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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO AULA 8

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Filosofia da Educação
Profa. Marta Amaral
Aula 8
Objetivos da Aula
 Identificar as características do Iluminismo e seu papel no
contexto do século XVIII
Caracterizar o pensamento de Immanuel Kant e sua
contribuição na elaboração de uma teoria que investiga o
valor dos nossos conhecimentos, a partir da crítica das
possibilidades e limites da razão
Estabelecer as diferenças entre o empirismo e o
racionalismo e suas implicações para o conhecimento,
segundo Kant
3
Fusão Cultural
Iluminismo
XVIII
Autonomia 
de 
pensamento
Uso da 
Razão e da 
Ciência
Resgate 
de 
valores 
da 
cultura 
clássica
Oposição 
aos 
valores 
medievais
Filósofo 
faz uso da 
razão ao 
usar sua 
liberdade 
de pensar
A importância do Iluminismo na história humana
 Movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na
Europa (França, Inglaterra, Holanda), defendia o uso da
razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior
liberdade econômica e política
 Promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais,
baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade
 Apoiado pela burguesia com objetivos e interesses comuns
Quais eram as críticas do Iluminismo?
 Mercantilismo
 Absolutismo monárquico
 Os privilégios da nobreza e do clero
 Poder da igreja e as verdades reveladas 
pela fé
Por isso o Iluminismo defendia:
 Liberdade econômica: sem intervenção do 
estado na economia
 Antropocentrismo: avanço da ciência e da 
razão
 Predomínio da burguesia e seus ideais
Alguns pensadores que se destacaram
 John Locke - considerado o “pai do Iluminismo” com a 
teoria da tábula rasa
 Voltaire - destacou-se pelas críticas feitas ao clero 
católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos 
poderosos
 Montesquieu- defendeu a tripartição de poderes: 
Legislativo, Executivo e Judiciário
 Rousseau - sua obra “O contrato social” afirma que o 
soberano deveria dirigir o Estado com base na democracia 
e na vontade do povo
Alguns pensadores que se destacaram
 Adam Smith - representante do liberalismo econômico, o 
qual é composto pelo seguinte:
 o Estado é legitimamente poderoso se for rico
 para enriquecer, o Estado necessita expandir as 
atividades econômicas capitalistas
 para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve 
dar liberdade econômica e política para os grupos 
particulares
 “A riqueza das nações”, defende que a economia deveria 
ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura
Filosofia do Iluminismo
 A influência da Revolução Científica a partir
de Copérnico no século XVI, Galileu Galilei, no
século XVII, Isaac Newton, século XVIII
espalhou-se pelo mundo
 Trouxe a aplicação da razão e do
conhecimento científico para estudar os
fenômenos da sociedade: governo, economia,
educação
 Meados do século XVIII o Iluminismo ganha
seu ápice
As raízes do Iluminismo
 Humanismo renascentista (XV e XVI)
 Raciocínio Filosófico de Descartes (XVII)
 Nova visão trazida por Locke e outros 
filósofos com base na Ciência (XVII): Bacon, 
Keppler, Galileu e Newton
 Críticas ao antigo regime medieval
 Ascenção da burguesia
 Novo modo de pensar por meio da razão, 
da liberdade e da igualdade: Revolução 
Francesa
As raízes do Iluminismo
 Ápice na França: local de encontro de pensadores
 Razão era a base do pensamento
 Oposição aos ideais da monarquia e do Direito Divino
 Protesto contra regalias dos nobres e clero
 Filósofos se baseavam na lógica e na razão
Immanuel Kant e o Iluminismo
 Alemão, um dos principais pensadores do 
século XVIII
 Promove a reunião conceitual entre 
racionalismo (Descartes) e o empirismo (Hume)
Razão humana + importância da experiência = 
conhecimento
 Contribuiu para estabelecer a crítica aos 
limites da razão humana e ao mesmo tempo 
apontá-la como a fonte e o fundamento do 
conhecimento
Immanuel Kant e o empirismo
 Empiristas como Locke e Hume diziam que o conhecimento
humano se origina em nossas sensações
 Locke entendia que a mente é uma tábula rasa que se
torna povoada com ideias advindas das sensações e
experiências
 Kant argumenta que o modelo de tábula rasa da mente é
insuficiente para explicar as crenças que temos sobre as
coisas e objetos
O sistema filosófico de Kant
 Criticismo - Crítica da razão pura
 Desenvolveu a "filosofia transcendental" na qual expõe
a crítica a que há que submeter a razão humana a fim de
indagar as condições que tornam possível o conhecimento a
priori
 Considerou que existem duas faculdades
que operam na aquisição de
conhecimentos: a sensibilidade e o
entendimento
Como é possível o conhecimento?
 O conhecimento é possível porque o homem possui
faculdades cognitivas que o tornam possível de fazer
experiências
 Fontes de conhecimentos em Kant
1. A sensibilidade – os objetos são conhecidos pela intuição
2. O entendimento – os objetos são pensados pelos conceitos
Como é possível o conhecimento?
