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LEUCOGRAMA Professora Msc. Charlene Silvestrin Celi Garcia FACULDADE ANHANGUERA CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA E FARMACOTERAPIA DO SISTEMA HEMATOLÓGICO E BIOLOGIA MOLECULAR INTERPRETAÇÃO DO LEUCOGRAMA LINHAS DE DEFESA CELULAR LEUCÓCITOS POLIMORFONUCLEARES Neutrófilos Eosinófiilos Basófilos MONONUCLEARES Linfócitos Monócitos Plasmócitos INTERPRETAÇÃO DO LEUCOGRAMA Definição: Componentes do Leucograma: Contagem global dos leucócitos Valores normais: 4.000 a 11.000 por mm3 Contagem diferencial dos leucócitos Valores relativos e absolutos Eritrócitos Transportam oxigênio para os tecidos Leucócitos Granulócitos Neutrófilo Fagocitam bactérias e corpos estranhos Eosinófilo Participam das reações alérgicas, produzindo histamina Basófilo Acredita-se que também participam de processos alérgicos; produzem heparina e histamina Agranulócitos Linfócitos (T e B) Participam dos processos de defesa imunitária, produzindo e regulando a produção de anticorpos Monócitos Originam macrófagos e osteoclastos. Células especializadas em fagocitar. Plaquetas Participam dos processos de coagulação sangüínea INTERPRETAÇÃO DO LEUCOGRAMA STEM CELL MIELOBLASTO PRÓ MIELÓCITO (N, E, B) MIELÓCITO (N, E, B) METAMIELÓCITO (N, E, B) BASTONETE (N, E, B) SEGMENTADO (N, E, B) CFU - GEMM MONOBLASTO PRÓ MONÓCITO MONÓCITO CFU - GM LINFOBLASTO PRÓ LINFÓCITO LINFÓCITO T CFU – L LINFÓCITO B PLASMÓCITO LEUCOGÊNESE CINÉTICA, PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Compartimento Mitótico: Mieloblastos, Pró-Mielócitos e Mielócitos (2 a 3 dias) Compartimento de Maturação: Mieloblasto, Pró-Mielócitos, Mielócitos, Metamielócitos, Bastonetes (5 a 7 dias) Compartimento de Armazenamento: Metamielócitos, Bastonetes e Segmentados Célula imatura Compartimento marginal Compartimento circulante Mielócitos Mieloblastos Promielócitos Metamielócitos Bastonetes Segmentados Medula Sangue Compartimento Mitótico Compartimento de Maturação Compartimento de Armazenamento CINÉTICA, PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO CINÉTICA, PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO • Os neutrófilos circulam no sangue periférico cerca de 6 a 10 horas • Aproximadamente a metade da quantidade de neutrófilos presentes no sangue periférico estão marginados • Mudanças na posição de marginados para circulantes podem ocorrer em condições de estresse, exercícios físicos ou após a administração de adrenalina, levando a leucocitose transitória • A taxa de produção de neutrófilos é de 1,63x109 células/kg de peso corpóreo • Esta produção pode aumentar dramaticamente frente a um estímulo inflamatório CINÉTICA, PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO VALORES NORMAIS PARA ADULTOS VALOR RELATIVO VALOR ABSOLUTO Metamielócitos 0 a 1% 0 a 100 mm3 Bastonetes 1 a 5% 36 a 350 mm3 Segmentados 40 a 65% 1440 a 7150 mm3 Eosinófilos 1 a 7% 36 a 770 mm3 Basófilos 0 a 3% 0 a 330 mm3 Linfócitos 20 a 50% 750 a 5500 mm3 Monócitos 2 a 10% 72 a 1100 mm 3 LEUCÓCITOS LEUCÓCITOS LEUCÓCITOS LEUCÓCITOS NEUTRÓFILOS NEUTROFILIA 7.700/mm3 de sangue NEUTROPENIA 2.000/mm3 de sangue Os Neutrófilos são os granulócitos mais comuns no sangue. (55- 70% de todos os Leucócitos são Neutrófilos). Eles tem núcleo segmentado, tipicamente com 