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Resumo PRPCESSO CIVIL PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

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Resumo – Processo Civil Procedimentos Especiais
Da tutela provisória
Para que não houvesse dúvida a respeito do significado dessa expressão, o legislador definiu sua extensão no art. 294: “A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência”. O parágrafo único acrescenta: “A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental”. A expressão “tutela provisória” passou a expressar, na atual sistemática, um conjunto de tutelas diferenciadas, que podem ser postuladas nos processos de conhecimento e de execução, e que podem estar fundadas tanto na urgência quanto na evidência. As tutelas de urgência, por sua vez, podem ter tanto natureza satisfativa quanto cautelar. Designa, portanto, o gênero, do qual a tutela de urgência, satisfativa ou cautelar, e a tutela de evidência, são espécies.
- Conceito de Tutela provisória:
Feitas essas considerações, seria possível conceituá-la como a tutela diferenciada, emitida em cognição superficial e caráter provisório, que satisfaz antecipadamente ou assegura e protege uma ou mais pretensões formuladas, e que pode ser deferida em situação de urgência ou nos casos de evidência.
- A tutela provisória e a efetividade do processo:
A tutela provisória garante e assegura o provimento final e permite uma melhor distribuição dos ônus da demora, possibilitando que o juiz conceda antes aquilo que só concederia ao final ou determine as medidas necessárias para assegurar e garantir a eficácia do provimento principal. Pode estar fundada em urgência ou evidência. Sem ela, o ônus da demora seria sempre do autor, podendo o réu
sentir-se estimulado a fazer uso dos mais diversos mecanismos para retardar o desfecho do processo.
- Classificações:
A tutela provisória pode ser classificada pela sua natureza, fundamentação ou momento em que
requerida. 
Conforme a natureza pode ser antecipada ou cautelar;
 Quanto à fundamentação, de urgência ou de evidência; 
E quanto ao momento de concessão, antecedente ou incidental. 
Cada uma dessas classificações será examinada em seguida.
- Tutela provisória Antecipada e Cautelar: 
As duas são provisórias e têm requisitos muito assemelhados, relacionados à urgência. Mas somente a ANTECIPADA tem natureza satisfativa, permitindo ao juiz que já defira os efeitos que, sem ela, só poderia conceder no final. Na CAUTELAR, o juiz não defere, ainda, os efeitos pedidos, mas apenas determina uma medida protetiva, assecurativa, que preserva o direito do autor, em risco pela demora no processo.
Tanto a tutela antecipada quanto a cautelar podem ser úteis para afastar uma situação de perigo de
prejuízo irreparável ou de difícil reparação. Mas diferem quanto à maneira pela qual alcançam esse
resultado: enquanto a primeira afasta o perigo atendendo ao que foi postulado, a segunda o afasta
tomando alguma providência de proteção.
TUTELA ANTECIPADA O que há de mais característico na tutela antecipada é que ela, antecipadamente , satisfaz, no todo ou em parte, a pretensão formulada pelo autor, concedendo-lhe os efeitos ou consequências jurídicas que ele visou obter com o ajuizamento da ação. 
Se postulou a condenação, o juiz, antecipando a tutela, permitirá ao credor obter aquilo que da condenação lhe resultaria. Por isso, o juiz não pode concedê-la com efeitos que ultrapassem a extensão do provimento final, ou que tenham natureza diferente da deste. Por exemplo: não pode o juiz, em ação declaratória, conceder tutela antecipada condenatória.
Se a tutela antecipada fosse total e tivesse caráter definitivo, e não provisório, o autor ficaria plenamente satisfeito. A sua pretensão teria sido alcançada. Isso não ocorre porque ela é sempre provisória e precisa ser substituída por um provimento definitivo. Por isso, a efetivação da tutela antecipada observará as normas referentes ao cumprimento provisório de sentença, no que couber (CPC, art. 297, § único).
TUTELA CAUTELAR A tutela provisória cautelar não satisfaz, no todo ou em parte, a pretensão do autor. O juiz não concede, já, o que só seria deferido ao final, mas determina providências de resguardo, proteção e preservação dos direitos em litígio.
Já se, no curso do processo, verifica-se que o bem está correndo um risco de perecimento, porque o
réu não toma os cuidados necessários, o autor pode postular o sequestro cautelar, com entrega a um
depositário, que ficará responsável pela sua preservação e manutenção até o final do litígio. O sequestro não atende, ainda, à pretensão do autor, que não se verá reintegrado na posse da coisa, deferida ao depositário, mas é uma providência protetiva, acautelatória, cuja função é afastar um risco de que, até que o processo chegue ao final, a coisa pereça.
- Tutela de urgência e evidência: 
A tutela será de URGÊNCIA quando houver “elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo” (CPC, art. 300, caput). Os requisitos são o fumus boni juris, isto é, a probabilidade do direito, e o periculum in mora, isto é, risco de que sem a medida o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de difícil reparação. 
Mas há também a possibilidade de a tutela PROVISÓRIA estar fundada em evidência, caso em que ela será sempre satisfativa. É o legislador quem define quais são as situações consideradas indispensáveis para que o juiz defira a tutela de evidência. Elas estão enumeradas nos quatro incisos do art. 311 do CPC, e são muito diferentes daquelas exigidas na ​tutela de urgência. A de evidência não tem por fim afastar um perigo, e será deferida mesmo que ele não exista. Para compreender a sua finalidade, é preciso lembrar que é normalmente o autor quem sofre com a demora no processo, pois é ele quem formula a pretensão, que permanece não atendida até o final (ou até determinada fase). Cabe ao autor, em regra, suportar os ônus da demora. A tutela de evidência inverte esse ônus, seja quando o réu age de forma abusiva ou com intuito protelatório, seja quando o ​direito cuja proteção o autor postula revista-se de evidência, o que ocorre nas hipóteses dos incisos II e IV do art. 311, seja, ainda, quando se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequado de contrato de depósito.
-Tutelas provisórias de urgência antecedentes e incidentais:
Como visto, a tutela provisória pode fundar-se em urgência ou evidência. A tutela de evidência será sempre incidental, nunca antecedente. Mas a de urgência poderá ser incidental ou antecedente. Em relação à incidental, não haverá nenhuma dificuldade: como o processo principal já foi ajuizado, a medida será requerida no seu bojo quando se apresentar uma situação de urgência. A tutela antecedente é aquela formulada antes que o pedido principal tenha sido apresentado ou, ao menos, antes que ele tenha sido apresentado com a argumentação completa.
No caso da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o autor formulará o pedido cautelar antes de
apresentar o principal. Ao requerê-la, deverá apenas indicar qual será a pretensão principal, expondo
de maneira sumária o direito que se visa assegurar. Efetivada a tutela cautelar, deverá ser apresentado,
no mesmo processo, e dentro de 30 dias, o pedido principal. Não há, pois, um processo antecedente a
outro, mas um pedido antecedente ao outro no mesmo processo.
A tutela antecipada também pode ser deferida em caráter antecedente, na forma do art. 303 do
CPC. O autor formulará apenas o pedido de antecipação, apresentando uma exposição sumária da lide,
do direito que se busca realizar e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Concedida a
tutela antecipada, a inicial deverá ser aditada para complementação da argumentação, juntada de novos
documentos e confirmação do pedido de tutela final, em 15 dias, ou outro prazo maior que o órgão
jurisdicional fixar.

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