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FICHAMENTO DE FILOSOFIA PARA CRIANÇAS- PROF PATRICIA 4 SEM (1)

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
polo itapecerica da serra
CURSO DE pedagogia
ELIANE DE OLIVEIRA SILVA – RA: 143882116134
Disciplina norteadora: Filosofia para crianças
“FICHAMENTO”
Prof.ª Patrícia Cecy Biffi
Itapecerica da Serra/São Paulo
2019
Unidade 3 - seção 1 — O Programa de Filosofia para Crianças
No final do século XIX e início do século XX, movimentos escolares progressistas aconteceram em vários países, inclusive no Brasil. As novas práticas educacionais vislumbravam uma formação integral das pessoas, tirando o foco somente dos conteúdos conceituais levando em consideração o desenvolvimento de habilidades necessárias para uma vida coletiva. Com o passar dos anos e com as mudanças de contexto sociopolítico, outras perspectivas ganharam destaque. Clique nos ícones para saber mais.
Em 1964, com a instauração do regime militar, o foco para a educação deixou de ser progressista e libertador para se concentrar na ideologia de capital humano. Sendo assim, a escola não deveria “perder tempo” formando sujeitos autônomos e que refletissem sobre suas próprias vidas, propondo mudanças e melhorias sociais.
Enquanto o Brasil valorizava a educação tecnocrática, em outros países, especialmente na França, teorias sociológicas desvelavam a escola como reprodutora dos sistemas de dominação social resultando na organização e estruturação de escolas cada vez mais burocratizadas.
Entre os anos de 1960 e 1970, alguns educadores em contrapartida a esta realidade, tentaram desenvolver uma escola mais autônoma e crítica, com raízes no pensamento marxista e fundamentação na teoria do materialismo histórico. 
Ao final dos anos 1960 que surge o Programa de Educação para o Pensar: Filosofia para Crianças de Matthew Lipman inserido em um contexto de discussão pedagógica que tinha por base teóricos como Charles Pierce e John Dewey. Mas o Brasil estava sob governo ditatorial nesse período e tal programa, só foi introduzido aqui na década de 1980, com a abertura democrática e a conquista de uma nova Constituição Federal em 1988.
Unidade 3 - seção 2 — As habilidades do pensamento
Aqui vimos que o desenvolvimento de habilidades cognitivas é um dos focos da Filosofia para Crianças. Para que consigam atingir um pensamento que seja considerado como “pensar bem”, estas habilidades devem ser mobilizadas e utilizadas em diferentes situações. Contudo, as habilidades cognitivas e sócio emocionais não acontecem de forma isolada, sequenciada ou obedecendo à uma linearidade ou hierarquia.
Para que o educador consiga identificar as habilidades exigidas em cada situação, as habilidades cognitivas foram organizadas em quatro grandes grupos que Lipman chamou de mega habilidades:
1 - Formação de Conceitos
2 - Tradução
3 – Investigação
4 – Raciocínio
Por meio das habilidades de formação de conceitos as coisas e fatos adquirem sentidos. Os conceitos tornam-se ferramentas de compreensão e possibilitam a construção de novos conhecimentos. Conceitos são construções do pensamento a partir de algumas habilidades mais elementares. São formados por informações organizadas que culminam em uma ideia que pode ser expressada.
Salvador Dali, criava conceitos em arte e o contato com suas obras influenciaram designers a criarem outros conceitos em produtos oferecidos no mercado de consumo. Um exemplo disto é obra “Rosto de Mae West podendo ser usado como apartamento” de 1935.
De acordo com Lipman, para conseguir realizar uma tradução é necessário o envolvimento de outras habilidades, como interpretar, parafrasear, analisar e também as habilidades que são necessárias para a formação de conceitos. No ambiente infantil as brincadeiras que são vivenciadas, por exemplo, fazer de conta, imitar, fazer mímicas, telefone sem fio, entre outras, envolvem diversas habilidades necessárias para a tradução.
Unidade 3 - seção 3 — Educar para o pensar
Nesta seção aprendemos que a Filosofia para Crianças é uma prática pedagógica que possibilita às crianças e aos adultos o desenvolvimento de uma postura ética e cidadã através da reflexão e do diálogo investigativo. O diálogo investigativo pressupõe a formação da comunidade de investigação e o desenvolvimento, essencialmente, de habilidades cognitivas, ou habilidades do pensamento.
Esta metodologia têm o intuito de contribuir para a construção de uma sociedade mais democrática e ética a partir do desenvolvimento da razão. Entretanto, o desenvolvimento da razão não implica em uma postura ética na sociedade. Isto ocorre por estarmos progredindo a um tipo de racionalidade que chamamos de razão instrumental. Este tipo de razão é aquele que privilegia os meios que nos permitem atingir resultados úteis e imediatos.
Assim, pela razão instrumental, os meios são fetichizados; ou seja, as coisas ou as máquinas que nos permitem atingir determinados objetivos (ou desejos) passam a possuir uma aura mística. Um exemplo bastante atual desta fetichização é o uso ininterrupto de aplicativos de comunicação/redes sociais. Passamos mais tempo conectados a outras pessoas virtualmente, nos tornando reféns desta prática.
A Filosofia para Crianças e o ensino de um Pensar Bem possibilitam a autocorreção e é deste tipo de habilidade que a sociedade democrática, moralmente estruturada precisa -  cidadãos que saibam realizar autocrítica e autocorreção.
