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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO SUL DO PIAUÍ-ISESPI CURSO - PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO – DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM CLÉIA FREIRE DA SILVA DERLEANDRO DA SILVA SANTOS CANTO DO BURITI – PI CLÉIA FREIRE DA SILVA DERLEANDRO DA SILVA SANTOS O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Artigo apresentado ao Instituto Superior de Educação do Sul do Piauí – ISESPI, Curso de Pós-graduação Lato Sensu como requisito à obtenção de título de Especialista em Docência no Ensino Superior, sob a orientação do professor Especialista Edcarlos Ribeiro Moura. CANTO DO BURITI - PI O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Artigo apresentado ao Instituto Superior de Educação do Sul do Piauí – ISESPI, Curso de Pós-graduação Lato Sensu como requisito à obtenção de título de Especialista em Docência no Ensino Superior, sob a orientação do professor Especialista Edcarlos Ribeiro Moura. APROVADO Em ________/________/_________ BANCADA EXAMINADORA Profº Especialista Edcarlos Ribeiro Moura Orientador Prof° Membro O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM CLÉIA FREIRE DA SILVA1 DERLEANDRO DA SILVA SANTOS¹ Resumo: O presente artigo objetiva em analisar o papel do psicopedagogo e as suas intervenções nas dificuldades de aprendizagem. É preciso criar meios eficazes e inovador na construção do saber, porque o problema de dificuldades de aprendizagem dentro do espaço escolar é uma das problemáticas com a qual o psicopedagogo e o educador deparam-se constantemente nos dias atuais. O profissional nessa área deve procurar promover a melhor maneira possível de utilizar a intervenção psicopedagógica como transformação pessoal e social, na dinâmica da construção do conhecimento quanto a uma aprendizagem qualitativa e significativa nas dificuldades de aprendizagem. Além disso, propor sugestões de atividades auxiliando a uma aprendizagem relevante na vida da criança ou adolescente para seu desempenho escolar, cognitivo, psicomotor e déficit de aprendizagem. O psicopedagogo, em sua ação de intervenção, terá o caráter preventivo, por isso, o mesmo precisa lançar um olhar e escuta de forma inovadora numa ação reflexiva com o sujeito aprendente e facilitar uma relação consciente de que questões desconhecidas do não aprender ou na modalidade de aprendizagem. Diante do exposto pode-se dizer que o psicopedagogo em seu trabalho em conjunto com a família, escola e sociedade deve buscar novos conhecimentos dentro das intervenções psicopedagógica, conduzir a uma aprendizagem renovadora e compreender as dificuldades de aprendizagens de forma preventiva, caracterizando seus sintomas e estratégias de pequeno e grande porte, visando o aperfeiçoamento desse sujeito diante do processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Intervenção psicopedagógica, aprendizagem, desempenho Escolar. Abstract: This article aims to analyze the role of the educational psychologist and their intervention in learning disabilities. It needs to create effective and innovative means in the construction of knowledge, because the problem of learning difficulties within the school is one of the problems with which the educational psychologist and educator are faced constantly today. The professional in this area should aim for the best possible way to use the pedagogical intervention as personal and social transformation in the dynamics of the construction of knowledge as a qualitative and meaningful learning in learning disabilities. In addition, propose suggestions for activities helping a relevant learning in children or adolescents of life for their school 1 Aluna graduada em pedagogia pela IERG, pós-graduada em Didática do Ensino Superior. performance, cognitive, psychomotor and learning disabilities. The educational psychologist, in his action for action, will be preventive, so it needs to cast a glance and listen in new ways in a reflex action with the subject learner and facilitate a conscious relationship that unknown to not learn or sport issues of learning. Given the above it can be said that the educational psychologist in his work together with the family, school and society should seek new knowledge within the psychoeducational interventions, lead to a renewed learning and understand the difficulties of learning preventively, featuring its symptoms and large and small strategies, aiming to improve on the subject before the teaching and learning process. Keywords: pedagogical intervention, learning, School performance. 