2 a 5 lobos conectados entre si através de finas fitas de cromatina as quais podem ser difíceis de se ver. A célula pode aparentar ser multinucleada. NEUTRÓFILOS NEUTRÓFILOS • Desvio à esquerda: A resposta inicial da medula óssea frente ao processo infeccioso é a liberação da população de neutrófilos de reserva. Ocorrerá também aceleração do processo de maturação e liberação das células levando como resultado o desvio à esquerda: que é a presença de maior quantidade de bastonetes e (ou) de células mais jovens da série granulocítica (metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos). A presença de mais de 500 bastões/mm3 constitui indicação de infecção. NEUTRÓFILOS NEUTRÓFILOS O desvio à esquerda não escalonado traduz, fisiopatologicamente, a liberação de granulócitos jovens em processo de produção não hierarquizado associado à disfunção da medula óssea. O desvio à esquerda reacional ao processo infeccioso é caracteristicamente escalonado, isto é, com proporção de células maduras maiores que as células jovens. NEUTRÓFILOS CAUSAS DE NEUTROFILIA Patológicas INFECÇÕES INFECÇÕES AGUDAS, LOCAIS E GERAIS: Cocos, outras bactérias. Fungos, protozoários INFECÇÕES E DESTRUIÇÃO TISSULAR: Queimados, necroses NEOPLASIAS INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS PATOLOGIAS REACIONAIS METABÓLICAS Diabetes, uremias HEMÓLISES AGUDAS USO DE CORTICÓIDES DOENÇAS PROLIFERATIVAS Leucemias, policitemia vera CAUSAS DE NEUTROFILIA FISIOLÓGICAS MOBILIZAÇÃO DO COMPARTIMENTO MARGINAL RECÉM NASCIDOS (3º e 4º dia) EXERCÍCIOS EXAUSTIVOS GRAVIDEZ E PARTO EMOÇÕES FORTES “STRESS” Coleta FEBRE OU FRIO CALOR ANESTESIA NEUTROFILIA Desvio a esquerda escalonado NEUTROFILIA Desvio a esquerda não escalonado NEUTROFILIA NEUTROFILIA CAUSAS DE NEUTROPENIA Na medula óssea Produção medular Nos tecidos Mobilização (exaustão das reservas) No baço Hiperesplenismo NEUTROPENIA VERDADEIRA 1.800 neutrófilos/mm3 1 - NEUTROPENIA CENTRAL • Neutropenia pura Auto-imune, tóxica, constitucional • Infiltração medular leucemias e outras • Insuficiência medular global Aplasia APLASIA DE MEDULA ÓSSEA ESFREGAÇO DE SANGUE MEDULAR Medula Normal Medula Aplástica CAUSAS DE NEUTROPENIA 2 - DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS • Malária, calazar • Febre tifóide, brucelose • Hepatite viral 3 - NEUTROPENIA PERIFÉRICA • Hiperesplenismo • Auto-imune (Lúpus) • Idiopáticas Neutropenia Infecções dolorosas e refratárias da mucosa bucal Neutropenia Infecções dolorosas e refratárias da pele e região anal Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus Pseudomonas pyocyanea Escherichia coli Streptococcus fecalis VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS 1 - GRANULAÇÕES TÓXICAS Granulações azurófilas MPO+ (mieloperoxidase) no citoplasma dos granulócitos, previamente fundidas por estímulo metabólico. Mieloperoxidase VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS GRANULAÇÕES TÓXICAS Siginificado clínico: Infecções, doenças crônicas, toxemias (uremia e coma diabético), necrose, tumores malígnos, gravidez. Neutrófilo com granulações tóxicas Neutrófilo com grânulos normais VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS 2 - CORPÚSCULOS DE DÖHLE Pequenas inclusões citoplasmáticas, cor azul pálida, observadas na periferia dos neutrófilos. São agregados