Buscar

Resumo CPTGE

Prévia do material em texto

Resumo CPTGE
A filosofia inicia a passagem da explicação dos acontecimentos que ocorrem na natureza. Do “Mythus” para o “Logos”.
“Mythus” > explicação mitológica para a realidade.
“Logos” > explicações “racionais”.
 Com o início do pensamento baseado no “Logos”, iniciou-se a era dos pensadores Pré-socráticos. É importante ressaltar que esses pensadores não necessariamente vieram antes de sócrates, mas são chamados assim por compartilhar as mesmas ideias. Utilizando a filosofia da “Physys”.
“Physys” > Filosofia da natureza. Filosofia que tenta explicar a realidade natural, a realidade cosmológica. ex: Qual o princípio da vida? Porque chove? O que é o Átomo? etc.
Parmênides x Heráclito
Eram pensadores do “Physys”. Pré-Socráticos.
Heráclito > Ideia da mudança contínua da existência.
Parmênides > Unidade essencial anterior a tudo, e que a mudança contínua é uma aparência, e que está além do conhecimento humano.
Sócrates (Não é pensador político)
 Sócrates ao invés de se preocupar em explicar cosmologia, como os pensadores pré-socráticos, ele se preocupa em entender os seres humanos, e as realidades para o ser humano. Para Sócrates o conhecimento não vinha de analisar a natureza, mas sim de analisar nós mesmos. Baseado no “ser” e no “conhecimento verdadeiro”.
Sócrates faz a união da “Ontologia” e Epistemologia”.
Ontologia > “Ontos” > ser + Epistemologia> “Epistemio” > conhecimento verdadeiro. Ele busca conhecer a existência através do conhecimento verdadeiro.
O conceito de “ser”, é buscar a essência do que determina algo. O que te faz um ser humano? o que é a realidade? etc.
Além disto tudo, sócrates produziu a maiêutica (parto de idéias): Utilização de perguntas retóricas e da ironia. Esse método será a base para o método de ensino de sócrates. A idéia é que o aluno já tem o conhecimento, ele só precisa de um “impulso” feito pela pergunta retórica e pelo filósofos, para conseguir lembrar. Nós já nascemos com o conhecimento.
Sócrates por causa de seu método de ensino, foi colocado a julgamento. E morto. 
Sofistas
Grupos de filósofos que não ensinavam a “verdade última”, mas sim, como vencer um debate. A arte da retórica. Argumentar. 
Platão 
*Funda o pensamento político a partir da morte de Sócrates.
*Para platão, a sociedade era o problema, por matar o melhor dos homens, Sócrates.
 O pensamento político surge com um imaginar de uma sociedade diferente. Como a sociedade “DEVE SER”. A sociedade ideal. A divisão entre governantes e governados. A legitimação do governante etc. Visão Utópica. Dimensão Normativa/Idealista da política. 
Ele utilizava das suas alegorias (parábolas) para explicitar suas ideias.
Mito da Caverna > 3 Pessoas estão presas e olham para as sombras, uma sai (Sócrates) e escapa da caverna. Ao escapar, percebe que a realidade é totalmente diferente da que via nas sombras da caverna. O homem que escapou volta para explicar a realidade aos demais, mas os que ficaram na caverna se irritam com ele e o matam.
A ideia é sair da “caverna” (realidade deturpada) para a “vida real” (realidade verdadeira).
Mito de ER > Porque somos inclinados ao conhecimento? Um pastor de ovelhas, com o nome ER, é convidado a ir ao mundo dos mortos. Ao chegar lá, ele encontra as almas contemplando o conhecimento verdadeiro. Ao vir para o mundo dos vivos as almas precisam cruzar um rio do “esquecimento”. Algumas pessoas bebem mais, e algumas pessoas bebem pouca. Os que bebem mais vem ao mundo sem muitas lembranças, e os que beberam menos, costumam lembrar mais da “verdade”. Estes são os filósofos.
Para Platão, se cria a pedagogia política: O filósofo tem um diferencial, pois ele alcança as verdades, saindo do mundo da opinião. E por ter o conhecimento, o mesmo seria o responsável por partilhar as “verdades”. Logo, a sociedade deveria ser governada por um Rei filósofo. O rei filósofo era responsável por erradicar a doença que havia na sociedade, isto é, a ignorância, evitando a degeneração.
