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Psicologia, deficiência e inclusão

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Profa. Me. Suely Crahim 
Julho/2019 
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PSICOLOGIA E PESSOAS COM 
NECESSIDADES ESPECIAIS 
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS 
INCLUSÃO E PSICOLOGIA 
•Nos últimos anos: crescente interesse de 
profissionais de diversas áreas pela temática da 
inclusão. 
•Psicologia: passa a se ocupar da discussão 
sobre as práticas inclusivas/segmentos: 
pessoas com deficiência, em situação de rua, de 
abandono, de pobreza, de gênero, “loucos”. 
•Em especial: instituições educacionais- 
problematizando a segregação vivida por essas 
pessoas. 
EXCLUSÃO E INCLUSÃO 
•Bader B. Sawaia (1999, p.7) refere a 
ambiguidade: exclusão/inclusão”. 
“Todos estão incluídos de alguma forma, 
mas esta inclusão nem sempre é decente 
e digna, pois podemos estar incluídos em 
uma ordem desigual, exploradora, 
culpabilizante, enfim, configurando uma 
“inclusão perversa”. 
EXCLUSÃO E INCLUSÃO 
•Não há uma única forma de conceituar a 
exclusão, nem tampouco de combatê-la, 
pois é produto do funcionamento de um 
sistema social e só poderá ser 
compreendida na dinâmica desse sistema. 
INTERESSE 
•Ao se falar da inclusão, se aborda um conflito 
histórico e pertencente a certo funcionamento 
social, determinado pela exclusão social: o 
sistema em que vivemos é excludente em sua 
raiz. 
•Assim... falar de inclusão é perceber as práticas 
exclusivas constitutivas da sociedade: uma 
sociedade de desiguais. 
O QUE É DIFERENTE? 
•O que é diferente e a 
história do preconceito: 
•Marcas 
construídas 
socialmente 
 
 
inconsciente 
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TIPOS 
1. Deficiência intelectual 
2. Deficiência física (locomoção) 
3. Deficiências sensoriais (auditiva/surdez; 
visual, surdocegueira, deficiências múltiplas) 
4. TGD -Transtornos Globais do 
Desenvolvimento (Autismo, Asperger, Síndrome 
de Rett e Transtorno Desintegrativo da infância) 
5. Superdotação e Altas habilidades 
Gráfico 1: População com deficiência no Brasil em 
porcentagens comparativas, Censo 2000 e 2010. 
% 
Fonte: Censo Demográfico IBGE 
2010 
Gráfico 2: População com deficiência no Brasil, em 
porcentagens segundo regiões e unidades 
federativas, Censo 2010. 
Fonte: Censo Demográfico IBGE 
2010 
Gráfico 3: População com deficiência no Brasil, em 
porcentagens segundo o tipo, Censo 2010. 
% 
Fonte: Censo Demográfico IBGE 
2010 
BREVE HISTÓRICO DO DEFICIENTE 
NA SOCIEDADE 
A conquista gradativa dos direitos das 
pessoas “excepcionais”. 
A infância, assim como tudo que vivemos 
hoje - cultivado a partir de mudanças na 
estrutura familiar e na sociedade. 
 A partir das necessidades do estado foram 
se instituindo “comportamentos integrados aos 
fins da vida social”. 
A CONSTRUÇÃO DA INFÂNCIA 
O espaço forjado para a “constituição da 
infância” foi a escola. 
A infância não é natural nos seres 
humanos, mas algo que vai sendo criado a 
partir das novas formas de falar e sentir dos 
adultos em relação ao que fazer com as 
crianças. 
Como entender o deficiente nesse espaço? 
BREVE HISTÓRICO 
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•Os deficientes 
eram jogados de 
penhascos, pois 
não poderiam 
contribuir com o 
Estado. 
 
IDADE ANTIGA - Grécia 
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•A criança com deficiência: 
“entendida” como um problema 
que deveria ser eliminado. 
•Essa responsabilidade era do 
pai assim como do Estado. 
•O deficiente não poderia 
alcançar a perfeição física 
exigida de um cidadão grego. 
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•Roma: o pai da criança 
era quem resolvia se ela 
deveria viver ou morrer. 
•Aparece o deficiente pela 
primeira vez na Lei das 12 
Tábuas. 
 
