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380910-RelaçoesHidricas2

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3
Fisiologia Vegetal é o estudo dos processos vegetais – Fisiologia Vegetal é o estudo dos processos vegetais – 
como as plantas funcionam à medida que interagem com como as plantas funcionam à medida que interagem com 
seus ambientes físicos (abióticos) e vivos (bióticos).seus ambientes físicos (abióticos) e vivos (bióticos).
 4
 5
 6
Árvores
gigantes
 7
A célula vegetal
Vacúolos
pequenos
núcleo 
volumoso
um único
e grande vacúolo
parede
celular delgada
parede celular
espessa
 9
1. célula vegetal
As células vegetais não são móveis, exceto certas células 
reprodutivas. Logo, os vegetais desenvolveram a a capacidade de 
crescer em busca dos recursos essencias, tais como, luz, água e 
nutrientes minerais, durante todo o ciclo de vida.
Os vegetais apresentam células com paredes celulares rígidas, 
ligadas firmemente pelas lamelas médias. Bem como, apresentam 
dois tipos de paredes : primária e secundária. 
As paredes celulares primárias são normalmente finas (menos 
de 1µm), caracterizando células jovens e em crescimento.
As paredes celulares secundárias, mais espessas e resistentes 
que as primárias, são depositadas quando a maior parte do 
crescimento está concluído. 
 10
 11
Aberturas circulares na parede secundária originam pontuações 
simples, as quais sempre ocorrem de forma oposta nas paredes 
secundárias adjacentes. 
 12
As paredes secundárias devem sua resistencia e rigidez à 
lignina que proporcionam aos vegetais o reforço estrutural 
necessário para crescerem verticalmente acima do solo e 
conquistarem o ambiente terrestre. 
FIBRAS CELULÓSICAS NO CAULE DE SALSÃO
 15
1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃO
Os organismos vivos dependem da água para Os organismos vivos dependem da água para 
viverem. Para os vegetais, ela contribui para a viverem. Para os vegetais, ela contribui para a 
manutenção e preservação de suas funções vitais.manutenção e preservação de suas funções vitais.
Relações HídricasRelações Hídricas
 16
2.1. Constituinte do Protoplasma
A água é o meio para os constituintes do 
protoplasma. As organelas do protoplasma 
encontram-se envolvidas por água (hidratados).
2. Funções Vitais da Água2. Funções Vitais da Água
 17
(C6H10O5)n + n H2O ↔ nC6H12O6
 Amido Glicose
 18
 2.3. Reações de Condensação
O ácido fumárico é essencial na respiração de tecidos de 
plantas e animais. Na indústria de alimentos é empregado como 
agente flavorizante para dar sabor a sobremesas e proporcionar 
ação antioxidante. Bem como, o ácido málico na composição de 
geléias, marmeladas e bebidas de frutas.
 2.5. Produto da respiração celular
C6H12O6 + 6O2 ↔ 6CO2 + 6H2O 
 22
 2.7. Turgescência celular
 23
 2.8. Absorção de radiações
A água é incolor e absorve comprimentos de ondas acima
do vermelho (> 1300 nm). 
A boa transmissão da luz
 visível torna possível a 
fotossíntese em plantas 
aquáticas em profundidades
abaixo de 5 metros da 
superfície da água.
 24
 2.9. Estabilidade térmica
H2OLíquido →→→→→→→→→→→→→ H2OVapor2.452 joules de energia
1 grama de água necessita de 2452 joules
 de energia para passar do estado líquido para
 o gasoso. É o maior valor de calor latente de 
vaporização que se conhece entre os líquidos.
 25
 2.10. Densidade da água
Em um líquido normal, quando diminui a temperatura do sistema 
a sua densidade aumenta. O gelo, porém é menos denso que a 
água líquida. Isso ocorre porque a uma temperatura de de 4°C à 
água apresenta o máximo de densidade.