Unidade 4 - seção 1 — Da teoria à prática
Aqui entendemos que Dewey definiu educação como uma das maneiras de se refinar a experiência prévia do aluno, na medida em que é possível reorganizar, reconstruir e enriquecer essa experiência por meio de estratégias didáticas. De acordo com o pensamento de Dewey, a escola precisa fornecer aos alunos mecanismos necessários para que eles consigam relacionar suas experiências de vida nos diferentes tempos vividos (passado, presente e futuro) e estabeleçam relações entre suas próprias experiências e as experiências de outras pessoas (também nos diferentes tempos).
 Assim como Dewey, Matthew Lipman era contrário à concepção de ensino e aprendizagem centrada na transmissão de conteúdos, por não proporcionar um posicionamento ativo dos alunos nesse processo.
Partindo desse ideal de educação, Dewey e Lipman defendem que a filosofia se delineia como a disciplina fundamental para problematizar a experiência.
O processo democrático de estruturação das situações de ensino e aprendizagem é valorizado e destacado nas práticas de Filosofia para Crianças e com Crianças e também está presente no ideário de Lipman e Dewey.
A escola precisa ser o espaço de democratização na vida de seus alunos, com o intuito de favorecer a compreensão da sociedade. Pensar democraticamente requer que se tenha experiências democráticas.
Unidade 4 - seção 2 — Metodologia de ensino e aprendizagem
Nesta seção vimos que o diálogo é uma prática social. Isso quer dizer que foi construída pela humanidade ao longo do tempo. Portanto, não nascemos sabendo, precisamos aprender a dialogar. Se o diálogo é uma pretensão escolar, a escola e os professores também são responsáveis por ensinar e auxiliar as crianças na aquisição desse conhecimento/habilidade.
Quando o que se espera para fins escolares é uma aprendizagem social e historicamente construída (e o diálogo é só um exemplo), então é papel da escola (mas não somente dela) promover esse aprendizado.
Quando a criança adquire a fala, começa a perguntar “o que é isso?”, “o que faz?”, buscando compreender e conceituar as coisas e os objetos. Somente mais tarde, entre três e quatro anos, começa a perguntar o “por quê” de tudo (das ações, das coisas, das falas, das decisões, da sua própria rotina), buscando estabelecer razões.
Perguntar também se aprende e se ensina! O exercício de elaborar questões faz que a criança (ou o adulto) sistematize seu conhecimento ou o conhecimento de outra pessoa que o esteja expondo, de maneira que identifique o que não sabe e consiga perguntar. Além disso, precisa elaborar sua fala para que a perguntaseja inteligível ao outro.
No Ensino Fundamental se ensina a comunicar conhecimentos, fatos, opiniões e argumentos. A experiência filosófica é um momento profícuo para que essas aprendizagens se desenvolvam. A formulação de perguntas investigativas e problematizadoras é um conteúdo particular. Conseguir expressar por meio de palavras uma inquietação, uma não compreensão requer habilidades de vão além da linguagem, justamente por se referirem a coisas ou questões incompreendidas.
Não há uma sequência didática ideal ou única para que os alunos aprendam a realizar perguntas investigativas e problematizadoras. A utilização de dinâmicas, materiais diversificados e não conhecidos das crianças ajuda bastante. Aliás, nas experiências de Filosofia para/com crianças, o uso de materiais diversificados e estratégias didáticas múltiplas tem se demonstrado necessário e cada vez mais usual. 	Para desenvolver a habilidade de formular perguntas, o professor pode propor jogos de adivinhação e de desafios, por exemplo. Para finalizar, vale destacar que os estudos, as pesquisas e as inovações acerca de materiais e práticas de ensino de Filosofia para/com crianças continuam sendo desenvolvidos e aprofundados à medida que novas experiências filosóficas são vivenciadas.
Unidade 4 - seção 3 — Avaliando a prática filosófica
Aprendemos que as aulas de Filosofia para/com crianças podem se configurar como disciplina específica da grade curricular ou como uma experiência que se insere em qualquer momento do cotidiano escolar, abrangendo um ou mais componentes curriculares. Como toda prática educativa, ela é intencional e planejada.
Existe a relação entre os membros da comunidade de investigação, entre esses membros e a filosofia, e, ainda, a relação da filosofia com o currículo e a escola. Essas relações muitas vezes geram um desconforto, porque, se por um lado o professor deve ter clareza de seu papel dentro da instituição escola, por outro lado nem sempre há clareza/consenso na escola sobre por que ou para que a filosofia é ensinada.
“Este desconforto ou incômodo, longe de ser simplesmente um problema pedagógico ou didático, constitui, a meu juízo, algo essencial à prática filosófica. Porque, à diferença de outras disciplinas, nas quais a definição de seu campo não é um problema disciplinar complexo (para um geógrafo ou um físico não é difícil deslindar seu território a partir de seus objetos de estudo), para a filosofia, a delimitação de seu campo já é um problema filosófico. Mais ainda, qualquer que seja a estratégia que desenvolvamos para driblar as perguntas “o que é?”, “para que serve?” etc., nunca passa despercebido aos nossos interlocutores que em nossa resposta há algo de malabarismo, de querer esquivar, em última instância, uma resposta clara e precisa. Quer dizer, sempre ficará algo não satisfeito, não resolvido.”
É preciso nos atentarmos às especificidades da filosofia e do ensino de filosofia, sobretudo às formas de avaliação. Esse tema é um dos que mais intrigam os professores que se interessam e/ou iniciam o trabalho de filosofar com crianças. Em algumas redes ou sistemas de ensino, os exercícios e a prova são padronizados, e isso dificulta muito a proposta didático-pedagógica do ensino de filosofia.

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