de retículo endoplasmático rugoso e/ou grânulos de glicogênio. Neutrófilo com corpúsculos de döhle Siginificado clínico: Inflamação, Infecção, estados anêmicos, queimaduras, síndromes mielodisplásicas, LMA, gravidez, administração de citocinas VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS 3 - DEGRANULAÇÃO Redução ou desaparecimento dos grânulos específicos e inespecíficos dos neutrófilos. SIGNIFICADO CLÍNICO: Mielodisplasias, deficiência de lactoferrina, agranulocitose hereditária. Degranulação dos neutrófilosNeutrófilo com grânulos normais VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS4 - MICROVACÚOLOS CITOPLASMÁTICOS Áreas claras, não coradas no citoplasma dos leucócitos, principalmente neutrófilos. Representa o estágio final da digestão do material a ser fagocitado e posterior fagocitose. Siginificado clínico: Inflamação, septicemia, ingestão moderada de álcool Neutrófilo com microvacúolos citoplasmáticos VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS 5 - PICNOSE E LISE NUCLEAR Sinal de “agonia” nuclear. Primeiro passo para morte celular. Ocorre em processos tóxicos e infecções graves VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS * DESVIO À DIREITA DOS NEUTRÓFILOS Aumento de formas polisegmentadas. (> que 3%) dos neutrófilos do sangue periférico. Siginificado clínico: Deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, doenças crônicas (rins e fígado), uremia, drogas citotóxicas Pleocariócitos ou macropolócitos neutrófilos hipersegmentados VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS ADQUIRIDAS DOS NEUTRÓFILOS * DESVIO À ESQUERDA DOS NEUTRÓFILOS (DE) Aumento de formas jovens dos neutrófilos do sangue periférico. Indica aumento da mobilização das reservas medulares, sob estímulo metabólico. Siginificado clínico: Infecções agudas e sub agudas, hemorragias, toxemias Metamielócito Bastonete Segmentado DE Conceito de Desvio à Esquerda e Desvio à Direita VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS HEREDITÁRIAS DOS NEUTRÓFILOS •ANOMALIA DE PELGER-HUËT • Autossômica dominante • Falência de segmentação do núcleo das células granulocíticas. • Não apresenta quadro clínico quanto a deficiência funcional das células. • Pode ocorrer de forma adquirida, “Pseudo-Pelger”: • Síndrome mielodisplásica • Câncer metastático dos ossos • LMC • LMA •ANOMALIA DE PELGER-HUËT VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS HEREDITÁRIAS DOS NEUTRÓFILOS Anomalia de Chediak-Higashi » Autossômica recessiva. » Presença de Grânulos Gigantes no Citoplasma dos Leucócitos » Ocorre devido a um defeito genético na membrana dos lisossomos das células. » Há disfunção dos tipos celulares que mais contém lisossomos: Plaquetas Neutrófilos Melanócitos Anomalia de Chediak-Higashi VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS HEREDITÁRIAS DOS NEUTRÓFILOS Hipersegmentação Hereditária dos Leucócitos » Autossômica Dominante » Neutrófilos com mais de cinco lóbulos com funções normais. VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS HEREDITÁRIAS DOS NEUTRÓFILOS Anomalia de Alder-Reilly » Granulações gigantes no citoplasma dos leucócitos, provavelmente associadas com alterações no metabolismo de mucopolissacarídeos. » Não há alterações nas funções celulares Anomalia de Alder-Reilly Anomalia de Alder-Reilly