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ATOS PROCESSUAIS 01

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BACHAREL EM DIREITO 
ALUNA: MÁRCIA DE SOUZA COSTA ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
ATOS PROCESSUAIS NA PRÁTICA 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL lll 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boa Vista RR 
26 de Agosto de 2019. 
 
FASES E ATOS PROCESSUAIS NA PRÁTICA 
 
São ações praticadas no andamento de um processo, tendo por efeito a 
constituição, a conservação, o desenvolvimento, a modificação ou a cessação da 
relação processual, com vistas a observar os procedimentos, a classificação, a 
forma e os requisitos dos atos processuais. 
Um processo tem as seguintes fases: postulatória, instrutória, decisória, recursal e 
executória. Na fase postulatória, o autor apresenta o seu pedido, o que ele faz na 
petição inicial. Como já vimos em outra oportunidade, na petição inicial o autor 
apresenta os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido, e formula o pedido. 
Após o protocolo da petição inicial pelo autor, o réu é citado. Citação é o ato 
processual que dá conhecimento do processo ao réu e o chama para apresentar 
defesa. A citação é um ato processual muito importante, porque está diretamente 
ligada aos direitos fundamentais à ampla defesa e ao contraditório. Para poder se 
defender adequadamente, o réu precisa tomar conhecimento da ação. 
Hoje, o novo Código de Processo Civil prevê, obrigatoriamente, a realização de uma 
audiência de conciliação (artigo 334, NCPC), então o réu é citado para comparecer a 
esta audiência de conciliação. Assim, o prazo de 15 dias que o réu tem para 
contestar o pedido será contado em função da audiência de conciliação. 
Se ocorrer a audiência, mas não ocorrer a conciliação, o prazo de 15 dias para a 
contestação do réu conta da data da audiência. Se a audiência não ocorrer porque 
ambas as partes expressaram manifestamente não terem interesse na conciliação, 
então o prazo para contestação passa a contar da data em que o réu protocolou sua 
petição dizendo que não tinha interesse. 
A apresentação da contestação, pelo réu, encerra a fase postulatória. A fase 
seguinte é a de instrução, a fase instrutória, na qual os fatos delimitados pelo autor e 
pelo réu serão objeto de prova. 
 
Se a prova for documental, os documentos deverão ser juntados já com a petição 
inicial e com a contestação. Mas outros tipos de prova podem ser produzidos: 
podem ser ouvidas as partes e testemunhas (o que acontece numa outra audiência, 
chamada de audiência de instrução), pode ser necessária a realização de uma 
perícia, e assim por diante. 
Se os documentos juntados pelas partes já forem suficientes para provar os fatos, 
ou se não houver discordância das partes a respeito dos fatos, então não será 
necessário ingressar na fase instrutória e será proferida, imediatamente, a sentença. 
O nome disso, segundo o Código de Processo Civil, como já mencionamos é 
“julgamento antecipado do mérito,” uma das modalidades de “julgamento conforme o 
estado do processo.” 
Após a fase instrutória, vem a fase decisória. Na fase decisória, o juiz vai proferir a 
sentença, resolvendo o mérito do processo, dizendo quem tem razão. Como regra 
geral, o juiz apenas vai resolver o mérito após a observância da ampla defesa e do 
contraditório (quer dizer, o réu tem que ter tido a possibilidade de se defender e as 
partes devem debater a respeito dos fatos e do direito) e após a realização de 
provas. 
A isso se chama de cognição exauriente. Cognição exauriente porque houve toda a 
possibilidade de que as partes discutissem e que os fatos fossem provados. 
Mas o processo não termina na fase decisória. Após essa, vem a fase recursal. A 
parte prejudicada pode interpor recurso ao 2º grau de jurisdição. No processo 
comum, o nome do recurso interposto contra a sentença é apelação. No 2º grau, os 
recursos são apreciados por Tribunais e, normalmente, sempre por mais de um juiz 
(nos tribunais de 2º grau, os juízes são chamados de “Desembargadores”). Mas a 
fase recursal não para por aí, pois pode haver recurso para as chamadas Cortes de 
Sobreposição, que no processo comum são o Superior Tribunal de Justiça e o 
Supremo Tribunal Federal. Apenas após esgotarem-se todas as possibilidades de 
recurso é que ocorre o chamado “trânsito em julgado.” Trânsito em julgado é 
sinônimo da impossibilidade de interposição de recursos. 
 
Após o trânsito em julgado da sentença segue a fase de execução (ou, se 
preferirem, o “cumprimento de sentença”), onde a realidade fática vai ser alterada. É 
possível, no entanto, que seja feita a execução provisória da sentença (antes do 
trânsito em julgado), ou mesmo que a realidade fática seja alterada, pelo processo, 
antes da sentença, naquilo que chamamos de antecipação de tutela. 
MAPA MENTAL 
 
 
 
FASES 
PROCESSUAI
S
POSTULATÓRIA: o autor apresenta o seu pedido, 
o que ele faz na petição inicial. Como já vimos em 
outra oportunidade, na petição inicial o autor 
apresenta os fatos e os fundamentos jurídicos do 
pedido, e formula o pedido.
INSTRUTÓRIA: os fatos delimitados 
pelo autor e pelo réu serão objeto de 
prova.
DECISÓRIA: o juiz vai proferir a sentença, resolvendo o 
mérito do processo, dizendo quem tem razão.
RECURSAL: A parte prejudicada pode interpor recurso ao 2º grau 
de jurisdição.
EXECUTÓRIA:onde a realidade fática vai ser 
alterada.

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