 26
3.1 Estrutura da água
O oxigênio se une covalentemente a dois átomos de hidrogênio
Água – molécula polar, onde o oxigênio apresenta carga parcial negativa 
(s -) e os hidrogênios apresentam cargas parcialmente positivas (s +)
Pontes de hidrogênio – atração elétrica mútua entre moléculas polares
responsáveis pela estrutura simétrica cristalina do gelo.
3. Estrutura e propriedades físico-químicas da água
 27
3.2 Propriedades físico-químicos da água
Substância Fórmula 
Química
Quantidade 
de hidrogênio
Ponto de 
Fusão (°C)
Calor de 
Fusão (J.g-1)
Ponto de 
Ebulição (°C)
Calor de 
Vaporização (J.g-1)
Metano CH4 4 -184 58 -161 556
Amônia NH3 3 -78 452 -33 1234
Água H2O 2 0 335 100 2452
Fluoreto de 
hidrogênio
HF 1 -92 --- 19 ---
Neônio Ne 0 -249 --- -246 ---
Tabela 1 – Comparação entre propriedades térmicas da água com as de outros 
compostos com estrutura similares, que têm 10 prótons e 10 elétrons.
 28
3.3 Propriedades de coesão e de adesão
 29
4. Processos envolvidos no movimento da água
4.1 Força tênsil – capacidade da água em resistir a uma força 
de arraste (tensão máxima que uma coluna de água suporta 
sem quebrar – cerca de 30 MPa ou 296,1 atm).
 30
 4.2 Tensão superficial da água
 31
4.3 Movimento ascendente da água nos vasos do xilema
Fluxo de massa
 32
4.4 Movimento ascendente da água
nos vegetais superiores 
A árvore abaixo é o maior ser vivo na terra, 
com cerca de 112 metros de altura. A General 
Sherman apresenta o maior volume cúbico de 
madeira da terra.
 33
4.5 Difusão - Processo pelo 
qual as partículas (moléculas 
ou íons) se movimentam de
uma região para outra com 
menor potencial químico. A
transpiração é um processo
difusional da água dentro dos
vegetais.
4.6 Osmose – movimento da 
água por uma membrana com 
permeabilidade seletiva ou 
semipermeável.
 34
4.7 Potencial da água (Ψw) 
Potencial da água (Ψw) – medida da capacidade das moléculas de 
água em executar um trabalho ou movimento.
O movimento da água ocorre de uma região de alto potencial 
(Ψw) para uma região de baixo potencial (Ψw).
 35
5. Potencial da água no solo (Ψw) 
Ψágua no solo = Ψm + Ψg + Ψπ 
Onde:
Ψm - Potencial matricial
Ψg - Potencial gravitacional
Ψπ - Potencial osmótico
 36
5.1. Potencial matricial da água no solo (Ψm )
O solo é um sistema 
complexo constituído de 3 
fases: sólida, líquida e gasosa.
A fase sólida (matriz) é 
composta pelas frações 
minerais (areia fina, silte e 
argila) e orgânica.
A capacidade de retenção de 
água no solo está diretamente 
relacionado ao número de 
cargas negativas de suas 
frações, numa proporção de 
10:3:1:20, respectivamente para 
a argila, silte, areia e matéria 
orgânica.
 37
5.2. Potencial da água no solo (Ψw) 
 38
5.3 Potencial matricial da água no solo (Ψm )
A estrutura do solo afeta a porosidade e 
está diretamente relacionada com a retenção 
de água e a aeração das raízes
 Solos arenosos apresentam baixa área 
superficial e grandes espaços entre as 
partículas que favorecem a aeração do sistema 
radicular, mas pouca retenção de água.
Solos argilosos apresentam grandes 
quantidades de microporos, que favorecem na 
retenção de água, porém dificulta a 
disponibilidade de oxigênio para as raízes.
O ideal para o desenvolvimento das plantas é 
uma estrutura de solo que represente um 
balanceamento entre a retenção de água e a 
aeração.