1 INTRODUÇÃO Na atualidade, é cada vez mais recorrente falar de dificuldades da aprendizagem, quando nos referimos ao desempenho escolar de nossos alunos. Dificuldades de aprendizagem referem-se a crianças que apresentam dificuldades de aquisição de matéria teórica, embora apresentem inteligência normal, e não de favorecimento físico, emocional ou social. É preciso criar meios eficazes e inovador na construção do saber, do ato de aprender e de uma intervenção psicopedagógica eficiente e qualitativa nessa dinâmica de aprendizagem humana para superar as dificuldades de aprendizagem. As causas do não aprender pode ser desenvolvido de várias maneiras, tais como: estruturas familiares mais adequadas de acordo com a necessidade de cada criança e/ou adolescentes no lar, as dificuldade de leituras e escritas, a dislexia, além disso, às vezes ocorre a falta de professores sem capacitação habilitada para desenvolver nas crianças e/ou adolescentes metodologias eficientes para que possam despertar neles o interesse pelo saber nas diversas áreas dos campos do conhecimento humano. Diante disso, o psicopedagogo é aquele profissional capaz de procurar compreender e fazer a intervenção com a criança ou adolescente em seus aspectos cognitivos referentes aos problemas de aprendizagem. Em vista dessas necessidades se reconhece que é uma ação a ser tomada por parte do psicopedagogo de forma qualitativa, a fim de aperfeiçoar as relações com a aprendizagem de alunos e educadores no contexto tanto escolar como social e familiar. O presente estudo sugere um aprofundamento maior sobre o desempenho do psicopedagogo e a intervenção nas dificuldades de aprendizagem. Pois, frente aos desafios do conhecimento humano o psicopedagogo possa identificar as causas e consequências nesse processo educativo em que ocorre tanto na comunidade escolar como no seio familiar porque falta ainda uma aprendizagem qualitativa voltadas para crianças e adolescentes que afetam seu desempenho de uma aprendizagem significativa na sociedade atual. Quando se fala de aprendizagem, não se pode relacionar diretamente com o aluno, pois, a aprendizagem não ocorre de forma individualista, ou seja, não está ligado meramente aquele que aprende ou se esforça para aprender, mas de processos interligados entre aqueles que ensinam e aqueles que aprendem. Por isso, a aprendizagem é fruto e meio da história de cada sujeito em seu contexto familiar e coletivo. A partir de tais ações averiguadas torna-se importante refletir sobre o conhecimento ao longo da vida, e, sobretudo, analisar a respeito da intervenção psicopedagógicasnos processos de dificuldades de aprendizagens. Portanto, após verificar essas considerações de alguns autores e o campo de atuação do psicopedagogo e suas intervenções nas dificuldades de aprendizagens existentes no meio escolar, familiar e social sendo afetados nas maiorias das vezes crianças e adolescentes que não tem uma estrutura familiar mais adequada e eficaz no incentivo a leitura e a escrita dificultando o aprendizado deles. Resolveu-se fazer uma pesquisa bibliográfica com o propósito de esclarecer como se processa a aprendizagem qualitativa e produtiva na vida do sujeito que possa conduzir a uma ação reflexiva sobre as principais causas das dificuldades de aprendizagens e as possíveis intervenções psicopedagógicas sobre o referido problema em poder se construir em nossa sociedade metas educacionais voltadas para os princípios estruturais e posturais de uma educação de qualidade para as crianças e adolescentes na atualidade. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Aprendizagem As relações entre professor e aluno, família-escola deverá ser um estimulo no ato de aprender a aprender. Qualquer que seja a construção desse nosso ideal como psicopedagogo é um processo longo que requer perseverança de forma gradativa no acompanhamento tanto com crianças como adolescentes com dificuldades de aprendizagem tanto em sua estrutura cognitiva como no seu círculo social. Segundo Cool (2007, p. 87) afirma que: “A atividade do aluno que está na base do processo da construção do conhecimento está inscrita de fato no domínio da interação ou interatividade professor aluno”. A psicopedagogia como campo que se dedica ao estudo da aprendizagem em seus diferentes aspectos nas relações interpessoais e nas circunstancias em que a criança