EOSINÓFILOS EOSINOFILIA 550/mm3 de sangue EOSINOPENIA 0/mm3 de sangue Os Eosinófilos correrspondem a 2-5% do total de leucócitos, e são distinguíveis pelos seus grânulos acidofílicos (vermelho/laranja) proeminente contendo um componente conhecido como Proteína Básica Principal, a qual é tóxica para muitas larvas de parasitas. O núcleo tem usualmente apenas 2 a 3 lobos. As funções desse tipo de granulócito estão associadas com respostas alérgicas e defesa contra parasitas. CAUSAS DE EOSINOFILIA DOENÇAS ALÉRGICAS Asma, alergia à drogas SINDROME DE LEOFFLER Pneumonia eosinofílica pulmonar CONVALESCÊNCIA Doenças infecciosas agudas DERMATITES Ecsemas, psoríases, doença do fogo selvagem DOENÇAS HEMATOLÓGICAS Policitemias, Leucemias eosinofílicas, LMC DOENÇAS PARASITÁRIAS Ação de eosinófilos em processos alérgicos Ação de eosinófilos em processos parasitários CAUSAS DE EOSINOPENIA “STRESS” INFECÇÕES AGUDAS HORMÔNIOS OU DROGAS (CORTICÓIDES) DOENÇAS ENDÓCRINAS ANEMIAS APLÁSTICAS LÚPUS Eosinófilos/Reação de Alarme Nos processos infecciosos agudos a eosinopenia indica gravidade. o Na presença de bactérias ou em situações de “Stress”. o Organismo libera adrenalina que atua na hipófise. o Hipófise libera ACTH que atua na supra-renal. o Supra renal libera hormônio corticóide: Inibe a saída de eosinófilos da medula óssea. Lisa linfócitos BASÓFILOS Basofilia 110/mm3 de sangue Os Basófilos compreendem menos de 1% do total de leucócitos,e são distinguidos pelos grânulos azul escuro específicos proeminentes que contém histamina, heparina e outros componentes.O núcleo está usualmente obscurecido pelo densidade dos grânulos. Os Basófilos estão associados com a resposta imune inata a antígenos externos, assim como na ocorrência de asma e anafilaxias. BASÓFILOS BASOFILIAS HIPERSENSIBILIDADE SÍNDROMES MIELOPROLIFERATIVAS Policitemias, LMC MONÓCITOS MONOCITOSE 1100/mm3 de sangue MONOCITOPENIA 160 /mm3 de sangue Os Monócitos são as maiores células vistas no esfregaço sangüíneo e constitue5 a 8% dos leucócitos. Seu núcleo não é multilobular como os granulócitos,mas pode ser em forma de “U” com cromatina aparentemente reticular. O citoplasma dos monócitos contém numerosos grânulos lisossomais os quais dão a ele uma aparência acinzentada de vidro fosco. Os Monócitos saem eventualmente da corrente sangüínea e se tornam macrófagos tissulares, os quais são responsáveis pela remoção de ‘debris’ assim como pela defesa contra certos tipos de invasores CAUSAS DE MONOCITOSE INFECÇÕES VIRAIS Mononucleose infecciosa INFECÇÕES BACTERIANAS Tuberculose, brucelose, endocardite sub- aguda INFECÇÕES PARASITÁRIAS E FÚNGICAS Calazar, toxoplasmose, tripanossomíase, malária, blastomicose, ricketsioses DOENÇAS GRANULOMATOSAS E DO COLÁGENO Artrite reunmatóide e lúpus DOENÇAS NEOPLÁSICAS Linfomas, leucemias monocíticas MONOCITOPENIAS IMPORTÂNCIA CLÍNICA QUANDO TODOS OS ELEMENTOS DO SANGUE ESTÃO DIMINUÍDOS APLASIA LINFÓCITOS LINFOCITOSE 3800/mm3 de sangue LINFOCITOPENIA 1000 /mm3 de sangue O linfócito é uma célula arredondada ou ovalada com um núcleo oval ou em forma de rim que ocupa a maior parte da célula. O nucléolo pode estar presente mas a cromatina densa impede a distinção. Possui um diâmetro de 6 a 16 micrômetros. Normalmente são menores que os monócitos. Os linfócitos desempenham