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Deficientes eram tidos como “criaturas 
divinas” pela Igreja Católica e como 
demônios por Lutero. 
Nesta época os deficientes 
mentais também são tratados 
como “bobos da corte”. 
IDADE MÉDIA 
Imagens Google 
•Os deficientes 
eram separados da 
sociedade para 
evitar que seu 
comportamento 
prejudicasse os 
“saudáveis”. 
IDADE MÉDIA 
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AINDA NA IDADE MÉDIA 
•Outro modo de lidar 
com os segregados, 
fossem estes 
prisioneiros, 
criminosos ou 
deficientes, eram as 
“naus dos tolos” -, 
eram enviados para 
o mar, sozinhos. 
 
Hieronymus Bosch –A nave dos loucos. Óleo sobre madeira (c.1450-1500) 
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•A temática da loucura. 
•Uma realidade 
invertida. 
•A obra retrata uma 
crítica social. 
•A nave da igreja em 
uma nave de loucos. 
 
Hieronymus Bosch –A nave dos loucos. Óleo sobre madeira (c.1450-1500) 
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OLHANDO A ARTE 
IDADE MODERNA O 
PRECONCEITO AINDA EXISTE 
•No século XIX, a sociedade ainda 
reflete nos seus atos uma posição 
de confinamento dos excepcionais 
em instituições especiais. 
•Agora a visão não é só de separar, 
mas a visão é de reabilitar. 
 
AS MARCAS HISTÓRICAS 
BUSCANDO A IGUALDADE 
•A revolução Francesa prega: Igualdade, 
Fraternidade, Liberdade; 
•Luta para o término da escravidão; 
•A igualdade de direitos pelas mulheres; 
Direito de voto; 
•A desinstitucionalização dos doentes 
mentais, etc. 
Imagens Google 
DIREITOS HUMANOS 
1 
Logo após a 1ª. 
Guerra Mundial: 
“Direito Internacional 
Humanitário”, 
“Organização 
Internacional do 
Trabalho” e “Liga das 
Nações”. 
 
 
 
2 
Após a 2ª Guerra 
Mundial com a criação 
da “Organização das 
Nações Unidas” e 
com a adoção da 
“Declaração Universal 
dos Direitos 
Humanos”. 
Século XX: dois momentos 
ONU 
•Objetivo: promover a segurança no mundo, 
fomentar relações cordiais entre as nações, 
promover progresso social, melhorar os padrões de 
vida e direitos humanos. 
•Desenvolve documentos norteadores para o 
desenvolvimento de Políticas Públicas de seus 
países membros. 
 
Imagens Google 
POLÍTICAS PÚBLICAS 
•Conjunto de normas que orientam práticas 
e respaldam os direitos dos indivíduos em 
todos os níveis e setores da sociedade. 
•Base: princípios da igualdade e da 
equidade surgem como necessidades em 
resposta aos problemas sociais. 
 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS 
DIREITOS HUMANOS - 1948 
Proclama que todos os seres nascem livres e 
iguais, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, 
religião... Todos são iguais perante a lei. 
•Igualdade : os direitos humanos são intitulados 
por todos os indivíduos pelo mero fato de serem 
Seres Humanos; 
•Dignidade : junto ao conceito de igualdade haja o 
reconhecimento da diferença (ao gênero, à raça, à 
idade, etc.). 
Imagens Google 
DIGNIDADE: PARA REFLETIR 
“Quando uma coisa 
tem um preço, pode-
se pôr em vez dela, 
qualquer outra como 
equivalente; mas 
quando uma coisa 
está acima de todo o 
preço, e, portanto, 
não permite 
equivalente, então ela 
tem dignidade." 
 