Para Platão, o “mundo sensível” é um reflexo do “mundo inteligível”. Explicado no mito da caverna.
Mundo Sensível: Mundo das sensações, das emoções. O homem acessa por estar vivo.
Mundo inteligível: Só acessado através do esforço intelectual.
Platão também analisou o sistema de ensino da grécia, que era baseada no “Kalos Kagatos” (bom e belo) > principal ponto da “Paideia” > conjunto de preceitos do ensinamento grego. Ex: seja astuto como aquiles etc.
Para Platão, isso não era suficiente. Era importante também a “Aletheia” > Relembrar o conhecimento verdadeiro, por meio do filósofo.
Platão se baseia também na escatologia (história da história), dizendo que o Rei filósofo tem a função de retornar a sociedade a “era de ouro”. Baseando no governo dos Deuses. Eles deviam olhar para o Olimpo e copiar.
 
>>>>>> Crítica ao pensamento de Platão. Se existe um ser que sabe todas as verdades, e uma sociedade que o segue totalmente, sem criticá-lo uma única vez, quer dizer que pensamentos diferentes daquele que é falado precisa ser exterminado. Hittler se considerava um Rei Filósofo, por exemplo. 
Formas de governo puras x corrupções
Monarquia (Governo de um só para o estado) >>>>> Tirania (para o próprio interesse)
Aristocracia (Governo de Poucos e melhores para a sociedade) >>>>> Oligarquia (para eles mesmos) 
Democracia (Governo com votos de todos) >>>>> Anarquia (Falta de governo mandante)
Aristóteles
Foi discípulo de Platão, mas tinham visões diferentes do mundo. Platão focava no mundo inteligível, do rei filósofo, e Aristóteles na Imanência (algo mais acessível).
Principais obras
A Metafísica (discussão do ser) > se você morrer o mundo não muda. Foi criado por Aristóteles e utilizado por São Tomás de Aquino para explicar sobre Deus.
Lógica > Utilizar argumentos lógicos para comprovar algo. Foi o início do pensamento lógico, os princípios primeiros. Ex: Se A é filho de B, logo B é pai de A.
Ética/Felicidade > Queria explicar o que é bom, o que é virtuoso, para chegar a Felicidade. Encontrar o meio termo entre não gostar de si mesmo, ou de se achar o mais importante. A felicidade para Aristóteles se encontra na MEDIANIDADE (Ponto médio). Ser modesto. Ele atrelar a política e a moral, o que foi um diferencial de aristóteles.
Principais Oposições
O foco de aristóteles era o homem comum que governaria o mundo, e não o rei filósofo, como em platão.
Em platão você tem que ser bom e sábio para criar uma sociedade virtuosa. Para Aristóteles, a sociedade tem que ser virtuosa para a evolução do homem. Tem que dar espaço para o homem comum trabalhar. A Sociedade tem que te dar condições para ser um bom ser humano.
Para Platão a “polis” tem que ser administrada como a sua casa. Para Aristóteles a uma complexificação da vida humana. Não se pode governar uma “polis” com uma ideia tão simples, explicando a complexidade da pólis.
Obs1: O homem comum para Aristóteles é o Homem de família, que tem posses, escravos etc. Somente esses eram considerados homens comuns. Somente aqueles que tiveram tempo em sua vida para estudar.
Outras contribuições:
Complexidade da Polis
OIKIA (casa) >>>>> APOKIA (Aldeias) >>>>>> POLIS (cidades/estado)
 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>AUTARKEIA>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
 AUTARKEIA > Evolução contínua da sociedade.
Antropologia Política para Aristóteles
Princípios instintivos
 Por sermos animais, temos princípios instintivos, que são:
 *Procriação: Homens e mulheres se unem para procriar e aumentar sua espécie.
 * Proteção e segurança: As pessoas se unem para garantir a própria sobrevivência.
ZOON POLITICON 
 Para Aristóteles o ser humano é um animal político, no sentido de ser um animal sociável > Tende a viver em sociedade.
 Como um homem usa seus instintos para viver em sociedade, a mesma é chamada de sociedade orgânica, que é diferente da artificial (artefato) defendida pelos contratualistas.Apolis: Ser que vive fora da sociedade. O Apolis não se encaixa na sociedade. Ou ele é uma besta (animal irracional), ou ele é um Deus.