ou adolescente estão inseridos na sociedade, ocupa-se do procedimento de tentar compreender as causas como também as consequências que afeta tanto crianças como adolescentes em seu desenvolvimento cognitivo na dinâmica do ato de aprender, da construção de estratégias para o não aprender, na edificação do saber humano. Segundo Fernandes (1999 apude Rezende 2011). Faz entender que a psicopedagogo mobiliza a forma de aprender do aprendente transformando a relação da aprendizagem promovendo-o na sua relação com o saber construído, dessa forma torna-se importante entender os campos de atuação do psicopedagogo. Para a autora, a psicopedagogia é responsável para identificar tais dificuldades de aprendizagem que compromete todo o raciocínio lógico do ser humano. Do mesmo modo a família deverá contribuir também na formação intelectual da criança ou adolescente que por motivos do não aprender, sentirem incapaz nos desenvolvimentos normais de suas aprendizagens, ou seja, deve ser feito um trabalho em conjunto entre o psicopedagogo e a família da criança ou adolescente que porventura vierem a diagnosticar o déficit de aprendizagem em sua estrutura cognitiva, física, motora e comportamental. Para Bossa (2007) o psicopedagogo tem muito a fazer na escola, pois a atuação sua intervenção terá o caráter preventivo que podemos incluir determinados fatores para a construção de um futuro aprender com qualidade, tais como: ajudar os professores na formação de elaborar um plano de aula para os alunos entenderem as aulas; na elaboração de projeto pedagógico; orienta-os na melhor forma de atuar em sala de aula, com o aluno com dificuldades de aprendizagem; realizar diagnóstico institucional que averigua os problemas pedagógicos que prejudicam o processo de ensino-aprendizagem... identifica sintomas de dificuldades de aprendizagem no processo ensino-aprendizagem; organiza projetos de prevenção dos processos por que neste contexto o psicopedagogo institucional, como profissional preparado e mais adequado para execução desses acompanhamentos que pode ser realizado tanto com crianças como adolescentes, está apto a trabalhar na área da educação, assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para a melhoria e rendimento qualificado das condições do processo de ensino-aprendizagem bem como para a prevenção das dificuldades de aprendizagem. Desde o nascimento o ser humano já faz parte de uma instituição social, organizada primeiro pela família, depois a escola em seguida a sociedade e no decorrer da existência humana integra-se a outras instituições. Por meio de uma série de atuação preventiva o psicopedagogo unidos aos professores, alunos, pais e a comunidade procurará descobrir as principais causas nas dificuldades de aprendizagem nos indivíduos que se sentem impedidos de crescer num ritmo acelerado de aprendizagem. Aprender é construir estruturas de assimilação. A fonte da aprendizagem é a ação do sujeito, ou seja, o indivíduo aprende por força das ações que ele mesmo pratica: ações que buscam êxitos e ações que a partir do êxito obtido, buscam a verdade ao apropriar-se das ações que obtiveram êxito. (BECKER, 2003, p.14). Para o autor, o ato de aprender se forma também a partir do sujeito que aprende e assimila de maneira clara e objetiva uma aprendizagem qualitativa através de êxitos obtidos pelos alunos que apresentarem um quadro de problemas de aprendizagem. A fonte da aprendizagem e a ação do sujeito que manifestar o desejo de aprender, e ser participante desse processo dinâmico que poderá abrir portas para a construção de um veiculam positivo com as demais áreas do conhecimento que os alunos necessitam aprimorar. A aprendizagem ocorre com mais facilidade quando sentimos o prazer no ato de aprender e quando o conteúdo possui significado simbólico ou prático para nós. No processo aprendizagem de qualquer indivíduo, coincidem um momento histórico, um organismo, uma etapa genética da inteligência e um sujeito. Parece impossível, pois, compreender ou explicar as dificuldades de aprendizagem sem levar em conta os aspectos orgânicos, psicológicos ou sociais banalizando a importância de cada um ou desconsiderando suas intricadas inter- relações. Na verdade, quaisquer que sejam os obstáculos... o sujeito vai requerer ajuda para superar suas dificuldades. (CARVALHO, 2007, p. 72-73.77) A atuação do professor frente ao sujeito que aprende e o educador como mediador desse conhecimento humano deve-se buscar na raiz do problema de aprendizagem de cada indivíduo afetado a partir de seus processos históricos, orgânicos e sociais. 