 Kant (1997) 
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“O homem não tem um preço, mas uma dignidade” 
•TODOS têm direito à Educação 
•Visa satisfazeras necessidades básicas de 
aprendizagem e para isso propõe: 
1.Satisfazer necessidades básicas de 
educação. 
2.Universalizar o acesso à educação e 
promover a equidade. 
3.Concentrar atenção na aprendizagem. 
DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO 
PARA TODOS - CONFERÊNCIA DE JOMTIEN – 
1990 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - 
1994 
• Um dos documentos mais importantes para a 
educação especial. 
•Discute a atenção educacional aos alunos 
com necessidades educacionais especiais. 
Clipp art Office 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - 
1994 
•No contexto desta Estrutura, o termo 
"necessidades educacionais especiais" refere-
se a todas aquelas crianças ou jovens cujas 
necessidades educacionais especiais se 
originam em função de deficiências ou 
dificuldades de aprendizagem. 
 1996 
A Lei de Diretrizes e Bases, nº 9394, se ajusta 
à legislação federal e aponta que a educação 
das pessoas com deficiência deve dar-se 
preferencialmente na rede regular de ensino. 
CONVENÇÃO DA GUATEMALA - 
1999 
•Tomar as medidas de caráter 
legislativo, social, educacional, 
que sejam contra a discriminação 
dos deficientes. 
•Países membros deverão 
trabalhar prioritariamente na 
prevenção, detecção e 
educação visando o pleno 
desenvolvimento dos 
deficientes. 
Imagens Google 
www.portal.mec.gov.br 
 Documento Orientador/MEC 
O Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e 
Permanência na Escola das Pessoas com Deficiência 
Beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada da 
Assistência Social – PROGRAMA BPC NA ESCOLA foi 
instituído pela Portaria Interministerial nº 18, de 24 de abril de 
2007, visando garantir o acesso e a permanência na escola das 
pessoas com deficiência até 18 anos de idade, já beneficiárias do 
BPC, por meio de ações articuladas entre o Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Ministério 
da Educação (MEC), o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria 
de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), 
envolvendo compromissos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
•“as pessoas com deficiência tem os mesmos 
direitos humanos e liberdades fundamentais que 
outras pessoas e que estes direitos, inclusive o 
direito de não ser submetidas a discriminação com 
base na deficiência, emanam da dignidade e da 
igualdade que são inerentes a todos ser humano”. 
(Convenção Guatemala – 1999) 
CONVENÇÃO DA GUATEMALA - 
1999 
•No primeiro artigo da Convenção, define-se o 
termo deficiência sendo que: 
•“deficiência, significa uma restrição física, 
mental ou sensorial, de natureza permanente 
ou transitória, que limita a capacidade de 
exercer uma ou mais atividades essenciais da 
vida diária causada ou agravada pelo ambiente 
econômico e social”. (Convenção Guatemala – 1999) 
CONVENÇÃO DA GUATEMALA - 
1999 
ASSIM.. 
• Há dois movimentos: 
• A inclusão social (escolar) 
• A inclusão profissional (cotas) 
• Então temos um contraponto: onde está 
este profissional? 
• R: A escola não ofereceu condições 
• Há uma desqualificação do tema 
• Há marcas físicas e sociais trazidas pelo 
movimento social 
A base da sociedade é a 
educação! 
FAMÍLIA SOCIEDADE 
ESCOLA 
É aqui a atuação da Psicologia 
E A PSICOLOGIA? 
•A Psicologia, neste contexto, tem a função de 
diagnosticar e de tratar da diversidade, além de 
construir meios de exercício pleno da 
cidadania, através de sua atuação junto às 
Políticas Públicas. 
•Ou seja... 
•Intervir em níveis de prevenção, reabilitação e 
equiparação de oportunidades que possibilitem 
respeitar e conviver junto à diversidade. 
 
INTERDISCIPLINARIDADE 
•É um processo: de comunicar ideias até 
a integração recíproca de finalidades, 
objetivos, conceitos e procedimentos de 
ação. 
Resposta à fragmentação pela 
especialização. 
 
