. 
Foram resgatados no 32° dia. - Estavam a três dias sem comer, 
porque não esperaram mais tempo conforme propôs a Wheltmore ? - 
Porque não se auto-flagelaram, mutilando a si próprio, e assim 
fazendo uso de partes do seu corpo para se alimentar? - Porque não 
esperar até que o primeiro viesse a falecer por inanição? MORAL 
ÉTICA VALORES VIRTUDES 
7. 7. Será que a fome no interior de uma caverna justifica assassinatos ? 
E fora dela não? Segundo relatório da ONU, a fome e a desnutrição, 
levam à morte todos os anos mais de 5 milhões de crianças, a 
maioria nos países em desenvolvimento. 
https://secure.unicef.org.br/assets/pdf/UNICEF_relatorio2011.pdf 
publicado em março,2012 Existem, pelo menos, 36 milhões de 
brasileiros que nunca sabem quando terão a próxima refeição 
(pesquisas – médico voluntário Flávio Valente) Na Somália, 750.000 
pessoas correm o risco de morrer nos próximos quatro meses na 
ausência de uma resposta adequada em termos de envio de ajuda“ 
06/09/2011  pelo menos 20% das residências confrontadas com 
uma grave penúria alimentar  30% da população com desnutrição 
aguda  taxa de mortalidade diária de dois sobre 10.000 pessoas 
Fonte: www.veja.abril.com.br/onu publicada em set/2011 
8. 8. Qual a fronteira entre a razão e a emoção ? Emoção Razão 
Intransigência Indiferença Argumentação 
9. 9. - Consequência da decisão sobre casos futuros. Precedentes, com o 
surgimento de casos semelhantes. - A lei é dura mas é a lei (a de 
Newgarth). Foi escrita pelos legisladores dentro daquele contexto 
social. - Um aplicador não pode julgar amparado por suas emoções e 
razões pessoais. - Mudanças futuras nas Leis de Newgarth. Cabe a 
reflexão da manifestação da população a favor da absolvição ou 
amenização da pena dos réus para pressionar os legisladores acerca 
da promoção de possíveis mudanças na lei. 
10. 10. “(...)Um Estado não pode subsistir quando as sentenças legais 
nele não tem força, e o que é mais grave, quando os indivíduos as 
desprezam e destroem(...)” Sócrates, em um de seus diálogos com 
CRÍTON, que lhe aconselhava a fugir, às vésperas de sua 
condenação à morte. Fonte: www.JurisWay.com.br publicado em 
21/9/2011 
11. 11. Se a sociedade absolveu, eu não condeno. 
12. 12. Se a sociedade absolveu, eu não, condeno. 
 
Já faz algum tempo que li o livro que aborda o tema. Acredito 
que os sobreviventem devem ser condenados. E a razão para tanto reside na 
indisponibilidade da vida ainda que seja pelo seu titular. 
Outro aspecto diz respeito à dessitência do indivíduo quanto ao 
que ficou pactuado, naquele momento em que a emoção sobreveio à razão. 
Os contratos podem ser rompidos. 
Mas fundamentalmente, a defesa deve firmar-se no sentido de 
apontar a morte do indivíduo como desnecessária para a sobrevivência dos 
demais, simplesmente por que havia outras alternativas de prover a 
alimentação de cada um. Como? Ora, ao invés de sacrificar a vida do 
próximo como justificativa alimentar, porque que cada um não se auto-
flagelou, mutilando a si próprio, e assim fazer uso de partes do seu corpo 
para se alimentar. Não fizeram porque a natureza racional do homem é 
sempre preterida pela natureza animal em situações de perigo, não acredito 
que é apenas instinto de sobrevivência, não numa situação como esta. 
Sabemos que é muito mais fácil buscar solução para os nossos 
problemas quando podemos sacrificar o bem de uma outra pesso 
 pa, como frequentemente observamos no nosso cotidiano. Daí a 
dificuldade que surge para a solução de problemas como distribuição de 
renda, da corrupção, da exploração desordenada do meio ambiente e outros 
tantos. O fato é que o indivíduo não possui na sua excência o verdadeiro 
altruísmo. Este figura apenas no imaginário de cada um, mas na prática, e 
sobretudo, nos momentos em que a solidariedade deve ser aflorada as 
pessoas não pessam duas vezes em se proteger daquilo que lhes ameaçam, 
ainda que para isso tenham que sacrificar um inocente, mesmo que seja 
possível, por um lapso de tempo, pensar e veredar por outra altenativa, 
disponibilzando um ganho minorado em virtude da divisão necessária. 