 39
5.4 Potencial gravitacional da água no solo (Ψg )
O potencial gravitacional da água (Ψg ) se torna importante 
quando o solo recebe grande quantidade de água, por chuva ou 
irrigação artificial, onde os poros ficam saturados e o excesso de 
água é drenado livremente por gravidade, reabastecendo os 
lenções freáticos subterrâneos ou formando corrente superficiais 
com alto poder erosivo.
No solo, o movimento ascendente na água por capilaridade 
vence facilmente a força gravitacional a pequenas distâncias das 
raízes das plantas. Logo, este potencial se torna desprezível. 
 40
5.5 Potencialosmótico da água no solo (Ψ¶ )
O potencial osmótico da água (Ψ¶ ) resulta da presença de 
solutos na água do solo e de sua interação com as moléculas de 
água. Esses solutos têm origem na lenta decomposição das 
rochas (intemperismo), na decomposição de resíduos orgânicos de 
plantas e animais pelos microrganismos decompositores e pela 
aplicação de adubos e minerais dissolvidos na água de irrigação.
Em solos irrigados de regiões 
áridas ou semi-áridas o 
processo de salinização torna o 
potencial osmótico da água no 
solo (Ψ¶ ) um fator 
determinante da 
disponibilidade de água no 
solo.
Atriplex nummularia
 41
6. A água no sistema solo-planta
A absorção de água pelas raizes obedecem a um gradiente 
decrescente de Ψágua entre o meio em que as raízes se encontram e 
o xilema destas. As raízes mais fina apresentam maior absorção 
de água, pois se encontram em íntimo contato com um maior 
volume de solo por unidade de volume de raiz.
 42
6.1 A água nas células da raiz
 43
6.2 A raiz como superfície de absorção de água
 As raízes são uma grande superfície de absorção de água 
e dos minerais do solo. Nas raízes jovens, as células da 
epiderme (pêlos absorventes) e do córtex ficam em contato 
íntimo com a solução do solo.
 44
Os pêlos são extensões microscópicas das células 
epidérmicas que aumentam muito a área superficial das raízes 
em contato íntimo com a solução aquosa que circundam as 
partículas do solo.
 45
Coifa
Região de alongamento
Pêlos absorventes
Pêlos absorventes
Raiz secundária
Córtex
Regiões da raiz
 46
 47
Nos vegetais, o sistema radicular é tão complexo como a 
parte aérea, com interações com a matriz do solo e com 
organismos que o circundam.
6.4 Funções importantes do sistema radicular
.Sustentação da planta;
.Armazenamento de reservas;
.Síntese de substâncias importantes;
.Absorção de água;
.Absorção de nutrientes.
 48
A absorção de água 
ocorre, principalmente, pelas 
raízes mais finas, situada na 
porção subapical, entre o 
meristema apical e a região 
cutinizada ou suberinizada 
(dista entre 0,5cm da ponta 
da raiz e se estender até 
10,0cm), onde os tecidos 
vasculares estão se 
diferenciando.
 
Após a absorção ela 
descreve um movimento 
radial, atravessando o córtex 
e chegando ao xilema no 
centro do estelo.
 49
6.5 Movimento da água entre células e tecidos 
SimplástosSimplástos são os espaços dentro das células (citoplasmas e 
vacúolos), onde a água e os minerais são transportados. 
 50
O simplasto consiste no espaço ocupado por citoplasmas de 
células interconectadas por plasmodesmas (microporos), na qual 
a água caminha de uma célula para outra através dos 
plasmodesmas.
 51
Aquaporinas – proteínas que aumentam 
a permeabilidade das membranas 
citoplasmáticas à água, formando 
canais.
Membrana 
citoplasmática 
Obs. O grau de fosforilação dos 
aminoácidos das proteínas das aquaporinas 
alteram a permeabilizada a água. Quanto 
maior a ligação com grupos fosfatos, maior 
a permeabilidade a água.
Parede celular 
 52
ApoplástosApoplástos são os espaços que compreendem as paredes 
celulares e lamélas médias dos tecidos vegetais, onde a água e 
os minerais são transportados de modo não seletivo para o 
xilema radicular.