Virtude: 
“Areté Politiké” > Virtude cívica > Pessoa de bem no sentido social em que se vive, de acordo com o regime político.
Virtude Absoluta > Pessoa boa no sentido literal, independente do sentido social em que se vive.
REGIMES POLÍTICOS PARA ARISTÓTELES
 
Muito parecido com Platão, mas achava que todo regime ideal automaticamente se degeneraria. Para platão tanto faz qual governo seja utilizado, desde que seja pautado em leis. É muito fácil corromper uns, mas não se pode corromper as leis.
Monarquia > Tirania
Aristocracia > Oligarquia
Politeia > Democracia 
Obs: Quando aristóteles fala de Politéia, é o conceito que temos de democracia. Quando ele fala de democracia, é o conceito que temos de Anarquia.
Cícero de Roma
Contexto Histórico
Triunvirato > César, Crasso e Pompeu.
Guerra Civil entre César x Pompeu
Vitória de César, e cria-se uma república, e logo após um império com Otaviano Augusto.
Imperador era visto como uma figura divina.
Proposta Jurídico-Política
Na grécia antiga, prevalecia a norma positivada, pois a mesma era específica.
Para Cícero, o direito natural era mais importante que direito positivo. Logo, ele propõe mudar isso a forma que a grécia utilizava as leis. O direito natural deve ser a medida do direito positivo.
Direito Natural (Direito comum) > Direito Positivo (Direito específico)
 Direito natural tem três grandes fases: Cosmológica, teológica e racionalista.
MODELO ROMANO DE REGIME (PARA CÍCERO)
Regime Ideal (Regime Misto) - Tem desde república até monarquia.
“SPQR” - “Senatus Populesque Romanus” (Bordão do governo de Roma) > Do povo através do Senado.
Trias Política - Tripartição dos poderes
POVO ---------- “Libertas” (liberdade)
MAGISTRADOS (Consul, imperador etc) ------- “Postestas” (poder)
SENADO ---------- “Auctoritas” (autoridade)
O povo, com sua liberdade, elege o senado, que é dotado de autoridade para eleger o magistrado.
Santo Agostinho
Contexto Político de Santo Agostinho
Viveu no peŕiodo da antiguidade tardia.
Cristianismo ainda estava nascendo e estava competindo com outras religiões e escolas filosóficas.
Período em que o império romano está em declínio, com a queda de roma do ocidente.
Características
Pertence a era patrística (era dos padres), e foi um dos primeiros. A filosofia era feita pelos padres. Baseada na ideologia “apologética”, porque defende o cristianismo.
A expectativa de vida da época era muito pequena. Logo, quando se falava que o reino de Deus estava pŕoximo, era pelo fato de as pessoas por muitas vezes morrerem muito novas; para dar um sentido a vida delas. Para fazerem planos da vida após a morte.
Professou durante boa parte da sua vida sobre o maniqueísmo (crença sincrética, isto é, mistura de outras crenças). 
Para o maniqueísmo, tudo o que é matéria é ruim, pois tudo o que é ruim, leva à degeneração moral. O ser humano é ruim, e para nos salvar desta condição, a inteligência divina enviou para nós o “paráclito” (espírito consolador). 
O paráclito assumiu 3 formas:
 * 1º - Profeta Zoroastro, que criou o “Zoroastranismo”.
 * 2º - Jesus
 * 3º - Buda
 Obs: Por isso é considerado uma crença sincrética.
Foi muito influenciado pela corrente filosófica de platão, para criar sua própria ideia de divisão de mundo entre o bem e o mal.
Mesmo depois de sua conversão ao cristianismo, Santo Agostinho continua acreditando que a matéria é ruim, e utilizando algumas ideias do maniqueísmo.
IMPORTANTE: Podemos criar um paralelo entre a ideia de Santos Agostinho e Platão exatamente aqui:
 
*Platão - Mundo sensível x Mundo inteligível 
*Agostinho - Mundo Material\ Cidade dos homens (ruim) x Mundo espiritual/ Cidade de Deus (bom). Ele coloca a idéia de Platão para dar sentido ao cristianismo.
