Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO - AULA 01 A instrumentação ou o preparo químico mecânico nada mais é do que o preparo do espaço do canal radicular ou do canal dentinário. Quando se fala em tratamento endodôntico é necessário ter a consciência que esse tratamento é constituído de uma etapa química e uma etapa mecânica. Se for pensar nos objetivos do tratamento como um todo, o primeiro objetivo que se tem é promover uma ampliação do espaço do canal, a modelagem e a desinfecção com o objetivo de criar um espaço para posteriormente se obturar esse espaço. Então as principais fases são: abertura coronária, o preparo químico mecânico e a obturação do canal. DÚVIDAS? Não tem como dissociar durante a instrumentação do canal radicular os meios mecânicos, físicos e químicos, uma vez que são um processo simultâneo e contínuo. Quando se faz a instrumentação, automaticamente é preciso utilizar os recursos da irrigação e da aspiração. Antes de realizar a intervenção de instrumentos no interior do canal radicular, esse canal deve estar devidamente irrigado, e quando se faz o uso do instrumento no interior, também se faz a remoção das raspas de dentina e microorganismos que estão lá dentro. Esse preparo possui objetivos a serem cumpridos: Um dos objetivos principais é obter uma forma, ou seja, modelar e criar o espaço para posteriormente preenchê-lo com o material de guta-percha, então é necessário que se faça nesse canal um batente (o batente é feito no momento da instrumentação), isso é importante porque NÃO é nosso objetivo que o material preenchedor extravase do forame apical OU para o canal cementário. O batente serve como uma PARADA, serve como um STOP apical (não é o stop de borracha), então ele (o batente) nada mais é do que um preparo na região apical um pouquinho mais alargado de forma que o material se acomode na região apical para que não ocorra um extravasamento do material do canal dentinário para o canal cementário e, consequentemente, para o periápice do paciente. Por isso que se diz que é importante fazer o batente para que se faça a completa obturação, porque a instrumentação (o batente é realizado na etapa da instrumentação) além de fazer a desinfecção, visa promover a obturação do canal radicular, porque é através da obturação que acontece a completa desinfecção (se o dente ficasse ABERTO ele seria recolonizado por microorganismos), MAS esse preenchimento deve ser feito de maneira segura e eficaz, ou seja, não pode extravasar para regiões periapicais, pois isso levaria a ocorrência de sérias complicações. Pergunta do Alec: O batente é menor que o comprimento de trabalho ou ele será o comprimento de trabalho? Resposta: O batente será incluído NO comprimento de trabalho, porque o comprimento de trabalho que dará a extensão do preparo em todo o canal radicular. O segundo objetivo é: O batente tem que ser constituído no comprimento de trabalho, porque o comprimento de trabalho é o último limite que se quer que o material obturador vá, o material não pode ir além e nem aquém. O comprimento de trabalho é onde o instrumeto age. RESUMINDO O QUE É BATENTE APICAL PARA QUEM AINDA NÃO ENTENDEU: O canal radicular é menor no terço apical, um pouco maior no terço médio e um pouco maior no terço cervical. Isso faz com que o preparo seja cônico, com menor diâmetro no terço apical e maior diâmetro no terço cervical. Se for inserido um material obturador ou uma lima no canal, (primeiro vamos dar o exemplo da lima) e essa lima não possuir uma demarcação ou extensão de profundidade limitada pela borracha (o stop de borracha), ela vai passar do canal radicular (na ordem de: canal dentinário, limite CDC e canal cementário) e pode perfurar o canal. O material obturador é semelhante ao formato da lima, pois é cônico (diâmetro cervical maior e diâmetro apical menor) em região apical, mas ele não tem stop de borracha como a lima, portanto, se o material obturador não tiver uma PARADA na região apical, ele ultrapassa aquela região, dessa forma, se o canal não for preparado na região apical, de forma que ele tenha um pouquinho a mais de diâmetro quando comparado ao restante do canal radicular, o que vai acontecer com o material restaurador? Irá extravasar. Então, na região apical, é necessário promover um pouco mais de conicidade lateralmente para o canal radicular para que o material possa se acomodar ali, e esse batente é realizado através da instrumentação do terço apical. Então esse