 
 mãos 
INTERDISCIPLINARIDADE 
•Não basta integrar conteúdos 
•É necessária uma atitude e postura interdisciplinar. 
•Reconhecer que: 
• todo conhecimento é igualmente importante, 
derrubando a hierarquia entre saberes; 
• todos os campos do conhecimento são limitados. 
DEVE O PSICÓLOGO 
•Conhecer as características da intervenção dos 
psicólogos em instituições de educação especial. 
•O impacto das políticas de inclusão escolar. 
•Com tais elementos para a avaliação desse 
processo com vistas à identificação de 
necessidades de incremento da formação dos 
psicólogos, de modo a ampliar a 
responsabilidade social e os direitos humanos. 
DEVE O PSICÓLOGO 
•O foco do trabalho deve ser o potencial de 
cada um e não a deficiência em si. 
•O papel do psicólogo na inclusão social das 
pessoas com necessidades especiais é praticar 
o enfrentamento e a lidar com a exclusão 
tentando introduzir principalmente a afetividade 
no cotidiano dessas pessoas. 
•Um dos desafios e, ao mesmo tempo, uma 
das mais importantes possibilidades de 
contribuição da Psicologia: 
Ajudar os indivíduos e os grupos sociais 
a superar os entraves para a construção 
e efetivação de um novo paradigma nas 
relações humanas. 
Questão 
Referências 
BAUMAN, Z. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. 
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes para a educação especial na 
educação básica. Brasília: Secretaria de Educação Especial, MEC/SEESP, 2001. 
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. 9ª ed. São Paulo: 
Atlas, 1988. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nova LDB (Lei n. 
9.394). Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. 
CONSELHON FEDERAL DA PSICOLOGIA. Educação Inclusiva: Experiências 
profissionais em Psicologia. Brasília: CFP, 2009. 
COSTA, Teresinha Pavanello Godoy. Integração social de portadores de 
necessidades especiais. Rev. SPAGESP, Ribeirão Preto, v. 5, n. 5, dez. 2004 
. Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
29702004000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 29 out. 2012. 
NUNES, Meire Aparecida Lóde. A Educação pela sensibilidade: uma análise 
iconográfica do pecado em Hieronymus Bosch.Dissertação de Mestrado. Maringá, 
2010. 
SAWAIA, B. Exclusão ou inclusão perversa? In: SAWAIA, B. (Org.) As artimanhas 
da exclusão: Análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes. 
1999. 
SILVEIRA, A.F. Caderno de psicologia e Políticas Públicas. Curitiba:Unificado, 
2007. 
Anexos 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS 
DIREITOS HUMANOS - 1948 
•A Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a 
Declaração dos Direitos Humanos, na qual reconhece que: 
•Artigo 1º “Todos os seres humanos nascem livres e iguais, 
em dignidade e direitos”. 
•No Artigo 26, inciso I, “toda a pessoa tem direito à 
educação. A Educação deve ser gratuita, pelo ao menos a 
correspondente ao ensino elementar é obrigatório [...]” 
•O Artigo 27, no inciso I, proclama que “toda a pessoa tem o 
direito de tomar parte livremente na vida cultural da 
comunidade, de usufruir as artes e de participar do 
progresso científico e nos benefícios que deles resultam”. ( 
SEESP/MEC, 2004). 
DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO 
PARA TODOS - CONFERÊNCIA DE JOMTIEN – 
1990 
•Artigo 1º - Satisfazer as necessidades básicas de 
educação - as crianças, jovens e adultos devem 
desenvolver plenamente suas capacidades; a educação 
deve possibilitar à sociedadea busca da justiça e 
preservação do meio ambiente, enriquecer os valores 
culturais. 
•Artigo 2º – Expandir o enfoque - desenvolver novas 
estruturas, recursos e possibilidades de comunicação, 
promover a eqüidade e articular a educação aos conjuntos 
de conhecimentos relevantes na sociedade. 
 