Obras de Santo Agostinho
Confissões - Neste livro, ele faz um paralelismo entre a filosofia platônica, e o maniqueísmo. Logo após se converter ao cristianismo.
Cidade de Deus 
Temática Política e Antropológica de Santo Agostinho
Concórdia Social: Acordo social entre governantes e governados, para que unidos, busquem o “bem comum”. A questão é que o conceito de “bem comum” para Platão/ Santo Agostinho, é algo absoluto, que vem do mundo inteligível. Logo, o “bem comum” (para S. Agostinho) pertence somente a Deus. Buscar a concórdia social, é agir de acordo com a vontade de Deus.
Deus é considerado no cristianismo como: Onipresente, Onipotente e Onisciente. Se Deus é isso tudo, conclui-se que aqueles que governam tem a permissão divina para governar. Logo, o governante tem autoridade divina. Todo o governante tem um motivo de estar ali, motivo este que somente Deus sabe.
Antropologia: Por um lado, Santo Agostinho exige muito de nós. Temos que aceitar nossos governantes, e entrar em acordo com a vontade deles, mas por outro, o mesmo autor fala que nós seres humanos não prestamos. Acaba se tornando contraditório. 
Assim como Platão, S. Agostinho (e o cristianismo em si) acreditava na Escatologia (linearidade dos história). Se Platão falava da era de Ouro, prata e bronze, no cristianismo nós temos o tempo puro e perfeito do paraíso, e logo após o pecado e a degeneração do homem.
 Para Santo Agostinho, nós somos dotados de “Malum” >”Mal” (concupiscência) - Cobiça pela matéria. Bens materiais, prazeres sexuais, ira, inveja etc. Lembrando que para ele a matéria é ruim.
Por causa desta ideia de que o ser humano é dotado de “Malum”, S. Agostinho nos chama de “Massa Domnata” > massa condenada. De que estamos condenados ao sofrimento, desgraça e ao inferno, por sermos seres humanos e focarmos na matéria. Por isso, temos que buscar auxílio divino, que tem o nome de “monergismo”. Você tem que ajudar o Deus cristão, pois ele é a única forma de se tornar uma pessoa melhor.
Para Santo Agostinho você tem que aceitar Jesus “IN ET NUN” > aqui e agora. É necessário conquistar a sua cidadania celeste se convertendo aqui no mundo humano.
Para conquistar essa cidadania, você precisa não só de se converter, mas também, alcançar o “amor caritas” > ame o próximo como a ti mesmo. Amor que se dirige ao céu.
Para o cristianismo, o matrimônio é considerado como transposição da matéria do amor carnal. Por isso é muito importante para o mesmo. O amor verdadeiro. Amor que transcende a carne.
Sobre as Leis e Justiça
Lei eterna - Plano de Deus para o Cosmos. Paz eterna.
Lei humana - Lei necessária para termos a paz social, e termos como praticar o amor caritas. É apenas uma reprodução imperfeita da vontade de Deus. Muito menos importante, e só necessária pela nossa imperfeição.
Justiça Divina - Vontade Divina.
Justiça Humana - Falha, e reprodução imperfeita da justiça divina.
Tem uma visão pacifista sobre guerras, mas apoia a guerra justa, isto é, guerra defensiva. Guerra para “restaurar a vontade de Deus”.
São Tomás de Aquino
Contexto Histórico
Igreja Católica já é dominante no ponto de vista político e religioso.
Essa época não era necessário convencer ninguém, pois se não for cristão o cidadão é perseguido e morto.
Todas as ciências e saberes humanos se voltam para o cristianismo (biologia matemática, física, direito etc.). Tudo é de Deus e para Deus.
Suas Ideias Político-religiosas:
Baseado na Escolástica > Retomada de ensinamentos do passado (não-cristãos), mas sempre dando um sentido cristão. 
Para S. Tomás de Aquino, aristóteles foi a principal base para suas ideias.
São Tomás de Aquino tenta voltar a dar um sentido ao pensamento racional, tornando-o algo legítimo. Tudo graças ao pensamento aristotélico.
Relembrando: Razão aristotélica > nós temos os conhecimentos inseridos dentro de nós de fazer o bem, e princípios lógicos primeiros, que são:
 *Princípios da Identidade > Se A = A, A =A.