2.2 Dificuldades de Aprendizagem Os problemas de aprendizagem que podem ocorrer tanto no início como durante o período escolar surgem em situações diferentes para cada aluno, o que requer uma investigação no campo em que eles se manifestam. (JOSÉ, 2004). Qualquer problema de aprendizagem requer um trabalho efetivo tanto do professor como do psicopedagogo junto a família da criança ou adolescente. É preciso saber analisar todas as situações inerentes aos déficits cognitivos deles para tentar descobrir as principais causas de aprendizagem e levantar características visando revelar o que está representando dificuldade ou empecilho para que o aluno aprenda. O que se constata é que os obstáculos á aprendizagem não são exclusividade de cegos, surdos, retardos mentais, dos que tem paralisia cerebral, dos autistas, dos disléxicos, dos disgráficos, dos oriundos das camadas populares, dos que vivem situação de desvantagem, dentre outros... Barreiras à aprendizagem (temporárias ou permanentes) fazem parte do cotidiano escolar dos alunos (deficientes ou ditos normais) e se manifestam em qualquer etapa do fluxo de escolarização. Barreiras existem para todos, mas alguns requerem ajuda e apoio para seu enfrentamentoe superação. Precisamos mobilizar a vontade dos pais e dos educadores além de dispor de recursos que permitam elevar os níveis de participação e de sucesso de todos os alunos, sem discriminar aqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem (deficientes ou não) (CARVALHO, 2007, p. 59-63) O que percebemos é que a dificuldade de aprendizagem não se liga unicamente ao portador de algum distúrbio de aprendizagem, tão presente na maioria das vezes em nossa sociedade tanto nas crianças como adolescentes. O psicopedagogo em sua função profissional poderá ter como meta a ampla compreensão dos processos do aprender humano que se interagem com outros processos de aprendizagem dando suporte as dificuldades do sujeito. Pois, remover barreiras de aprendizagem significa dá oportunidades tanto no âmbito escolar como familiar para todas as crianças e adolescentes que necessitarem de apoio, buscando informar sobre as etapas do desenvolvimento de aprendizagem de forma integral, pois cabe a psicopedagogia identificar, analisar, planejar, e intervir de forma preventiva nas etapas do diagnóstico e no tratamento referente as dificuldades de aprendizagem manifestadas no ser humanos em especial aquelas crianças e adolescentes que demonstrarem um quadro mais crítico em suas dificuldades de aprendizagem no decorrer de sua vida escolar, familiar e social. A aprendizagem é um processo de ação reciproca entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o ambiente, cujo resultado se dá numa mudança de comportamento. Em se tratando de um processo de uma ação reciproca, as causas que provocam o problema de aprendizagem tanto podem ser encontradas na própria pessoa aprendente, na pessoa do ensinante, como no ambiente onde está se realizando; o que se observa é que a causa nunca está isolada (GLIZ, 2009 p.83). A possibilidade de aprendizagem escolar está diretamente relacionada a estrutura de personalidade do sujeito. Para aprender o que a escola ensina, é necessário além de outras coisas, uma personalidade medianamente sadia e emocionalmente madura, que tenha superado a etapa de predomínio do processo primário. Assim, diante dos problemas de aprendizagem apresentados por crianças e adolescentes, muito tem se falado com relação às dificuldades de aprendizagem tais, como: problemas emocionais, comportamentais, dislexia, disgrafia, disortográfica, distúrbios de leitura, autismo, problemas cognitivos, sociais e biológicos. Assim, o psicopedagogo deverá proporcionar uma investigação em todos os aspectos que possa estar contribuindo de alguma forma para a problemática a fim de intervir da melhor maneira possível nas dificuldades de aprendizagem. Dessa forma, o papel do psicopedagogo em sua formação profissional deverá ter em mente a compreensão de que cada ser humano deve ser compreendido de forma interacional e nunca de forma isolada dos demais problemas que poderá acarretar certas dificuldades de aprendizagem tanto em crianças como adolescentes. Além disso, essas crianças e adolescentes deverá ser entendida também a partir do seu meio de convívio entre as demais pessoas que o cercam, para que o psicopedagogo possa também interagir