 
O caso dos exploradores de caverna 
1. 1. Introdução ao Estudo do Direito Brasiliano Brasil BorgesO Caso 
dos Exploradores de Caverna Diego Haneiko Lemes Jonas Vieira de 
Kepe Agassis SouzaRodrigues da Silva Luis Gustavo da Silva 
Welton de Oliveira Capitelli Fabiola Evangelista da Silva Várzea 
Grande/MT 
2. 2. 29/08/2012 O Caso dos Exploradores de Caverna Newgharth, 
4299. Cinco membros de uma sociedade espeleologica entram 
emuma caverna e acabam soterrados. As vitimas conseguem entrar 
em contato com asequipes de resgate que estão do lado de fora da 
caverna através de um radio. Depois devinte dias são informados de 
que o resgate irá demorar e podem morrer de fome. Umdos 
exploradores, Whetmore, convence os outros de quem um deve ser 
sacrificado paraservir de comida aos outros e propõe um sorteio para 
escolher o sacrificado. Whetmoreresolve não participar desse sorteio, 
e seus amigos se sentem traídos por ele, porém,consistem em 
sacrificar alguém e o sorteado acaba sendo Whetmore aquele que 
deu aideia. Depois que são resgatados os quatros vão a julgamento 
por homicídio. Começaentão o debate entre quatro Juizes sobre o 
Direito Natural e Direito Positivo. Direito Positivo é o conjunto de 
princípios de regras que regem a vida social dedeterminado povo em 
determinada época.Diretamente ligado ao conceito de 
vigência,oDireito Positivo,em vigor para um povo 
determinado,abrange toda a disciplina daconduta humana e inclui as 
leis votadas pelo poder competente,os regulamentos e asdemais 
disposições normativas,qualquer que seja sua espécie. Direito 
Natural é uma teoria que procura fundamentar a partir da razão 
praticauma critica a fim de distinguir o que não é razoável humana 
na pratica do Direito do queé razoável,e,por conseguinte,o que é 
realmente importante de se considerar na pratica doDireito em 
oposição ao que não é. A partir destes dois princípios a uma 
discussão importante a ser consideradaentre o Direito Positivo e o 
Direito Natural referente ao um caso desta natureza.Arealização de 
investigação seria dificilmente compatível com a função do 
Executivo.Foidado assim uma forma de clemência aos acusados. 
Foster,J. Defende a tese naturalista que alega a exclusão de ilicitude 
do Estado denecessidade.Ele ressalva que é inaplicável a este caso 
pois os mesmos se encontravamnum estado que os antigos escritores 
europeus chamavam de Lei da Natureza.Elefundamentou esse 
entendimento na proposição de que o Direito Positivo pressupõe 
apossibilidade da coexistência do homem em sociedade.Surgindo 
uma situação que tornaa coexistência impossível a partir daí a 
condição que se encontra os mesmos asdisposições legisladas cessou 
de existir. Quando a suposição de que os homens podemviver em 
comum deixa de ser verdadeira a conservação da vida apenas tornou-
sepossível pela privação da vida,a nossa ordem jurídica perde seu 
significado. 