 *Princípio da Não contradição > Se A = B, é errado falar que B difere de A.
 *Princípio do terceiro excluído > Se A = B e B difere de C, A também difere de C.
Para Santo Agostinho a fé e a razão em sentidos distintos: A fé busca verdades espirituais, enquanto a razão foca as verdades naturais. Não se pode utilizar o conhecimento de um campus, para responder o outro. As duas são importantes, e complementares. Em tese, no pensamento de S. Tomás não tem hierarquia. mas na realidade terá. 
Para S. Tomás, o ser humano é um ser especial que se diferencia dos demais. Somos diferentes dos Anjos pois temos o livre arbítrio, e diferentes dos outros animais pois podemos raciocinar.
Relação S. Agostinho x S. Tomás de aquino > Enquanto S. Agostinho acredita que tudo que é material é ruim, e devemos seguir a lógica do mundo Inteligível de Platão, para S. Tomás de Aquino, o ser humano era muito mais do que um ser pecaminoso, e o que produzimos de conhecimento humano é relevante para respondermos perguntas do campo natural; mesma ideia que Aristóteles defendia quando dava importância ao “homem comum”.
S. Tomás de aquino cria argumentos para coexistir entre o mundo político, e o mundo divino. Aqui, a forma de justificativa que se dá ao pensamento, é a do jusnaturalismo teológico > Defendem a “AUTERIDADE” absoluta de Deus (significa que Deus é outro, completamente outro). Tudo o que falamos de Deus é errado, pois Deus está além de nossa compreensão. Graças a isso, existe a Lex Eterna > Plano de Deus para o cosmos, para a existência. Tudo é e está conforme o plano de Deus e inacessível a nós.
Nós não conseguimos saber exatamente o que a Lex Eterna significa para nós, mas temos algumas pistas. Para S Tomás, a Lei Eterna é tão grande para nós, que se torna inacessível, mas mesmo assim, conseguimos acessar ao menos duas pistas dela. Uma é a lei divina, e a outra é a lei natural.
Lei Eterna (AEterna)
Lei Divina + Lei Natural
Lei Humana
Lei Eterna - Lei que está praticamente inacessível a nós humanos.
Lei Divina - Parte da lei Eterna que conseguimos entender, que explica aquilo que se refere aos acontecimentos cosmológicos. Que são: Antigo testamento, novo testamento, e a interpretação do que a igreja faz disso.
Lei Natural - Parte da lei Eterna que utilizamos para dar explicação a acontecimentos naturais. Deus nos deu a razão. Então a ciência é de Deus, e com ela, podemos entender o universo.
Lei Humana - Lei que foi criada a partir da vontade de Deus, que são as escrituras e a nossa razão. A lei humana é totalmente baseada na lei divina e na lei natural.
Uma lei que não segue estas premissas, é uma lei injusta, que deve ser afastada. 
Ex: Aborto.
Poder Temporal (acessível pela razão) x Poder espiritual (acessível pela fé)
	Assim como Aristóteles, S. Tomás considera o ser humano como “Zoo Políticon”
 
Por causa disso, é necessário que o ser humano viva em sociedade, e para tal, é importante a presença de uma autoridade. Para trazer a ordem.
Ele traz a ordem social. Pois só com uma sociedade organizada, você consegue melhorar como pessoa. Aqui tem uma visão cristã, que fala que toda a autoridade vem de Deus, e por isso tem que se obedecer.
	Poder que a igreja administra para nos ajudar a termos a nossa salvação, para voltarmos a viver com Deus.
Obs: Pode parecer não ter hierarquia, mas o poder temporal só vai poder legislar, se tiver de acordo com a vontade de Deus. Logo, de acordo com a Igreja. 
Maquiavel
Três pilares do Pensamento de Maquiavel
1 - Contexto Político no Mundo:
Estamos em uma época da história que tem constantes mudanças rápidas, e algumas violentas sobre os governos ao redor do mundo. Fora que nesta época, não há mais um predomínio exclusivamente cristão. Surgimentos de novas potências na Europa. Portugal, Espanha etc. Não haviam exércitos nacionais (na Itália, onde ele morava), e as guerras eram feitas por mercenários. Vencia quem tinha mais dinheiro.
