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doenças emergentes e reemergentes

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CONCEITO 
As doenças infecciosas emergentes, segundo as publicações dos Centros de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, podem ser definidas como as infecções que têm aparecido recentemente em uma população ou que já existiam, mas têm aumentado rapidamente em incidência e alcance geográfico. Elas podem ocorrer pela:
Introdução do agente etiológico em outras espécies ou como uma variante de uma infecção humana existente, seguida pelo seu estabelecimento e rápida disseminação dentro de uma nova população hospedeira.
Sua ocorrência também é provocada pelo reconhecimento do caráter não-detectável de uma infecção que já estava presente na população e da origem infecciosa de uma doença estabelecida.
EXEMPLO: 
A “DOENÇA DOS LEGIONÁRIOS”
 Uma pneumonia que atingiu, em 1976, vários membros do American Legion, participantes de um congresso realizado num luxuoso hotel da Filadélfia (Estados Unidos). A princípio, foi considerada uma doença nova; em seguida, as pesquisas microbiológicas mostraram que as espécies do gênero Legionella existiam desde longo tempo em nosso meio ambiente e eram relativamente inocentes. A causa dessa epidemia foi a intervenção de um fator ecológico novo e não uma mutação do germe: a Legionella tornou-se perigosa por causa de sua multiplicação na água estagnada dos dispositivos de climatização e seus distribuidores por aerossol.
DOENÇA EMERGENTE É UMA DOENÇA “NOVA”?
ANACRONISMOS
1 Ela existia antes de sua primeira descrição, mas escapava ao olhar médico porque não podia ser conceitualizada como entidade nosológica
2 Ela existia, mas somente foi observada depois de uma mudança qualitativa e quantitativa de suas manifestações (Doença dos legionários)
3 Ela não existia numa região determinada do mundo e lá foi introduzida a partir de outra região (Processo de colonização: febre amarela)
4 A emergência das doenças pela passagem, ao homem, dos germes que parasitam outros animais (Ebola também entra nessa categoria e, portanto, não representaria uma doença nova, embora a entrada do homem em seu ciclo primitivo e seus hospedeiros naturais sejam, ainda, desconhecidos)
5 Ela é absolutamente nova, o germe causal e/ou as condições necessárias do meio não tinham existido antes das primeiras manifestações clínicas. Por exemplo, a encefalite letárgica (1917) que apareceu na China em 1915 e depois fez estragos no mundo inteiro, desaparecendo em 1930.
MOTIVOS PARA APARECIMENTO DE DOENÇAS EMERGENTES
As alterações climáticas.
O conjunto das atividades humanas que atingem, direta ou indiretamente.
O ambiente, com destaque para o crescimento e assentamento populacional.
O uso indiscriminado de antibiótico.
(GRISOTTI, 2010)
Tabela de (PEDROSO;ROCHA, 2009)
ERRADICAÇÃO, ELIMINAÇÃO E CONTROLE 
ERRADICAÇÃO
De modo sucinto, pode-se dizer que a erradicação de uma doença transmissível implica a extinção, em todo o globo, por métodos artificiais, do agente etiológico da doença objeto do programa, sendo por conseqüência impossível sua reintrodução e totalmente desnecessária a manutenção de quaisquer medidas de vigilância, prevenção ou controle. Cumpre salientar que esse objetivo raramente é passível de ser atingido, sendo a erradicação da varíola uma exceção e não a regra em saúde pública.
As propostas de erradicação mais importantes, além da varíola, são as dos vírus pólio e do sarampo, que se encontra em estágio avançado de êxito.
ELIMINAÇÃO 
Cessação da sua transmissão em extensa área geográfica, persistindo, no entanto, o risco de sua reintrodução, seja por falha na utilização dos instrumentos de controle, seja pela modificação do comportamento da doença.
CONTROLE 
no controle aceita-se a convivência com a doença, porém em níveis de transmissão bem baixos, de forma que ela deixe de ser um problema de saúde pública.
Tanto na eliminação como no controle de doenças, é indispensável manter de modo regular e contínuo as medidas de intervenção pertinentes, além da vigilância, instrumento que permite a análise contínua do comportamento das doenças na população
(WALDMAN, 2001)
REEMERGÊNCIA
As infecções reemergem tanto nos países desenvolvidos como nos subdesenvolvidos. As sociedades desenvolvidas estão vulneráveis à introdução de novas e antigas infecções. Nos EUA, por exemplo, as infecções nunca deixaram de ser causa destacada de morbidade, representando 25% das razões de busca por assistência médica, constituindo-se na terceira causa de morte; e os antibióticos situam-se em segundo lugar em frequência de prescrição
O neoliberalismo, fundamentado no mercado econômico como dominante força social, e a globalização da economia, reconstruindo mundialmente blocos de poder, excluíram progressivamente o papel do Estado no desenvolvimento social, especialmente nas áreas da saúde e educação
A tendência foi transferir a responsabilidade de serviços fundamentais para o setor privado, sem a garantia de equidade na sua oferta. 
O seu efeito foi a diferenciação das condições de vida e de saúde dos diversos grupos sociais, com desemprego, subemprego e expressão de antigos problemas como: fome, tuberculose, hanseníase, ressurgimento de epidemias consideradas excluídas (cólera), surgimento de novas doenças (como a síndrome de imunodeficiência adquirida) e os resultados indesejáveis do desenvolvimento, representados pelo desequilíbrio ecológico, radiação e estresse relacionado ao trabalho e à violência
O surgimento de microrganismos resistentes aos antimicrobianos ocorre em velocidade infinitamente maior do que o aumento da capacidade do complexo industrial e de pesquisa biomédica em produzir novos agentes anti-infecciosos
Os pesticidas tornaram os insetos transmissores de doenças mais resistentes aos inseticidas utilizados, alteraram seu comportamento e sua biologia
Disseminação das doenças devido ao aumento do intercâmbio internacional
DOENÇAS EEMRGENTES E REEMERGENTES DO BRASIL 
Malária 
É típica doença reemergente. Há 40 anos, devido à campanha para erradicá-la, houve intensa redução de sua incidência anual. A introdução de inseticidas e o acesso aos antimaláricos sintéticos eliminaram a malária
As causas dessa recrudescência foram, primariamente, a resistência dos parasitas aos antimaláricos e dos vetores aos inseticida
DENGUE 
É relacionado ao vírus da febre amarela, com o surgimento acelerado de novas linhagens, o que torna difícil o estabelecimento de estratégias para o desenvolvimento de imunobiológicos. O aumento da diversidade genética pode facilitar a recombinação de genes entre vírus da dengue, comprometendo a segurança no emprego de vacinas

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