inúmeros papéis na resposta imune adquirida. LINFÓCITOS ADULTO NORMAL 80% Linfócitos pequenos (8m ) 20% Linfócitos médios (10-12 m ) < 0,5% Linfócitos atípicos (Imunoblastos 15-25m ) ImunoblastoLinfócito pequeno Linfócito médio LINFOCITOSE INFECÇÕES AGUDAS POR VÍRUS Sarampo, rubéola, mononucleose infecciosa, hepatite ETC.. CONVALESCÊNCIA DE INFECÇÃO BACTERIANA POCESSOS INFECCIOSOS CRÔNICOS TOXOPLASMOSE LEUCEMIAS LINFOCÍTICAS ATIPIA LINFOCITÁRIA Os linfócitos podem apresentar distorções núcleo- citoplasmáticas, as quais chamamos de atipias linfocitárias. Normalmente os linfócitos atípicos surgem quando os linfócitos T reagem com as células B portadoras de vírus. ATIPIA LINFOCITÁRIA SIGNIFICADO CLÍNICO • Hepatite infecciosa • Citomegalovírus • Adenovírus • Mononucleose infecciosa • Toxoplasmose • Hipersensibilidade à drogas • Rubéola • Sífilis • Varicela • Herpes • Meningite bacteriana e linfocitária • Tuberculose • Malária LINFOCITOPENIA Menos que 1000/mm3 de sangue CASOS AGUDOS DE INFECÇÕES BACTERIANAS USO DE CORTICÓIDES NEOPLASIAS MALÍGNAS RAIO X IMUNOSSUPRESSORES IMUNODEFICIÊNCIA VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LINFÓCITOS (Atipias linfocitárias) 1 -BASOFILIA CITOPLASMÁTICA Linfócito típico Basofilia citoplasmática VARIAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LINFÓCITOS 2 - AMEBOISMO CITOPLASMÁTICO Ameboismo citoplasmático Linfócito típico VARIAÇÕESMORFOLÓGICAS DOS LINFÓCITOS 3 - NUCLÉOLOS VISÍVEIS Linfócito típico Presença de nucléolos PLASMOCITOSES MIELOMA MÚLTIPLO MONONUCLEOSE INFECCIOSA SARAMPO CACHUMBA VARÍOLA RUBÉOLA MENINGITE BACTERIANA Plasmócito O LEUCOGRAMA NOS PRINCIPAIS PROCESOS PATOLÓGICOS Leucograma Leucograma: Limites de referência (ambos os sexos) Idade cordão 10 dias 2 anos % por l % por l % por l Leucócitos 6000 a 24000 6000 a 16000 5000 a 14000 Neutrófilos 40 a 70 4000 a 14000 20 a 50 2000 a 6000 20 a 40 1000 a 4000 Linfócitos 20 a 40 3000 a 6000 40 a 70 3000 a 10000 50 a 80 3000 a 10000 Monócitos 2 a 8 400 a 1500 2 a 8 200 a 1200 2 a 10 100 a 1000 Eosinófilos 1 a 6 100 a 1200 0 a 7 0 a 800 0 a 7 0 a 700 Basófilos 0 a 2 0 a 400 0 a 3 0 a 300 0 a 3 0 a 300 Idade 5 anos 10 anos Adultos caucasóides % por l % por l % por l Leucócitos 4000 a 14000 4000 a 12000 3600 a 11000 Neutrófilos 20 a 60 1000 a 6000 30 a 60 1400 a 6000 45 a 70 1500 a 7000 Linfócitos 40 a 70 2000 a 8000 30 a 60 1600 a 6000 20 a 50 1000 a 4500 Monócitos 2 a 10 100 a 1000 2 a 10 100 a 1000 2 a 10 100 a 1000 Eosinófilos 0 a 7 0 a 700 0 a 7 0 a 700 0 a 7 0 a 700 Basófilos 0 a 3 0 a 300 0 a 3 0 a 300 0 a 3 0 a 200 LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS AGUDOS Processos que instalam-se de maneira abrupta: Pneumonia, apendicite, peritonite, etc. LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS AGUDOS 1 - FASE DE LUTA OU NEUTROFÍLICA » Neutrofilia com ou sem desvio à esquerda, granulações tóxicas, microvacúolos citoplasmáticos picnose nuclear. » Desaparecimento de eosinófilos (reação de alarme). » Linfocitopenia relativa. » Monocitopenia relativa » Formação de pus e febre, quanto maior a temperatura, maior a leucocitose LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS AGUDOS 2 - FASE MONOCITÁRIA DE DEFESA Neutropenia. Diminuição ou desaparecimento do desvio à esquerda. Aparecimento de eosinófilos (bom