 53
As células da endoderme (“células de passagens”) 
apresentam um espessamento das paredes celulares 
chamado de “Estrias de Caspary”, composto por substâncias 
hidrofóbicas (suberinas com ácidos graxos de cadeias 
longas e alcoóis), que dificulta a passagem de água pelos 
espaços intercelulares (apoplasto). Logo, a água só se move 
para dentro do estelo, passando pelas membranas das 
células (simplasto).
 54
Logo, a água e os sais minerais só se move para dentro do 
estelo, passando pelas membranas das células (simplasto). 
 Ao chegar nos vasos xilemáticos, a água e os minerais em 
solução seguem em movimento ascendente para o caule e 
folhas, flores e frutos.
 55
6.6 Corte histológica de uma raiz primária
 56
6.5 Potencial da água na planta (Ψw) 
Os componentes do potencial da água na planta (Ψw) podem 
diferir marcadamente entre o simplasto e o apoplasto.
Para a água no vacúolo e no citoplasma (simplasto), os 
potenciais de pressão (Ψp) e osmótico (Ψπ) são predominantes. 
No apoplasto, que incluem a água nas paredes celulares, lamelas 
médias e células mortas (elementos dos vasos, traqueídeos e 
fibras) acrescenta-se o potencial matricial (Ψm), contribuindo 
para o potencial hídrico (Ψw). O potencial gravitacional se torna 
importante para o movimento da água em árvores com altura 
superior a 5 metros. 
 Ψágua na planta = Ψm + Ψg + Ψπ + ΨpOnde:
Ψm - Potencial matricial
Ψg - Potencial gravitacional
Ψπ - Potencial osmótico
Ψp - Potencial de pressão
 57
6.6 Potencial da água na célula (Ψw) 
O potencial de pressão (Ψp) dentro da célula representa a 
pressão hidrostática, usualmente chamado de pressão de turgor 
e tem um valor positivo. A pressão de turgor resulta da água que 
chega ao protoplasma, pressionando-o contra a parede celular 
que resiste a expansão.
 58
O fluxo da água depende do 
gradiente decrescente do potencial 
hídrico entre a solução do solo em 
contato com a superfície das raízes. 
O potencial hídrico decresce com 
o estabelecimento de uma pressão 
negativa (tensão) dentro do xilema, 
devido a evaporação da água nas 
folhas (transpiração).
O xilema é um sistema contínuo 
de tecido vascular constituído por 
células condutoras mortas 
(traqueídeos e os elementos dos 
vasos) capazes de transportar 
grandes quantidades de água, 
nutrientes minerais e compostos 
orgânicos, com muita eficiência.
 59
Coesão-Tensão-Adesão (Teoria de Dixon)
Transpiração na copa
(aumento da concentração osmótica)
Sucção das folhas
(osmose – absorve água do xilema)
Condução da Coluna contínua de seiva 
(coesão – tensão - adesão)
Atração entre moléculas de H2O = COESÃO à leva a Tensão.
Atração entre moléculas de H2O com as paredes dos capilares = ADESÃO.
Devido a forças de coesão e de adesão, as moléculas de água se 
mantém unidas umas às outras e aderidas às paredes dos vasos, formando 
uma coluna contínua .
 60
6.7 Sistema radicular
 61
Os traqueídeos e os elementos dos vasos 
são células alongadas (6) com paredes 
secundárias que apresentam baixa resistência 
no fluxo ascendente da água até as folhas. O 
movimento da água no xilema é um fluxo de 
massa gerado por um gradiente de potencial 
de pressão (Δ Ψp) entre o sistema radicular (5) 
e as folhas das plantas (7).
 62
6.8 Translocação de seiva bruta e elaborada
 63
 64
A transpiração cuticular é considerada residual em plantas A transpiração cuticular é considerada residual em plantas 
adaptadas ao deserto – climas árido e semi-árido.adaptadas ao deserto – climas árido e semi-árido.
Folha de planta de ambiente desértico: notar espessa camada Folha de planta de ambiente desértico: notar espessa camada 
cuticular (corada em laranja).cuticular (corada em laranja).
