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Resistência dos materiais – Aula 02 Belo Horizonte - MG 2019 Prof. Ricardo Perim Real Mestre em Engenharia Civil e-mail: prof.ricardoperim@gmail.com Curso de Engenharia Elétrica Campus Coração Eucarístico Conteúdo Tração e compressão (Cap. 1 e 2): • Conceitos de tração, compressão, tensão normal e tensão de cisalhamento; Esforços solicitantes As forças e momentos atuantes na estrutura promovem a atuação de esforços solicitantes (forças internas) em todas as seções transversais: 𝑵𝒄 = Força normal na seção transversal C 𝑸𝒄 = Força cortante na seção transversal C 𝑴𝒄 = Momento fletor na seção transversal C 𝑻𝒄 = Momento torçor na seção transversal C Esforço normal (N) Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência do esforço normal N é a de promover uma variação na distância entre as duas seções, permanecendo elas paralelas uma à outra. Esforço cortante (Q) Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência do esforço cortante Q é a de promover um deslizamento relativo de uma em relação à outra, apresentando assim uma tendência de corte. Momento fletor (M) Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência do momento fletor M é a de provocar uma rotação da seção em torno de um eixo situado no próprio plano da seção. Momento torçor (T) Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência do momento torçor T é a de provocar uma rotação relativa dessas duas seções em torno de um eixo perpendicular à seção. Tensão normal e de cisalhamento O fato de uma barra suportar ou não suportar uma força (axial ou transversal) que lhe é aplicada não depende apenas do valor do esforço, mas também da área da seção transversal da barra e do seu material. A força por unidade de área é chamada de tensão atuante e é indicada pelas letras gregas σ (sigma) e τ (tau) para tensão normal e de cisalhamento, respectivamente. σ = 𝐹 𝐴 Tensão normal τ = 𝐹 𝐴 Tensão de cisalhamento Tensão normal e de cisalhamento As unidades mais utilizadas para força são: kgf N kN MN GN N = kgf x m/𝒔𝟐 (peso x aceleração da gravidade) Ex: massa de 80 kg = peso de 80 kgf = força de 800 N As unidades de área mais utilizadas são: 𝑐𝑚2 𝒎𝟐 m𝑚2 Como tensão é força/área, as unidades de tensão mais utilizadas são: kgf/𝑐𝑚2 N/𝒎𝟐 (Pa) kN/𝑚2 (kPa) MN/𝑚2 (MPa) No Sistema Internacional, a força é expressa em N e a área em m2. A tensão é expressa, portanto, em N/𝑚2, unidade essa denominada Pascal (Pa). Para o uso prático, o pascal é uma medida muito pequena, usam-se então múltiplos dessa unidade: kPa, MPa e GPa. Tensão normal e de cisalhamento Os valores de tensões atuantes são comparados então com as tensões admissíveis de cada material e é verificado se a estrutura ou a máquina consegue suportar com segurança o carregamento. As funções do Engenheiro não se limitam à análise de estruturas ou máquinas já existentes, que devem suportar determinados carregamentos. Sua função mais importante é a de desenvolver projetos e novas máquinas e estruturas, escolhendo os componentes estruturais adequados para as solicitações previstas. Tensão normal Quando assumimos que uma distribuição uniforme de tensões, isto é, quando adotamos que as forças internas estão uniformemente distribuídas ao longo da seção, a resultante das forças internas está aplicada no centróide da seção transversal. Este tipo de carregamento é chamado de carga centrada e é adotado como carregamento atuante em todas as barras de eixo reto de estruturas reticuladas. Tensão de cisalhamento Quando o carregamento é aplicado em uma barra, por exemplo, na direção transversal a essa barra, ocorre a tensão de cisalhamento. Ao dividirmos a força pela área da seção transversal obtemos a tensão média de cisalhamento. Ao contrário do que foi dito para a tensão normal, as distribuições de tensões de cisalhamento na seção transversal não pode ser assumida como uniforme. O valor real da tensão de cisalhamento varia da superfície para o interior da peça, onde pode atingir valores bem superiores à tensão média. Tensão de cisalhamento Quando o carregamento é aplicado em uma barra, por exemplo, na direção transversal a essa barra, ocorre a tensão de cisalhamento. Ao dividirmos a força pela área da seção transversal obtemos a tensão média de cisalhamento. Ao contrário do que foi dito para a tensão normal, as distribuições de tensões de cisalhamento na seção transversal não pode ser assumida como uniforme. O valor real da tensão de cisalhamento varia da superfície para o interior da peça, onde pode atingir valores bem superiores à tensão média. Aplicação 1 Calcule as tensões normais nas barras AB e BC de diâmetros 75 mm e 50 mm, respectivamente. Aplicação 2 Determine a intensidade da força P para que a tensão de tração na barra BC seja o dobro da tensão de compressão na barra AB. Considere os mesmos diâmetros da aplicação 1. Próxima aula Tração e compressão (Cap. 1 e 2): • Tensões em um plano oblíquo ao eixo; • Tensões últimas e admissíveis.
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