com as famílias e professores para que haja de fato a melhoria da aprendizagem, onde o ensino não aconteça sem a interação da aprendizagem. Nesse sentido, Scoz (1994), os problemas de aprendizagem não são restringíveis nem a causas físicas ou psicológicas, nem a análises das conjunturas sociais. É preciso compreendê-los a partir de um enfoque multidimensal, que entenda determinados fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos, percebidos dentro das articulações sociais e escolares. Tanto quanto a análise, as ações sobre os problemas de aprendizagem devem inserir-se num movimento mais amplo de luta pela transformação da sociedade em toda a sua estrutura familiar e escolar. Portanto, em posições intermediárias do contínuo pessoa-ambiente deve- se situar a maioria dos autores, que busca uma solução pratica e urgente dos quais defendem posturas integradoras e interacionistas, baseadas em uma concepção construtivista das dificuldades de aprendizagem, na qual posições aparentemente opostas podem dialogar e serem complementares entre si na construção do saber dentro das dificuldades de aprendizagem tanto na infância como adolescência. Segundo Piletti, (1991, p. 32), “aprendizagem é a progressiva mudança do comportamento que está ligada, de um lado, a sucessivas apresentações de uma situação e, de outro, a repetidos esforços dos indivíduos para enfrentá-la de maneira eficiente”. Weiss (2004), por sua vez, destaca a ideia básica de aprendizagem como sendo o processo de aprendizagem que sofre interferência de vários fatores intelectual, psicomotor, físico, social, mas é do fator emocional que depende grande parte da educação infantil. A problemática decorrente da interferência desses fatores na aprendizagem será tratada de maneira mais minuciosa nos capítulos que seguem. Envolva raciocínio, análise, imaginação e o relacionamento entre ideias coisas e acontecimentos. A capacidade de aprender do ser humano é ilimitada e acontece de várias formas: ensaio e erro, condicionamento, imitação, insight e raciocínio. A aprendizagem acontece deforma sistemática, organizada, e de forma assistemática, através da observação. Só é possível dizer que houve aprendizagem quando há uma mudança no comportamento, como resultado da experiência. Martinéz e Clikeman (2004) confirmam que o fracasso escolar é um marco para os estudantes com distúrbios de aprendizagem, consequentemente, crianças e adolescentes com esses distúrbios podem se tornar particularmente vulneráveis a problemas emocionais e mau ajustamento escolar. No estudo dos autores percebeu- se que, quanto maiores são as dificuldades de aprendizagem, maiores são as emocionais. Tais dificuldades emocionais, mesmo que em alguns casos sejam decorrentes de déficits cognitivos, como apontam autores (BAUMINGER, EDELSZTEIN E MORASH, 2005, p. 25), “deve-se buscar a estimulação cognitiva e o desenvolvimento de habilidades sociais”. Segundo Del Prette existem sete classes de habilidades sociais fundamentais ao desenvolvimento interpessoal da criança. 1) Autocontrole e expressividade emocional, do qual fazem parte o reconhecimento de suas próprias emoções, a dos outros e o lidar com as mesmas; 2) civilidade, no qual se incluem o cumprimentar, o despedir-se e o agradecer; 3) empatia, como capacidade de interessar-se pelo outro e expressar compreensão pela experiência alheia; 4) assertividade, do qual integra o expressar sentimentos e opiniões; 5) fazer amizades; 6) solução de problemas interpessoais; pensar antes de agir, escolher a melhor estratégia de solução, avaliar as consequências; 7) habilidades sociais acadêmicas, entre elas o oferecer, solicitar e agradecer ajuda, o aguardar a vez para falar e prestar atenção. (DEL PRETTE, 2005, p. 233-255). Tais habilidades sociais possibilitam uma boa competência social. Essa competência tem uma relação direta com vários indicadores de funcionamento adaptativo, como rendimento acadêmico, responsabilidade, independência e cooperação. É de extrema importância, portanto, atentar para o desenvolvimento das habilidades sociais das crianças. De acordo com Dockrell e McShane (2000), relatam que o meio pode ser em alguns casos o fator principal do problema de uma criança. Porém, mesmo que não seja causa única, pode contribuir para aquisição de conhecimentos acadêmicos. Muitas vezes, é possível modificar o ambiente para que a criança adquira a habilidade que ainda não possui. Devemos entender comomeio, tanto a situação física na qual vive a criança, quanto os relacionamentos entre essa criança e os outros indivíduos. 