3. 3. Foster compara também na suposição do lugar onde ocorreu o 
trágicoacontecimento,por exemplo: se tivessem ocorrido a uma 
milha dos nossos limitesterritoriais ninguém pretenderia que nossas 
leis fossem aplicadas sendo reconhecidaassim que a lei tem bases 
territoriais. Ele concluiu assim que no momento em que 
RogerWhetmor foi morto pelos réus, eles se encontravam não em um 
estado de sociedadecivil, mas em um estado natural, por não ser 
necessário para eles elaborar por assimdizer uma nova constituição 
peculiar a situação. Tatting, J. Defende a tese do Direito Positivo 
iniciando seu julgamento dizendo que oanterior a este é contraditório 
e cheio de falácias. Para ele não parece claro que emvirtude da 
espessura da rocha ou porque estavam famintos ou talvez tinham 
estabelecidouma nova constituição segundo o qual as regras usuais 
do Direito deviam sersuplantadas por um lanço de dados. Estes 
Homens passaram da jurisdição da nossa leipara lei do naturismo em 
que momento? Diante disso ele diz que é inaceitável o pontode vista 
do Juiz Foster pois seus argumentos são intelectualmente infundadas 
ecompletamente abstratos. Tattinginicia a justificativa de abstinência 
de seu voto comentado a dificuldadede se julgar o caso desprovido 
de qualquer interferência emocional, dado a tragédia queo caso 
afigura. Tatting questiona se o estado de natureza se deve pelo fato 
de estaremos exploradores presos na caverna, pela fome ou pelo 
contrato firmado. Do momentoem que este fato realmente ocorreu, 
questiona se foi à obstrução da entrada na caverna,no agravamento 
da fome ou no ato contratual. A partir desta interrogação, o 
juiztambém utiliza de exemploa inconsistência na argumentação do 
colega na hipótese decomo se deveria proceder no caso de um desses 
indivíduos ter adquirido a maioridadeenquanto no interior da 
caverna, não submetido ao direito positivado, no sentido de qualseria 
a data apropriada a considerar. Ele exclui a hipótese de que os 
acusadosencontravam-se à luz do direito natural, bem com a 
obrigação do tribunal em julgar ocaso baseando-se nesta espécie de 
direito, visto que não é sua matéria. Keen, J. O juiz afirma que e 
irrelevante ao cumprimento da sua função decidir se o que 
elesfizeram foi justo ou injusto, deixando assim de lado suas 
concepções de moralidade, eapenas exercendo o cumprimento suas 
funções. Ele alega ainda que não é passível de sepleitear atribuir aos 
acusados, em uma interpretação extensiva, o princípio da 
legitimadefesa, pois, segundo ele, este princípio somente “se aplica 
aos casos de resistência a 
4. 4. uma ameaça agressiva à própria vida de uma pessoa”. Sucede que 
excelentíssimosenhor Juiz Keen esqueceu-se de considerar as 
circunstâncias vivenciadas pelosexploradores; uma vez que a 
escassez de alimentos, luz, e sabe-se lá mais o quê; bemcomo o 
desgaste físico, psicológico e emocional a que foram submetidos, 
constituiu,sem qualquer resquício de dúvida, um caso de resistência à 
situação por eles vivida, e,esta situação, era sim, uma ameaça 
agressiva à vida dos mesmos, e que exigia que elesresistissem a ela, 
com os meios de que dispunham; quaisquer que fossem eles. Outra 
postura defendida por Keen é o fato de que a lei deve ser aplicada tal 
qualestá escrita. Este é, sem dúvidas, um tremendo equívoco; uma 
vez que a lei é passível deinterpretação para que se adeque aos casos, 
e, também, para que se sanem eventuaiserros e brechas que ela possa 
apresentar. A concessão máxima que o JuizKeen faz àrespeito da 
interpretação da norma jurídica, é que esta deve ser contígua ao 
significadoevidente desta. Outro ponto que o Magistrado Keen 
interpõe ao caso é sua defesa quanto àssentenças ditas severas; que 
segundo ele gera na população um sentimento deresponsabilidade 
ante a legislação. Ele alega ainda que esta legislação é uma criação 
dopovo [e, neste ponto está parcialmente certo, uma vez que o povo 
é responsável por ela,mediante a eleição (poder de voto) que concede 
àqueles que foram da escolha popular opoder de legislar e criar as 
leis], e ressalta ainda que, “não há nenhum princípio deperdão 
pessoal que possa aliviar os erros” dos representantes populares. 