•Artigo 3º – Universalizar o acesso à educação e 
promover a eqüidade - educação básica para todos; 
melhorar a qualidade, alcançar e manter um padrão 
mínimo de qualidade; eliminar os preconceitos e 
estereótipos, priorizar as mulheres e meninas; superar a 
disparidade com grupos excluídos: meninos de rua, 
nômades, minorias étnicas, etc; ter medidas especiais com 
portadores de deficiência. 
•Artigo 4º – Concentrar a atenção na aprendizagem - A 
educação básica, deve estar voltada para a efetiva 
aprendizagem – abordagem de aprendizagens diferentes, 
definir níveis desejáveis de aprendizagem, implementar 
sistemas de avaliação e desempenho. 
•Artigo 5º – Ampliar os meios e o raio de ação da 
educação básica – a diversidade de modos de 
aprendizagem deve ser relevada. A aprendizagem começa 
na infância, na família e fora dela; criar sistemas de apoio; 
implementar programas próprios para jovens e adultos; ter 
programas de capacitação técnica. 
•Artigo 6º - Propiciar ambiente adequado à aprendizagem - a 
aprendizagem não ocorre de maneira isolada, devem ser garantidos 
aos educandos cuidados em nutrição, médicos, apoio físico e 
emocional. 
•Artigo 7º - Fortalecer alianças - é necessário que as autoridades de 
todos os níveis se preocupem com a educação e com a valorização 
dos seus profissionais. É importante também implementar alianças 
com outros órgãos governamentais ou não. 
•Artigo 8º - Desenvolver uma política contextualizada de apoio - é 
necessário o apoio de setores econômico, cultural e social para a 
promoção da educação básica; desenvolver uma política econômica 
de comércio, trabalho, etc visando ao desenvolvimento da sociedade; 
garantir ambiente intelectual e científico à educação básica. 
•Artigo 9º – Mobilizar recursos - é necessário mobilizar e 
disponibilizar recursos financeiros e humanos, para viabilizar a 
aprendizagem para todos. 
•Artigo 10 – Fortalecer a solidariedade internacional - satisfazer 
necessidades básicas de educação é compromisso comum e 
universal, visando a corrigir disparidades devendo haver aumento dos 
recursos destinados à educação; as necessidades básicas de 
aprendizagem devem ser atendidas e os países menos desenvolvidos 
deverão ser auxiliados. As nações devem agir conjuntamente para 
acabar com guerras, conflitos, etc, visando a garantir as necessidades 
de aprendizagem. 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - Sobre Princípios, 
Políticas e Práticas na Área das Necessidades 
Educativas Especiais – 1994. 
Os delegados das Nações Unidas, em Salamanca, Espanha, entre 7 e 
10 de junho de 1994, reafirmam o compromisso para com a 
Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e urgência de 
providências de educação para as crianças, jovens e adultos com 
necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de 
ensino. 
• Os paises signatários, dos quais o Brasil faz parte, acreditam e 
proclamam que: 
• • toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada 
a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de 
aprendizagem; 
• • toda criança possui características, interesses, habilidades e 
necessidades de aprendizagem que são únicas; 
• • os sistemas educativos devem ser pensados e os programas 
implementados levando em consideração a diversidade 
educacional; 
• as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter 
acesso à escola regular, que deverá pensar em uma Pedagogia 
centrada na criança, capaz de atender as suas necessidades; 
• • escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem 
os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias 
criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade 
inclusiva e alcançando educação para todos. 
• Incita os governos a: 
• • atribuir prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus 
sistemas educacionais para se tornarem aptos a incluírem todas as 
crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades 
individuais; 
• adotar o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de 
política, através da matricula de todas as crianças em escolas 
regulares, a menos que haja fortes razões para agir de outra forma; 
• estabeleçam mecanismos de participação descentralizados para 
planejamento, supervisão e avaliação educacional para crianças e 
adultos com necessidades educacionais especiais; 
• • promover e encorajar a participação de pais, comunidades e 
organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos 
de planejamento e tomada de decisão para atender os alunos com 
necessidades educacionais especiais; 
• • investir esforços em estratégias de identificação e intervenção 
precoces; 
• • garantir que haja programas de treinamento para professores, 
tanto inicial como contínuo, visando a atender as necessidades 
educacionais especiais em escolas inclusivas. 
• Os participantes também conclamam que agências internacionais 
governamentais e não governamentais auxiliem e apóiem o 
desenvolvimento da Educação Especial, como parte integrante dos 
programas educacionais relativas ao aprimoramento de 
professores, estimular a comunidade acadêmica no 
desenvolvimento de pesquisa e tecnologia, mobilização e criação 
de fundos para programas de apoio comunitário. 
• O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam 
acomodar todas as crianças independentemente de suas condições 
físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. 
Aquelas deveriam incluir crianças deficientes e super-dotadas, 
crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de 
população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, 
étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desavantajados ou 
marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes 
desafios aos sistemas escolares. No contexto desta Estrutura, o 
termo "necessidades educacionais especiais" refere-se a todas 
aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais 
especiais se originam em função de deficiências ou 
dificuldades de aprendizagem. . Muitas crianças experimentam 
dificuldades de aprendizagem e, portanto possuem necessidades 
educacionais especiais em algum ponto durante a sua 
escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais 
crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam 
desvantagens severas. Existe um consenso emergente de que 
crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devam 
ser incluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria das 
crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. 
Princípio orientador de uma sociedade/escola inclusiva 
• O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz 
respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada 
na criança e capaz de bem sucedidamente educar todas 
as crianças, incluindo aquelas que possuam 
desvantagens severa. O mérito de tais escolas não 
reside somente no fato de que elas sejam capazes de 
prover uma educação de alta qualidade a todas as 
crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo 
crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, 
de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma 
sociedade inclusiva. 
• A Educação Especial incorpora os mais do que 
comprovados princípios de uma forte pedagogia da 
qual todas as crianças possam se beneficiar. Ela 
assume que as diferenças humanas são normais e 
que, em consonância com a aprendizagem de ser 
adaptada às necessidades da criança, ao invés de se 
adaptar a criança às assunções pré-concebidas a 
respeitodo ritmo e da natureza do processo de 
aprendizagem. (Declaração de Salamanca, 1994)

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