2.3 Intervenção Psicopedagógica Por isso, as intervenções psicopedagógicas com a tendência atual de diagnosticar os problemas de aprendizagem entre crianças e adolescentes, para que haja de fato uma aprendizagem inovadora na vida deles. Além disso, o psicopedagogo pode identificar também fatores psicológicos, neurológicos, fonoaudiólogos, psicomotores, estrutura familiar adequada e ações praticam que poderão intervir na relação professor-aluno, família-escola a lidarem com seus próprios modelos de aprendizagens para uma melhor qualidade de aprendizado. Assim, terá a oportunidade em criar novos espaços e horizontes direcionados para uma aprendizagem valorizada no saber, fortalecendo o conhecimento tanto para crianças e adolescentes que tem dificuldades de aprender ou assimilar determinados conteúdos ou regras comportamentais. Todos os aspectos aqui analisados são passiveis de serem contornados por meio de uma intervenção criteriosa, que busque as causas desencadeadoras ou determinantes dos distúrbios de aprendizagem apresentados pela criança, para, a partir daí, o psicopedagogo escolher o caminho metodológico que melhor se adapte a cada caso. Esse profissional deve sempre se dirigir a criança ou adolescente com abordagens novas, levando-a a acreditar que é capaz de realização nunca conseguida (GLIZ, 2009, p.121). Assim, o trabalho preventivo do psicopedagogo pretende evitar os problemas da aprendizagem, utilizando-se da investigação mais apreciada nesse processo global junto a instituição escolar, de seus processos didáticos e metodológicos etc. Além disso, o psicopedagogo com sua experiência adquirida deve justamente tomar ciência do problema da aprendizagem e interpretá-lo para a devida intervenção. Com essa atitude o psicopedagogo auxiliará o sujeito a reelaborar sua história de vida, reconstruindo fatos que estavam fragmentados e a retomar o percurso normal de sua aprendizagem. O psicopedagogo pode usar como recursos a entrevista com a família; investigar o motivo da consulta; procurar a história de vida da criança realizando Anamnese; fazer contato com a escola e outros profissionais que atendam a criança; manter os pais informados do estado da criança e da intervenção que está sendo realizada; realizar encaminhamento para outros profissionais, quando necessário”. (RUBINSTEIN,1996). Portanto, o psicopedagogo deve ter consciência de seu papel e responsabilidade profissional e social e acima de tudo deve respeitar, prezar e zelar por cada vida que for colocada sob seus cuidados, lembrando sempre que cada ser é único e que cada um possui singularidades que precisam ser respeitadas e que são estas diferenças que dão significado à vida. Dessa forma, a psicopedagogia, procura estudar, explicar, diagnosticar e tratar dos problemas de aprendizagem, levando-se em consideração todos os aspectos formativos na vida do indivíduo. Pois, o ser aprendente é um ser sistêmico, que leva consigo toda uma relação que se estabelece com seus processos dinâmicos da aprendizagem. Segundo Alicia Fernandes (1990 p.177): “a intervenção psicopedagógica não de se dirige ao sintoma, mas o poder par mobilizar a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a partir daí que vai transformando o processo de ensino-aprendizagem”. A psicopedagogia não lida diretamente com problemas, lida com pessoas envolvidas. Lida com as crianças, com os familiares, e os professores, levando em conta aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos. Neste contexto o psicopedagogo institucional, com o profissional qualificado está apto a trabalhar na área de educação dando assistência aos processos e a outros profissionais da instituição escolar para a melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos problemas de aprendizagem. A psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Acreditamos que se existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o número de crianças com problemas seria bem menor, para Bossa (2007) o psicopedagogo tem muito que fazer na escola: sua intervenção preventiva, sua atuação inclui: Orientar os pais; Auxiliar os professores e demais profissionais nas questões pedagógicas; Colaborar com a direção para que haja um bom entrosamento entre todos os integrantes da instituição; Principalmente socorrer o aluno que esteja sofrendo qualquer que seja a causa. Segundo Bossa (1994, p.23): Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo e aprendizagem, participam da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo das características e particularidades dos indivíduos do grupo realizando processos de orientação. Já que no caráter existencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico / prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretas educacionais e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e as necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, do próprio processo ensino aprendizagem. No entanto o psicopedagogo normalmente está associado ao profissional que trabalha com crianças com problemas de aprendizagem. Assim podemos pensar que iremos analisar o problema de aprendizagem durante o diagnóstico psicopedagógico. Quando se pensa em problema de aprendizagem vem em nossa mente várias facetas que podem compor tal problema, para que possa compreender qual o tipo de problema existente é necessário que o psicopedagogo esteja atento como um detetive que busca pistas, qualquer pista mesmo que lhe pareça algo insignificante, pois está pista pode ser a ponta do “iceberg” (RUBINSTEIN, 1996). O olhar psicopedagógico tem que buscar as respostas para as perguntas, não são respostas simples de serem encontradas, mas é possível encontrá-las, temos que ver aquilo que não está visível, tem que ver o que está no não dito, tanto no jeito de dizer diferente quando naquilo que se silencia. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através deste artigo acredita-se que as mudanças são fundamentais para uma atuação do psicopedagogo por meio de uma intervenção psicopedagogica nas dificuldades de aprendizagem. Assim, os problemas de aprendizagem constituem uma situação real dentro das seguintes instituições: escolar, familiar e sociedade. Portanto faz-se necessário que todos os envolvidos no processo ensino e aprendizagem sejam transformados pelo saber, para que possa possibilitar a compreensão e perceber como se dá a influência de fatores intra e extras escolares e familiares e como melhor podem ser trabalhados de forma a minimizar as dificuldades da aprendizagem. Para tanto a instituição escolar precisa recorrer aos psicopedagogos para juntos fazerem um trabalho de investigação para estruturarem ações, estratégias e intervenções psicopedagógicas que contribuam como solução para diminuir os problemas de aprendizagem, pois a criança e o adolescente, é o próprio sujeito de transformação e de aquisição de aprendizagem. Ainda é uma área descoberta pela maioria dos profissionais, são poucas pesquisas sobre a importância da psicopedagogia como ponto estratégico no combate as dificuldades da aprendizagem tanto das crianças como adolescentes. Portanto, o papel do psicopedagogo deve sempre buscar levar o educando a integrar-senovamente à vida normal, respeitando sua individualidade. Este profissional deve ter conhecimentos multidisciplinares, pois em um processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar dados em várias áreas, dentre elas: auditiva e visual, motora, intelectual, cognitiva e emocional. É a amplitude destes conhecimentos que permitirá ao psicopedagogo a compreensão do diagnóstico do caso investigado, o que favorecerá a metodologia adequada para o desenvolvimento das suas intervenções psicopedagógicas, valorizando uma aprendizagem de qualidade e solucionando as dificuldades de aprendizagem como um todo. Nesse percurso sabemos que os benefícios e possibilidades que a psicopedagogia nos oferece para promover as mudanças com atividades que permitam e favoreçam esse tipo de proposta, onde a criança e o adolescente terá um aprendizado significativo no decorrer de sua vida. Por meio do convívio os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada um em particular, registrando suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem, é muito importante que o professor organize situações para que os conteúdos ocorram de maneira diversificada para atender as necessidades de cada uma. Assim através de vários estudos, buscas, pesquisas, conclui o presente artigo. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2003. BOSSA, N. A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed,1994. BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2007. CARVALHO, R. E. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2007. COLL, Cesar et. al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 2007. DEL PRETTE, Z. A. P. (2005). 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