preparo é cônico, progressivo e contínuo, de forma que se tem um maior alargamento do terço cervical e médio e um menor alargamento do terço apical, sempre mantendo essa trajetória do canal, se o canal for curvo, manter a trajetória curva, se for reta, manter a trajetória reta. Não é um objetivo interferir na trajetória original do canal, e assim prevenir a ocorrência de desvios, perfurações, iatrogênias... É importante saber caso houver um canal com curvatura muito acentuada, que se faça a instrumentação de forma que ela (a instrumentação) e a obturação acompanhe essa curvatura, porque a extensão da obturação nada mais é do que a extensão do preparo que foi realizado. Quanto mais bem preparado o terço cervical e terço médio, mais fácil será atingir a curvatura do canal (porque o instrumento entrará reto e alargado nessas porções e trabalhará tensionado em uma porção pequena)***. ***Por que isso é importante? Porque pode acontecer diversos níveis de iatrogênias. Elas podem ser mais simples (por ex. desvios), degrau, pode levar a um zip (alargamento do forame apical), ou pode perfurar o canal se continuar indevidamente a partir do momento em que se desviou. ZIP: Degraus: Essa manutenção da trajetória do canal significa EVITAR IATROGÊNIAS – caso o canal for reto, manter a trajetória reta; se for curvo, manter a trajetória curva. DÚVIDAS? O batente apical nada mais é do que esse primeiro degrau que é constituído na região apical, é ali que o cone de guta percha/material obturador irá se posicionar. O batente apical tem como objetivo inserir o cone de guta percha nessa região de forma que esse material sempre se encontre dentro do canal radicular (ela mostra uma figura com extravasamento de cimento, esse extravasamento pode ocorrer, não é o nosso objetivo que ocorra, mas pode ocorrer porque o cimento é reabsorvível, e não teria “um problema”). Se há um formato ou instrumentação adequada do canal radicular, também haverá uma obturação adequada, da mesma forma que quando se tem um preparo inadequado, a obturação não será efetiva. DEU P ENTENDER? Não tem como falar de instrumentação sem ter a noção dos objetivos dos 2 tipos de tratamento que se realiza na clínica. Tratamento em que a polpa está vital (biopulpectomia) e tratamento em que a polpa está necrosada (necropulpectomia). A diferença principal entre esses tratamentos é: na biopulpectomia há o objetivo de fazer o preparo ou de criar um espaço para obturar, porque a infecção do canal radicular não está presente, ela é superficial e é cessada quando se remove o tecido pulpar coronário, o objetivo do tratamento na biopulpectomia é manter a integridade dos tecidos periapicais. Já na necrose é preciso neutralizar o conteúdo séptico-tóxico do canal radicular e que haja a remoção mecânica e química dos microorganismos que estão no interior do canal. É através dessa condição pulpar que vamos determinar o tipo de tratamento que será escolhido para determinado caso. **A biopulpectomia tem infecção, mas é SUPERFICIAL. Quando se faz uma diferenciação radiográfica clássica de um dente que apresentavitalidade pulpar ou necrose pulpar, tem que ter em mente que o dente com vitalidade não apresentará anormalidades na região periapical, pode até apresentar um espessamento de lâmina dura, mas não vai apresentar uma lesão/destruição semelhante àquelas que aparecem na necrose. O que se quer dizer com isso? A necrose ou a polpa vital possui a tendência radiográfica clássica de mostrar uma lesão na necrose e uma ausência de rarefação ou ausência de sinais radiográficos na biopulpectomia. Na biopulpectomia, o intuito é manter o coto periodontal onde está (no canal cementário). Na necropulpectomia, o intuito é desinfectar essa região do coto periodontal que está com grandes quantidades de microorganismos. Quando se faz a diferenciação em relação ao tempo de instrumentação, as etapas da instrumentação (tanto na polpa vital quanto na polpa necrosada) têm que ser diferenciadas principalmente no que se refere à neutralização do conteúdo séptico-tóxico, porque existem várias formas de instrumentação (diferentes técnicas de instrumentação). Existem técnicas que podem começar pelo batente apical, e existem técnicas que se começam pelo preparo do terço cervical. Quando se faz a instrumentação do canal radicular é preciso ter em mente que esse instrumento estará adaptado em cada terço do canal. Então o instrumento que for preparar o terço cervical, estará adaptado no