 Para que o conhecimento aconteça são precisos dois tipos 
de condições: empíricas e a priori
 Empíricas - são particulares e contingentes: dizem respeito a 
um sujeito e podem ser modificadas (por exemplo, para ver uma 
coisa intervém a agudeza visual e o tamanho do objeto)
 A priori – são universais e necessárias: o espaço e o tempo, 
que estão sempre presentes e não procedem da experiência 
mas a antecedem (para ver algo, primeiro é preciso um lugar e 
um tempo no qual se ordenam as impressões recebidas pela 
vista)
Conclusão de Kant sobre o conhecimento
 Se existem condições a priori, isto implica que o sujeito
desempenha um papel ativo no processo do conhecimento,
traz algo para esse conhecimento e não se limita a receber
passivamente o que percebe
Ética Kantiana
 O propósito de Kant é estabelecer uma ética racional que
seja que possa ser efetivamente implementada e racional,
independente da fé e da revelação divina
 Conclui que as três coisas que envolvem nossas
preocupações morais são: Deus, alma imortal e liberdade, que
podem apenas serem pensadas e não conhecidas
efetivamente
Razão Prática
 A razão não consegue objetivamente conhecer os objetos 
que correspondam aos conceitos pensados
 Necessidade de ultrapassar o uso intelectual da razão para 
uma razão prática 
 Se não é dado conhecermos conceitos intelectualmente e 
para não aceitá-los dogmaticamente, é necessário os justificar e 
os fundamentar através da razão prática 
 É inerente a razão prática admitir a 
realidade da liberdade, da alma imortal e Deus
"Fui obrigado, portanto, a suprimir o saber para dar lugar à fé“
Razão Prática de Kant
 A "fé" pressupõe base para a razão prática e não pela
revelação e crença
 Se a razão prática tem o poder para criar normas e fins
morais, tem também o poder para impô-los a si mesma
 Essa imposição que a razão prática faz a si mesma daquilo
que ela própria criou é o dever
 Não é uma imposição externa feita à nossa vontade e à
nossa consciência
 É a expressão da lei moral em nós, manifestação mais alta
da humanidade em nós
 Obedecê-la é obedecer a si mesmo
Ética Kantiana
 Dever – nos confere valores, fins e leis de nossa ação moral 
e por isso somos autônomos
 Fundamentada pela "razão prática" e pela "liberdade“
 Razão teórica - por meio da investigação reflexiva, o 
conhecimento
 Razão prática – visa o agir
 Para que o homem realize o seu desejo inato de ser feliz, ele 
terá que agir em sociedade com prudência e boa vontade
1. Em função disto, a pergunta "o que devo pensar para ser 
feliz? Como devo pensar?
Imperativo Categórico de Kant
 Ética e a liberdade em Kant são interdependentes Perfeição moral, por exemplo, a ética de um homem é um 
atributo de uma vontade livre, que é capaz de agir segundo a 
lei moral: imperativo categórico - expressa por Kant de 
quatro maneiras diferentes:
1. "Age somente segundo uma máxima por meio da qual 
possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei 
universal.“
2. "Age de tal maneira que a máxima de tua vontade possa 
valer igualmente em todo tempo como princípio de uma 
legislação universal."
. 
Imperativo Categórico de Kant
3. "Age de tal sorte como se a máxima de tua ação devesse 
tornar-se, por tua vontade, lei universal da Natureza.“
4. “Age de tal maneira que trates sempre a humanidade, tanto 
em tua pessoa quanto na de qualquer outro nunca 
simplesmente como meio, mas ao mesmo tempo e 
simultaneamente como fim." 
O imperativo categórico é semelhante ao ditado: “Não faças com 
os outros aquilo que não queres que faças contigo."
Imperativo Categórico de Kant
 Ética kantiana- pautada na "vontade livre" que 
significa a autonomia da vontade, este é o 
princípio supremo da moralidade ou da eticidade
 Vontade autônoma adota o imperativo categórico 
como o único modo de atingir a moralidade
 Vontade autônoma é uma causalidade dos seres 
racionais e a liberdade é a propriedade dessa 
causalidade pela qual ela pode agir 
independentemente de causas externas que a 
determinem
Síntese de Kant
 Kant faz uma síntese entre racionalismo e empirismo
 Sem o conteúdo da experiência, dados na intuição, os 
pensamentos são vazios de mundo (racionalismo)
 Sem os conceitos, os pensamentos não têm nenhum sentido 
para nós (empirismo)
 Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem 
conceitos são cegas
Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, se sem 
entendimento nenhum objeto seria pensado
Sugestões de vídeos e leitura
 Filme Amadeus
 https://www.youtube.com/watch?v=5Yo95wLnLvk
 http://institutointersecao.com.br/artigos/Monica/Kant_e_o_Il
uminismo-2.pdf
 https://www.youtube.com/watch?v=BuvKyjhcS1o
 http://www.iep.utm.edu/kantmeta/#H2
 A Crítica da Razão Pura de Kant
 http://books.scielo.org/id/kgx3n/pdf/souza-9788579830167-
04.pdf
Obrigada!

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