2 - Contexto Cultural e econômico:
Época do Renascença, onde se dá mais valor a arte e ciência e tecnologia. Entendo o mundo a partir do ser humano.
3 - Influência de pensadores clássicos
Maquiavel é completamente influenciado por pensadores medievais, principalmente Tucídides, e a obra “História da guerra do Peloponeso”. O diferencial de Tucídides, é o fato de ele ter narrado a guerra do peloponeso a partir de interesses humanos, sem a utilização de ideias metafísicas (oráculos, profecias, Deuses).
Características do pensamento de Maquiavel:
Maquiavel traz o “realismo político” > Ele “descobre” a política como ela realmente é e sempre foi. Diferentemente do idealismo político feito por platão. Ele provoca a ruptura do idealismo para o realismo político
Para Maquiavel, os Deuses não são os motivos da guerra, e sim, os seres humanos que utilizam seu nome para iniciá-la. Tem que se estudar a guerra independente de que “Deus” é o responsável.
Argumentos Maquiavelianos (premissas)
Antropocentrismo Negativo > O centro do seu pensamento é o ser humano, mas o ser humano é visto de forma negativa > Você deve pressupor que as pessoas são “más”, e que tem a capacidade de querer muito mais do que se pode ter. Para ele, o ser humano só consegue fazer o bem se tiver medo de alguma sanção (divina ou estatal), ou se for receber algo em troca.
Obs: O conceito de maldade aqui é que somos maus não porque que somos pecadores, mas porque isso faz parte de nós. Nós somos assim. E nós que achamos que o que fazemos é mau, mas é assim que todo mundo age e sempre agiu. É muito diferente da ideia de Santo Agostinho.
Rejeição de teleologias (finalidade da história) > Não tem escatologia, não tem moral na história. Não existe essa premissa de que temos que voltar a era de “Ouro”, ou da era “Divina”. Para Maquiavel, isso não existe. Quem fala que o ocorrido é bom ou ruim é você. A política é feita por e para os seres humanos.
Obs2: Maquiavel não entra no mérito da existência dos Deuses, ele apenas fala que existindo ou não, quem toma a decisão de fazer uma guerra ou qualquer outro tipo de decisão são as próprias pessoas. A religião se torna um de vários recursos da política. Você para governar, não precisa acreditar no que a religião diz, mas, precisa parecer que acredita. Porque assim você chama atenção aqueles que acreditam nela. Por isso ela é um recurso.
Pensamento Político Clássico/Medieval na época
Ética Política > Como devemos agir em sociedade, o que é o certo de fazer. Naquela época, essa ética era baseada em premissas:
Heteronomas - Fora da Política (religião, filosofia moral, metafísica)
Transpolítica - o agir está fora da Política
Dogmatismo
Ná época de Maquiavel, por causa desses três pilares, a política é completamente baseada no dever ser. Nada que era utilizado para se entender sobre a política, tinha realmente vertente política, era tudo externo a ela. Logo, é completamente da ideia de Maquiavel e do REALISMO POLÍTICO. 
Pensamento Político de Maquiavel (Realismo)
Autônoma
Realista
Após a ideia de Maquiavel e seus pensamentos, os códigos morais de ética política são completamente autônomas e baseados no realismo. Para Maquiavel a política sempre foi autônoma. Mas agora, se justifica o método político, com a própria política. O que é o correto. 
Obs: Maquiavel acredita que não só a política, mas tudo pode ser explicado de forma realista. Pelo agir humano. 
Fase “Cruel” da Política
Conquistar
Manter 
Administrar
Maquiavel mostra o lado “cruel” da política, algo que não tinha sido mostrado antes. Revelando como ela é. Baseada na arte de conquistar, manter e administrar o poder.
Obs: Maquiavel não foi cruel, ele apenas tentou mostrar a política da forma que ela é, pura e simples. São as premissas de se governar. Tanto em governos patrísticos, quanto qualquer outro governo.
Ele utiliza duas figuras para exemplificara arte de governar:
 Fortuna (sorte ou azar) > Aquilo que aparece mas não depende de você. Você tem que se adaptar. Ex: Você entra em um governo com crise econômica, falta de verba etc. Tem que se adaptar a isso.
Virtú > Sabedoria para se adaptar a fortuna. Quando tudo estiver dando certo, o quando estiver dando errado.

Continue navegando