terço cervical (ele precisa estar tocando as paredes do terço cervical); e o instrumento que vai estar preparando o terço apical, precisar estar tocando as paredes do terço apical. Mas o que nós aprendemos nos objetivos fundamentais? Que o preparo é maior no terço cervical e no terço médio e menor no terço apical, então o instrumento que consegue tocar as paredes do terço apical vai ficar folgado no terço cervical, portanto, ele estará preparando o terço apical realmente, e estará passando direto do terço cervical e médio. Mas o que a gente falou? Que os dentes que apresentam necrose pulpar têm um número grande de microorganismos, e na aula de soluções irrigadoras foi mostrado uma imagem de uma senhora com a região da pálpebra muito roxa (equimose by estomatologia), e isso ocorreu porque foi “empurrado” os microorganismos para a região periapical. Se não for neutralizado os microorganismos presentes no terço cervical e no terço médio e se utiliza o instrumento de uma vez, vai empurrar os microorganismos para a região apical de uma vez só, e se empurrar de uma vez só, irá produzir um FLARE UP nesse paciente (flare up significa reagudização). Portanto a neutralização significa o quê? Progressivamente percorrer o terço cervical e terço médio, visando a neutralização do conteúdo séptico-tóxico, mas é necessário fazer isso não biopulpectomia? NÃO, por quê? Porque na biopulpectomia não existe uma infecçãããããoo. Se começar pela técnica apical, é necessário neutralizar*** todo o conteúdo séptico-tóxico antes de fazer o preparo apical (isso em casos de necropulpectomia) – A GENTE NÃO VAI APRENDER ESSA TÉCNICA, A TÉCNICA QUE IREMOS APRENDER É A COROA-ÁPICE (ok expliquei toda a técnica pra ela falar isso agr, segue o baile). ***A neutralização é realizada terço a terço utilizando uma solução irrigadora concentrada, eu posso nos casos de necrose fazer o cateterismo? Não, porque se inserir uma lima até o comprimento de trabalho, irá empurrar microorganismos para aquela região. O comprimento de trabalho pode mudar a HORA que será feito em algumas técnicas, por ex., se for uma técnica coroa-ápice, o comprimento de trabalho não será feito antes, mas sim depois (depois de feito a técnica), porque nessa técnica há uma progressão da coroa até o ápice, caso fosse determinado anteriormente, poderia ser empurrado microorganismos dos terços cervicais e médio para a região apical do dente. Por que é importante tudo isso que eu escrevi? Porque há muitos microorganismos no terço cervical, e no terço médio esse número também é grande, apesar da complexidade desses microorganismos ser menor nesses terços. A zona crítica apical é chamada dessa forma pelo fato de conter microorganismos muito virulentos e com maior dificuldade em removê-los (isso é uma vantagem de começar pela técnica de instrumentar primeiramente o terço cervical). Quando se fala nos termos de alargamento dos terços, teremos que pensar que no terço cervical e médio o instrumento pode ser de maior diâmetro/mais calibrosos quando comparado ao terço apical, porque no terço apical é necessário instrumentos mais finos e flexíveis. Antes de falar da instrumentação, o que precisa saber de conceitos básicos? CAD (não aguento mais essa sigla na minha vida) – comprimento aparente do dente. IAI – instrumento apical inicial (ele será o primeiro instrumento que dará início a confecção do BATENTE apical). IAF ou IM – instrumento apical final ou instrumento de memória (último instrumento para a confecção do batente apical). PATÊNCIA APICAL – passagem do instrumento na região periapical (será após 0,5 mm do comprimento total do dente) e na necrose como sempre será à 0,5 mm do comprimento total do dente, há uma passagem de 1 mm além do comprimento total do dente nos casos de necrose (ou seja, 0,5 para chegar no comprimento total do dente e 0,5 para passar do comprimento total do dente), então na patência: - passar 0,5 mm do comprimento total do dente, OU - em casos de necrose, passar 1 mm A técnica que se denomina de ESCALONADA REGRESSIVA é uma técnica que se faz o preparo apical (não iremos fazê-la), faz o preparo do batente apical e “sobe” com o preparo no terço médio e no terço cervical. A odontometria será feito antes, se não o preparo pode ultrapassar o terço apical. Nessa técnica é realizada um processo regressivo de “baixo para cima”, começando com instrumentos mais finos. A odontometria é modificada quando o preparo cervical é feito previamente (outra