prognóstico). Monocitose relativa e absoluta LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS AGUDOS 3 - FASE LINFOCITÁRIA OU DE CURA Neutrófilos normais Eosinofilia Linfocitose Pode ocorrer monocitose ANTIBIOTICOTERAPIA Nem sempre observa-se as duas últimas fases LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS CRÔNICOS São incluídos neste grupo as colicistites, colites crônicas, sinusites, abcessos, etc. LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS CRÔNICOS SÉRIE VERMELHA: Anemia por consequência de perturbações no metabolismo do ferro. LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS CRÔNICOS LEUCOGRAMA: • Leucocitose. • Neutrofilia em geral, existe neutrofilia relativa e absoluta. • Desvio à esquerda não há, se houver é pequeno (indica progressão do processo ou reagudização). • Desvio à direita Luta dos neutrófilos e dos germes, quando o germe é pouco virulento o neutrófilo terá maior tempo de vida. • Eosinófilos sempre presentes. • Linfócitos Linfocitose relativa e absoluta, ou só absoluta. • Monócitos Monocitose absoluta por ação do SRE que têm ação de luta constante contra o agente agressor. LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS ALÉRGICOS LEUCOGRAMA NOS PROCESOS INFECCIOSOS ALÉRGICOS Neutrófilos leve neutrofilia relativa, às vezes absoluta, com pequeno desvio à esquerda Eosinófilos Sempre presentes, eosinofilia relativa e absoluta. Linfócitos Linfocitopenia relativa e valor absoluto normal. Monócitos Existem desde a fase inicial do processo, o que contrasta com a maioria dos processos onde na luta ocorre monocitopenia. LEUCOGRAMA NOS PROCESOS LEUCOPÊNICOS PROCESSOS QUE PRODUZEM LEUCOPENIA, NA FASE AGUDA, OU NÃO Gripe, malária, febre tifóide * A febre não eleva o número de leucócitos INFECÇÃO BACTERIANA 1 - COCOS PIOGÊNICOS PROCESOS LOCALIZADOS (abcessos cutâneos, dentários, ganglionares) Discreta leucocitose Neutrofilia com desvio à esquerda discreto Granulações tóxicas discretas e finas QUANDO HÁ COMPROMETIMENTO DO ÓRGÃO, OCORREM AS TRÊS FASES DO PROCESSO AGUDO INFECÇÃO BACTERIANA 2 - BACILOS GRAM NEGATIVOS (Principalmente febre tifóide e brucelose) Primeiros dias de infecção - Leucograma sem alterações. Segunda ou terceira semana Leucopenia/Neutropenia Desvio à esquerda Granulações tóxicas (++++) A porta de entrada para bacilos gram-negativos é o tubo digestivo, sendo a neutropenia explicada ou por desvio dos leucócitos para o local da infecção, ou por esgotamento das reservas. OS FAGÓCITOS - MACRÓFAGO INFECÇÃO BACTERIANA 3 - COQUELUCHE B. Pertusis: Grande linfocitose (até 100.000 GB/mm3) Pequenos linfócitos B. Parapertusis Linfocitose (25.000 - 30.000 GB/mm3) Pequenos linfócitos INFECÇÃO BACTERIANA 4 - TUBERCULOSE FASE AGUDA Neutrofilia com desvio à esquerda Monocitose (grande quantidade de lipases ativas contra micobactérias) FASE CRÔNICA Linfocitose VIROSES EM GERAL: Neutropenia Desvio à esquerda Linfocitose com elemento atípicos VIROSES 1 - MONONUCLEOSE INFECCIOSA MONONUCLEOSE INFECCIOSA Leucocitose Desvio à esquerda após 4 a 5 dias Linfocitose com elementos atípicos característicos Monocitose VIROSES 2 - HEPATITE INFECCIOSA FASE PRODRÔMICA (sem sintomas) Leucopenia Discreto desvio à esquerda Plaquetopenia FASE ICTÉRICA Linfocitose com linfócitos atípicos Plasmocitose OS CITOTÓXICOS - LINFÓCITO T CD 8 PARASITOSES 1 - PARASITAS HEMÁTICOS (MALÁRIA, CALAZAR) Leucopenia crônica Discreto desvio à esquerda PARASITOSES 2 - PARASITA INTESTINAIS EOSINOFILIA Quanto maior o contato parasita-hospedeiro, maior a eosinofilia. GIARDÍASE: Praticamente sem alterações no hemograma. E. vermiculares: Discretas eosinofilias. A. lumbricóides: Eosinofilia significativa na fase larval. T. trichiurus: Eosinofilia ao redor de 25%. ESTRONGILOIDÍASE: Eosinofilia de até 60%, o parasita fica nas criptas das vilosidades intestinais. PARASITOSES ANCILOSTOMÍASE: Fase aguda: eosinofilia de até 90% Fase crônica: eosinofilia entre 25 e 30% TENÍASE: Eosinofilia discreta CISTICERCOSE: Eosinofilia constante de 40 - 50% (Inclusive no L.C.R.) TOXOPLASMOSE: Pode simular a mononucleose, com tendência à leucopenia Plaquetograma • É a avaliação qualitativa e quantitativa das plaquetas • Os contadores contam e medem as plaquetas pelo princípio de Coulter no mesmo canal de eritrócitos, através do liniar de volume, plaquetas < 20 fl e eritrócitos > 30 fl • A exatidão ainda deixa a desejar • Satisfatório com coeficiente de variação <10% em contagens entre 40.000 e 500.000 • Insatisfatória nas baixas contagens, coeficiente de variação em torno de 50% entre 10.000 e 20.000 e em tormo de 100% quando abaixo de 10.000 Plaquetograma Causa de erro: • Agregação plaquetária • EDTA • Atraso na coleta • Conservação in vitro • Satelitismo plaquetário – é medido por um fator plasmático (IgG ou IgM), as plaquetas aderem in vitro aos neutrófilos, envolvendo-os com uma coroa. Agregação plaquetária e Satelitismo Plaquetograma • Os contadores medem as plaquetas e fornecem um resultado médio do volume plaquetário (VPM) em torno de 7-10fl • Valores de referência de contagem plaquetária 130.000 – 4000.000/ul Avaliação Qualitativa • As plaquetas são vistas no sangue periférico como pequenos discos ou estruturas ovóides de 1 – 4 µ; • Pode haver a presença de macroplaquetas >4 µ notadas a microscopia sem alterar o VPM se em pequena quantidade; • Nas SMD (mielodisplasia) e SMP (mieloproliferativas) é usual a presença de plaquetas gigantes;• Algumas síndromes genéticas são acompanhadas de plaquetas anormalmente pequenas como na Síndrome de Wiscott- Aldrich. Plaquetas normas Macroplaquetas Alterações quantitativas • Trombocitose – é o aumento na contagem de plaquetas • Trombocitopenia – é a diminuição na contagem de plaquetas Trombocitose Pode ser reacional ou por patologias primárias da M.O Reacional: Doenças inflamatórias, infecciosas ou reumatológicas; Anemia ferropriva; Pós-operatório Pós-esplenectomia Doenças primárias da M.O SMP – trombocitemia essencial Trombocitopenia Causas: • Infecções virais; • Esplenomegalia; • Anemias hemolíticas microangiopáticas; • Heparina; • PTI aguda (Púrpura Imune primária); • PTI crônica; • Na gestação – pré-eclampsia, HELLP (H: hemólise- fragmentação das células do sangue; EL: elevação das enzimas hepáticas, e LP: baixa contagem de plaquetas), trombocitopemia gestacional Trombocitopenias Associadas à síndromes genéticas: • S. Bernard Soulier – trombocitopenia com plaquetas gigantes (VPM > 15 µ) e agregação plaquetária defeituosa • S. Wiscott-Aldrich – insuficiência imunológica, trombocitopenia com microplaquetas • TAR – trombocitopenia com ausência de rádio