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AÇÃO DE ALIMENTOS

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AO JUÍZO DA _____ª VARA DE FÁMILIA DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE CEILÂNDIA – DF 
JUSSARA DAS ÁGUAS CLARAS, menor impúbere nascida em 20/06/2007, é filha de JOANA DAS ÁGUAS, brasileira, divorciada, militar, portadora da cédula de identidade n° 1.222.333 – SSP/DF e do CPF n° 000.111.222-33, com endereço eletrônico joana.aguas@hot.com, residente e domiciliada à rua Jaboti 758, conj. 09, casa 05, CEP: 78.400-001, Ceilândia – DF, vem por intermédio de seu advogado signatário, conforme procuração anexa (NOME ADVOGADO, OAB, ENDEREÇO PROFISSIONAL), com fulcro na Lei 5.478 de 25 de julho de 1968, propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS
Em face de ISMAEL CLARAS, brasileiro, divorciado, servidor público federal, sem o conhecimento do endereço eletrônico, residente e domiciliado na Avenida Antônio Marinho, N° 000, bloco “X”, apto. B, CEP: 78600-000, Taguatinga – DF, CEP: 78600-000, pelos fatos e motivos a que passam a expor:
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
Cumpre inicialmente destacar que o autor não possui condições de arcar com os custos do processo sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, razão pela qual requer a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro no disposto do artigo 98 do novo Código de Processo Civil combinado com o artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal.
II – DOS FATOS 
Jussara conforme atesta em certidão de nascimento nascida em 20 de junho de 2007, é fruto do casamento de seus genitores Joana e Ismael. Todavia, após o divórcio de seus pais, Jussara ficou sob a guarda de sua mãe, recebendo total auxilio em seu pleno desenvolvimento moral e psicológico, além de lhe ser dada total assistência afetiva, material e moral.
Porém, ocorre que após o divórcio, Ismael não se mostra interessando e não tem cumprido seu dever dentre eles o de colaborar para o sustento de sua filha menor impúbere.
A representante legal é militar e vem enfrentando dificuldades em manter o mesmo padrão de vida de sua filha desde a separação do casal em 12/07/2015.
Vale destacar que, Jussara está em fase de crescimento e suas despesas como moradia, educação, vestuários, lazer, assistências médicas, dentre outras, não estão sendo atendidas da forma que poderiam ser, por ser apenas a mãe encarregada de arcar com as despesas da filha, sendo assim, a própria encontra-se sobrecarregada e não suprindo algumas despesas que somadas chegam ao montante de R$ 3.000,00 (três mil reais).
A situação financeira do requerido é estável e privilegiada, uma vez que exerce alto cargo no serviço público federal e recebe mensalmente um salário de R$ 20.000,00, sendo revestido unicamente para ele, já que o mesmo não constituiu nova família, sendo Jussara sua única filha. 
Diante disso, não restou outra alternativa ao autor, senão a propositura da presente ação com vistas a ver satisfeito o seu direito e como medida de justiça.
III – DO DIREITO
O direito a alimentos, está expresso na nossa Constituição Federal, em seu artigo 229, que aduz “Os pais têm o dever de ajudar, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e está previsto ainda nos artigos 1.965 e 1.696 do Código Civil, que assim nos diz: 
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros
Mais incisivo ainda é o artigo 1.695 do mesmo diploma legal:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento.
 
	Nessa acepção, assevera a doutrinadora Maria Helena Diniz:[1: Livro: Curso de Direito Civil Brasileiro - 5. Volume 18, Ed. São Paulo: Saraiva, 2003 p. 467.]
“ O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da preservação da dignidade da pessoa humana (art. 1°, III da Constituição Federal) e o da solidariedade familiar, pois vem a ser um dever personalíssimo, devido pelo alimentante, em razão do parentesco que o liga ao alimentado. ”
Ora, está claro o dever de prestação de alimentos não é exclusivo da genitora da autora, e sim também do seu pai, é óbvio que o réu deve cumprir com suas obrigações, de forma a contribuir para que a autora tenha uma qualidade de vida razoável, uma vez que já existem jurisprudências acerca do tema, conforme transcrevo a seguir:[2: Acórdão n.1149948, 20171310012530APC, Relator: ANA CANTARINO 8ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 07/02/2019, Publicado no DJE: 11/02/2019. Pág.: 470/472]
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. ALIMENTOS. BINÔMIO CAPACIDADE E NECESSIDADE. RESPONSABILIDADE DE AMBOS OS GENITORES.QUANTUM OFERTADO PELO ALIMENTANTE. SUPERIOR AO FIXADO NA SENTENÇA. MAJORAÇÃO. POSSIBILIDADE.
1. O dever de sustentar os filhos é obrigação de ambos os pais, decorrente do exercício do poder familiar, não podendo ser atribuído a apenas um deles, independentemente da situação conjugal, conforme preceituam os artigos 229 da Constituição Federal e 1.634 do Código Civil.
2. Os alimentos devem expressar as necessidades do alimentando, de forma a proporcionar um viver condigno com sua condição social, sem olvidar a adequação às reais possibilidades financeiras do alimentante para tal desiderato. Sob esse fundamento é que se assenta o binômio necessidade-possibilidade.
3. Verificando, no caso concreto, que a verba alimentar fixada na sentença se revela incompatível com o ofertado pelo alimentante, impõe-se a sua majoração. 
4. Recurso conhecido e parcialmente provido.
Ante a falta de prestação alimentícia mensal, pelo Requerido, não resta outra opção aos Requerentes senão buscar através do presente pedido a necessária prestação jurisdicional, a fim de proteger o direito de seus filhos.
III - DO PEDIDO
Por todo exposto, requer a Vossa Excelência:
A fixação de alimentos provisórios no valor R$ 3.000,00 (três mil reais), com fulcro no disposto no Art. 4º da Lei nº 5.478/68, que deverá ser depositado em conta corrente a ser aberta em nome da representante legal da Requerente.
A citação do Requerido ISMAEL CLARAS, no endereço supracitado, para responder a presente Ação de Alimentos, nos termos da Lei nº 5.478/68, sob pena de revelia, além de confissão quanto à matéria de fato segundo procedimento daquele instrumento.
A intervenção no feito, do ilustre Representante do Ministério Público que atua nessa Vara.
A procedência do pedido para condenar o requerido ao pagamento de alimentos a filha, ora Requerente, em definitivo, conforme dispõe a Lei nº 5.478/68, pois, na sua profissão, a renda lhe proporciona condições para efetuar tal pensão.
A condenação do Requerido nas custas e honorários advocatícios, estes, à base de 10% do valor da causa.
A concessão dos benefícios da Gratuidade de Justiça, uma vez que a representante da Requerente não tem condições de pagar as custas do processo, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.
IV -DAS PROVAS
Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidas, em especial a oitiva de testemunhas e o depoimento pessoal do requerido, sob pena de confesso.
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a presente causa o valor de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), que é o valor referente a doze meses de alimentos.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Ceilândia, (DIA/MÊS/ANO)
Advogado
OAB

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