vantagem da técnica começar com a instrumentação do terço cervical) – quer dizer que isso dará mais certeza e confiabilidade para o resultado. As técnicas podem ser chamadas de progressiva ou caudal (coroa-ápice) e quando são ápice- coroa, podem ser chamadas de step back ou regressiva. Sequências para quem não está entendendo NADA na clíncia igual euzinha, enton vou fazer igual receitinha de bolo: PRIMEIRO: faz a radiografia inicial. SEGUNDO: mede o comprimento aparente do dente (da incisal até o vértice radiográfico). TERCEIRO: diminui 2 mm (é a margem de segurança, ok? ok). QUARTO: transfere o comprimento que deu na subtração do CAD - 2 mm para uma lima e ajusta o cursor (esse comprimento será o comprimento de trabalho provisório – CTP). Quando o dente está necrosado, não se faz essas etapas antes, porque o conteúdo séptico- tóxico precisa ser neutralizado primeiramente (porque se empurrar a lima pode causar um FLARE UP). QUINTO: depois de fazer o quarto passo, é necessário realizar uma outra radiografia, e nessa radiografia a lima estará no interior do canal radicular, e então mede-se da ponta do instrumento ATÉ o vértice radiográfico (se não houver distorção NENHUMA, essa distância será 2 mm; mas vamos supor que dê 1 mm, isso quer dizer que HOUVE distorção). SEXTO: depois de medir da ponta do instrumento até o vértice, soma esse resultado com o comprimento de trabalho provisório, e então se denomina o comprimento real do dente. SÉTIMO: com o comprimento real/total do dente, se for um tratamento de biopulpectomia, é preciso diminuir 1 mm, se for o tratamento de necropulpectomia, é preciso diminuir 0,5 mm e depois fazer uma nova radiografia. (com a explicação da técnica que virá logo abaixo, a técnica será introduzida na sequência entreo QUARTO e o QUINTO item) TÉCNICA PROGRESSIVA/TÉCNICA DE OREGON Técnica que se pode dividir em 6 etapas, é importante a divisão para facilitar o entendimento quanto ao uso dos instrumentos no interior do canal. Essa divisão começa com o preparo do terço cervical com limas e brocas Gattes-Glidden; o segundo passo é a progressão até o CTP (comprimento do trabalho provisório); a terceira etapa é fazer a odontometra; depois de feita a odontometria se faz o preparo do batente apical; a partir do momento que o batente apical foi realizado, fazer o escalonamento regressivo, esse escalonamento será acompanhado junto ao preparo apical com a patência nos casos de NECROSE. Em ordem: - preparo do terço cervical com limas e as brocas GG. - progredir até o CTP. - fazer a odontometria. - fazer o batente apical. - fazer o escalonamento regressivo (em caso de necrose, o escalonamento se faz junto com a patência). Até aí dúvidas?? Vamo lá então Para começar a técnica o que a gente vai fazer? FAZER A RADIOGRAFIA INICIAL, NÃO TEM COMO FAZER A TÉCNICA SEM A RADIOGRAFIA INICIAL. A radiografia inicial irá nos fornecer 2 informações: - a primeira será onde iremos preparar o terço cervical e; - a segunda será determinar o CTP Com a régua milimetrada mede-se do bordo incisal do dente até o vértice radiográfico, e determina-se o CAD nessa radiografia inicial. Quando já determinado o comprimento aparente do dente (CAD), o próximo passo é saber a medida (em mm) das limas e as brocas de gates que serão introduzidas no interior do canal radicular. O comprimento do preparo cervical, se o dente tiver curvatura, sempre será determinado antes da curvatura, mas a referência para sabermos a medida das limas que será introduzida no canal é: CAD - 4 mm, e o comprimento de trabalho provisório é menos 2 (CTP - 2 mm), utiliza-se os instrumentos das brocas gates e limas previamente à 4 mm do comprimento aparente (por que 4 mm? o canal é dividido em 3 terços (terço cervical, terço médio e terço apical), normalmente é estabelecido uma média de comprimento para o dente de 20 mm, sendo em média de 8 mm para a coroa, e cada terço tem uma extensão/comprimento, em média, de 4 mm, mas não significa que sempre será assim). Se o dente possui 20 mm e diminui 4 mm (que seria referente ao terço apical, para então preparar o terço médio e o terço cervical) sobra 16 mm (8 mm da coroa, 4 mm do terço cervical e 4 mm do terço médio), dessa forma, “popularizou-se” que o preparo cervical é feito à 16 mm, porque à 16 mm não se encontra a curvatura na maioria dos casos, mas vamos supor um caso que haja um canal menor, o que vai acontecer? Não se pode levar a referência como 16 mm, mas sim como 14 mm – porque o dente é