 65
6.9 Pressão radicular
O potencial osmótico (Ψπ) contribui relativamente 
pouco para o potencial de água no xilema em plantas que 
transpiram rapidamente, mas é importante a baixas 
velocidades de transpiração, levando ao desenvolvimento 
de um fenômeno conhecido como pressão positiva da raiz 
ou pressão radicular, facilmente visualizada quando o 
caule de uma planta herbácea é cortado acima da linha 
do solo.
As raízes absorvem íons do solo diluído, que são 
transportados para o estelo e depositados ativamente 
no xilema. O acúmulo de íons diminui o potencial 
osmótico e, consequentemente, o potencial de água 
da seiva do xilema. Esta redução do Ψágua geraum 
movimento de água passando das células corticais 
para o estelo e atravessando as membranas das 
células d endoderme, gerando então uma pressão 
hidrostática positiva no xilema.
 66
6.10 Absorção de água e nutrientes minerais
 
 68
Os hidatódios são poros semelhantes aos estômatos, localizados
sobre espaços intercelulares da epiderme das folhas ( tecido frouxo 
adjacente e em contato direto com as terminações do xilema, 
chamado de epitema.
 69
Exsudação de seiva bruta – pressão radicular em videira
 70
7. Glifosato e absorção radicular e foliar7. Glifosato e absorção radicular e foliar
Os herbicidas comerciais que têm o glifosato como 
ingrediente ativo (Roundup e outros) foram introduzidos nos 
anos 70 e logo amplamente utilizados em aplicações agrícolas, 
florestais e industriais. Seu uso se expandiu marcadamente em 
meados de 1990 com o advento das cultivares geneticamente 
tolerantes ao glifosato (Roundup Ready - RR). Na planta, o 
glifosato é absorvido pelas folhas e pelos tecidos desprotegidos 
dos meristemas. É não-seletivo e poucas espécies de plantas 
são tolerantes a ele. O modo de ação dos herbicidas pode ser 
através do xilema da planta, após absorção pela raiz (herbicidas 
sistêmicos) ou pela absorção das folhas (herbicidas de contato). 
 71
A ação bioquímica do glifosato inibe a atividade da 
sintase de enolpiruvil-chiquimato-3-fosfato (EPSPS), uma 
enzima da rota do ácido chiquímico. Com este modo de 
ação, o glifosato interfere na síntese dos aminoácidos 
aromáticos fenilalanina, tirosina e triptofano, produtos finais 
da rota do ácido chiquímico. 
 72
 Seu modo de ação consiste na alteração de diferentes processos bioquímicos vitais 
nas plantas, como a biossíntese de proteínas e ácidos nucleicos As plantas tratadas 
com glifosato morrem lentamente, em poucos dias ou semanas, e devido ao transporte 
por todo o sistema, nenhuma parte da planta sobrevive.
 73
Reconhecendo-se que o glifosato é um poderoso quelatizante imobilizando 
micronutrientes vegetais essenciais, há uma compreensão para vários efeitos herbicidas 
e não-herbicidas de glifosato. O glifosato é móvel no floema, é sistêmico em plantas, se 
acumula nos tecidos meristemáticos (raiz, gemas apicais, nódulos de leguminosas) e é 
liberado na rizosfera por exudação (tanto nas plantas RR quanto nas não – RR). A 
degradação do glifosato na maioria dos solos é lenta ou inexistente, uma vez que não é 
“biodegradável” e esta degradação é realizada essencialmente por metabolismo 
microbiano, quando ocorrer. Embora o glifosato possa ser rapidamente imobilizado no 
solo (também em misturas de tanque do pulverizador, e plantas) por meio de 
quelatização com vários cátions (Ca, Mg, Cu, Fe, Mn, Ni, Zn), ele não é facilmente 
degradado e pode se acumular por anos (em ambos, solos e plantas perenes). 
Fertilizantes fosforados podem adsorver o glifosato acumulado que é então imobilizado 
no solo podendo causar danos ou reduzir a eficiência fisiológica da cultura.

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