Handy, J. O juiz Handy inicia seu texto com uma crítica ao legalismo 
exacerbado apresentadopor seus colegas, sobre o caso em questão; e 
apresenta as minúcias dos votos da turmade juízes que se 
manifestaram. Ele preza ainda por uma análise da natureza jurídica 
docontrato celebrado entre os acusados, e que deu início aos atos 
praticados. Pode-sedizer, portanto, que o juiz Handy, em similitude 
com o juiz Foster, busca aplicar a lei aocaso concreto que se 
apresenta ao tribunal. O magistrado defende ainda que a 
problemática que pertine a eles, é deliberaracerca do que fazer com 
os acusados; uma vez que eles são funcionários públicos quedevem 
primar pelo bem-estar social, e cujo cargo lhes dá a incumbência de 
decidir oque deve suceder aos acusados, mediante a expediçãode 
uma sentença condenatória ouabsolvedora. Ele corrobora a si 
mesmo, e age em uma postura condizente com o cargoque ocupa, e 
com a sabedoria que se espera de um alto dignitário do Poder 
Judiciário;ao alegar que a questão que se impõe ao tribunal, é uma 
questão de sabedora prática, eque esta deve ser exercida na realidade 
humana vivenciada, e não no campo daabstração.O M. senhor juiz 
Handy expõe outro fator relevante que tem sido o foco a priori 
docaso; o fato de que “o governo é um assunto humano, e que os 
homens são governadosnão por palavras sobre o papel, mas por 
outros homens”. Isto prova que não é a normaque rege a sociedade e 
as relações humanas, mas sim, as relações humanas quedeterminam 
as leis. O mesmo se evidencia na aplicação das leis, que serve 
paragovernar as relações humanas. Não é a lei ad 
litteram(literalmente, em sua forma literal)que estabelece o governo 
dos homens; mas sim a interpretação humana da mesma, e 
suaadequação às relações humanas que se evidenciam na 
concretização dos fatos. 
5. 5. No que pertence à interpretação, excelentíssimo senhor Juiz 
Handy, afirma que“sempre que houver regras e princípios abstratos 
os juristas poderão fazerdistinções(sendo) um mal necessário que 
une todo regulamento formal das condutashumanas”. Nisto nota-se 
que a postura humana e o a que dela provém é e deve serpassível de 
interpretação. Sendo que, para ele, as formalidades e os conceitos 
abstratosconstituem apenas instrumentos a serempregada para se 
alcançar a justiça; de modo quea abstração é necessária para o 
efetivo efeito positivo da norma; e para que ela seja justae equânime. 
A Luz Da Constituição Brasileira. Vimos, portanto, que os réus 
foram culpados por homicídio doloso na qual,o juizde primeiro grau 
decidiu que os réus eram culpados de homicídio doloso 
cometidocontra Roger Wheltmore...” Porém não basta a conduta 
típica para que exista o crime, pois para que este seconfigure faz-se 
necessário que nosso ordenamento reprove tal conduta, 
considerandofato ilícito e antijurídico. De acordo com o Art. 23 do 
Código Penal como nesse casoconvém o inciso I que diz respeito ao 
Estado de Necessidade. Considera-se em estadode necessidade quem 
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou porsua 
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, 
cujo sacrifício,nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 
 
Caso dos explordores 
1. 1. O Caso dos Exploradores de CavernaObra Fictícia. Baseada na 
História de 5 exploradores amadores queenvolven-se em um acidente 
em uma expedição. Através decomunicação precária e limitada com 
o mundo exterior, sãoinformados da improbabilidade de resgate em 
tempo hábil. Comonão havia provisões necessárias, buscaram 
informações sobre o fatode que, na busca da sobrevivência até a 
chegada do resgate, seriapossivel o grupo se alimentar da carne de 
um destes, e, apóstomarem conhecimento desta possibilidade, 
decidiram em comumacordo que um dos integrantes deveria ser 
sacrificado para asobrivencia dos demais. Após tentar a aprovação 
por parte dasautoridades, sem que tivessem êxito. Após 32 dias na 
caverna,depois da morte de 10 pessoas da equipe de resgate, 
quatrosobreviventes foram resgatados, julgados e condenados pela 
mortede um dos integrantes do grupo inicial. O livro trata do 
julgamento dareforma ou não da sentença condenatória do grupo de 
sobreviventes.A todo momento os juízes que deverão decidir sobre a 
matéria, 
2. 2. DIREITO NATURAL DIREITO POSITIVO 
3. 3. Na Antigüidade, o Direitotinha como fundamento asleis naturais, 
normasconsideradas divinas, àsquais os homens 
estariamsubordinados. Heráclitoconsidera que todas as leishumanas 
são subordinadasà lei divina do Cosmo. Diz eleque Dike (a justiça) 
assumiatambém a face de Eris (olitígio). Daí se compreendeque o 
binômio Dike-Eris nãoapenas governava oshomens, mas também 
omundo. 