MENOR (e como existem exceções, foi estabelecido a regra de fazer o CAD - 4 mm). Quando realizada essa última etapa, separa-se uma sequência de limas: em canais retos utilizamos as limas tipo K, em canais curvos utilizamos as limas Flexofile ou Nitflex (que não usamos), e vamos trabalhar com essas limas numa sequência de 40 até a 08 (coloca no tamborel para ficar organizadinho) e depois deposita as limas e as gates (o diâmetro da ponta das brocas gates aumentam de 20 em 20, a gates tipo 1 tem 50 de diâmetro (corresponde à lima 25), a 2 tem 70 e assim por diante, diferente das limas). Depois da separação dos instrumentos se faz o preparo do terço cervical (primeira etapa da técnica), POR EXEMPLO, considerando um dente com 20 mm de CAD e considerando a fórmula CAD - 4 mm (20 – 4 = 16 mm), é preciso que o instrumento atinja até 16 mm (por que até 16 mm? porque o intuito é preparar o terço cervical/médio, se passarmos dos 16 mm, já estaremos no terço apical), portanto, separa as limas 40 (sempre tentaremos introduzir a lima 40 primeiro), 35, 30, 25, pelo menos a lima 25 tem que atingir o comprimento de 16 mm ou comprimento de extensão do preparo cervical (CAD - 4 mm) para utilizarmos a gates 1 (a gates 1 corresponde a 50 de diâmetro, e a gates giram em torno do canal radicular, a 25 já cria um espaço para utilizar a gates número 1). Sempre iremos começar com a lima mais calibrosa (40) no interior do canal radicular para progredirmos até a de menor diâmetro (POR EXEMPLO: se for um canal com amplitude moderada, obviamente a 40 não entrará até 16 mm (ou outro resultado que você encontrou em CAD - 4 mm), mas ela pode entrar até uns 10 mm (estou supondo), ENTÃO colocaremos naquela folhinha: tipo da lima LK - 40 e até a medida que ela foi - a 10 mm; depois iremos tentar a lima 35, talvez a lima 35 também não vá até 16 mm, mas ela pode ir, POR EXEMPLO, até 12 mm, então colocaremos na folhinha em baixo da lima 40: tipo da lima LK - 35 e até a medida que ela foi - a 12 mm; depois coloca- se outra lima, a 30, e vamos supor que a 30 atinja até 14 mm (coloca na folhinha); depois coloca-se a lima 25 e então essa lima atinge 16 mm OU CAD - 4 (outro resultado que você achou) – depois de utilizado as limas, é preciso preparar o canal com as brocas de gates, AINDA NO EXEMPLO ANTERIOR, a primeira gates utilizada será a 1, depois a 2 e depois a 3, como o comprimento é 16 mm, a gates tipo 1 terá que ser introduzido até 16 mm, depois recuar 2 mm, e a gates tipo 2 será introduzida até 14 mm, recuar 2 mm e, por fim, a gates tipo 3 irá até 12mm; como visto, pode ser utilizado a gates 1, 2 e 3, sempre recuando 2 mm, ou pode usar a sequência 2, 3 e 4 (tudo depende de qual lima atingiu o comprimento de trabalho das gates que é o CAD - 4 mm ou 16 mm), se usou a primeira gates a 16, a segunda se usa a 14 porque recua 2 mm. Quando faz o preparo do terço cervical, o próximo passo é progredir até o comprimento de trabalho provisório (CAD - 2 mm) com um instrumento (lima) MENOR àquele instrumento utilizado anteriormente ao preparo com as gates, isso é feito para progredir até a região apical para se fazer a odontometria. Quando feito a progressão do instrumento até o CTP, se faz uma radiografia COM a lima no interior do canal, mede-se a ponta do instrumento até o vértice radiográfico e soma o resultado com o CTP. Logo após, transfere-se o resultado para a lima (qual lima alcançar aquele resultado obtido da soma) e a introduz no interior do canal, faz uma nova radiografia, se for biopulpectomia diminui 1 mm e se for necropulpectomia diminui 0,5 mm, e então se determina o comprimento real de trabalho. Sequência da técnica para quem ainda não entendeu: - Fazer a radiografia inicial e determinar o CAD. - Fazer CAD - 2 mm e com isso determina-se o CTP. - Para sabermos quanto precisamos introduzir a lima no canal radicular faremos CAD - 4 mm OU em dentes com 20 mm ou mais pode-se utilizar a referência de 16 mm. - Separar as limas e organizar no tamborel. - Preparo do terço cervical. - Introduzir uma lima de menor comprimento àquela utilizada anteriormente às gates até o CTP. - Fazer uma radiografia com a lima no interior do canal. - Mede da ponta do instrumento até o vértice radiográfico e soma o resultado com o CTP. - Transfere o resultado obtido para a lima e faz uma nova radiografia. - Se for biopulpectomia diminui 1 mm, se for necropulpectomia diminui 0,5 mm. - Será determinado o comprimento real de trabalho.
Compartilhar