4. 4. Escola Jusnaturalista A concepção do Direito Natural surge com 
os filósofos gregos: Heráclito, Aristóteles,Sócrates, Platão e outros. 
Em Roma, foi adotada por Cícero. Foram eles os 
grandesrepresentantes e expoentes do período da era clássica. No 
dizer do insigne SergioCavallieri Filho: "O direito é um conjunto de 
idéias ou princípios, eternos, uniformes,permanentes, imutáveis, ou 
outorgados ao homem pela divindade, quando da criação, afim de 
traçar-lhe o caminho a seguir e ditar a conduta a ser mantida. O 
Direito Natural é o Direito Perfeito, incorruptível, utópico, segundo 
Aristóteles ohomem fora da sociedade torna-se um deus ou um bruto. 
Aristóteles foi considerado opai do Direito Natural, ele afirma 
“ademais das leis "particulares" que cada povo tem queestabelecer 
para si próprio, há uma lei "comum" conforme à natureza”. A 
formulação de todas as normas , de todos os códigos foram inseridos 
nasociedade através do conceito de Direito Natural. O Apóstolo 
Paulo de Tarso escreveuem sua Epístola aos Romanos, 2:14-15: 
"Porque, quando os gentios, que não têm lei,fazem por natureza as 
coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei, 
osquais mostram a obra da lei escrita em seus corações, de acordo 
com sua consciência". Ohistoriador intelectual A.J. Carlyle 
comentou sobre essa passagem da seguinte forma:"Não pode haver 
dúvida de que as palavras de São Paulo implicam uma 
concepçãoanáloga à "lei natural" de Cícero, uma lei escrita no 
coração dos homens, reconhecidapela razão do homem, um direito 
distinto do direito positivo de qualquer Estado, ou doque São Paulo 
reconhece que é a lei revelada de Deus. 
5. 5. O Positivismo filosófico floresceu no século XIX, quando o 
método experimentalera amplamente empregado, com sucesso, no 
âmbito das ciências da natureza.O positivismo pretendeu transportar 
o método para o setor da ciências sociais.O método experimental 
adotado pelo positivismo, compõem-se de três fases; a)observação; 
b) formulação de hipótese; c) experimentação. Em seu afã 
defocalizar apenas os dados fornecidos pela experiência, o 
positivismo despreza osjuízos de valor, para apegar-se apenas a 
fenômenos observáveis. A suapreocupação é com o Direito existente. 
Em relação à justiça a atitude positivistaé a de um ceticismo 
absoluto. Augusto Comte ( 1798-1857) foi considerado ofundador 
dessa corrente filosófica. Direito positivo é o conjunto de 
normasestabelecidos pelos Estados (através da leis. É o ordenamento 
jurídico é oDireito posto. 
6. 6. Teoria Tridimensional do Direito – Miguel Reale Valor Fato 
Norma 
7. 7. pressuposto, é superior ao Estado. Possui validade universal é 
imutável (é válido DIREITO em todos os tempos). NATURAL Se 
liga a princípios fundamentais, de ordem abstrata; corresponde à 
ideia de Justiça. É posto pelo Estado. é válido por determinado 
tempo (tem vigência temporal)DIREITO POSITIVO e base 
territorial. Tem como fundamento a estabilidade e a ordem da 
sociedade 
8. 8. Na caverna foram criadasregras?Foi celebrado um contrato?Quais 
normas deveriam serobservadas,as estabelecidas por eles, oua do 
mundo exterior? 
9. 9. Truepenny, C.J – Votou pela condenação. Baseando-seno Direito 
Positivo Foster, J – Votou pela inocência dos 4 baseando- se do 
Direito Natural. Tatting, J. – Absteve-se de votar, dada a 
complexidade do caso. Keen, J – Votou na condenação dos 4, 
baseando-se no Direito Positivo Handy, J – Vota pela absolvição, 
observando a condição humana, e não em teorias abstratas.

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